Importaçãoflash pokeresperma: por que a busca por sêmen no exterior cresceu vertiginosamente no Brasil:flash poker

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Legenda da foto, Em 2017, númeroflash pokeramostrasflash pokersêmen importadas foi recorde

Em 2017,flash pokeracordo com o 2º Relatórioflash pokerDadosflash pokerImportaçãoflash pokerCélulas e Tecidos Germinativos para Usoflash pokerReprodução Humana Assistida, produzido pelo órgão, o índice foi recorde: 860 amostras, um aumentoflash poker97%flash pokerrelação ao ano anterior, quando foram trazidas 436.

Elas vieram das empresas americanas Fairfax Cryobank, Seattle Sperm Bank e Califórnia Cryobank. A maioria, 72%, destinou-se aos Bancosflash pokerCélulas e Tecidos Germinativos (BCTGs) da região Sudeste do país - só São Paulo recebeu 479 -, 13% foram para o Sul, 8%, para o Nordeste e 6%, para o Centro-Oeste.

"Entre as razões para este crescimento, está a ampliação da divulgação dos bancos internacionais no país, sendo que as clínicasflash pokerreprodução humana assistida passaram a ofertá-los cada vez mais para seus clientes", diz Renata Miranda Parca, gerente substituta da Gerênciaflash pokerSangue, Tecidos, Células e Órgãos (GSTCO) da Anvisa.

Fora isso, diz a especialista, os pacientes têm feito esta opção por conta do aumento no númeroflash pokerbancos nacionais com acesso aos serviçosflash pokeroutros países e a instalação no Brasilflash pokerrepresentantes das empresas estrangeiras, o que facilita todo o processo.

Ainda existem poucos bancosflash pokersêmen no país, o que, na maioria das vezes, gera dificuldade para achar amostras com as características pretendidas pelos futuros pais.

Em contrapartida, a ofertaflash pokerdoadores no exterior conta com uma ampla disponibilidadeflash pokeracesso às suas características físicas, intelectuais e psicológicas - é possível até ver fotosflash pokerinfância e escutar suas vozes.

Demanda por sêmen é maior do que a oferta no Brasil

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Legenda da foto, Casais heterossexuais são os principais solicitantes

O que também pesa na decisão é a qualidade do sêmen. Apesarflash pokerser obrigatória por aqui a realizaçãoflash pokerexames para detectar possíveis doenças, como as infectocontagiosas e as genéticas, empresas estrangeiras oferecem uma variedade maiorflash pokertestes, com dados sobre a família do doador e, inclusive, relatosflash pokerdoenças preexistentes.

Para Márcio Coslovsky, especialistaflash pokerreprodução humana há maisflash poker20 anos e sócio-diretor da Clínica Primordia, no Rioflash pokerJaneiro, o aumento da importaçãoflash pokersêmen se explica ainda pela regulamentação brasileira ser mais restritiva.

"Além das informações no Brasil serem limitadas, a demandaflash pokerreceptores é bem superior à oferta, sobretudo porque não é permitido nenhum tipoflash pokerpagamento aos doadores, como ocorreflash pokeroutros países. Há alguns voluntários que doam, mas é um número limitado, e o anonimato não permite saber muito sobre eles", aponta o médico, membro da Sociedade Brasileiraflash pokerReprodução Assistida (SBRA) e da Sociedade Europeiaflash pokerReprodução Humana e Embriologia (ESHRE).

Ele comenta que, emflash pokerclínica,flash pokercada dez pacientes, sete escolhem os bancos estrangeiros, mesmo diante do preço três vezes mais alto: enquanto o valor médio da amostra nacional éflash pokerR$ 1.500 - para custeio dos exames realizados pelo doador, do armazenamento e do transporte do sêmen, entre outros serviços -, lá fora, éflash pokerR$ 4.500.

Importaçãoflash pokercélulas reprodutivas femininas também aumentou

A última edição do relatório elaborado pela Anvisa inclui, pela primeira vez, informações sobre importaçãoflash pokeroócitos (células reprodutivas femininas). Em 2017, foram 321 amostras, aumentoflash poker1.359%flash pokerrelação ao total dos anosflash poker2015 e 2016, períodoflash pokerque apenas 22 vieram do exterior. De 2011 a 2017, foram 357.

Como explica a gerente da Anvisa, a alta procura se deve especialmente à ausênciaflash pokerbancosflash pokeroócitos congelados para doação no Brasil e pelo aumento do númeroflash pokermulheres com idade avançada procurando a reprodução assistida.

