Por que judeus estão voltando a Portugal séculos após antepassados serem expulsos e massacrados:cupom blaze apostas

A família da mãecupom blaze apostasAlex migrou para a Grã-Bretanhacupom blaze apostas1914 a fimcupom blaze apostasescapar da Guerra nos Bálcãs. Eles saíramcupom blaze apostasSalônica - atual região da Tessalônica na Grécia - onde viveram por gerações. Era bastante sabido que os judeuscupom blaze apostasSalônica tinham se estabelecido lá depoiscupom blaze apostasterem sido expulsos da Espanha e Portugal séculos antes.

Segundo Alex, seu avô lhe disse para nunca esquecer que ele era um sefardita (nome dos judeus originalmente oriundos da península Ibérica).

"É parte da minha identidade", explica Alex. "Meu avô, apesarcupom blaze apostaster nascidocupom blaze apostasLondres, falou comcupom blaze apostasfamíliacupom blaze apostasladino, um espanhol medieval com pronúncia próximo do português, cheiocupom blaze apostaspedaçoscupom blaze apostasturco, italiano e hebraico."

A herança também era culinária, como Alex lembra: "Ele e minha avó costumavam cozinhar algo chamado bimuelos durante a Páscoa. Eles são basicamente donuts feitoscupom blaze apostasmatsá". Alex ri e maliciosamente acrescenta: "Eles ficam OK se você colocar mel neles".

Três anos depoiscupom blaze apostasver esse anúncio, Alex acabacupom blaze apostasse tornar pai pela primeira vez. Ele também está se tornando português, apesarcupom blaze apostaster ido ao país duas vezes.

Para ele, é uma formacupom blaze apostasreconhecer formalmente uma parte fundamentalcupom blaze apostassua identidade. "Eu sei que soa como um elo incrivelmente tênue considerando quantas gerações da família você tem que atravessar da Idade Média até agora. Mas metade da minha família vem dessa comunidade e dessas tradições. Eu acho que se meus avós e bisavós e seus antepassados estivessem vivos hoje, eles aproveitariam a oportunidade também."

Séculoscupom blaze apostasexílio

As ruas do bairrocupom blaze apostasAlfama,cupom blaze apostasLisboa, são sinuosas, pavimentadas e atmosféricas. Os turistas são atraídos à área para ter uma ideia do que a cidade medieval teria sido.

Ruth Calvao, do Centrocupom blaze apostasEstudos Judaicoscupom blaze apostasTrás-os-Montes, gesticulacupom blaze apostasfrente a uma paredecupom blaze apostaspedra muito antiga e rústica sob o forte solcupom blaze apostasprimaveracupom blaze apostasLisboa. Apesar da estrutura antiga, o local ainda parece que poderia suportar qualquer tipocupom blaze apostasataque militar moderno.

Este é o local do antigo bairro judeu da cidade, situado ao lado da antiga muralha da cidade. Uma placacupom blaze apostasrua diz: "Rua da Judiaria". A história que terminacupom blaze apostaspessoas como Alex Abrahams começoucupom blaze apostasbairros como este.

Em 1492, os monarcas espanhóis, Fernando e Isabel, emitiram o Decretocupom blaze apostasAlhambra, expulsando os judeus dos reinoscupom blaze apostasCastela e Aragão. Dezenascupom blaze apostasmilharescupom blaze apostasjudeus procuraram refúgio na fronteira com Portugal.

Um padre português, Andrés Bernáldez, observou à época como os refugiados "caminhavam pelas estradas e pelos campos com grande dificuldade e desgraça, com alguns deles caindo, alguns deles morrendo, outros nascendo e todo cristão sentia penacupom blaze apostaseles."

No pico deste influxo, estima-se que até um quinto da população inteiracupom blaze apostasPortugal seja judia. Ruth - que nasceu na aristocracia católica, mas depois se converteu ao judaísmo - descreve a crise dos refugiados: "Todos os bairros judeus estavam transbordando por causacupom blaze apostastodas essas pessoas que vinham sem parar".

