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Como um câncer aos 37 anos mudou minha vida:betano aposta bbb
betano aposta bbb Carly Appleby não ficou convencida quando os médicos descartaram um pequeno nódulobetano aposta bbbseu seio, que parecia insignificante. Em fevereirobetano aposta bbb2017, ela foi diagnosticada com câncerbetano aposta bbbmamabetano aposta bbbestágio 3, localmente avançado. Aqui, a jovem mãebetano aposta bbb37 anos descreve o impacto da notícia ebetano aposta bbbjornada desde então.
"Fazia um dia lindo e ensolaradobetano aposta bbbCostwolds (cadeiabetano aposta bbbpequenas colinas no centro da Inglaterra) quando fui diagnosticada com câncerbetano aposta bbbmamabetano aposta bbbestágio 3 - o que significa que ele já havia se espalhado para além da área do tumor inicial, que, no meu caso, foi nos linfonodos do braço.
Ainda na clínica, sentei, com meu marido do lado. Nós dois estávamos atordoados. Tenho 37 anos, sou uma mulherbetano aposta bbbforma e saudável - ou ao menos era isso que eu pensava -, sem nenhum históricobetano aposta bbbcâncerbetano aposta bbbmama na família.
A princípio, quando fui à consulta com minha ginecologista, ela descartou a possibilidade na hora. Passou menosbetano aposta bbbcinco minutos me examinando, encontrou um nódulo no meu seio - menor do que um grãobetano aposta bbbarroz, duro. 'Provavelmente é algo hormonal. Nada para se preocupar. Volte só se ele não for emborabetano aposta bbbalgum tempo', disse ela tranquila.
Alguns meses se passaram e eu percebo que, sim, ele ainda está ali. Volto ao médico, desta vez para ver outro ginecologista. Ele me examina melhor, mas a conclusão é a mesma: 'Provavelmente, é um caroço gorduroso', diz. Um sinalbetano aposta bbbque estou ficando velha, eu penso.
Mas me incomoda. Aquilo não parece certo. Meu seio esquerdo doi quando minha filhabetano aposta bbbtrês anos brinca comigo ou me abraça.
Pedi para ir a uma clínica especializada e levei minha mãe para me dar apoio moral. Estava nervosa.
O médico me examina e diz: 'Não acho que seja nada para você se preocupar'. Infelizmente, não foi o que a ultrassonografia e a mamografia mostraram. Eu tinha uma área grandebetano aposta bbbcalcificação - que costuma ser o sinal do início do câncerbetano aposta bbbmama. Eles fizeram uma biópsia dolorida e avaliaram os linfonodos embaixo do meu braço.
Todo esse processo teve um impacto enormebetano aposta bbbmim. Eu nunca tinha pensado sobre minha própria morte. Eu ainda pensavabetano aposta bbbmim como uma jovem mulher, não como uma mãebetano aposta bbbmeia-idade. Mas nessa hora eu cheguei a pensar que não veria mais minha própria filha crescer.
Fiquei ansiosa sobre contar a outras pessoas sobre meu diagnóstico, mas eu queria conscientizar minhas amigas sobre o problema, então decidi usar as redes sociais. As respostasbetano aposta bbbapoio se multiplicaram.
O tratamento começou logo. Eu precisavabetano aposta bbbseis ciclosbetano aposta bbbquimioterapia, tinha que remover glândulas linfáticasbetano aposta bbbmeu braço esquerdo, fazer uma mastectomia e,betano aposta bbbseguida, radioterapia. Seria um longo ano, mas, ao menos, eu esperava estar livre do câncer no final dele.
O primeiro ciclobetano aposta bbbquimioterapia não foi tão assustador quanto imaginei. Outros remédios foram aplicadosbetano aposta bbbinjeções lentasbetano aposta bbbuma cânula na minha mão. Todo o processo demorava três horas - e, enquanto isso, eu bebia muito chá.
