Chernobyl: a história das milharescassino de slotscrianças atingidas pela catástrofe que foram tratadas na praia:cassino de slots

O programa do Ministério da Saúdecassino de slotsCuba foi desenvolvido entre 1990 e 2011.

No finalcassino de slotsmaio, autoridades cubanas e ucranianas anunciaram a intençãocassino de slotsretomar a iniciativa, emboracassino de slotsmenor escala que o programa dos anos 1990.

Como foi essa experiência pioneira?

À beira-mar

"Eu estivecassino de slotsCuba três vezes", conta Roman Gerus à BBC News Mundo.

"Na primeira, eu tinha 12 anos, fiquei seis meses; na segunda, tinha 14 anos e fiquei três meses; na última, tinha 15 e fiquei apenas 45 dias".

"Cada vez foi diferente, mas eu gosteicassino de slotstodas elas. É algo que me lembro com amor - quero voltar a Cuba com minha família para apresentar a ilha", diz.

Ele enfatiza a beleza do cenário no qual ele aterrissou para tratar a doençacassino de slotspele que se desenvolveu muitos anos após o acidentecassino de slotsChernobyl.

Este jovem, hoje com 27 anos, nem tinha nascido quando o desastre ocorreu, mascassino de slotsfamília morava relativamente perto da antiga usina nuclear.

"Quando eu tinha 10 ou 11 anos, os médicos detectaram manchas brancas na minha pele. Era vitiligo. Tentamos tratar na Ucrânia, mas os médicos disseram que não era tão fácil, que eu precisavacassino de slotsremédios caros e eles não garantiam a ajuda", lembra.

"Alguém disse à minha mãe que havia um programa para ir a Cuba. Ela não acreditou no começo porque disseram que eracassino de slotsgraça, mas ela descobriu os detalhes e preencheu os documentos".

"Esperamos pelo menos um semestre, ecassino de slotsrepente ligaram para dizer que eu iria viajarcassino de slotsduas semanas. Eu não podia acreditar. Meus pais ficaram preocupados porque Cuba é muito longe da Ucrânia e eu era pequeno, mas decidimos ircassino de slotsfrente".

Maiscassino de slots26 mil pacientes

O local onde Gerus desembarcou era um balneário localizado na praiacassino de slotsTarará, cercacassino de slots30 km a lestecassino de slotsHavana.

Fundada nos anos 1950 como uma cidadecassino de slotsclasse média alta, tornou-se após a Revolução Cubana a sedecassino de slotsacampamentos infantis da organização José Martí Pioneros.

O governo cubano reabilitou a área para acomodar os milharescassino de slotspacientes do programa "Criançascassino de slotsChernobyl" por maiscassino de slots21 anos:cassino de slots29cassino de slotsmarçocassino de slots1990 a 24cassino de slotsnovembrocassino de slots2011.

Segundo dados do Ministério da Saúdecassino de slotsCuba, um totalcassino de slots26.114 pacientes (84% crianças) vieram principalmente da Ucrânia, Rússia e Belarus.

As graves dificuldades que Cuba enfrentou após a dissolução da União Soviética não interromperam o programa.

Doenças diferentes

O complexocassino de slotsTarará possuía residências para crianças e seus acompanhantes, dois hospitais, uma clínica, um estacionamento para ambulâncias, cozinha, teatro, escolas, parques e áreascassino de slotslazer.

A 15 minutoscassino de slotsdistância, havia também uma praia com 2 kmcassino de slotsextensão.

Chegaram ali pacientes com uma variedadecassino de slotsdoenças, desde câncer, paralisia cerebral e problemas dermatológicos até malformações, doenças digestivas e distúrbios psicológicos.

O programa estava sob a direção dos médicos cubanos Julio Medina e Omar García, que classificaram os pacientescassino de slotsquatro grupos, dependendocassino de slotssua situação:

Duas zonas

O caso da ucraniana Khrystyna Kostenetska, que participou do programa dos 12 aos 13 anos, correspondia ao quarto grupo.

"Fui a Cuba entre 1991 e 1992", disse à BBC News.

"Ambas as vezes eu estive lá por 40 dias - o períodocassino de slotsque o corpo humano teria a capacidadecassino de slotsse recuperarcassino de slotsuma dose baixacassino de slotsradiação".

Kostenetska explica que havia duas áreas diferentescassino de slotsTarará: o campo baixo, onde as crianças com problemascassino de slotssaúde mais sérios ficavam; e o alto, destinado a crianças sem problemascassino de slotssaúde aparentes, mas que viveram nas proximidadescassino de slotsChernobyl.

"Morávamoscassino de slotspequenas casas independentes, com cercacassino de slots15 criançascassino de slotscada. As crianças do acampamento alto não tinham tratamento médico específico, mas checavam nossa visão e nos levavam ao dentista", explica.

Ela tem lembranças conflitantes dos tempos que passoucassino de slotsTarará.

"Eu me lembrocassino de slotsum mar incrível, ondas, sol, natureza e sorvete, mas também me lembrocassino de slotscrianças com sérios problemascassino de slotssaúde", explica.

"Eram crianças com vitiligo que tinham que usar mangas compridas e se cobrir do sol. Mas apesar disso, o climacassino de slotsCuba curou algumas delas e acelerou a recuperaçãocassino de slotsmuitas outras."

Sol curandeiro

Gerus foi uma das crianças que se recuperaram completamente.

"Depois da segunda vez que fui, todos os pontos ficaram cinzentos e desapareceram. Tomei alguns medicamentos, mas o principal remédio era o Sol", diz ele.

"Costumávamos nadar muito, o mar era lindo. Íamos com os professores até a praia, fazia parte do tratamento. Sempre que quiséssemos, podíamos ir", recorda Gerus, que lembra tambémcassino de slotsnoites com atividades recreativas como idas ao cinema ou à boate.

Elementos mal explicados

Além das boas lembrançascassino de slotsGerus e Kostenetska e da visão positiva que geralmente se faz do trabalho do governo cubano, obviamentecassino de slotsTarará houve também situações dramáticas. Especialmente levando-secassino de slotsconta aqueles que chegaram com doenças mais sérias ou que ficaramcassino de slotsfora do programa.

A correspondente do serviço ucraniano da BBCcassino de slotsKiev, Diana Kuryshko, ressalta que o processocassino de slotsseleção dos participantes não foi totalmente transparente.

"Crescicassino de slotsum lugar menos poluído, mas lembro-me vivamente das consequências do acidentecassino de slotsChernobyl", explica Kuryshko.

A jornalista recorda que esse foi um períodocassino de slotsprofunda crise na Ucrânia, no qual as famílias não podiam pagar passagenscassino de slotsavião para que crianças tratassem os efeitos da radioatividade.

"Quando o programa do governo cubano foi anunciado, as pessoas se animaram pensando que poderiam mandar seus filhos para lá", lembra.

"Você tinha muita sorte se seu filho ou filha pudessem ir para Cuba. Não ficou muito claro como os participantes eram escolhidos. A realidade é que muitos deles não eramcassino de slotsfamílias necessariamente humildes".

Apesar das dúvidas, a percepção da colaboração cubana na Ucrânia ecassino de slotsoutras ex-repúblicas soviéticas é positiva.

"Embora eu fosse pequeno, era capazcassino de slotsentender que a situação dos cubanos era difícil, havia muita pobreza. Mas eles sempre foram muito legais, desde os trabalhadores da cozinha até os professores, os gerentescassino de slotssegurança, os médicos... ", lembra Gerus.

"Eram pessoascassino de slotsbom coração e isso era o mais importante".

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