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Por que cientistas defendem que o mundo precisa enviar uma missão ao desconhecido 'planeta oceano':
Um dos autores, Edward Hill, do Centro Oceanográfico do Reino Unido, disse à BBC News: "Os oceanos são críticos para nossa economia no futuro. Nove bilhõespessoas buscarão por mais comida nos oceanos, mas ainda sabemos muito pouco sobre o que há lá embaixo".
"Investimos muito dinheiro e esforçosmissões para o espaço, mas não há nada vivo lá fora. O fundo do mar está repletovida. Precisamosuma missão ao planeta oceano - esta é a última fronteira."
Receios e ameaças
Um dos autores, o cientista-chefe do Departamento do Meio Ambiente do governo britânico, Ian Boyd, concorda: "O oceano está foranossas vistas,nossas mentes".
Ele disse à BBC News: "Há um processo contínuobuscanovas coisas das quais podemos tirar proveito nos oceanos, e isso ocorre mais rápido do que os cientistas conseguem acompanhar. Minha suspeita é que a legislação também tenha dificuldadeacompanhar esse avanço, e, obviamente, isso gera riscos".
Boyd aponta que fazendas eólicasalto mar, a exploraçãopetróleo e empresasmineração estão indo rumo a áreas ainda não exploradas.
"Cientistas precisam avançar mais rápido do que as pessoas do lado comercial ou, ao menos, no mesmo ritmo, para criar uma regulamentação para reger essas indústrias."
O relatório destaca ainda outros receios, com a atual quantidadeplástico presente nos mares, que deve triplicar entre 2015 e 2025. Mas alerta que os oceanos estão sendo impactados por vários tipospoluição, inclusive pesticidas e fertilizantes agrícolas, substâncias tóxicas industriais e produtos farmacêuticos.
Os autores dizem que, se governos conseguirem identificar formasproteger a biodiversidade dos mares, há muitas riquezas a serem exploradas, como reservasmetais e até mesmo uma possível cura para o câncer.
Eles preveem que o maior aumentoatividade industrial nos oceanos viráfazendas eólicas, seguido por aquacultura e processamentopeixes. O relatório também projeta um crescimento da capturapeixes selvagens.
Isso é alarmante para Rachel Jones, especialistavida marinha do ZoológicoLondres. Ela disse à BBC News: "Dado que 90% da indústria da pesca já atua no limite ou próximo do limite sustentável, não sei como conseguirão expandir a capturapeixes".
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