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Ondaesporte com rfrio nos EUA: a resposta dos cientistas ao tuíteesporte com rTrump questionando aquecimento global:esporte com r
esporte com r Em meio a notícias sobre a frente extraordinariamente fria que atinge várias regiões dos Estados Unidos, voltaram à tona nas redes sociais comentários questionando o fenômeno do aquecimento global, que boa parte da comunidade científica diz ser causado pela ação humana.
"Se o mundo está ficando mais quente, por que, então, está fazendo tanto frio nos EUA"? é uma pergunta que tem sido feitoesporte com rparticular por pessoas que acreditam ser exagerada ou mesmo falsa a preocupação com o aumento da temperatura média do planeta - creditada ao aumentoesporte com rproduçãoesporte com rgases causadores do efeito estufa.
O próprio presidente dos Estados Unidos, que retirou o país do Acordoesporte com rParis - que prevê ações pela reduçãoesporte com remissões -, tuitou a perguntaesporte com rtom irônico.
O termo aquecimento global é usado para explicar que a temperatura média da Terra está subindoesporte com rmaneira preocupante – e o que muitos talvez não saibam é que isso cria condições para eventos meteorológicos extremos, incluindo ondasesporte com rfrio massacrantes.
Dúvidas como aesporte com rTrump surgemesporte com rgeral por causa da confusão entre dois conceitos: clima e tempo, que têm significados diferentes na meteorologia.
O tempo se refere às condições atmosféricas registradasesporte com rum períodoesporte com rtempo curto – o forte calor que faz na maior parte do Brasil nesta semana, por exemplo, e o frio na América do Norte.
O clima, por outro lado, é um panorama mais prolongado e completo dos padrõesesporte com rtempo. Ele se refere às condições que prevalecemesporte com ruma região ouesporte com rtoda a Terra, e pode ser estudado com uma análise das tendências históricas. Já o tempo varia no dia a dia.
Por exemplo, no Brasil há diversos tiposesporte com rclimas diferentes: o clima subtropical úmido na região da cidadeesporte com rSão Paulo, o clima tropical semiúmidoesporte com rFortaleza, etc.
Quando falamesporte com rclima do planeta, os cientistas estão se referindo à situação do planeta todo, ao longo do tempo. Ou seja, mesmo que esteja fazendo mais frio que a médiaesporte com ruma região específica, o mundo como um todo está, na média, mais quente – é isso que apontam centenasesporte com restudos feitos por cientistas no mundo todo ao longoesporte com rdécadas.
Emesporte com rpágina na internet voltada para crianças, a Agência Espacial Americana (Nasa) dá um exemplo simples para deixar clara a diferença entre os dois conceitos: um dia chuvoso na cidadeesporte com rPhoenix não muda o fatoesporte com rque o Estado do Arizona tem uma clima seco.
A Nasa também explica que devemos esperar tempos frios mesmo que as temperaturas do planeta estejam aumentandoesporte com rforma geral.
"O caminho até um mundo mais quente terá muitos episódiosesporte com rtempos extremamente quentes e extremamente frios", diz o site da agência.
Isso porque as mudanças climáticas alteram a forma como correntes marítimas, correntesesporte com rvento e outros fenômenos meteorológicos funcionam ao redor do mundo, gerando eventos meteorológicos extremos – tantoesporte com rfrio quantoesporte com rcalor.
O aquecimento do Ártico, por exemplo, pode fazer com que as correntesesporte com rvento polar gelado se desloquem para o sul, causando ondasesporte com rfriosesporte com rlugares onde elas não costumavam ocorrer.
A frente fria nos EUA, por exemplo, já tinha sido prevista por cientistas, que apontaram para o aquecimento do Ártico como causa.
Esse aquecimento, dizem, leva o oceano, livreesporte com rgelo, a liberar mais calor. Isso,esporte com rcontrapartida, enfraquece a circulaçãoesporte com rar frio sobre o Ártico e permite que ele escape para o sul.
"Quando o Ártico está quente, tanto temperaturas frias como fortes nevascas são mais frequentes comparadas com quando o Ártico está frio", disse um estudo publicado na Natures Communications o ano passado.
"Também descobrimos que, durante o períodoesporte com raquecimento acelerado, quando o calor do Ártico chega à troposfera superior e parte inferior da estratosfera entre o meio e o final do inverno, o tempo severoesporte com rinverno tem se intensificado."
O deslocamento para o sulesporte com rar gelado polar, conhecido como vórtice polar, já vinha sendo noticiado por estudos anteriores. "Em vezesporte com rcircular sobre o hemisfério norteesporte com ruma trajetória regular e previsível, esse ventoesporte com ralta altitude ziguezaguear sobre os Estados Unidos, o Atlântico e a Europa", diz um estudo publicadoesporte com rPhys.Orgesporte com r2013.
O que o aquecimento global causa e o que ele não causa
O papel do aquecimento global na intensificação das ondasesporte com rcalor, como as que atingiram a Europa no ano passado, é algo já confirmado, diz Ben Webber, climatologista da Unidadeesporte com rPesquisa Climática da Universidadeesporte com rEast Anlia, nos Estados Unidos.
No entanto, estudos ainda são necessários para atribuir essas ondasesporte com rfrio ao aquecimento já que há outras forças que também geram variabilidade do tempo.
"O aquecimento global pode aumentar a intensidade das ondasesporte com rfrio, mas esse é um assunto que precisaesporte com restudos mais aprofundados", diz Webber à BBC.
Uma das causas apontadas para explicaresporte com reventos meteorológicos extremos no Brasil, por exemplo, é o El Niño (o aquecimento das águas no Pacífico) e que, pelo que sabemos, não está relacionado ao aquecimento global.
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