Os dez melhores filmessite major sport2018, segundo críticosite major sportcinema da BBC:site major sport
A narrativa usa astutamente um conceito diabólico: monstros alienígenas eliminaram a maior parte da humanidade, mas, por não serem capazessite major sportver, caçam suas presas quando ouvem os sons que elas produzem.
Isso faz com que o herói, a heroína e seus filhos tenham que falarsite major sportlinguagemsite major sportsinais e andar descalços. Mesmo a quedasite major sportum copo ou uma risada podem resultarsite major sportuma morte assustadora e quase instantânea.
Krasinski leva o conceitosite major sportcinemasite major sportbaixo orçamento - e as ameaças à família - muito a sério: ele encontra novas formassite major sporttorturar os personagens e os espectadores, mas todas surgemsite major sportforma muito lógica da premissa do enredo e do cenário.
'Assuntosite major sportfamília' (Shoplifters)
De um certo pontosite major sportvista, os heróissite major sportAssuntosite major sportfamília não são apenas ladrões: são vigaristas, sequestradoressite major sportcrianças e muito mais.
Mas o drama sociopolítico dickensianosite major sportHirokazu Kore-eda, vencedor da Palmasite major sportOuro no Festivalsite major sportCannes deste ano, tem uma visão mais abrangente.
Apresenta três geraçõessite major sportuma família amorosa, liderada por Osamu (Lily Franky) e Nobuyo (Sakura Ando).
Espremidossite major sportum pequeno bangalôsite major sportTóquio, os insignificantes ganhos honestos da família somam-se a pequenos golpes e assaltos. Embora Kore-eda não romantize os crimes, a narrativasite major sportcamadas e o maravilhoso elenco mostram também membros da família gentis e bem intencionados.
Eventualmente, suas ações parecem necessárias, até mesmo heroicas - e suas reviravoltas farão o espectador mais duro soluçar.
'Guerra Fria' (Cold War)
A sina dos dois amantes que não podem viver juntos, mas que tampouco conseguem viver um sem o outro, move Guerra Fria.
Wiktor (Tomasz Kot) e Zula (Joanna Kulig) vivem na Polônia da décadasite major sport50, períodosite major sportque ele está recrutando músicos para um grupo folclórico pago pelo governo.
A aventura à dois os levasite major sportum lado a outro da Cortinasite major sportFerro. Mas, apesarsite major sportser divertirem muitosite major sportclubessite major sportjazz e salassite major sportconcerto, eles nunca estão felizes.
O trabalhosite major sportPawel Pawlikowski, posterior àsite major sportpremiação no Oscar com Ida, é baseado livremente nas memóriassite major sportseus pais, conforme já comentou: "Ambos eram pessoas fortes e maravilhosas, mas, como um casal, eram um desastre sem fim".
Em termos gerais, Guerra Fria é um exame perspicazsite major sportum período histórico e um comentário oportuno sobre a vida dos imigrantes.
Além disso, nenhum outro filme deste ano teve uma fotografiasite major sportpreto e branco tão deslumbrante, ou tantas músicas cativantes.
'Se a Rua Beale Falasse' (If Beale Street Could Talk)
Este filme, adaptado pelo diretor Barry Jenkins a partir do romancesite major sportJames Baldwin, poderia muito bem ser dominado por críticas sociais contundentes: conta a históriasite major sportum jovem casal (Stephan James, KiKi Layne) dilacerado pela pobreza, pela brutalidade policial e pelo racismo institucionalizado.
Mas se a Rua Beale realmente pudesse falar, cantaria uma balada carinhosa que enaltece a cura vinda do amorsite major sportcasais, parentes e amigos.
"Gostosite major sportpessoas que se amam", diz o personagemsite major sportDave Franco. "Negros, brancos, verdes, roxos, não me importa."
O que é ainda mais milagroso é a impressãosite major sportque Jenkins acabarasite major sportdescobrir o cinema como um meio.
Ou seja, quase se pode acreditar que ele não tinha ideias preconcebidas sobre a cronologia, a cor ou o som do filme - e então descobriu por si mesmo, no caminho, como combinar música e imagenssite major sportmovimento.
Ele fez um filmesite major sportsonhos como nenhum outro.
'A Favorita' (The Favourite)
Yorgos Lanthimos é um especialistasite major sportvisões distorcidas da sociedade contemporânea (Dogtooth, The Lobster, The Killing of a Sacred Deer), então foi difícil imaginar o que ele faria com um drama histórico sobre a realeza inglesa.
A Favorita acaba sendo tão idiossincrático quanto seus outros filmes, mas nenhum deles foi tão engraçado, suntuoso ou comovente.
Passa-se no início do século 18, quando a rainha Ana (Olivia Colman), que está doente, confia emsite major sportmelhor amiga Sarah (Rachel Weisz), duquesasite major sportMarlborough, para negociar com os aristocratas que estão brigando pelo país.
Mas quando a prima ambiciosasite major sportSarah, Abigail (Emma Stone), se muda para o palácio, o palco está montado para uma produção ao estilo do clássico All About Eve - com mais sexo e vômito, entretanto.
