Por que o gol olímpico é tão raropixbet playCopa do Mundo:pixbet play

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Legenda da foto, Um gol marcado diretamente a partirpixbet playuma cobrançapixbet playescanteio não acontece no Mundial desde 1962

Mas por que o gol olímpico é tão raro não sópixbet playgrandes torneios, mas no futebolpixbet playgeral?

A resposta envolve ciência, habilidade e um poucopixbet playsorte, contam à BBC News Brasil dois físicos especializadospixbet playesporte e um ex-jogadorpixbet playfutebol conhecido por fazer gols olímpicos:

O efeito Magnus

O gol olímpico é uma aparente impossibilidade - mas, graças à física, deixapixbet playser impossível para ser tornar apenas improvável.

O jogador está na mesma linha das traves ao bater um escanteio e não pode simplesmente chutar direto para o gol. Ele precisa tentar acertar um alvo que não consegue ver.

A saída é apurar a mira e acertar a bolapixbet playum jeito que a faça girar lateralmente. É o chamado chutepixbet playtrivela.

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Legenda da foto, Na mesma linha das traves, o jogador precisa tentar acertar um alvo que não consegue ver

O jogador não pode, portanto, acertar o centro da bola, senão ela irá apenas para frente. Ele deve acertar um dos cantos inferiores. No direito, a bola sai girandopixbet playsentido anti-horário e no sentido horário se for no esquerdo.

"O giro faz com que a bola faça uma curva no ar e vápixbet playdireção ao gol. É o chamado efeito Magnus", explica John Eric Goff, professorpixbet playFísica da Universidadepixbet playLynchburg, nos Estados Unidos, e autorpixbet playFísica da Medalhapixbet playOuro: a ciência dos esportes (John Hopkins University Press, 2009).

O fenômeno ganhou esse nome do físico alemão Heinrich Gustav Magnuspixbet play1852. Ele investigava o comportamentopixbet playtirospixbet playcanhão quando foi o primeiro a descrever como a rotaçãopixbet playum objeto alterapixbet playtrajetóriapixbet playum fluido. Neste caso, uma bolapixbet playfutebol que cruza o ar enquanto girapixbet playtorno no próprio eixo.

Essa rotação movimenta o arpixbet playtorno da bola e cria uma zonapixbet playmaior pressãopixbet playum lado, explica o físico Marcos Duarte, coautorpixbet playFísica do Futebol: mecânica (Oficinapixbet playTextos, 2016).

A maior pressãopixbet playuma das laterais exerce uma força sobre a bola e faz com que ela mudepixbet playdireção e realize uma curva rumo ao gol.

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Legenda da foto, Com bolapixbet playefeito, Cristiano Ronaldo empatou o jogo contra a Espanha na Rússia

"Como não dá para deslocar o gol, você desloca a bola para criar uma áreapixbet playque é possível fazer um gol. Essa área antes era nula", diz Duarte.

O mesmo fenômeno está por tráspixbet playuma das cobrançaspixbet playfalta mais famosas na história da seleção brasileira, do lateral Roberto Carlospixbet playum amistoso do Brasil contra a França,pixbet play1997.

Mais recentemente, foi graças a esse efeito na bola que Cristiano Ronaldo fez um golpixbet playbola parada e empatou o jogo contra a Espanha, evitando a derrotapixbet playPortugal empixbet playestreia no Mundial da Rússia.

Nos dois lances, a bola faz uma curvapixbet playpleno ar, contorna a barreira e termina dentro da rede adversária. Parece mágica, mas é "só" ciência.

Força do chute e design da bola

Não basta apenas acertar a bola no ponto e do jeito corretos. É preciso também dosar a força do chute para que a bola faça uma curva ideal.

"A trajetória é determinada pela relação entre as forças que empurram a bola para frente e para o lado. Se você chutar uma bola muito forte, a força para frente vai ser muito maior do que para a lateral, e a mudançapixbet playdireção vai ser pequena", diz Duarte.

O físico explica que um chute muito forte é capazpixbet playfazer a bola viajar a maispixbet play100 km/h, ou 30 m/s.

A distância entre o canto do campo e a trave épixbet playcercapixbet play30 metros, então, a essa velocidade, a bola chegará lápixbet playum segundo, um tempo curto demais para o giro da bola criar uma curvapixbet playgol olímpico.

Duarte recomenda um chute médio, para a bola alcançar 70 km/h, ou 20 m/s. "Também não pode ser fraco demais, senão aumenta a chancepixbet playo goleiro pegar."

Existe ainda outro elemento que influencia a probabilidadepixbet playum gol olímpico: o design da bola.

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Legenda da foto, Se todos os fatores confluírem, esse é o resultado: bola dentro do gol

"Quanto mais ranhuras e reentrâncias ela tiver, menor a resistência do ar que a bola enfrenta empixbet playtrajetória", explica Goff.

Em outras palavras, quanto mais lisa for a bola, mais ela se comportapixbet playforma imprevisível.

Era a principal queixa sobre a bola oficial da Copapixbet play2010, a jabulani. A falha foi corrigida no Mundial no Brasil, com a bola brazuca, mais rugosa.

Talento e sorte

Mesmo se todos esses fatores confluírem, até o melhor jogador do mundo precisa ter o acaso a seu favor para conseguir um gol olímpico.

"Não é difícil fazer a bola girar, mas é difícil que a bola percorra todo o caminho do gol sem que nenhum dos jogadores na área toque nela", diz Goff.

"Muitas vezes, o jogador não busca marcar diretopixbet playum escanteio, mas lançar para que alguém chute para o gol. Tudo isso contribui para que o gol olímpico seja um acontecimento raro."

Mas não é tão raro assim para o ex-jogador sérvio Dejan Petković, o Pet. Ele tem um conselho ou dois para ajudar quem tenta um gol assim.

Petković passou por alguns dos principais clubes brasileiros empixbet playcarreira e ficou conhecido por aqui por seu talento para bater faltas e cobrar escanteios - e fazer gols olímpicos.

Diz ter na conta oitopixbet playjogos oficiais e vários outrospixbet playnão oficiais. Ele reconhece que a sorte é importante, mas não basta.

"Houve vezespixbet playque quis fazer e fiz, mas teve muitas que foi por acidente. Desses oito, ao menos três foram assim", conta Pet.

"Mas precisa também treinar bastante e ter competência. Você precisa dar um efeito firme e forte na bola, mas ela não pode viajar muito, senão não tem como surpreender o goleiro, fica mais fácil para ele pegar."

Petković diz ainda que, ao contrário do se pensa, o gol olímpico não é um feito individual, mas coletivo.

"Se fosse só eu contra o goleiro, seria quase impossível, mas, com muita gente dentro da área mudandopixbet playposicionamento, isso cria uma distração e faz ele não prestar atenção sópixbet playmim."

E por que não tem um gol olímpico na Copa há 56 anos, Pet? "Porque eu não joguei uma Copa", diz ele, rindo.

"Agora, sério. Um jogador precisa ter confiança e ser ousado para tentar issopixbet playum Mundial. São jogos muito importantes, você faz a jogada que foi mais praticada."

Mas não dá para dizer por enquanto que esse tabu não será quebrado na Copa da Rússia. Ainda há muitos jogos pela frente.

Quem se habilita?