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'B... rosa' vira gíria entre extremistas russos que atacam mulheres filmadas com estrangeiros na Copa:1xbet handicap 2 (0)
Em um ataque coordenado, com dezenas1xbet handicap 2 (0)comentários ofensivos simultâneos, ela foi chamada1xbet handicap 2 (0)"vergonha para o país" e "Natashka", numa menção ao termo usado por turcos para se referir a prostitutas1xbet handicap 2 (0)origem eslava.
A ofensiva levou a jovem a apagar seu perfil na rede social sem deixar rastros.
Os grupos, no entanto, já haviam coletado fotos da mulher e as publicaram1xbet handicap 2 (0)vídeos que trazem, além das imagens, seu nome, idade, local1xbet handicap 2 (0)nascimento e moradia.
"Conheça a moça do vídeo. A Copa do Mundo permanecerá para sempre no coração dela", diz uma das postagens1xbet handicap 2 (0)russo, visualizada por quase 200 mil pessoas.
Racismo
A comunidade "B… Rosa" se apresenta como uma página1xbet handicap 2 (0)humor, "sem o propósito1xbet handicap 2 (0)ofender quem quer que seja".
Mas, além do machismo, as postagens reúnem conteúdo racista.
"É importante entender que os resultados1xbet handicap 2 (0)tudo isso serão,1xbet handicap 2 (0)primeiro lugar, pragas", diz um usuário. "Os negros trouxeram tuberculose na Olimpíada1xbet handicap 2 (0)1980, vindo com documentos falsos sem exames médicos ou vacinas."
Em outras postagens, brasileiros e outros latino-americanos são chamados1xbet handicap 2 (0)"macacos" e "imundos".
Além da protagonista do vídeo com brasileiros, mulheres russas que aparecem dançando ou beijando torcedores brasileiros, argentinos e peruanos1xbet handicap 2 (0)vídeos que circulam online também têm seus perfis expostos nos grupos e portagens associadas à hashtag "B… rosa".
Pelo menos 15 vídeos e fotos supostamente registrados na Copa são publicados e republicados a exaustão, sempre associados a ofensas.
"Vocês não são mulheres. São apenas orifícios", diz uma das postagens mais curtidas.
Além das torcedoras, mulheres como a ativista Alena Popova, que criou uma petição exigindo punição aos brasileiros que expuseram a russa no vídeo, também estão sendo atacadas por membros dos grupos - identificados, na maioria, como moradores da região1xbet handicap 2 (0)Rostov, onde o Brasil disputou1xbet handicap 2 (0)primeira partida na Copa contra a Suíça.
A petição já acumula mais se 60 mil assinaturas e foi traduzida para o português.
As páginas reúnem forte conteúdo nacionalista, ressaltando a "pureza" russa e "riscos" oriundos da interação com estrangeiros.
Os membros dos grupos radicais também repetem as palavras da parlamentar Tamara Pletnyova, que disse às vésperas do início da Copa que transar com estrangeiros aumenta o risco1xbet handicap 2 (0)que as russas se tornem mães solteiras1xbet handicap 2 (0)filhos mestiços.
"A Copa1xbet handicap 2 (0)2018 vai mudar para sempre o comportamento dos homens russos1xbet handicap 2 (0)relação às mulheres russas", diz um dos comentários. "Esta espiral1xbet handicap 2 (0)vergonha a que elas estão expondo os homens patriotas não será perdoada."
Em outra mensagem, os usuários apontam uma suposta transformação na imagem internacional do país.
"É uma pena que, após a Copa do Mundo, a Rússia seja vista no mundo como um país1xbet handicap 2 (0)turismo sexual barato, como a Tailândia, e não um país1xbet handicap 2 (0)ursos. A propaganda estatal concebeu a Copa do Mundo como enorme ato1xbet handicap 2 (0)relações públicas, mas a partir1xbet handicap 2 (0)agora estrangeiros não vão mais temer ou respeitar os russos", afirma o usuário.
"Moscou pode ser infestada por HIV e as consequências são previsíveis", diz outro.
Repúdio
As ofensas à russa filmada pelo grupo1xbet handicap 2 (0)brasileiros também geraram declarações1xbet handicap 2 (0)repúdio e solidariedade entre mulheres russas na rede social -1xbet handicap 2 (0)escala muito menor.
"Infelizmente, por causa do comportamento obsceno1xbet handicap 2 (0)muitas mulheres durante o mundial, [nome] agora precisa do apoio1xbet handicap 2 (0)seus compatriotas. Mas, ao contrário, está sendo perseguida por vários robôs. Este tipo1xbet handicap 2 (0)ação mostra claramente como nossa sociedade está desunida", disse uma usuária.
"Nos momentos1xbet handicap 2 (0)que essas mulheres precisam1xbet handicap 2 (0)apoio,1xbet handicap 2 (0)alguém que interceda por elas para que os infratores sejam punidos, o que acontece é o contrário e os homens começam a puni-las por erros cometidos por outros homens", afirmou outra.
À BBC News Brasil, na semana passada, o diretor do Centro1xbet handicap 2 (0)Informações da Organização das Nações Unidas para o Brasil, Maurizio Giuliano, disse que os vídeos expõem um "sexismo cotidiano" que se repete diariamente, por todo o mundo.
"É fundamental que nos lembremos que este caso é um1xbet handicap 2 (0)uma série1xbet handicap 2 (0)agressões que acontecem todos os dias,1xbet handicap 2 (0)todos os lugares. E isso precisa1xbet handicap 2 (0)um basta", disse o italiano.
Segundo o diretor da ONU, a exposição da mulher retratada no vídeo representa uma violência para todas as mulheres e a indignação que o caso despertou precisa se refletir na prática,1xbet handicap 2 (0)situações cotidianas.
"Diferentemente do que muitos pensam, a violência sexual não é apenas física, mas também pode ser psicológica", afirmou.
"Precisamos1xbet handicap 2 (0)uma consciência pública sobre todas as formas1xbet handicap 2 (0)violência contra as mulheres."
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