O roteirosite major sportDeborah Davis e Tony McNamara é uma festasite major sportinsultos deliciosos, e trêssite major sportsuas estrelas merecem estar entre os favoritos na temporadasite major sportpremiações.
O filme estreou no Brasil na Mostrasite major sportSão Paulo e deve entrar no circuito comercialsite major sport2019.
'Homem-Aranha: No Aranhaverso' (Spider-Man: Into the Spider-Verse)
Foi um ano sensacional para filmessite major sportsuper-heróis, com trunfos como Pantera Negra e Vingadores: Guerra Infinita.
Mas nenhum deles foi tão especial como Homem-Aranha: No Aranhaverso, uma obra-prima da pop arte psicodélica que mistura animação digital e arte manual.
Com o usosite major sporttelas divididas, legendas e ilustrações, o título está mais pertosite major sportser uma históriasite major sportquadrinhos do que a maioria dos filmessite major sportsuper-heróis, mas também é deslumbrantemente cinematográfico.
E é também ousadamente pós-moderno ao alinhar super-heróissite major sportmúltiplas realidades alternativas à históriasite major sportum encantador adolescente do Brooklyn.
Os criadores do Homem-Aranha, Stan Lee e Steve Ditko, morreramsite major sport2018. Homem-Aranha: No Aranhaverso parece uma homenagem impecável.
'The Rider'
O segundo filmesite major sportChloé Zhao como escritor e diretor é um western contemporâneo sobre um jovem peãosite major sportrodeio, Brady Jandreau, que foi chutado na cabeça por um cavalo.
Ele sabe que, se retornar às competições, estará arriscandosite major sportvida. Ele tem, inclusive, um amigo próximo com danos mais sérios do que ele, no cérebro. Mas o homem não consegue imaginar fazer qualquer outra coisa.
A história humanasite major sportsua lenta recuperação tem coisas fascinantes a dizer sobre a pressão do machismo, a iconografia do Velho Oeste e as pessoas que vivemsite major sportlugares muito aberto, mas que não têm para onde ir.
O que é realmente impressionante, contudo, é o modo como Zhao liga realidade e ficção.
Não se engane, The Rider é um drama bem polido, mas seu poder deriva da base das próprias experiênciassite major sportJandreau, e a maioria das pessoas nele interpreta versõessite major sportsi mesmas.
Raramente, se é que algo assim já existiu, o realismo documental e a grandeza poética combinaram-se com tanta habilidade.
'Leave No Trace'
Oito anos depoissite major sportInverno da Alma,site major sportdiretora e co-roteirista, Debra Granik, retorna triunfante com outro drama maduro, intransigente, mas acessível.
Ben Foster é muito convincente como um veteranosite major sportguerra com sequelas que vive na floresta,site major sportum parque nacional.
Thomasin McKenzie ésite major sportfilha adolescente, Tom, que nos lembra quando a diretora Granik deu a Jennifer Lawrence seu importante papel principalsite major sportInverno da Alma.
O filme é tenso e cheiosite major sportincidentes, mas também caloroso e discreto: uma história agridoce sobre uma filha amorosa que percebe que os meiossite major sportsobrevivênciasite major sportseu pai nunca podem ser seus.
Seu grande discursosite major sportdespedida é assim: "Pai, eu sei que você ficaria se pudesse". E não há mais nada a acrescentar.
'O primeiro homem' (First Man)
Damien Chazelle e Ryan Gosling, respectivamente diretor e a estrelasite major sportLa La Land, encontram-se novamente na história biográfica centradasite major sportNeil Armstrong, a primeira pessoa a andar na Lua.
O filme transmite com força o quão estressante foi ser um pioneiro do espaço nos anos 60. Mostra também quanta coragem era necessária para pilotar uma das formas mais desconfortáveis e perigosassite major sporttransporte já concebida.
Mas Chazelle esite major sportequipe se recusamsite major sporttransformar Armstrongsite major sportum herói americano.
Para alguns espectadores, seu estoicismo o tornou alguém chato. Para outros - inclusive eu - a modéstia e a reservasite major sportArmstrong diantesite major sportuma imensa tragédia pessoal esite major sportdesafios profissionais sãosite major sportpartir o coração.
Uma recriação melancólicasite major sportuma vitória ambígua, o filme deixa você imaginando se o primeiro homem a pisar na Lua poderia algum dia ser feliz na Terra.
'Sweet Country'
O filmesite major sport"velho oeste" no sulsite major sportWarwick Thornton passa-se na Austrália da décadasite major sport1920.
Seu herói Sam (Hamilton Morris) é um camponês aborígene que mata o estupradorsite major sportsua esposasite major sportlegítima defesa, e depois foge pelo deserto.
A busca que se segue é engenhosa, com flashbacks desorientadores e avanços dotadossite major sportmuita ação.
Cada tiro e cada palavra têm um propósito,site major sportconsonância com os personagens aborígenes que estão inclinados a permanecersite major sportsilêncio enquanto os "brancos" (incluindo Sam Neill e Bryan Brown) vociferam.
Assimilação, escravidão, religião, militares, estadosite major sportdireito e o próprio cinema justificam que esta saga cênica seja um dos melhores e mais importantes filmes sobre a história da Austrália.
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