Eu me sentia péssima nos dias que se sucediam ao tratamento. Era como estarbetano aposta bbbressaca, só que sem a parte boabetano aposta bbbuma noite toda bebendo. Não tinha energia nenhuma, não tinha apetite, me sentia doente, com muita sede e tudo doía. Ficava muito mal e desanimada. Mas depois disso, começava a me sentir mais normal.
Fiquei feliz com o início do tratamento. Eu pensava na quimioterapia varrendo o câncer para fora meio que comobetano aposta bbbum jogobetano aposta bbbcomputador - como se o Pac-Man estivesse devorando todas as células ruins do câncer. Zap, zap, zap.
'Eu vou perder meu cabelo?', foi uma das primeiras perguntas que fiz ao médico que, obviamente, confirmou o que eu temia. Posso parecer vaidosa, mas acho que essa foi uma das coisas mais difíceisbetano aposta bbbtodo o processo desde que soube do diagnóstico.
Comecei a procurar perucas. "Que tal uma peruca loira, mãe?", perguntou minha filha. "Aí você pode ficar mais parecida comigo!". Eu me fortaleço com o companheirismo dela. Juntas, escolhemos uma perucabetano aposta bbbcabelo loiro e curto.
Decidimos que minha peruca precisabetano aposta bbbum nome. Penseibetano aposta bbbBetty ou Bertha, aí meu marido sugeriu "Chewbacca", do Star Wars, e minha filha veio com "Hairy Maclary from Donaldson's Dairy", umbetano aposta bbbseus livros favoritos. A gente riu bastante indo para casa.
Alguns dias depois, cortei o cabelo o mais curto possível. Queria diminuiu o choque que sentiria quando começasse a cair. Faz bem quando você está no controle disso.
Mandei à família e aos amigos a foto do meu cabelo curtinho. "Você parece mais jovem", disse minha irmã. Não acreditei nela.
Em todo o processo, minha filha parecia não estar entendendo muito bem o que estava acontecendo. Ela me perguntou se também iria perder cabelo e disse que não queria me ver careca. "Quem queria?", eu penso comigo mesma. Decidimos comprar uma perucabetano aposta bbbbrinquedo para ela.
Mas ela ainda ficava confusa com a quantidadebetano aposta bbbpresentes que recebia. Houve uma onda enormebetano aposta bbbcartões, flores, mensagensbetano aposta bbbesperança...e comida! Muita comida deliciosa! É engraçado como as pessoas reagembetano aposta bbbforma diferente a essas notícias que todos temos que processar.
Meses depois, eu não me reconhecia mais no espelho. Inchada por causa dos esteroides, não tinha mais cílios, nem sobrancelhas, e estava careca.
Eu olhava invejosa para a cabeça do meu marido e dizia: "Mal posso esperar para ter a mesma quantidadebetano aposta bbbcabelo que você!" Nós dois ríamos - ele nem tem muito cabelo, mas já tinha mais do que eu.
No dia da cirurgia, eu fiquei um pouco vulnerável por ser operada sem ter nenhum cabelo. Eu estava sempre com lenços na cabeça ou então com minhas perucas - nós demos o nomebetano aposta bbbBetty para uma e Brunetti para outra. Mas eu não podia ter nenhuma delas comigo na cirurgia.
Quando voltei dela, não conseguia me mexer. Minhas pernas estavam cobertas por uma manta, que se move para cima e para baixo para evitar a coagulação do sangue. Tinha um tubobetano aposta bbboxigênio no meu nariz e eu estava com um catéter. No meu braço havia um dreno, e o líquido dentro dele me lembrava um milkshakebetano aposta bbbmorango.
Eu podia apertar um botão para aliviar a dor, mas eu não reagia bem a morfina.
Optei pela reconstrução imediata do meu seio, o que significava um expansorbetano aposta bbbsilicone temporário. Quando olhei pela primeira vez para o meu peito após a cirurgia, fiquei decepcionadabetano aposta bbbver que estava praticamente reto. O implante iria inflar gradualmente para esticar a pele restante.
