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Os primeiros cães das Américas – que desapareceram com a chegada dos europeus:casinoonlin
A pesquisa, publicada pela revista Science desta quinta-feira, mostra ainda que o DNA desse ancestral praticamente desapareceu, quando comparado com espécies contemporâneas.
Acredita-se que os europeus tenham trazido suas raçascasinoonlincães e, ao menosprezar o cão local, acabaram por fazer com que a reprodução fosse evitada ou até mesmo combatida.
Sim, o cão americano original era um herói,casinoonlinuma linhagem que provavelmente cruzou o EstreitocasinoonlinBering ao fim da era glacial e espalhou-se por toda a América, do Norte ao Sul. Mas, para o europeu colonizador, foi tido com um reles vira-lata sem valor - e tal juízo decretoucasinoonlinextinção.
Uma outra hipótese é que tais cães ancestrais tenham sucumbido a pestes trazidas a solo americano pelo europeu - e seus cachorros. Assim como muitos índios morreram por doenças desconhecidascasinoonlinseu sistema imunológico, fenômeno parecido pode ter ocorrido no mundo animal.
"Fato é que estudoscasinoonlinDNA sugerem que a populaçãocasinoonlincães americanos anterior à chegada dos europeus foi ampla e rapidamente substituída", afirma a pesquisadora Máire Ní Leathlobhair, do departamentocasinoonlinMedicina Veterinária da UniversidadecasinoonlinCambridge.
"Dados obtidos por análise genética mostram que os cães contemporâneos sãocasinoonlinum grupo filogenético diferente dos cães anteriores ao contato com os europeus."
Ní Leathlobhair ecasinoonlinequipe compararam os genomas dos 71 cães ancestrais com o material genéticocasinoonlin45 raças diferentescasinoonlincães contemporâneos.
Genética
Os pesquisadores concluíram que esse cão pioneiro das Américas eracasinoonlinum filo único originário do Ártico. Tal animal acompanhou diversas migrações humanas pela Ásia, sobretudo na Sibéria, até conseguir chegar ao continente americano.
A primeira vez que paleontólogos encontraram vestígios desses cães ancestrais foi ainda nos anos 1930. Desde então, se acredita que as primeiras levas migratórias desse animal tenham ocorrido há cercacasinoonlin10 mil anos.
A novidade do estudo publicado nesta semana, portanto, é o fatocasinoonlinque as ossadas foram analisadas geneticamente. E esse material foi comparado com os dos cães contemporâneos.
Aí, além da surpresacasinoonlinque praticamente nada deles restou nos cachorros atuais, veio ainda outra descoberta: um câncer conhecido há centenascasinoonlinanos e que ainda hoje afeta populações caninascasinoonlintodo o mundo pode ser o elo perdido a conectar os animaiscasinoonlinhoje com esses cachorros ancestrais.
Trata-se do tumor venéreo canino transmissível. É uma neoplasia exclusiva dos cães, o mais comum tumor genital entre esses animais - ocorre mais frequentementecasinoonlinzonascasinoonlinclima temperado, mas está presentecasinoonlintodos os continentes.
"Este câncer, contagioso, se manifesta com tumores genitais. E se espalha entre os cães por transferênciacasinoonlincélulas cancerígenas vivas, geralmente durante a cópula", explica a veterinária Ní Leathlobhair.
Essa doença foi documentada por veterinários há centenascasinoonlinanos, mas,casinoonlinacordo com o estudo publicado hoje, pode ter surgido, na realidade, há muito mais tempo.
Mais precisamente há 8,2 mil anos. O levantamento genético concluiu que a doença não surgiucasinoonlinsolo americano. Veiocasinoonlinuma matriz comum, ou seja, o ancestral asiático siberiano que deu origem ao cão nativo americano.
Mas a julgar pelas análises efetuadas nas ossadas, originou-se justamente no lado que "ficou" na Ásia e,casinoonlinlá, se espalhou por todo o mundo, inclusive para a Europa.
Quando chegaram à América, os cães europeus traziam uma doença que os cães americanos já tinham - pois ambos a "receberam"casinoonlinum antepassado comum.
Legado
Contudo, mesmo que o cão americano ancestral tenha sido extinto, algo dele sobrou? Não há um consenso entre os cientistas, mas muitos acreditam que certos tonscasinoonlinpelo dos lobos norte-americanos sejam resultado do cruzamento,casinoonlintempos remotos, com esses canídeos.
"Além disso, alguns estudos anteriores sugeriam que algumas populações modernascasinoonlincães americanos possuem uma carga genéticacasinoonlincães ancestrais", relata Ní Leathlobhair.
"Para testar essa hipótese, resolvemos realizar examescasinoonlinmaiscasinoonlin5 mil cães modernos - incluindo exemplarescasinoonlinaldeias americanas. Encontramoscasinoonlin7 a 20%casinoonlinancestralidade desses animais pré-colombianos."
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