Conheça Hyperion, a maior estrutura espacial já descoberta:1xbet 50.com

No caso1xbet 50.comHyperion, ela está tão distante que a imagem obtida pelos cientistas é um retrato1xbet 50.commais1xbet 50.com11 bilhões1xbet 50.comanos atrás - calcula-se que o superaglomerado ancestral1xbet 50.comgaláxias seja1xbet 50.comquando o Universo era um jovem1xbet 50.com2,3 bilhões1xbet 50.comanos.

Hyperion recebeu este nome por causa1xbet 50.comsuas dimensões colossoais1xbet 50.comreferência a um dos titãs da mitologia grega. Em português, é também chamado1xbet 50.comHiperião, Hipérion ou Hiperíon.

A descoberta

Catorze instituição científicas europeias, americanas e asiáticas fizeram parte da pesquisa que culminou na descoberta. Os trabalhos foram liderados pela astrônoma Olga Cucciati, do Instituto Nacional1xbet 50.comAstrofísica1xbet 50.comBolonha, Itália, e pelo astrofísico Brian Lemaux, da Universidade da Califórnia.

Eles utilizaram um instrumento chamado VIMOS, do Very Large Telescope do Observatório1xbet 50.comParanal, localizado1xbet 50.comuma montanha1xbet 50.com2.635 metros1xbet 50.comaltura1xbet 50.compleno deserto do Atacama, no norte do Chile.

O Very Large Telescope é o maior telescópio1xbet 50.comfuncionamento do mundo. Seu espelho principal tem 8,2 metros1xbet 50.comdiâmetro. Ele é operado pelo European Southern Observatory (ESO),1xbet 50.comum centro técnico-científico que fica1xbet 50.comMunique, na Alemanha.

"Nosso levantamento teve como alvo cerca1xbet 50.com10 mil galáxias do início do Universo, para observações com o VIMOS. Esse instrumento é capaz1xbet 50.comobservar a luz visível1xbet 50.comvárias centenas1xbet 50.comgaláxias simultaneamente e dispersar essa luz1xbet 50.comsuas diferentes cores como um prisma,1xbet 50.commodo que possamos estudar a intensidade da luz1xbet 50.comcada cor", explicou à BBC News Brasil o astrofísico Lemaux.

A descoberta empolga os estudiosos do espaço porque permite compreender melhor os primeiros bilhões1xbet 50.comanos pós-Big Bang.

"Como estruturas tão grandes e complexas nunca haviam sido verificadas antes a tais distâncias, não estava claro se o Universo era capaz1xbet 50.comcriar estruturas assim tão cedo em1xbet 50.comhistória", diz Lemaux.

"Como é uma distância1xbet 50.comque a gravidade teve pouco tempo para agir - afinal, estamos falando1xbet 50.comapenas 2 bilhões1xbet 50.comanos do início do Universo -, ver uma estrutura deste tipo com toda a1xbet 50.comcomplexidade é algo muito surpreendente."

"Normalmente, estruturas desse tipo são conhecidos a distâncias mais recentes, indicando que o Universo precisou1xbet 50.commuito mais tempo para evoluir e construir coisas tão grandes", completa Cucciati. "Foi uma surpresa ver que algo evoluiu assim quando o Universo era relativamente jovem."

Lemaux ressaltou que a quantidade1xbet 50.commassa do Hyperion também é algo impressionante. "Ao somar todas as galáxias e inferir a quantidade1xbet 50.commatéria escura dentro1xbet 50.comHyperion - sendo esta última a matéria que não podemos ver e que apenas age gravitacionalmente - descobrimos que a1xbet 50.commassa já estava próxima da dos superaglomerados atuais1xbet 50.comgaláxias", compara.

"Um dos objetivos1xbet 50.comnossa pesquisa é agora usar Hyperion e outras estruturas semelhantes para confrontar teorias1xbet 50.comcomo a estrutura da teia cósmica, nome dado à estrutura1xbet 50.comgrande escala do universo, se forma e evolui", comenta o cientista.

Para entender a 'teia cósmica'

Sendo um conceito relativamente novo, a teia cósmica seria uma rede formada por todas as galáxias existentes, composta por invisíveis filamentos. De acordo com essa ideia, essas conexões formam a maior parte da matéria sideral.

Já os superaglomerados foram descobertos pela primeira vez1xbet 50.com1953. Trata-se1xbet 50.comum conjunto gigantesco1xbet 50.comgaláxias - o que, segundo os cientistas, comprova que a distribuição delas no espaço não ocorre1xbet 50.comforma uniforme.

A maior parte da comunidade astronômica hoje concorda que as galáxias estão agrupadas1xbet 50.comconjuntos1xbet 50.comcerca1xbet 50.com50 e aglomeradas1xbet 50.comgrupos1xbet 50.commilhares.

Os superaglomerados são, portanto, conjuntos impressionantemente maiores.

Como olhar para eles é olhar para o passado, os cientistas acreditam que Hyperion "é uma estrutura que provavelmente está destinada a se tornar das maiores e mais massivas do universo atualmente", define Lemaux.

"Em outras palavras, sistemas como ele semearam as maiores coleções1xbet 50.comgaláxias que podemos ver hoje nas proximidades da Terra, como o superaglomerado1xbet 50.comVirgem, uma imensa estrutura que contém, entre muitos outros, o Grupo Local, o lar1xbet 50.comnossa Via Láctea."

Mapeamento

Graças ao instrumento VIMOS, os cientistas conseguiram fazer uma mapeamento tridimensional1xbet 50.comHyperion. A equipe descobriu, por exemplo, que a estrutura tem pelo menos sete regiões1xbet 50.comalta densidade, conectadas por filamentos1xbet 50.comgaláxias. E ele aparenta ser diferente dos superaglomerados mais próximos da Terra.

"Enquanto os mais próximos tendem a ter uma distribuição1xbet 50.commassa mais concentrada, com características estruturais claras, Hyperion tem a massa distribuída1xbet 50.commaneira muito mais uniforme,1xbet 50.comuma série1xbet 50.combolhas conectadas, povoadas por associações1xbet 50.comgaláxias", afirma o astrofísico.

Os pesquisadores apontam que essa diferença se dá justamente porque os superaglomerados mais velhos tiveram bilhões e bilhões1xbet 50.comanos para que a gravidade agisse, aproximando a matéria e, assim, criando regiões mais densas. Se este raciocínio estiver certo, Hyperion deve evoluir da mesma forma.

"Compreendê-lo e entender como ele se compara a estruturas semelhantes pode nos fornecer insights sobre como o Universo se desenvolveu no passado e evoluirá para o futuro", diz Cucciati.

"Desenterrar este titã cósmico ajuda a descobrir a história dessas estruturas1xbet 50.comlarga escala."

Ele conta que os cientistas também identificaram um grande reservatório1xbet 50.comgás hidrogênio difuso "e relativamente frio" e uma região que parece conter sinais1xbet 50.comum aglomerado1xbet 50.comgaláxias1xbet 50.comformação.

"Essa imensa atividade e diversidade tem sido prevista a partir1xbet 50.comalguns modelos1xbet 50.comformação1xbet 50.comgaláxias e estruturas", comenta. "Mas, com Hyperion, é a primeira vez que conseguimos vê-la1xbet 50.comum sistema."

"Embora o destino1xbet 50.comtoda estrutura seja incerto, estamos desenvolvendo modelos para prever a evolução das galáxias", acrescenta. "Nossa esperança é, no futuro, que tais conexões nos permitam entender como as galáxias crescem, amadurecem e, eventualmente, chegam ao fim1xbet 50.comsuas vidas."