Em 1495, Manuel 1º ascendeu ao tronocupom blaze apostasPortugal. Embora primeiro visto como amigável para a população judaica, ele queria se casar com a filhacupom blaze apostasFernando e Isabel, a Infantacupom blaze apostasAragão. Como parte do contratocupom blaze apostascasamento, os governantes espanhóis insistiram que o mandatário português adotasse as mesmas restrições para os judeuscupom blaze apostasPortugal.

Em 5cupom blaze apostasdezembrocupom blaze apostas1496, Manuel 1º ordenou a expulsãocupom blaze apostastodos os judeus que não se convertessem ao catolicismo. Alguns partiram, mas quando a política entroucupom blaze apostasvigor, Manuel hesitou e até tentou retardar a partida dos judeus.

"Ele era muito ambíguo sobre isso", diz Ruth. "Sabia que muitas das finançascupom blaze apostasPortugal estavamcupom blaze apostasmãos judaicas - como portos, negócios e a construção das caravelas que ajudaram na descoberta do Novo Mundo. Ele não queria que os judeus fossem embora, por isso ele encenou conversões forçadas."

No centrocupom blaze apostasLisboa, Ruth mostra onde uma conversãocupom blaze apostasmassa envolvendo 20 mil judeus ocorreu no finalcupom blaze apostas1497. Reunidoscupom blaze apostasum pátio, foram encharcados com água batismal. Esses judeus convertidos ficaram conhecidos como "cristãos novos".

Apesar da conversão, os cristãos-novos enfrentaram restrições sobre seus direitos legais, financeiros e civis, bem como ameaças à segurança. Sob o herdeirocupom blaze apostasManuel, João 3º, a Inquisição foi criadacupom blaze apostasPortugalcupom blaze apostas1536, com fococupom blaze apostasnovos cristãos suspeitoscupom blaze apostassecretamente praticarcupom blaze apostasantiga fé. Acredita-se que maiscupom blaze apostas40.000 pessoas foram indiciadas pela Inquisição, que durou até 1821, embora o último teste público tenha ocorridocupom blaze apostas1765.

Em 1506, uma multidãocupom blaze apostasLisboa invadiu um dos antigos bairros judeus da cidade e massacrou cercacupom blaze apostas3.000 pessoas - incluindo mulheres e crianças. O massacre é lembrado ali por um monumento fora da igrejacupom blaze apostasSão Domingos - metadecupom blaze apostasum orbecupom blaze apostaspedra com uma estrelacupom blaze apostasDavidcupom blaze apostasmetal. A peça foi inauguradacupom blaze apostas2006 e prega um espíritocupom blaze apostastolerância no lugar do fanatismo.

O massacre desencadeou outra ondacupom blaze apostasemigração. O império otomano, sob o sultão Bayezid 2º, colheu os dividendos ao oferecer refúgio aos judeus exilados - incluindo os ancestraiscupom blaze apostasAlex na região que era a então Salônica.

Em 2013, os parlamentares portugueses aprovaram por unanimidade uma lei que permite aos descendentescupom blaze apostasjudeus sefarditas requererem a nacionalidadecupom blaze apostasPortugal. O projeto partiucupom blaze apostasuma ideia da ex-ministra da Saúde do país Maria De Belém Roseira.

"Quando eu estava no ensino médio e li a história, nunca entendi por que Portugal havia institucionalizado a Inquisição", diz ela. Isso a incomodou ao longo dos anos até decidir agir.

"Não se pode recuperar as coisas como eram antes. Mas você pode dizer que foi um erro e foi inaceitável. Quando temos o podercupom blaze apostasreparar uma injustiça, devemos fazer isso."

