A vida das mulheres viciadasaposta futebolpornografia:aposta futebol

Para Neelam, tudo começou como uma simples curiosidade por sexo.

A históriaaposta futebolNeelam

Ilustração com um retratoaposta futebolNeelam Tailor

Crédito, BBC THREE

Legenda da foto, Neelam Tailor começou a consumir pornografia quando tinha 11 anos

"Talvez eu tivesse uma alta libido, ou apenas estava entrando na puberdade, não sei, mas comecei a buscar por filmes tradicionais que tinham bastante sexo", diz Neelam.

Ela logo passou a ver materiais cada vez mais explícitos. "Eu fiquei chocada. É diferenteaposta futebolquando você é criança e assiste a filmes românticos,aposta futebolque as pessoas estão apaixonadas e o sexo é higienizado", diz.

"Tinha ouvido falar sobre pornografia na escola, mas era uma escola sóaposta futebolmeninas, e sempre foi algo considerado como 'algo que os garotos fazem'. Isso despertou minha curiosidade, mas também me fez sentir muita vergonha, como se estivesse fazendo algo que meninas normalmente não fazem."

Neelam viu pornografia na maioria dos dias entre os seus 11 e 16 anosaposta futebolidade. Ela ia para seu quarto, fechava a porta e,aposta futebolmeio a pôsteres e fotosaposta futebolamigos nas paredes e livros e anotações da escola pelo chão, passava "de dez minutos a uma hora" percorrendo sites pornográficos. "Acho que meus pais não sabiam", diz ela.

Rapidamente, aquele choque inicial foi superado. "Acho que o pornô desensibiliza você. Cheguei a um pontoaposta futebolque não ficava chocada com muita coisa, então, você passa a ver coisas mais pesadas, e as outras se tornam normais", diz.

Conforme seu conhecimento aumentou sobre os tiposaposta futebolvídeos disponíveis, ela começou a desenvolver certas preferências. "Procurava por pornografiaaposta futebolque a mulher é submissa, às vezes coagida, como se tivesse sido forçada a fazer sexo. Ou procurava por homens mais velhos se relacionando com garotas mais novas", diz.

"Não sei por que, mas ainda tão nova,aposta futeboltorno dos 13 anos, não acredito que tivesse preferências sexuais próprias - acho que era muito influenciada pelo que eu via."

A históriaaposta futebolSarah

Sarah*,aposta futebol25 anos, teve experiências semelhantes. "Comecei a assistir pornografia a partir dos 13 ou 14 anosaposta futebolidade, pelo menos duas vezes por semana, talvez mais. Apenas sentia que estava satisfazendo uma necessidade", conta.

"Eu me lembro que rapidamente fiquei insensível quanto a tudo isso. Dez homens e uma mulher, orgias que eram basicamente uma massaaposta futebolcorpos se contorcendo, mulheres sendo agredidas ou humilhadasaposta futebolvárias formas - e eu estava vendo coisas assim antes mesmoaposta futebolter feito sexo."

Ela conta que ainda vê pornografia, embora não tanto quanto antes. "Acho que, depoisaposta futebolconsumir isso por maisaposta futeboldez anos, acho difícil atingir o orgasmo sem muita estimulação, como com um vibrador. Ou com mais pornografia", diz.

A pornografia e o cérebro (masculino)

Letreiro neom com as expressão XXX

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O consumo excessivoaposta futebolpornografia pode levar a problemas sexuais, como disfunção erétil

Muito tem sido escrito pela imprensa e por cientistas sobre o consumo excessivoaposta futebolpornografia por homens.

Em 2016, Angela Gregory, uma terapeuta psicossexual britânica que trabalha no sistema públicoaposta futebolsaúde do Reino Unido, o NHS, disse à BBC que o acesso fácil à pornografia levou a um aumento do númeroaposta futebolhomens encaminhados para tratamentosaposta futeboldisfunção erétil.

Uma análise feita por uma instituiçãoaposta futebolcaridade britânica da áreaaposta futeboleducação apontou que, enquanto a pornografia respondia por cercaaposta futebol2% a 5% dos casosaposta futebolimpotência do país no início dos anos 2000, quando a banda larga estava começando a se popularizar, ela agora é culpadaaposta futebolcercaaposta futebol30% dos casos.

Pesquisadores nos Estados Unidos afirmam que homens expostos ao pornô ainda bem jovens tendem a concordar com afirmações sobre a dominância masculina, como "as coisas costumam ser melhores quando homens estão no comando".

