Autopoiesis: a teoria sobre a vida desenvolvida por cientista chileno:aposta da dinheiro

Sua teoria, diz ele, publicadaaposta da dinheirouma sérieaposta da dinheirotrabalhos no início da década 1970, foi "revolucionária porque deu uma solução a uma pergunta que até então não tinha resposta".

Não à toa, Maturana foi um dos 23 pesquisadores convidados pela Fundação Nobel para a conferência Nobel Prize Dialogue,aposta da dinheirojaneiroaposta da dinheiro2019,aposta da dinheiroSantiago do Chile.

Maturana foi ovacionado quando subiu ao palco. O neurocientista Anil Seth, com quem o chileno dividia o painel, agradeceu a oportunidadeaposta da dinheiroestar perto do "lendário biólogo".

"Li suas obras pela primeira vez há maisaposta da dinheiro20 anos, quando fazia doutorado na Universidadeaposta da dinheiroSussex, na Inglaterra, e me inspireiaposta da dinheiroseu trabalho desde aquela época, como muitos outros cientistas no mundo", disse Seth.

O trabalhoaposta da dinheiroMaturana, afirmou, "é um maravilhoso exemplo do legado da ciência chilena".

Crie a si mesmo

A obraaposta da dinheiroMaturana se concentraaposta da dinheiroum termo que ele cunhou unindo duas palavras gregas: "auto" (para si mesmo) e "poiesis" (criação).

"Os seres vivos são sistemas autopoiéticos moleculares, ou seja, sistemas moleculares que produzimos para nós mesmos, e a realização dessa produçãoaposta da dinheirosi mesmo como sistemas moleculares constitui o viver", afirmou o biólogo.

Segundoaposta da dinheiroteoria, todo ser vivo é um sistema fechado que está continuamente criando a si mesmo, e, portanto, se reparando, cuidando da própria manutenção e se transformando.

Um exemplo simples dessa ideia seria oaposta da dinheirouma ferida que se cura sozinha.

A prestigiada Enciclopédia Britânica, que lista a autopoiese como uma das seis principais definições científicas para a vida, explica assim a teoria dos dois pesquisadores chilenos: "Ao contrário das máquinas, cujas funçõesaposta da dinheirocontrole são inseridas por projetistas humanos, os organismos governam a si próprios".

"Os seres vivos", acrescenta, "mantêmaposta da dinheiroforma mediante o contínuo intercâmbio e fluxoaposta da dinheirocomponentes químicos", que são criados pelo próprio corpo.

Alémaposta da dinheirouma definição para a vida, Maturana e Varela também explicam o que é a morte.

A autopoiesis, diz Maturana à BBC, "temaposta da dinheiroocorrer continuamente, porque quando ela para, nós morremos".

O cientista filósofo

"Antes, se você perguntasse a um biólogo o que é um ser vivo, ele não sabia o que responder", diz Maturana. Depois da teoria, diz ele, "viver passou a ter uma explicação".

"É um fenômenoaposta da dinheirouma dinâmica molecular que constitui entidades discretas que são os seres vivos", diz o biólogo, que também se define como filósofo.

De fato, as palavrasaposta da dinheiroMaturana muitas vezes parecem mais uma reflexão intelectual sobre a vida do que uma definição científica e objetiva da mesma.

O eixoaposta da dinheirosua obra aborda um tema tão amplo que falar com Maturana necessariamente implica exceder o estritamente científico e entraraposta da dinheiroquestões bastante filosóficas.

Sobre a educação, ele opina: "O fundamental na educação é a conduta dos adultosaposta da dinheirorelação às crianças, não somente no espaço relacional e material, mas também no psíquico". Ele também explica seu pensamento sobre a linguagem: "Não é um sistemaaposta da dinheirocomunicação ou transmissãoaposta da dinheiroinformações, mas um sistemaaposta da dinheirocoexistência na coordenaçãoaposta da dinheirodesejos, sentimentos e ações".

Maturana também dá consultoriasaposta da dinheirorecursos humanos e relações interpessoais para empresas e indivíduos por meio do Institutoaposta da dinheiroFormação Matríztica, que há algumas décadas ele fundou com a professora Ximena Dávila.

É justamente essa diversidade e combinaçãoaposta da dinheirosaberesaposta da dinheiroMaturana que atraíram a simpatia do Dalai Lama.

'Você tem razão'

Há cinco anos, Maturana e a Ximena Dávila visitaram o Dalai Lama, líder religioso e político que vive na Índia, cuja extensa oposição à ocupação do Tibete por parte da China lhe rendeu o prêmio Nobel da Pazaposta da dinheiro1989.

Em seu site, Dalai Lama descreve Maturana como um "cientista cuja santidade sempre cito, uma pessoa que disse preferir não se ater apenas ao seu campoaposta da dinheiropesquisa porque atrapalha a objetividade".

Embora tenham conversado sobre temas variados como o funcionamento do cérebro, a linguagem e os sentimentosaposta da dinheiroplantas e animais, Maturana lembraaposta da dinheiroum diálogo particular sobre a vida.

"A conversa foi essencialmente sobre como vivemos, que tipoaposta da dinheirovida estamos levando e como estamos atuando como seres humanos", contou. "Nesse sentido, foi uma conversa filosófica e também biológica".

Maturana detalhou: "Ele disse que havia aprendido comigo o tema do desprendimento, porqueaposta da dinheiroalgum momento havíamos conversado sobre isso".

"Com Ximena mostramos que, nas relações humanas, o fundamental é ouvir um ao outro, mas para isso temos que deixar o outro aparecer sem prejulgar preceitos, premissas ou exigências. Isso é desprendimento, segundo o Dalai Lama", explicou.

De acordo com o biólogo, o líder tibetano lhe disse: "Você tem razão". E,aposta da dinheirocaráter filosófico, ainda acrescentou: "A coisa central na coexistência é ouvir um ao outro para poder fazer as coisas juntos com respeito mútuo."

aposta da dinheiro Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube aposta da dinheiro ? Inscreva-se no nosso canal!