Maria afirma que os eventos dos séculos 15 e 16 ainda são relevantes para a política atual: "Não podemos assinar tratados internacionais sobre direitos humanos, tolerância e igualdade se perseguimos pessoas por causacupom blaze apostassuas crenças. Na política, você tem que dar as sinalizações corretas".

A Espanha também aprovou uma lei semelhante, mas decidiu colocar um limitecupom blaze apostastempo nos pedidos e exigiu que candidatos passassem por um testecupom blaze apostasidioma. "Nossa lei era mais ampla", diz a ex-ministra. "Isso foi algo que aconteceu cinco séculos atrás. Por isso, queríamos dar às pessoas a oportunidadecupom blaze apostasver suas raízes e suas famílias. Isso não é uma questãocupom blaze apostastempo."

Por essa razão, muitos judeus sefarditas optaram por solicitar a cidadania portuguesa. De qualquer forma, muitoscupom blaze apostasseus ancestrais teriam cruzado a fronteira da Espanha para Portugal como refugiados.

Hoje, Ruth Calvao recebe mensagenscupom blaze apostasmuitos grupos ligados a comunidades dessa diáspora - especialmente da Turquia. Ela vai mostrar a dez famílias turcas judaicas uma áreacupom blaze apostastorno do Porto neste verão. "Eles realmente querem ver suas raízes", diz ela. "É tão lindo."

A Lei do Retorno

A Sinagogacupom blaze apostasLisboa foi construída no início dos anos 1900 por judeus que haviam retornadocupom blaze apostasum longo exílio no Marrocos ecupom blaze apostasGibraltar.

O edifício tem bancoscupom blaze apostasmadeira com 12 pilares elegantes que sustentam uma galeria superior. Na frente, há um frisocupom blaze apostasmosaicos cintilantes sobre a arca que contém rolos da Torá. Acima disso, esculpidacupom blaze apostaspedra, está a inscriçãocupom blaze apostashebraico,cupom blaze apostastradução livre: "Saiba diantecupom blaze apostasquem você está".

A equipe fica surpresa com o númerocupom blaze apostaspedidoscupom blaze apostascidadania portuguesa. Para ajudar o governo, eles emitiram certificados para aqueles que podem provar que têm ascendência sefardita. Depois disso, os candidatos devem solicitar, por meio do Ministério da Justiça, o processo formalcupom blaze apostasnaturalização.

Gabriel Steinhardt preside a comunidade judaicacupom blaze apostasLisboa. Embora ele próprio seja descendentecupom blaze apostasjudeus asquenazes (da Europa Oriental e da Rússia), nasceucupom blaze apostasPortugal e, portanto, as novas leiscupom blaze apostasnacionalidade têm para ele mais uma influência emocional.

"Eu chamocupom blaze apostasa Lei do Retorno", diz ele, "permitindo que os judeus recebessemcupom blaze apostasvolta um passaporte que normalmente estariam segurando se seus ancestrais não tivessem sido forçados a sair. É o fechamentocupom blaze apostasum círculocupom blaze apostasreconciliação entre os judeus e Portugal."

Desde 2015 (quando as leis entraramcupom blaze apostasvigor), cercacupom blaze apostas30 mil pessoas se inscreveram no Ministério da Justiça. Destes, cercacupom blaze apostas25% - ou pouco maiscupom blaze apostas7.000 - já possuem nacionalidade portuguesa. O maior grupocupom blaze apostascandidatos écupom blaze apostasIsrael, depois da Turquia e do Brasil.

Uma das pessoas que mais sabe sobre as motivações desses candidatos é o advogado israelensecupom blaze apostasimigração Yoram Zara.

Segundo ele, um grande númerocupom blaze apostasturcos judeus logo se candidatou por causa da instabilidade políticacupom blaze apostasseu país.

Quanto aos candidatos israelenses, Yoram diz que muitas vezes eles buscam "um passaporte da UE porque é meio que um símbolocupom blaze apostasstatus - e para ter acesso à fila rápida no controle das fronteiras". Mas há também um ponto mais sério: "Não faz muito tempo que os judeus foram perseguidos e se você tivesse os documentos certos, poderia escapar do seu destino. Então, mal não faz ter outra identidade".