Thaddeus Birchard é um terapeuta comportamental cognitivo e fundador do primeiro programaaposta futeboltreinamento para profissionais da área no Reino Unido sobre como tratar vícioaposta futebolsexo. "Na sociedadeaposta futebolgeral, a pornografia é normalmente uma preocupação masculina", diz ele.

"Isso deveaposta futebolparte à neurociência. As mulheres, quando estão excitadas, produzem altos níveisaposta futebolocitocina no cérebro, algo relacionado ao atoaposta futebolcuidar dos outros eaposta futebolestabelecer conexões com as pessoas. Em comparação, homens produzem altos níveisaposta futebolvasopressina, que está relacionada à persistência e ao foco".

Birchard diz que esta é uma das razões pelas quais um homem pode entrar na internet e ficar navegando por horas e horas. "Eles ficam tão focados que tudo ao seu redor deixaaposta futebolexistir", diz o terapeuta.

Naaposta futebolopinião, a pornografia pode ter um apelo maior para homens, porque "a maioria das mulheres não têm interesse por partes específicas do corpo".

Quem está estudando o efeito da pornografia no cérebro feminino?

Ilustração com símbolos dos sexos masculino e feminino com cérebro no centro

Crédito, BBC THREE / ISTOCK

Legenda da foto, Apesaraposta futebolespecialistas dizerem que mulheres não consomem pornografia compulsivamente como homens, relatos pessoais contradizem essa crença

Cercaaposta futebol94% dos jovensaposta futebol11 a 16 anos que acessaram material pornográfico o fizeram até os 14 anos, e isso inclui adolescentes do sexo masculino e feminino.

Quando comecei a fazer pesquisas para esta reportagem, esperava encontrar poucas informações sobre o impacto da pornografia sobre as mulheres, porque,aposta futebolmédia, menos mulheres consomem pornografia, como mostram os dados sobre usuáriosaposta futebolum conhecido site pornô. Eu não esperava encontrar quase nada.

Sou privilegiada (branca, cisgênero - uma pessoa cuja identidadeaposta futebolgênero corresponde ao sexoaposta futebolnascimento - e hétero) e, ainda assim, não consegui encontrar nenhuma pesquisa que refletisse minha experiência. Então eu era a única?

Procurei pessoas que, como eu, consumiam pornografia convencional, para ver se isso tinha algum efeito sobre elas.

Em um estudo recente com mil jovensaposta futebol18 a 25 anos, realizado para a BBC Three, 47% das mulheres disseram ter visto pornografia no último mês e 14% afirmaram que,aposta futebolalgum momento, elas sentiram que poderiam ter se viciadoaposta futebolpornografia.

E, ao longo da minha pesquisa, vários especialistas repetiram a mesma coisa: as mulheres simplesmente não consomem pornografia compulsivamente. Ou, se o fazem, isso não as afeta muito. No entanto, as mulheres com quem conversei contaram uma história diferente.

O impacto da pornografia nas mulheres - e o que elas dizem

Mulher olha para tela do celular

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, 'A pornografia te oferece um nível inigualávelaposta futebolexcitação. Que parceiro pode competir com isso?'

Neelam parouaposta futebolver pornografia quando tinha 16 anos, especialmente por causa do impacto que isso tinha sobre ela. "Comecei um relacionamento com meu primeiro namorado e percebi que não conseguia ficar excitada com o sexo real", diz.

"Acho que a pornografia gera um um nível não naturalaposta futebolestímulo, particularmente se você tem dez abas abertas no navegador. Que parceiro pode replicar isso?"

Ela começou a perceber uma diferença físicaaposta futebolquando via pornografia eaposta futebolquando fazia sexo. "Fiquei com medo. Pensava: 'Será que devo ir ao banheiro e ver pornografia antesaposta futebolfazer sexo só para conseguir ficar excitada?'."

A partir daquele momento, ela mudouaposta futebolhábitos. "Não acho que era 'viciada', porque simplesmente parei e nunca quis voltar a fazer issoaposta futebolnovo."

Hannah*,aposta futebol28 anos, concorda que assistir um monteaposta futebolpornografia pode diminuir a sensibilidadeaposta futeboluma pessoa a esse tipoaposta futebolmaterial, mas sente que também se beneficiou da exposição a ela.

"Sou lésbica, e acho que sabia que me sentia atraída por mulheres aos 8 ou 9 anosaposta futebolidade, mas foi só quando vi uma cenaaposta futebolsexo entre lésbicas, aos 12 anos, que tive essa confirmação. Isso realmente me fez sentir melhor", diz Hannah.

