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Gastos do Brasil com diabetes podem dobrar na próxima década, diz estudo britânico:apk da blaze
É um dos custos mais altos do mundoapk da blazerelação ao Produto Interno Bruto (PIB), diz à BBC Brasil Justine Davies, coautora do estudo e professora do Centroapk da blazeSaúde Global do King's College.
"A doença tem sido vista como a próxima epidemia global, tem aumentado na maioria dos países e ninguém tem conseguido enfrentá-la", acrescenta.
Isso é grave porque a diabetes é uma importante causadoraapk da blazecegueira, falência renal, problemas cardíacos, derrames e amputações, aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS).
O que fazer?
Davies diz que não estudou especificamente o caso brasileiro, mas aponta que o avanço da diabetes provavelmente está ligado ao sobrepeso da população – segundo dadosapk da blaze2016 do Ministério da Saúde, 20apk da blazecada 100 brasileiros sofremapk da blazeobesidade.
E isso está intimamente ligado ao consumo excessivoapk da blazecomida pouco saudável, como fast-food e alimentos ultraprocessados – bolachas, refrigerantes, salgadinhos e similares –, a despeito da crescente conscientização acerca do que é uma alimentação saudável.
"É difícil mudar isso", admite Davies. "As pessoas têm mais conhecimento atualmente. Mas se você coloca um pacoteapk da blazebatatinhas na minha frente, provavelmente vou comê-las. Existe uma tensão entre o que sabemos que nos faz bem ou mal e o que o ambiente nos oferece. E o ambiente tem favorecido as comidas rápidas e os deslocamentosapk da blazecarros (que estimulam o sedentarismo)."
Outro problema é a associação entre o aumento no padrãoapk da blazevida da população e o maior consumoapk da blazeitens processados,apk da blazedetrimentoapk da blazecomidas in natura. "À medida que as pessoas ganham mais dinheiro, elas querem comer mais, como um sinalapk da blazeprosperidade."
Para resolver issoapk da blazeuma escala nacional e global, Davies acha necessário haver um "compromisso político".
"É preciso haver impostos mais severos sobre comidas não saudáveis e restrições àapk da blazepublicidade, sobretudo as que forem voltadas às crianças, que são mais suscetíveis", defende.
A pesquisadora cita exemplos bem-sucedidos do México, que elevou a taxação sobre bebidas açucaradas (medida que reduziu o consumoapk da blazerefrigerantes e similaresapk da blaze5,5% e 9,7%apk da blaze2015 e 2016, primeiros anosapk da blazeque vigorou), eapk da blazeLondres. A capital britânica tem estimulado a população a caminhar e andarapk da blazebicicleta com a difusãoapk da blazerotas ciclísticas e a taxaçãoapk da blazecarros que circulamapk da blazeáreas centrais da cidade.
Impacto global e na América Latina
A ameaça da diabetes ao Brasil é excepcionalmente grave, mas não é única no mundo: segundo Davies, nenhum dos países estudados tem conseguido resultados particularmente positivos no combate à doença.
"Nos EUA, provavelmente o país mais obeso do mundo, as taxas (de diabetes) estão se estabilizando – um dos poucos países onde isso aconteceu", diz a pesquisadora. No entanto, o país enfrenta a perspectivaapk da blazegastar até US$ 680 bilhõesapk da blazedecorrência da doençaapk da blaze2030.
Na China, a projeção éapk da blazeque os gastos relacionados à diabetes praticamente tripliquem na próxima década, passandoapk da blazeUS$ 222 bilhões a US$ 631 bilhões.
No mundo inteiro, a perspectiva éapk da blazeque gaste-se US$ 2,5 trilhões direta e indiretamente com a diabetes, o dobro dos custos atuais. E a América Latina deve ficar com o maior fardo, se analisada a proporçãoapk da blazerelação ao tamanhoapk da blazeseu PIB.
Um dos fatores por trás disso, segundo Davies, é a estrutura populacional latino-americana: cresceu a prevalênciaapk da blazediabetesapk da blazeuma população ainda relativamente jovem,apk da blazeidade produtiva.
"A diabetes afeta a capacidadeapk da blazetrabalho das pessoas. O impacto econômico da pessoa que tem um ataque cardíaco (como consequência da diabetes) cedo é muito grande."
No Brasil, estimativas apontam que entre 7% e 10% da população pode ser diabética – boa parte dela sem nem sequer ter sido diagnosticada. Segundo o estudoapk da blazeDavies, essa porcentagem pode chegar a 14%apk da blaze2030, no pior dos cenários.
Dados da OMS apontam que a prevalência globalapk da blazediabetes entre adultos acimaapk da blaze18 anos dobrou entre 1980 e 2014 no mundo – alcançando 422 milhõesapk da blazepessoas. O maior crescimento tem sido registradoapk da blazepaísesapk da blazerenda baixa e média.
Em 2015, os dados mais recentes disponíveis, 1,6 milhõesapk da blazemortes foram diretamente causadas pela diabetes no globo.
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