Como nasceram as embalagenscriar aposta no betanoplástico e por que eliminá-las pode não ser tão ecológico assim:criar aposta no betano
Enquanto observava o garçom trocar a toalhacriar aposta no betanomesa, ele se perguntou se poderia criar um tecido que pudesse ser limpo simplesmente com um pano.
Ele tentou borrifar celulosecriar aposta no betanotoalhascriar aposta no betanomesa, mas o material não aderia à superfície e desprendia uma película transparente. Foi quando ele pensou: será que haveria mercado para essas lâminas transparentes?
Quando começou a Primeira Guerra Mundial, ele encontrou um: lentes para máscarascriar aposta no betanogás.
Brandenberger chamoucriar aposta no betanoinvençãocriar aposta no betano"celofane" e,criar aposta no betano1923, vendeu os direitos para a empresa DuPont na América.
Seus primeiros usos incluíam embrulhoscriar aposta no betanochocolates, perfumes e flores.
Problemas com o celofane
Mas a DuPont tinha um problema. Alguns clientes estavam descontentes porque o celofane era impermeável, mas não resistente à umidade.
Os doces ficavam grudados, as facas oxidavam e charutos secavam.
A DuPont contratou, então, um químicocriar aposta no betano27 anos, William Hale Charch, e o encarregoucriar aposta no betanoencontrar uma solução.
Em um ano, ele conseguiu: revestiu o celofane com camadas extremamente finascriar aposta no betanonitrocelulose, cera, um plastificante e um reagente para misturas.
As vendas dispararam.
O momento era perfeito. Na décadacriar aposta no betano1930, os supermercados estavam mudando: os clientes não faziam mais fila para informar aos vendedores que tipocriar aposta no betanoalimento precisavam. Em vez disso, passaram a retirar os produtos nas prateleiras.
A embalagem transparente foi um sucesso. E, como destaca Ai Hisano, pesquisador da Escolacriar aposta no betanoNegócios da Universidadecriar aposta no betanoHarvard, nos EUA, "teve um impacto significativo não apenas sobre como os consumidores compravam alimentos mas também sobre como eles entendiam a qualidade dos alimentos".
O celofane permitia que os consumidores escolhessem os alimentos com base emcriar aposta no betanoaparência, sem sacrificar a higiene ou o frescor.
Um estudo – financiado pela DuPont – mostrou que embrulhar os biscoitoscriar aposta no betanocelofane incrementava as vendascriar aposta no betanomaiscriar aposta no betano50%.
E os varejistas recebiam conselhos semelhantes. "Ela compra carne com os olhos", dizia uma ediçãocriar aposta no betano1938 da revista The Progressive Grocer.
Carne perdendo a cor
Na verdade, os açougues tiveram dificuldade para implementar o sistema self-service. O problema era que a carne, uma vez cortada, descoloriria rapidamente.
Mas os estudos indicavam que a adoção do self-service poderia aumentar as vendascriar aposta no betanocarnecriar aposta no betano30%.
Diante deste incentivo, encontraram algumas soluções: iluminação corcriar aposta no betanorosa, aditivos antioxidantes e, é claro, uma versão melhorada do celofane, que deixava passar apenas a quantidade certacriar aposta no betanooxigênio.
Em 1949, os anúncios publicitários da DuPont se gabavam da "nova maneira agradável"criar aposta no betanocomprar carne – "pré-cortada, pesada, precificada e embrulhadacriar aposta no betanocelofane diretamente na loja".
Mas o celofane logo ficaria foracriar aposta no betanomoda, superado por outros produtos, como o cloretocriar aposta no betanopolivinilideno, da Dow Química.
Como seu antecessor, foi descoberto acidentalmente e usado pela primeira vezcriar aposta no betanoconflitos – neste caso, para protegercriar aposta no betanointempéries os aviõescriar aposta no betanocombate na Segunda Guerra Mundial.
E, assim como o celofane, demandou bastante pesquisa e desenvolvimento antescriar aposta no betanopoder ser usadocriar aposta no betanoalimentos – originalmente era verde-escuro e cheirava mal.
Uma vez que a Dow resolveu a questão, chegou ao mercado com o nomecriar aposta no betanoSaran Wrap – mais conhecido hojecriar aposta no betanodia como plástico filme.
Após a descobertacriar aposta no betanoproblemascriar aposta no betanosaúde associados ao cloretocriar aposta no betanopolivinilideno, o plástico filme passou a ser feito a partircriar aposta no betanopolietilenocriar aposta no betanobaixa densidade, embora seja menos aderente.
Ele também é usado para fazer as sacolas plásticascriar aposta no betanosupermercado que estão sendo banidas ao redor do mundo.
O polietilenocriar aposta no betanoalta densidade é o tipocriar aposta no betanomaterial usadocriar aposta no betanoembalagenscriar aposta no betanoleite.
Os refrigerantes, porcriar aposta no betanovez, são comercializadoscriar aposta no betanogarrafascriar aposta no betanoPolietileno Tereftalato (PET).