Brexit

E quanto ao Brexit, processocupom blaze apostassaída do Reino Unido da União Europeia? Resultoucupom blaze apostasmuitas candidaturas britânicas?

"No diacupom blaze apostasque os resultados do referendo foram anunciados, meu telefone não paravacupom blaze apostastocar, e os e-mails lotaram minha caixacupom blaze apostasentrada", diz Yoram. "Foi um pânico", diz, mas agora o fluxo se "acalmou muito".

Provar a herança sefardita pode ser feitacupom blaze apostasvárias maneiras diferentes. Muitas pessoas conseguiram desenhar árvores genealógicas usando registroscupom blaze apostascomunidades sefarditas estabelecidas, como a sinagoga Bevis Marks, na cidadecupom blaze apostasLondres, e a sinagoga Portuguesa,cupom blaze apostasAmsterdã.

Se, como Alex, você tiver fortes laços familiares com essa comunidade, talvez seja necessário apenas uma cartacupom blaze apostasum rabino e um documento familiar, como uma ketubá ou uma certidãocupom blaze apostascasamento.

Gabriel Steinhardt viu algumas famílias britânicas reconstituindo suas raízes familiares até o século 17, mas ele admite que são exceções. Houve relatos atécupom blaze apostaspessoas que apresentavam chaves enferrujadascupom blaze apostasantigos domicílios familiares como prova.

"Eu conheço pelo menos dois casoscupom blaze apostasjudeus da Turquia que guardaram chavescupom blaze apostascasascupom blaze apostasPortugal e as transmitiram por maiscupom blaze apostas500 anoscupom blaze apostasgeraçãocupom blaze apostasgeração", diz ele. "Obviamente, essas casas não existem mais, nem sabem onde ficavam as casas. Mas é uma história muito comovente."

Outras evidências enviadas incluíram fotografiascupom blaze apostaslápides e gravaçõescupom blaze apostascanções cantadas por pais e avós, talvezcupom blaze apostasladino, espanhol ou português.

Por meiocupom blaze apostasuma dessas demonstrações, o rabino Natan Peres, da sinagogacupom blaze apostasLisboa, canta uma tradicional oraçãocupom blaze apostasmesacupom blaze apostasespanhol chamada Bendigamos: "É um exemplocupom blaze apostascomo os judeus que deixaram a península Ibérica mantinham uma conexão cultural e espiritual com suas pátrias".

Gabriel explica que muitas vezes os nomescupom blaze apostasfamília são uma boa pista, combinados com as regiõescupom blaze apostasorigem das pessoas - por exemplo, as diásporas estabelecidas na Turquia ou no Marrocos.

"Entendemos e o governo português entende que, excetocupom blaze apostasalguns casos muito raros, é difícil ter 100%cupom blaze apostascerteza. Mas é possível - com um alto nívelcupom blaze apostascerteza - dizer que a pessoa candidata é descendentecupom blaze apostasuma família sefardita. "

Gabriel diz que hoje há cercacupom blaze apostas1.500 judeus praticantescupom blaze apostasPortugal - no último censo, 5.000 pessoas se identificaram como judias. É uma das menores populações da União Europeia.

"Nossa grande esperança é que talvez 1% dos que obtiveram a nacionalidade permaneçamcupom blaze apostasPortugal entre nós e façam a nossa comunidade crescer um pouco. Seria fantástico."

