A 'prisão da Fifa'casas de apostas que pagam maisporãocasas de apostas que pagam maisestádio que recebe bêbados, brigões e torcedores com identidades falsas:casas de apostas que pagam mais

A 'prisão da Fifa' onde Molly ficou detida por tentar entrarcasas de apostas que pagam maisestádio com identidadecasas de apostas que pagam maisamiga

Crédito, Molly Zuckerman

Grávida e sem disposição para ir à partida, a dona do ingresso ofereceu o bilhete a Zuckerman. Amigos sugeriram que ela usasse a Fan ID (identificação oficial emitida pela Fifa para o torneio) da amiga.

"Fui a vários jogos. Eles só olham a Fan ID e o ingresso. Você passa o ingresso pelo leitor digital e entra. Simples assim", disse um colega.

Zuckerman se lembrou do final da adolescência, quando entravacasas de apostas que pagam maisfestas que serviam bebidas alcoólicas com documentos falsos. "O pior que pode acontecer é me mandaremcasas de apostas que pagam maisvolta para casa", supôs.

Mas a Fifa é bem diferente das matinês da cidade natalcasas de apostas que pagam maisZuckerman na Califórnia.

Celas gradeadas

À BBC News Brasil, a Fifa confirmou a existênciacasas de apostas que pagam maisáreascasas de apostas que pagam maisdetenção e celas nas arenas.

"Como parte dos arranjos geraiscasas de apostas que pagam maissegurança e padrões que se aplicam na Rússia para grandes áreas como arenas esportivas, a maioria dos estádioscasas de apostas que pagam maisfutebolcasas de apostas que pagam maisnosso país é equipada com salascasas de apostas que pagam maisdetenção temporárias", disse,casas de apostas que pagam maisnota, o Comitê Localcasas de apostas que pagam maisOrganização dos Jogos.

"Estes (locais) são previstos para a possível detençãocasas de apostas que pagam maispessoas ou torcedores indisciplinados. Pelo que sabemos, esta é também uma prática normalcasas de apostas que pagam maismuitos países ao redor do mundo", afirma o comitê, por meiocasas de apostas que pagam maissua assessoriacasas de apostas que pagam maisimprensa.

"Minha bochecha me entregou", diz a jovem jornalista freelancer à BBC News Brasil.

A americana Molly Zuckerman

Crédito, Molly Zuckerman

Legenda da foto, Molly conta que foi cercada porcasas de apostas que pagam maistornocasas de apostas que pagam mais30 seguranças ao tentar entrar no estádio

Uma das seguranças na entrada do estádio notou que Zuckerman era diferente da foto que aparecia no documentocasas de apostas que pagam maisidentificação da Fifa e chamou um colega.

"Logo eram pelo menos 30 seguranças, 30, sem exagero,casas de apostas que pagam maisvoltacasas de apostas que pagam maismim. Isso levoucasas de apostas que pagam maistornocasas de apostas que pagam mais20 minutos. Foi quando um deles revistou minha bolsa e encontrou minha identidade real."

Aí começou o périplo pelos porões da arena, uma das mais avançadas da Rússia, construídacasas de apostas que pagam maisuma ilha no mar Báltico. A obra levou 10 anos até ser concluída,casas de apostas que pagam mais2017, após investimentoscasas de apostas que pagam mais1,1 bilhãocasas de apostas que pagam maisdólares, algocasas de apostas que pagam maistornocasas de apostas que pagam maisR$ 4 bilhões (a reforma do Maracanã, para efeitocasas de apostas que pagam maiscomparação, custou por voltacasas de apostas que pagam maisR$ 1,3 bi).

"Não era um espaço grande", conta Zuckerman sobre a prisão no subsolo do estádio. "Eram muitos policiais e eu, uma mexicana que passou (o ingresso) da filha paracasas de apostas que pagam maisguia turística, também presa, dois homens muito bêbados, um mais jovem e outro mais velho. Sete, no total."

O espaço claustrofóbico tinha três celas fechadas por barrascasas de apostas que pagam maisferro, como nas prisões comuns. Nestas celas foram colocados dois homens alcoolizados, isolados dos demais.