Minha cirurgiã disse que a operação havia sido bem-sucedida e que ela não detectara mais traçosbetano aposta bbbtumor. Ela me visitava duas vezes durante o turno dela, parecia realmente se importar comigo - tinha mais ou menos a minha idade.
Na recuperação, eu tinha dificuldades para me mexer, para dormir e me vestir, então fiquei no hospital por cinco dias. Meu marido me visitava com minha filha, que fez quatro anos nesse meio tempo. Ela insistiabetano aposta bbbcarregar meu dreno para o banheiro para mim. Ele tinha que me acompanharbetano aposta bbbtodos os lugares. Até que finalmente o removeram do meu braço - mas a dor que você sente quando isso acontece é como se alguém tivesse puxando uma cordabetano aposta bbbdentrobetano aposta bbbvocê.
Nas semanas seguintes, meu expansor no peito foi inflado com 50 mlbetano aposta bbbsoro injetadasbetano aposta bbbcada vez . "Quantas são necessárias?", eu perguntei. "Quatrocentas", respondeu minha médica, "o peso do seu antigo seio".
"Então há uma ciência por trás disso", repliquei. Nós duas rimos na hora.
Mas eu fiquei chateada ao ver minha cicatriz. Não tinha cabelo, não tinha peitos, não tinha menstruação. O câncerbetano aposta bbbmama realmente rouba tudo o que é femininobetano aposta bbbvocê. Mas eu estou viva! E o câncer já está forabetano aposta bbbmim.
Eu também tenho o conforto das muitas mulheres jovens que também estão passando pela mesma situação. A Younger Breast Cancer Network (Rede Jovembetano aposta bbbCâncerbetano aposta bbbMama,betano aposta bbbtradução livre) é um grupo online com maisbetano aposta bbb3 mil mulheres com menosbetano aposta bbb45 anos que compartilham suas experiências umas com as outras.
Outro dia, olhei no espelho e vi que meus cílios tinham voltado. Que momento incrível! Meu cabelo também começou a crescerbetano aposta bbbnovo. Aos poucos, minha energia está voltando.
Cinco semanas depois da minha cirurgia, eu soube que havia tido uma resposta patológica completa. Era a melhor notícia possível! Significa que não há mais nenhum sinalbetano aposta bbbcâncer nem no seio, nembetano aposta bbbnenhum lugar. O tumor foi completamente erradicado pela quimio. Pac-Man realmente devorou todas aquelas células cancerosas.
Leva um tempo para você se acostumar com o fatobetano aposta bbbque não há mais evidência nenhuma da doença depoisbetano aposta bbbmesesbetano aposta bbbansiedade.
Tenho uma tomografia agendada para fazer a preparação para a radioterapia e minha primeira tatuagem: três pequenos pontos verdes para que os técnicos possam saber onde alinhar a aplicação.
Também tomo injeçõesbetano aposta bbbquimio a cada três semanas na coxa e comecei a fazer um tratamento hormonal que fará parte da minha rotina diária pelos próximos 10 anos, uma tentativabetano aposta bbbimpedir o câncerbetano aposta bbbvoltar.
Mas tudo isso combinado faz com que eu tenha sintomasbetano aposta bbbmenopausa. As ondasbetano aposta bbbcalor e as noitesbetano aposta bbbsuadeira são mais duas coisas que estou tendo que lidar aos 30 anos.
Passei por 15 sessõesbetano aposta bbbradioterapia, indo todos os dias ao hospital para o tratamento. Nas redes sociais, descobri que muitos pacientes tocavam um sino no dia que terminavam a última sessão. Consegui que instalassem um na unidade oncológica do hospital onde eu estava e logo bati o sino bem alto para marcar o fim do meu tratamento - todos aplaudirambetano aposta bbbvolta. Não acredito que acabou!
Alguém me disse uma vez que ter câncer faz você perceber o quanto é amada. Agora que acho que cheguei ao fim dessa jornada, posso dizer que isso é a mais pura verdade."
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