"Saber que poderia dar vazão à minha sexualidade com outra mulher foi ótimo. Acho que, por esta razão, o pornô pode ser positivo. Se você nunca conheceu uma pessoa que tenha o mesmo desejo, você pode sentir-se isolado."

Mas, no fim das contas, Hannah ficou desiludida com a pornografia: "A maioria das pornografias lésbicas é basicamente uma fantasia masculinaaposta futebolcomo duas mulheres deveriam fazer sexo. E transforma pessoas como euaposta futebolum fetiche".

Ela diz que, para lésbicas, a pornografia pode se tornar até mesmo algo odioso. "Os homens agemaposta futebolforma agressivaaposta futebolbares, pedindo para verem eu e minha namorada nos beijando. Até mesmo mulheres heterossexuais tratam você como uma espécieaposta futebolexperiênciaaposta futebolpotencial,aposta futebolvezaposta futebolum indivíduo com sentimentos e desejos próprios."

Pornografia, sexo e vergonha

Ilustração mostra imagem pixeladaaposta futebolmulher

Crédito, BBC THREE / ISTOCK

Legenda da foto, Muitas pessoas que consomem pornografia dizem sentir vergonha deste hábito

Leila Frodsham, consultoraaposta futebolginecologia e porta-voz do Institutoaposta futebolMedicina Psicossexual, na Inglaterra, conta que atende pacientes há 20 anos e diz nunca ter encontrado uma mulher que relate problemas com pornografia.

"Há apenas alguns estudos (que tratam desse assunto). Um tinha apenas 48 participantes e não indicou que esse hábito tenha alguma influência sobre a excitaçãoaposta futebolmulheres. Outro, com 200 mulheres do Oriente Médio, não apontou uma diferença na frequênciaaposta futebolrelações sexuais, mas indicou haver um efeito sobre a libido e a excitação, que elas descreveram como um 'tédio do sexo'."

Frodsham diz que a pornografia pode explicar mudanças nas práticas sexuais. Ela afirma que, na áreaaposta futebolque trabalha, percebeu um aumentoaposta futebolpessoas com infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) no rosto e na área dos olhos - mas não nos genitais - e atribui isso à ascensãoaposta futebolpopularidade do pornô.

"Há cercaaposta futebol20 anos, raramente víamos casos como estes. Mas agora eles estão aumentando, por causa das money shots [cenasaposta futebolque atores pornô ejaculam no rostoaposta futeboluma mulher]", diz ela.

Ela é pragmática sobre o que a faltaaposta futebolliteratura científica sobre o tema pode significar. "É interessante vermos um aumento do tratamento [de problemas sexuais]aposta futebolhomens e nãoaposta futebolmulheres. Todos eles são expostos à pornografia desde cedo."

"Não acho que exista muita pesquisa nesta área e, se não háaposta futebolfato, temos que pensar se é por que as mulheres estão tendo problemas físicos ou psicológicos e não estão procurando um médico - será que elas sentem vergonhaaposta futebolfalar sobre essas questões? - ou é por que elas não estãoaposta futebolfato tendo problemas?"

A históriaaposta futebolErica

Ilustração com o retratoaposta futebolErica Garza e símbolos pixeladosaposta futebolplay e pause

Crédito, BBC THREE / ERICA GARZA

Legenda da foto, Erica Garza buscou tratamento para seu vícioaposta futebolsexo

A autora americana Erica Garza, hoje com 36 anos, tinha 12 quando começou a ver pornografia na TV tarde da noite. Era 1994, e a internet ainda engatinhava.

"Eu desenvolvi escoliose e tive que usar um colete para ir à escola", explica ela. "Sofri bullying e me senti isolada, então, usei pornografia e masturbação como uma formaaposta futebolescapar destes problemas e me sentir bem."

Como Neelam, porém, isso estava ligado a sentimentosaposta futebolvergonha mais profundos. "Não sei exatamenteaposta futebolonde eles vieram, mas há algumas possibilidades. Estudavaaposta futeboluma escola católica para meninas, e o sexo era tratado como uma coisa que acontece entre um homem e uma mulher que se amam com um único propósito: a procriação."

Erica diz que, emaposta futebolcriação, o assunto sexo "nunca esteve relacionado com homossexualidade ou bissexualidade". "Sempre fui bissexual. Não ver minha experiência refletida nisso me fez sentir mal. Então, sempre tinha na minha cabeça um jeito 'certo'aposta futebolsentir desejo sexual", diz.