O restante, incluindo a americana, ficou sentadocasas de apostas que pagam maiscadeiras dobráveiscasas de apostas que pagam maismetal oucasas de apostas que pagam maispé,casas de apostas que pagam maisárea isolada junto às celas. Em uma sala separada, guardas discutiam,casas de apostas que pagam maisrusso, o futuro dos detentos. Sentadocasas de apostas que pagam maisuma mesa junto aos presos, um oficial colhia depoimentos.

A Fifa confirma que a torcedora americana aguardou na áreacasas de apostas que pagam maisdetenção, do ladocasas de apostas que pagam maisfora das celas.

"De acordo com as informações recebidas pelo Comitê Organizador Local das autoridades policiais locais, ela não foi colocadacasas de apostas que pagam maisuma destas salas e foi apenas solicitada a aguardar enquanto informações sobre ela eram verificadas e o relatório necessário era preparado", disse o órgão.

"Como a própria senhora afirmou, ela estava cientecasas de apostas que pagam maisque infringiu as regras relativas ao uso do Fan ID", prossegue o comitê da Fifa.

Zuckerman vive entre a Rússia e os Estados Unidos e aprendeu o idiomacasas de apostas que pagam maisDostoiévski na escola – o que, ela conta, ajudou na comunicação com os guardas e na interlocução dos demais presos.

"Ouvi um dos seguranças cochichando com outro que eu poderia ser uma espiã dos EUA tramando algo", lembra Zuckerman. "Que tipocasas de apostas que pagam maisespiã usaria a identidadecasas de apostas que pagam maisuma mulher totalmente diferente um jogocasas de apostas que pagam maisfutebol hipercontrolado e, pior, trariacasas de apostas que pagam maisidentidade real dentro da bolsa?"

Área com celas no porãocasas de apostas que pagam maisestádio

Crédito, Molly Zuckerman

Legenda da foto, Zuckerman registrou imagens com seu celular enquanto estava no local

Apelo da Fifa

Questionada, a Fifa não respondeu se a existênciacasas de apostas que pagam maiscelas nos estádios está descritacasas de apostas que pagam maisalgum documento oficial da entidade.

Apesar da privaçãocasas de apostas que pagam maisliberdade, Zuckerman e os demais não tiveram seus telefones celulares confiscados – foi com o aparelho que ela tirou as fotos que ilustram esta reportagem.

"Fora o homem que encontrou minha identidade na bolsa e foi bastante ríspido, os demais seguranças foram amigáveis o tempo todo comigo. Riram e brincaram enquanto eu aguardava o que aconteceria", diz ela à reportagem.

Após depor aos seguranças, reconhecer o erro e ser encaminhada a um posto policial, onde pagou uma multa administrativacasas de apostas que pagam mais50 dólares (aproximadamente R$ 200), a americana foi liberada e não teve problemas com seu passaporte.

"O que mais me preocupava era o fatocasas de apostas que pagam maiseu ter um vistocasas de apostas que pagam mais3 anos e o medocasas de apostas que pagam maisnão poder mais voltar. Eu venho aqui para a Rússia, tenho muitos amigos e trabalhos aqui", disse.

Foram, no total, pouco maiscasas de apostas que pagam mais5 horas presa no porão do estádio.

À BBC News Brasil, o Comitê Organizador Local fez um apelo para que os torcedores na Rússia não infrinjam regras locais usando identidades alheias.

"O comitê gostariacasas de apostas que pagam maismais uma vez chamar a atençãocasas de apostas que pagam maistodos os torcedores para as regras e pedir para que as cumpramcasas de apostas que pagam maistodos os momentos, paracasas de apostas que pagam maisprópria segurança e tambémcasas de apostas que pagam maisprolcasas de apostas que pagam maistodas as pessoas presentes na Copa do Mundocasas de apostas que pagam mais2018."

A torcedora parece ter aprendido.

"Fui muito ingénuacasas de apostas que pagam maisachar que a Fifa não poderia fazer o que fez e me prender. Não vou fazer nada do tipo nunca mais", diz a jovem após a experiência.

"Eles são uma das organizações mais corruptas do mundo, mas parece que quando se tratacasas de apostas que pagam maissegurança, eles cumprem o trabalho com muita seriedade."

'Cela'casas de apostas que pagam maisestádiocasas de apostas que pagam maisSão Petersburgo

Crédito, Molly Zuckerman

Legenda da foto, Versão integral da foto que abre esta reportagem, feita pela americana no estádiocasas de apostas que pagam maisSão Petersburgo