E se você ainda não tiver se perdido, saiba que as embalagens plásticas são feitas cada vez maiscriar aposta no betanomúltiplas camadas destas ecriar aposta no betanooutras substâncias, como o polipropileno biaxialmente orientado ou o etileno e acetatocriar aposta no betanovinila.
Os gurus das embalagens dizem que há uma razão para isso – materiais diferentes apresentam propriedades distintas, então múltiplas camadas podem oferecer o mesmo desempenhocriar aposta no betanouma embalagem mais fina – e, portanto, mais leve.
Mas esses materiais compostos são mais difíceiscriar aposta no betanoreciclar.
Qual é a melhor embalagem?
Não é fácil calcular o que é mais conveniente.
Dependendo da quantidadecriar aposta no betanoembalagens mais pesadas, que na prática são recicladas, você pode achar que a embalagem mais leve, não reciclável, na verdade, geram menos resíduos.
E uma vez que você começa a analisar as embalagens plásticas, você se depara o tempo todo com paradoxos deste tipo.
Algumas embalagens são um desperdício.
Mas o que acontece, por exemplo, com os pepinos envoltoscriar aposta no betanoplástico filme que se mantêm frescos por 14 diascriar aposta no betanovezcriar aposta no betanotrês?
O que é pior? 1,5gcriar aposta no betanoplástico filme ou pepinos inteiros que apodrecem antescriar aposta no betanoser comidos? A escolha,criar aposta no betanorepente, não é tão óbvia.
As sacolas plásticas impedem que as bananas escureçam rápido ou que as batatas fiquem verdes; também evitam que as uvas caiam dos cachos.
Há aproximadamente uma década, um supermercado do Reino Unido experimentou retirar todas as frutas e legumes da embalagem - e a taxacriar aposta no betanodesperdíciocriar aposta no betanoalimentos dobrou.
E não se trata apenas da vida útil nas prateleiras – e o desperdício gerado antescriar aposta no betanoos alimentos chegarem ao supermercado?
Outro estabelecimento, que havia sido criticado por colocar maçãscriar aposta no betanobandejas envoltascriar aposta no betanoplástico, tentou vendê-las soltascriar aposta no betanograndes caixascriar aposta no betanopapelão – mas muitas frutas foram danificadas durante o transporte e, no final, eles acabaram usando mais embalagem por maçã realmente vendida.
De acordo com um relatório do governo do Reino Unido, apenas 3% dos alimentos são desperdiçados antescriar aposta no betanochegar às lojas.
Nos paísescriar aposta no betanodesenvolvimento, esse percentual pode sercriar aposta no betano50% – e essa diferença se devecriar aposta no betanoparte à forma como o alimento é embalado.
Isso se torna mais importante à medida que cada vez mais gente vive nas cidades, longecriar aposta no betanoonde a comida é cultivada.
Mesmo a temida sacola plásticacriar aposta no betanosupermercado pode não ser tão vilã quanto parece.
Se você comprou bolsas resistentes e reutilizáveis no supermercado, é provável que elas sejam feitascriar aposta no betanonão tecidocriar aposta no betanopolipropileno – e são menos prejudiciais, mas somente se você usá-las pelo menos 52 vezes.
Essa é a conclusãocriar aposta no betanoum relatório do governo dinamarquês, que colocou na balança os variados impactos ambientais da produção e descartecriar aposta no betanodiferentes tiposcriar aposta no betanosacolas.
E se acriar aposta no betanosacola reutilizável forcriar aposta no betanoalgodão orgânico, não se sinta orgulhoso - os pesquisadores estimaram que é necessário usá-la 20 mil vezes para justificarcriar aposta no betanoexistência. Isso equivale a ir às compras todos os dias durante maiscriar aposta no betanomeio século.
O mercado pode ser uma maneira maravilhosacriar aposta no betanoindicar desejos populares.
Na décadacriar aposta no betano1940, os consumidores americanos queriam carne convenientemente pré-cortada – e o que os economistas chamamcriar aposta no betano"mão invisível" do mercado proporcionou as tecnologias que tornaram isso possível.
Mas nosso desejo para que haja menos desperdício pode não ter efeito no mercado, uma vez que a questão é complicada e nossas decisõescriar aposta no betanocompra podem, sem querer, causar mais mal do que bem.
Só conseguimos enviar essa mensagem por um caminho mais tortuoso, por meiocriar aposta no betanogovernos e organizações ambientais, e esperamos que eles – junto a iniciativas bem-intencionadas da indústria – elaborem algumas respostas sensatas.
Parece claro que a solução não será deixarcriar aposta no betanousar embalagens – mas, sim, criar embalagens melhores, idealizadascriar aposta no betanolaboratórioscriar aposta no betanopesquisa e desenvolvimento, como aqueles que deram origem ao celofane resistente à umidade décadas atrás.
*Tim Harford escreve a coluna "Undercover Economist" do jornal britânico Financial Times. Este artigo faz parte da série "50 Things That Made the Modern Economy" ("50 coisas que fizeram a economia moderna",criar aposta no betanotradução livre), transmitida pela rádio BBC World Service.
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