"Além disso, as mulheres muitas vezes não falam sobre o que as excita, porque temem ser chamadasaposta futebolvagabundas ou alguma outra palavra terrível. E é nesse processoaposta futebolsentir vergonhaaposta futebolnossos desejos que acho que desenvolvemos hábitos compulsivos."

Erica não via pornografia todos os dias, mas diz que isso teve um impacto sobreaposta futebolvida e relacionamentos.

"Recorria àquilo quando estava estressada ou preocupada. Foi algo que acabou me afastandoaposta futeboloutras atividades. Comecei a me isolar, a me sintir mal comigo mesma, achei que havia algo errado comigo."

Em 2014, ela publicou um texto no site Salon sobreaposta futeboldecisãoaposta futebolbuscar tratamento para o vícioaposta futebolsexo: "Normalmente, orgias eram uma aposta certa para conseguir gozar, mas, quando isso parouaposta futebolfuncionar, continuei a procurar, clicandoaposta futebolintermináveis ​​galeriasaposta futebolfotosaposta futebolcorpos, esperando encontrar algo que me deixasse impressionada. Finalmente, encontrei algo que me fez formigar, deixou meu coração acelerado, me fez suar e me deixou excitada. Era um vídeo antigo, dos anos 1990, mas era perfeito: tinha maisaposta futebol500 homens".

Ela conta ter assistido ao clipe uma segunda vez, depois, uma terceira, e salvou o endereço para voltar a ele depois. "Mas, depois, quando me afastei do computador, senti algo diferente da satisfação normal do pós-orgasmo. Eu me senti mal. Culpada", diz Erica.

"Ver pornografia me afetouaposta futebolvárias maneiras. Fiquei atraída por certas situações sexuais sobre as quais não teria pensadoaposta futeboloutra forma, como ser tratadaaposta futebolforma agressiva na cama, ser humilhada verbalmente. Então, passei a esperar e desejar esse comportamento dos homens."

Erica diz que também passou a pensar sobre o tipoaposta futebolcorpo que queria ter. "Fiquei obcecadaaposta futebolremover todos os pêlos do meu corpo, porque é o que eu via na tela."

O pornô muda o que você buscamosaposta futebolnossa vida sexual?

Ilustração mostra computador com correntes, imagens pornô pixeladas sobre um fundo rosa

Crédito, BBC THREE / ISTOCK

Legenda da foto, Parace haver uma oferta ilimitadaaposta futebolconteúdos pornográficos na internet

Ao longo dos anos, Neelam também questionou o quantoaposta futebolexposição precoce à pornografia influenciou seus desejos sexuais. "Aos poucos, vendo como mulheres que não eram brancas eram tratadas na pornografia, comecei a internalizar a ideiaaposta futebolque sou um fetiche para as pessoas eaposta futebolvezaposta futeboluma pessoa", diz.

"Também passei a buscar as dinâmicas que via na pornografia. Depoisaposta futeboltantos anos assistindo a homens mais velhos com garotas mais novas, quando tinha 17, 18, 19 anos, comecei a tentar namorar homens mais velhos. Não sei isso foi uma coincidência. Nunca saberei o que veio primeiro - se eu tinha alguma preferência inata e se foi o pornô que gerou isso."

É uma questão que muitas mulheres com que falei perguntam a si mesmas e sobre as quais eu mesma sempre me questionei.

Quando era mais jovem, tinha a ideiaaposta futebolque, quando se tratavaaposta futebolsexo, deveria ter um comportamento totalmente passivo - que sexo era algo que deveria ser feito comigo. Essa passividade sempre existiu ou foi algo que aprendi com a pornografia?

'Ninguém deve ser educada sexualmente por meio da pornografia'

Em uma análiseaposta futebol2010aposta futebolmaisaposta futebol300 cenas pornográficas, 88% incluíram agressões físicas. A maioria dos agressores eram homens e seus alvos, mulheres. A resposta mais comum à agressividade era demonstrar prazer ou reagiraposta futebolforma neutra.

Outros estudos semelhantes foram inconclusivos sobre o efeito que a pornografia agressiva tem sobre os homens. Alguns apontaram que relação entre o consumoaposta futebolpornografia e a violência era pequena. Mas há menos informações ainda sobre como isso pode afetar as mulheres.

"De qualquer forma, acho que as escolas deveriam ser mais proativas ao educar as crianças sobre sexo", diz Neelam.