"Há pouco tempo, as grandes empresas internacionais encontraram aqui um mercado com bastante potencial para a comercialização deste tipoflash pokermaterial. A tendência agora éflash pokermais crescimento na importação, até mais do que aflash pokersêmen", completa.

Em 2017, as células reprodutivas femininas foram importadas do Fairfax Egg Bank (Estados Unidos), do Ovobank (Espanha e Grécia) e do Intersono (Ucrânia). Os representantes no Brasil foram VIDA Centroflash pokerFertilidade (Rioflash pokerJaneiro), Fertipráxis (Rioflash pokerJaneiro), Fertivitro (São Paulo), Huntington (São Paulo), Pró-Criar (Minas Gerais) e SAAB (Paraná).

Neste caso, 100% delas foram enviadas para BCTGs da região Sudeste, tendo o Estado do Rioflash pokerJaneiro como principal destino (199).

Casais heterossexuais e mulheres solteiras são os que mais solicitam o serviço

Outros dados interessantes mostrados no documento da Anvisa são referentes às características dos doadores e o perfil dos futuros pais. Nas importaçõesflash poker2017, as amostras seminais foram obtidasflash poker323 doadores e, asflash pokeroócitos,flash poker47 doadoras.

Quando se trataflash pokersêmen, as escolhas predominantes foram por ascendência caucasiana (corflash pokerpele branca, 91%), olhos azuis (45%) e cabelos castanhos (67%). Em relação aos oócitos, a ascendênciaflash pokermaior destaque foi, novamente, a caucasiana (88%), com olhos e cabelos castanhos (49% e 65%).

Esta questão tem gerado polêmica. "Alguns grupos dizem que a opção por estes padrões são baseadasflash pokerracismo ou eugenia, mas não acredito nisso. As pessoas que atendo buscam no doador traços físicos parecidos com osflash pokersuas próprias famílias ou então o que acham mais bonito", afirma Hitomi Nakagawa, presidente da Sociedade Brasileiraflash pokerReprodução Assistida (SBRA).

Pelo relatório da Anvisa,flash poker2017, os casais heterossexuais foram os principais solicitantes das amostrasflash pokersêmen importado (42%), seguidos por mulheres solteiras (38%), que desejam obter uma gestação independente, e casais homoafetivos (20%). Todas as amostrasflash pokeróvulos foram destinadas a casais heterossexuais.

Como é processoflash pokerimportaçãoflash pokercélulas reprodutivas

Como explica a Anvisa, o procedimento para importar células e tecidos germinativos (sêmen, oócitos e embriões) "deve acontecer conforme o disposto no Capítulo XXIII, Seções I e IV, da RDC/Anvisa n° 81,flash poker5flash pokernovembroflash poker2008, sendo que o importador é o responsável pelo cumprimento das normas legais, incluindo as medidas, as formalidades e as exigências".

Para solicitar a anuência, o estabelecimento (neste caso, exclusivamente o BCTG brasileiro) ou o seu representante, na figuraflash pokerimportador - ambos pessoas jurídicas -, precisa enviar à agência, via e-mail institucional, uma sérieflash pokerdocumentos (a lista está disponível no site).

Após análiseflash pokercada caso individualmente, o que pode levar até cinco dias úteis, é concedida ou não a autorização. Já o tempo estimado para a chegada das amostras no país éflash pokercercaflash poker40 dias.

Por conta do aumento na importaçãoflash pokersêmen e oócitos, a Anvisa está revisando a RDC n° 81, que dispõe sobre o Regulamento Técnicoflash pokerbens e produtos importados para finsflash pokervigilância sanitária.

"Em 2008, quando essa regulamentação foi elaborada, a situação era bem diferente. Os pedidosflash pokerimportação eram esporádicos e feitos basicamente por pessoas que tinham sêmen ou óvulo congeladoflash pokeroutros países e queriam trazê-los para o Brasil", diz Renata Miranda Parca, da GSTCO.

"Agora, com todas as mudanças pelas quais estamos passando, pretendemos aprimorar as ferramentas fiscalizatórias vigentes e os mecanismosflash pokeravaliação da qualidade dos bancosflash pokercélulas e tecidos germinativos internacionais,flash pokerparceria com as Agências Reguladoras locais."

Além disso, junto com o Ministério da Saúde e o Conselho Federalflash pokerMedicina, a Anvisa estuda estratégias para controlar as gestações oriundasflash pokerum mesmo doador e aprimorar a rastreabilidade dos nascimentosflash pokerindivíduos por RHA. A expectativa éflash pokerque as alterações sejam anunciadas ainda este ano.

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