Etel Sason é uma professora universitária aposentadacupom blaze apostasuma família sefardita turca. Ela agora preenche seu tempo com o voluntariadocupom blaze apostasuma escola secundária localcupom blaze apostasIstambul e um trabalhocupom blaze apostascuracupom blaze apostastempo parcialcupom blaze apostasum centrocupom blaze apostasbem-estar. Ela ama a vida como é, mas mesmo aos 61 anos sente uma certa inquietação - algo que a levacupom blaze apostasvolta à península Ibérica. Etel conta que seus antepassados ​​viveramcupom blaze apostasToledo, na Espanha, até 1492: "Eles foram forçados a sair e partecupom blaze apostasnós ainda acha que pertencemos lá".

Etel ecupom blaze apostasfamília obtiveram a cidadania espanholacupom blaze apostas2016 por meio da versão local da concessãocupom blaze apostasnacionalidade ligada à ascendência sefardita. Ela agora está avaliando dividir seu ano entre a Turquia e Espanha ou Portugal - possivelmentecupom blaze apostasLisboa.

"Algo me chama - talvez meus genes estejam me dizendo que eu já vivi lá antes. Existem tantas semelhanças. Até os biscoitos que vendemcupom blaze apostasPortugal - são os mesmos biscoitos que foram assados ​​pela minha avó. A sopa também - é a sopa da minha avó!"

Talvez a coisa mais estranha seja que Etel diz que pode entender as línguas da Espanha ecupom blaze apostasPortugal desse jeito. "É milagroso. Eu nunca tive aulas e não sei escrever essas línguas, mas consigo entender quase tudo."

Os paiscupom blaze apostasEtel, como os avóscupom blaze apostasAlex, falavam ladinocupom blaze apostascasa e há bastante sobreposição para ajudá-la a entender o que os espanhóis e portugueses estão dizendo.

"É tão fácil sentir-secupom blaze apostascasacupom blaze apostasPortugal. Lisboa é realmente como uma pequena Istambul. Sempre que visito sinto essa ligação."

Etel alugará uma casacupom blaze apostasLisboa no verão deste ano e diz que conhece outras famílias que se mudaram para lá definitivamente.

Ela admite que não são apenas suas raízes sefarditas que tornam uma perspectiva atraente. É também o fatocupom blaze apostasPortugal e Espanha terem boas universidades e oportunidadescupom blaze apostasnegócio, bem como um bom nívelcupom blaze apostasvida,cupom blaze apostascomparação com cidades europeias mais caras. O clima ensolarado, claro, também ajuda.

Ciclo completo

Nem todos os membros da famíliacupom blaze apostasAlex Abrahams compartilham seu entusiasmo por se tornarem portugueses. "Minha mãe acha que sou louco", confessa ele, apesarcupom blaze apostasserem suas raízes familiares que lhe dão o direitocupom blaze apostasreivindicar a cidadania portuguesa independentemente. "Ela achou ridículo quando eu contei a ela, mas à medida que mais pessoas se inscreveram, ela começou a levar isso mais a sério."

Quando ele decidiu fazer o pleito, mergulhou nos arquivos da família para provarcupom blaze apostasascendência. E teve sortecupom blaze apostaster uma família tão bem documentada.

Alex tem uma fotocupom blaze apostasseus avós se casando na sinagoga Holland Park,cupom blaze apostasLondres, e ele até tem uma cópia originalcupom blaze apostassua certidãocupom blaze apostascasamento -cupom blaze apostashebraico, mas com frases ladinas também. Sua inscrição incluiu uma cópia deste documento ao ladocupom blaze apostasuma carta do rabino da sinagoga, atestando quecupom blaze apostasfamília tinha fortes laços históricos com a congregaçãocupom blaze apostaslá.

Curiosamente, os registros da famíliacupom blaze apostasAlex também contêm um retratocupom blaze apostasminiatura do século 18. Mostra uma mulhercupom blaze apostastraje sefardita local do Marrocos. Alex me diz que esta é a Fortune Stella Amar,cupom blaze apostastia. Ela é do ladocupom blaze apostassua avó materna, mas é mais um sinalcupom blaze apostassuas raízes sefarditas. É uma imagem bonita, mas frágil. Felizmente, Alex não precisou se separar dele para o seu pedidocupom blaze apostaspassaporte.

