Maissportingbet e bom95% do lixo nas praias brasileiras é plástico, indica estudo:sportingbet e bom

Lixo encontradosportingbet e bompraias brasileiras
Legenda da foto, Até TV já foi encontrada nas praias brasileiras | Foto: Divulgação

Os 20% restantes têm origem nos próprios oceanos, gerados pelas atividades pesqueiras, mergulho recreativo, pesca submarina e turismo, como os cruzeiros, por exemplo.

Lixo próximo ao mar
Legenda da foto, No ranking dos países mais poluidores dos mares, o Brasil ocupa a 16ª posição, segundo estudo americano | Foto: Elisa Van Sluys Menck

No ranking dos países mais poluidores dos mares, o Brasil ocupa a 16ª posição, segundo um estudo realizado por pesquisadores americanos e divulgadosportingbet e bom2015.

Eles estimaram a quantidadesportingbet e bomresíduos sólidossportingbet e bomorigem terrestre que entram nos oceanossportingbet e bompaíses costeirossportingbet e bomtodo o mundo. Aqui, todos os anos são lançados nas praias entre 70 mil e 190 mil toneladassportingbet e bommateriais plásticos descartados.

Aindasportingbet e bomacordo com o mesmo levantamento, a China, a Indonésia e as Filipinas são as nações que mais jogam lixo nos oceanos, com até 3,5 milhõessportingbet e bomtoneladassportingbet e bomplásticos por ano. Esses três países também aparecem nos primeiros lugaressportingbet e bomoutro estudo, realizado pela ONG americana Ocean Conservancy. Ao lado da Tailândia e do Vietnã, são responsáveis pelo descartesportingbet e bom60% dos resíduos plásticos encontrados nos mares do mundo.

Resíduossportingbet e bompraia
Legenda da foto, Privada também foi encontrada na areiasportingbet e bomuma das praias | Foto: Divulgação

Resultados

O IO-USP e Plastivida realizaram o levantamento no litoral brasileiro para conhecersportingbet e bommais detalhes a situação do Brasil.

Ele foi feitosportingbet e bomseis praias do Estadosportingbet e bomSão Paulo (Ubatumirim, Boraceia, Itaguaré, do Uma, Jureia e Ilha Comprida), três da Bahia (Taquari, Jauá e Imbassaí) e trêssportingbet e bomAlagoas (do Francês, Ipioca e do Toco). No total, foram realizadas seis coletas, inicialmente com intervalossportingbet e bomseis meses e depoissportingbet e bomum ano.

"Dessas, as mais poluídas são Boraceia e Itaguaré, Praia do Francês e Taquari", conta o biólogo Alexander Turra, do IO-USP, coordenador do trabalho.

Ele explica que as coletas foram realizadas seguindo um protocolo estabelecido pelo programa das Nações Unidas para o meio ambiente (ONU Meio Ambiente).

"Primeiro, nós limpamos uma áreasportingbet e bom500 metros da areia seca, onde a maré não alcança, e das dunas ou restinga, atrás da praia", diz. "Depois, voltamos ao localsportingbet e bomseissportingbet e bomseissportingbet e bomseis meses para recolher, identificar e quantificar o lixo nos 100 metros centrais dessa área."

O monitoramento constatou que,sportingbet e bomSão Paulo, o maior volume se acumula nas dunas ou restingas e é proveniente das atividadessportingbet e bompesca. No Nordeste, o grosso do material é encontrado na areia seca e vem do turismo.

A história que levou à assinatura do convênio entre o IO-USP e a Plastivida começousportingbet e bom2011, quando foi criado o Compromissosportingbet e bomHonolulu, para discutir a questãosportingbet e bomresíduos nos maressportingbet e bomnível global.

Dirigido a governos, indústrias, organizações não governamentais e demais interessados, o documento tem como objetivo servir como instrumentosportingbet e bomgestão para a redução da entradasportingbet e bomlixo nos oceanos e praias, bem como retirar o que já existe.

Sacossportingbet e bomlixo próximos ao mar
Legenda da foto, Levantamento foi feitosportingbet e bomseis praias paulistas, três baianas e três alagoanas | Foto: Elisa Van Sluys Menck

Como consequência desse documento, no mesmo ano, foi assinada a Declaração Global Conjunta da Indústria dos Plásticos, da qual a Plastivida é signatária. Foi para implementar aqui esse compromisso mundial que a associação, como uma das entidades representantes da cadeia produtiva dos plásticos no país, e o IO-USP assinaram o convêniosportingbet e bom2012. A meta é se capacitar e desenvolver estudos científicos para embasar as discussões sobre o tema no Brasil.

Desde então, além do levantamento do resíduos nas praias, a parceria resultousportingbet e bomvários outros trabalhos. "O convênio é um arranjo inovador, que junta a universidade com a iniciativa privada para resolver questões importantes para a sociedade", diz Turra. "Ele visa entender o problema, ver onde ele é mais crítico e verificar se as medidas para combater o lixo no mar estão surtindo efeito."

Além disso, foi criado o Fórum Setorial dos Plásticos Online - Por Um Mar Limpo, para ampliar os debates sobre os caminhos e as alternativassportingbet e bommitigação para o problema dos resíduos nas praias e nos oceanos.

Trata-sesportingbet e bomuma plataforma online, que reúne todas as informações e o conhecimento obtidos desde 2012, além das propostassportingbet e bomeducação ambiental, prevenção, coleta e reciclagem. Desse Fórum resultou a Declaraçãosportingbet e bomIntenções, um documento que estabelece os compromissos da cadeia produtiva dos plásticos no Brasil sobre o tema.

Combatendo o problema

Os participantes do Fórum pretendem pesquisar alternativas para que o setor industrial e a população possam combater o lixo no mar.

"O Instituto Oceanográfico é um moderador desse diálogo", diz Turra. "Nós auxiliamos as empresas a canalizarem as informações científicas corretas e a realizar as melhores ações concretas possíveis."

De acordo com ele, os principais objetivos do IO-USP nesses projetos são a educação ambientalsportingbet e bomrelação ao consumo consciente e à destinação correta do material descartado. A ideia é que, bem informadas sobre o tema, as pessoas possam ajudar a manter os oceanos e as praias limpas.

Segundo o presidente da Plastivida, Miguel Bahiense, o conhecimento gerado durante os anossportingbet e bomexistência da parceria ésportingbet e bomque se tratasportingbet e bomum problema que só será resolvidosportingbet e bomconjunto pelos vários setores relacionados ao problema.

"Estamos realizando um trabalhosportingbet e bomeducação, informação e coordenaçãosportingbet e bomações como campanhassportingbet e bomdescarte adequado, conscientização, entre outras, que vão demandar o envolvimento compartilhadosportingbet e bomtoda a sociedade - poder público, indústriasportingbet e bomdiversos setores, varejo e a populaçãosportingbet e bomforma geral -, para o mesmo fim, que é a preservação dos oceanos e do meio ambiente", diz.

Coletasportingbet e bomlixo nas praias
Legenda da foto, Pesquisador defende trabalho conjunto entre vários setores para combater o problema | Foto: Lab Manejo

"Todo o estudo reunido nos fez entender que a questão do lixo nos mares vai além dos municípios costeiros", avalia Turra.

"Ela envolve todas as cidades, Estados, a gestão dos resíduos sólidos, o saneamento básico, a educação ambiental e toda uma cultura social que deve ser estruturada. Acreditamos que o Fórum será um marco transformador da sociedade, por envolver diferentes setores na busca do desenvolvimento sustentável."