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Médica explica o que ocorre ao corpo no fim da vida: 'Morrer não é tão ruim quanto se pensa':casa de apostas para menores
casa de apostas para menores "Na minha humilde opinião, morrer não é tão ruim quanto se pensa."
Essa é a visão da morte por Kathryn Mannix, médica britânica pioneiracasa de apostas para menorescuidados paliativos, que dedicacasa de apostas para menorescarreira a tratar pacientes com doenças incuráveis nos últimos estágioscasa de apostas para menoressua vida.
Para a autora do livro With the End in Mind: Dying, Death, and Wisdom in an Age of Denial ("Com o fimcasa de apostas para menoresmente: morrer, morte e sabedoria na era da negação",casa de apostas para menorestradução livre), a sociedade nos leva a evitar falar desse processo e a substituir a palavra "morte" por eufemismos.
E isso torna muito mais difícil lidar com a perdacasa de apostas para menoresum ente querido, argumenta Mannix.
A BBC Ideas, plataforma da BBC que explora ideias questionando verdades estabelecidas, traz seu depoimento:
"Nós deixamoscasa de apostas para menoresfalar sobre a morte. Deixamoscasa de apostas para menoresusar a palavra 'morrer' e passamos a usar outras similares.
Em vezcasa de apostas para menores'morto', dizemos 'falecido'. Em vezcasa de apostas para menoresdizer que alguém está morrendo, dizemos que ele está 'muito doente'.
Quando se usam essas palavras, as famílias não entendem que está se aproximando o momento da morte.
Isso é um grande problema porque, quando a família está junto ao leitocasa de apostas para menoresalguém prestes a morrer, não sabe o que dizer entre si ou para o próprio doente, que também não sabe o que dizer ou o que esperar.
Trata-secasa de apostas para menoresuma cena marcada por tristeza, ansiedade e desesperança.
E, na minha humilde opinião, não precisa ser assim.
Acho que perdemos a imensa sabedoria humanacasa de apostas para menoresaceitar a mortecasa de apostas para menoresum modo normal.
Acho que é horacasa de apostas para menoresvoltar a falar da morte e recuperar essa sabedoria.
Como é morrer normalmente? Assim como nascer, é apenas um processo. Gradualmente, a pessoa vai se cansando, se esgotando.
À medida que o tempo passa, ela vai dormindo mais, passa menos tempo acordada.
A família pode ir aprendendo sobre os melhores momentos para dar os medicamentos (ao paciente) ou deixar as visitas entrarem.
Pode acontecercasa de apostas para menoresvisitantes ou familiares encontrarem o paciente dormindo. E muitas vezes pode estar acontecendo uma mudança que é pequena, porém muito significativa.
É que,casa de apostas para menoresvezcasa de apostas para menoresestar dormindo, a pessoa pode estar temporariamente inconsciente.
Não podemos acordá-la nem dar a ela o medicamento. Não podemos dizer que chegou uma visita.
Ainda assim, quando ela acorda, ela conta que teve um bom sono.
Então ficamos sabendo que esse estadocasa de apostas para menorescoma não foi aterrorizante. Simplesmente não percebemos esse lapso à inconsciência no momentocasa de apostas para menoresque ele ocorre.
Som da morte
À medida que o tempo passa, essa pessoa passa menos tempo acordada, mais tempo dormindo, até que, no final, fica inconsciente o tempo todo.
Essas pessoas estão tão relaxadas que nem se darão ao trabalhocasa de apostas para menorespigarrear, limpando a garganta, então pode ser que a respiração passe por pequenas quantidadescasa de apostas para menoresmuco ou saliva na partecasa de apostas para menorestrás da garganta.
Isso pode causar um ruído estranho, que muitos chamamcasa de apostas para menores'estertor da morte' (death rattle,casa de apostas para menoresinglês).
As pessoas falam desse som como se fosse algo terrível, mas esse som, na verdade, me diz que o paciente está tão profundamente relaxado, ecasa de apostas para menoresum estadocasa de apostas para menoresconsciência tão profundo, que sequer a saliva na garganta o incomoda enquanto as bolhascasa de apostas para menoresar entram e saem dos pulmões.
Então, bem no finzinho da vida, haverá um períodocasa de apostas para menoresrespiração superficial, e uma expiração que não será seguida por uma inspiração.
Às vezes é algo tão suave que os familiares sequer percebem.
Por isso, a morte normal é realmente um processo tranquilo - algo que podemos reconhecer, para o qual podemos nos preparar e algo com o que podemos lidar.
E isso deveria ser algo a ser celebrado. Algo com o que podemos nos consolar uns aos outros.
Mas por muitos considerarem indelicado falar sobre a morte, isso virou,casa de apostas para menoresfato, o segredo mais bem guardado da medicina.
Por isso, na minha opinião, morrer é algo que deveríamos recuperar, algo sobre o que deveríamos falar e nos consolar mutuamente."
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