"Sexo e pornografia ainda são tratados como um tabu nas escolas, mas as crianças serão educadas na escolas ou pela pornografia. Ninguém, especialmente uma mulher jovem, deve ser educado sexualmente por meio da pornografia."

Outras mulheres usam a pornografia para se excitar, mas como uma válvulaaposta futebolescape para estresse ou um trauma.

A escritoria Jessica Valentish escreveu um livroaposta futebolmemórias sobre suas experiênciasaposta futebolvício e descreveu como usou a pornografia para lidar com suas emoções enquanto escrevia sobre o tema e revivia experiências dolorosas.

"Para quem usa pornografia desta forma, compulsivamente, não se trata realmente sobre sexo. É sobre anestesiar um estadoaposta futebolânimo difícilaposta futeboladministrar. Pode ser ansiedade, estresse, depressão. Pode ser solidão", diz Birchard.

"Seja homem ou mulher, se um comportamento sexual é compulsivo, é uma formaaposta futebolfugir dos seus problemas."

Os sitesaposta futebolpornografia terãoaposta futebolpassar a exigir dos usuários no Reino Unido uma provaaposta futebolque eles têm maisaposta futebol18 anos, ao apresentar algum documento oficial. O governo diz que anunciaráaposta futebolbreve a dataaposta futebolinício do novo sistema.

"Este é um avanço para proteger nossos filhos do conteúdo adulto, cujo acesso é fácil demais na internet hojeaposta futeboldia", disse um porta-voz do governo à BBC Three.

Pornografia sem culpa

Letreiro neom na formaaposta futebollábios

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Erica diz que, para algumas pessoas, 'não há nadaaposta futebolerradoaposta futebolconsumir pornografia'

"Não há nadaaposta futebolerradoaposta futebolassistir pornografia", diz Erica. "É como tomar vinho: para algumas pessoas, uma taça é suficiente. Outras precisam beber uma garrafa inteira."

Ela escreveu um livro sobre suas experiências, chamado Getting Off, que levou mulheresaposta futeboltodo o mundo a entraraposta futebolcontato com ela.

"Precisamos investigar a questão da vergonha. Isso é o que impede as mulheresaposta futebolcompartilharem suas próprias experiências. Não tinha até então encontrado muitas histórias como a minha, o que provavelmente fez meu livro viralizar, porque não há muitas pessoas falando sobre isso", diz ela.

"Mas, quando contei minha história, ouvi relatosaposta futebolmuitas mulheres,aposta futeboltodas as idades, desde uma adolescenteaposta futebol14 anosaposta futebolCingapura até uma mulheraposta futebol45 anos do meio-oeste americano. E elas estavam falando as mesmas coisas que os homens falam, que sentiam estar foraaposta futebolcontrole, que precisavam aprender a usar essas coisasaposta futebolum jeito racional."

Isso levou Erica a concluir que não há muita diferença entre homens e mulheres nesta questão. "A única grande diferença é que as mulheres não estão falando sobre isso."

Poraposta futebolvez, Neelam diz que tentou voltar a ver pornografia há alguns anos, para ver como reagiria. "Mas não gostei. Para mim, é algo que acabou."

Hannah ainda vê pornografia ocasionalmente, mas é altamente seletiva com o que consome. "Não me vejo representada na pornografia comum, então busco produtores menores e mais éticos - sim, eles existem - ou vídeos feitosaposta futebolforma caseira por casais. É algo mais realista e me deixa mais excitada."

Ela diz que não julgaria uma pessoa pelo tipoaposta futebolpornografia que consome, mas defende que esse conteúdo deveria ser mais representativo.

"Não consigo encontrar ninguém no pornô padrão que se pareça ou aja como eu - e sou uma mulher lésbica, branca e sem qualquer problema físico. Imagine como se sentem pessoas que sãoaposta futebolgrupos marginalizados?", diz Hannah.

Pessoalmente, concordo com Erica - não há nadaaposta futebolerradoaposta futebolassistir pornografia. Mas passar tanto tempo conversando com essas mulheres sobre suas experiências abriu meus olhos para o fatoaposta futebolque precisamos desesperadamenteaposta futebolum material mais diversificado, que mostre diferentes tiposaposta futebolcorpos e momentosaposta futebolintimidade real.

Uma pornografia mais leve, que faça o sexo parecer menos uma provaaposta futebolresistência e mais algo divertido. Quão difícil isso pode ser?

*Nomes alterados a pedido do entrevistado

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