Alex ainda tem os documentos para mostrar como seus bisavós estavam isentos da Ordemcupom blaze apostasRestriçãocupom blaze apostasAliens controlando seus movimentos. O Ministério do Interior estava convencidocupom blaze apostasque, por serem originalmente uma famíliacupom blaze apostasjudeus da Península Ibérica, não representavam uma ameaça interna à Grã-Bretanha.

Então a família ficou. O avôcupom blaze apostasAlex, Harry, nasceu no oestecupom blaze apostasLondrescupom blaze apostas1915. Ele é o homem que disse ao seu neto para nunca esquecercupom blaze apostasherança sefardita.

Após a votação do Brexitcupom blaze apostas2016, muitos cidadãos britânicos solicitaram o segundo passaporte. Estima-se que 200.000 pedidoscupom blaze apostaspassaporte irlandês foram feitos por cidadãos britânicoscupom blaze apostas2018.

Alex diz que o Brexit desempenhou um papel importante emcupom blaze apostasdecisão: "Não era apenas o horário da fila do aeroporto. O Brexit foi o catalisador, mas eu teria feito issocupom blaze apostasqualquer maneira. "

Ele afirma estar preocupado com a "linguagem conspiratória"cupom blaze apostasalguns esquerdistas no Reino Unido: "Eles têm um problema com os judeus modernos", diz ele. "Eles não acham que podem ser vítimascupom blaze apostasracismo. Então, eu me preocupo com o mundocupom blaze apostasque meus filhos crescerão se isso se tornar a política predominante ".

Sua crescente família também foi um fator na obtençãocupom blaze apostasum passaporte da UEcupom blaze apostasum momento incerto na história britânica: "Tenho pensado sobre as oportunidades oferecidas ao meu filho e se ele ficarácupom blaze apostasdesvantagem".

Alex se descreve como um "britânico orgulhoso e um londrino orgulhoso" e ele insiste que não está planejando se levantar e saircupom blaze apostasonde está. Mas ele pensou na liberdadecupom blaze apostasmovimento quando fezcupom blaze apostasinscriçãocupom blaze apostas2016: "Espera-se que a dupla nacionalidade não seja um tabu. Você pode ter duas partescupom blaze apostassua identidade expressas atravéscupom blaze apostasseus passaportes".

Alex gastou cercacupom blaze apostas2.500 libras emcupom blaze apostasbusca pela cidadania portuguesa. O aplicativocupom blaze apostassi não custou muito, mas ele teve que contratar um advogadocupom blaze apostasLisboa e muitos documentos tiveram que ser autenticados ou enviados por correio.

O processo também levou cercacupom blaze apostasdois anos e meio e ainda não acabou oficialmente - ele está esperando para ter seus dados escritos no registrocupom blaze apostasnascimento português. Depois disso, ele poderá obter um cartãocupom blaze apostascidadania e passaporte.

Ele afirma não ter planos imediatos para mudarcupom blaze apostasfamília, mas também não descarta isso.

"Há a possibilidadecupom blaze apostasque isso não seja apenas uma coisa simbólica que Portugal esteja fazendo e que os judeus se mudem para lá e reconstruam essas comunidades antigas. Isso seria incrível - uma parte incrível da história judaica".

Ele aponta quecupom blaze apostasfamília estava na Península Ibérica e depois no Império Otomano por mais tempo do que na Grã-Bretanha: "Impérios mudam, culturas mudam e identidades mudam também".

Alex ainda está esperando pelo pedaçocupom blaze apostaspapel - ou e-mail - que diz que ele é oficialmente português e britânico. O que ele fará para comemorar quando finalmente chegar? "Eu vou investircupom blaze apostasforma adequadacupom blaze apostasum professorcupom blaze apostasportuguês", ele ri, "porque o aplicativo que estou usando não é ótimo!"

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