'Meu ex espalhou para todo mundo que eu tinha HIV - e era mentira':faz um bet aí

'Helen'
Legenda da foto, Vítima diz que sentia 'medo e paranóia' por conta das mentiras que seu ex-namorado espalhou

Em uma rede social, o homem mentiu dizendo que Helen tinha infecções sexualmente transmissíveis e HIV.

"Viviafaz um bet aíuma comunidade muito pequena. Foi horrível ter que lidar com isso; não podia mais sairfaz um bet aípúblico. Sentia como se todos soubessem e estivessem falando sobre mim. Fiquei muito, muito assustada e paranoica", conta.

Helen decidiu dar fim àquela situação e procurou ajuda.

Ela diz que, a princípio, a polícia foi muito solícita e notificou seu ex-namorado por assédio. Mas ressalva que o caso nunca foi tratado como perseguição, mesmo depoisfaz um bet aío homem passarfaz um bet aícarro várias vezesfaz um bet aífrente àfaz um bet aícasa enquanto estava reunida com policiais.

Mas o homem violou os termos da notificação policial ao publicar comentários na internet sobre Helen e tentar se comunicar com ela diretamente.

Quando voltou à polícia, Helen sentiu que estava sendo ignorada. Escutou comentários como: "Ele éfaz um bet aíuma boa família. Você não pode ignorar as coisas no Facebook, pedir aos amigos para não te mostrarem mais isso?". Chegou a ser aconselhada, inclusive, a se afastar das redes sociais.

Ela diz também que, ao ligar para o disque-denúnciafaz um bet aícasosfaz um bet aíperseguição, ouviu que deveria esperarfaz um bet aí"cinco a sete dias".

Ciberperseguição

Telafaz um bet aícelular
Legenda da foto, Aplicativo está sendo desenvolvido para ajudar vítimas a reunirem provasfaz um bet aíassédio

São casos como osfaz um bet aíHelen que levaram o Centro Nacionalfaz um bet aíPesquisafaz um bet aíCiberperseguição (NCCR, na siglafaz um bet aíinglês) da Universidadefaz um bet aíBedfordshire e a políciafaz um bet aíBedfordshire, condado no leste da Inglaterra, a criar medidas para ajudar as vítimas e quem investiga esse crimes.

Um aplicativo está sendo desenvolvido para facilitar a coletafaz um bet aíprovasfaz um bet aíperseguição, como registros telefônicos, capturasfaz um bet aítela do celular, vídeos e gravações.

O app reúne dados por trás das mensagens recebidas para ajudar a achar o criminoso e identifica os períodos do dia ou da semanafaz um bet aíque ele está mais ativo para que a vítima possa se planejar para tentar evitar o assédio.

Em julho, dois órgãos do governo britânico divulgaram um relatório conjuntofaz um bet aíque alertam para a vulnerabilidade das vítimasfaz um bet aíassédio e perseguição por falhas na atuaçãofaz um bet aípoliciais e promotores da Inglaterra e do Paísfaz um bet aíGales no registro e investigação desse tipofaz um bet aícrime.

Maisfaz um bet aí1,1 milhãofaz um bet aípessoas são alvo por anofaz um bet aíalgum tipofaz um bet aíperseguição nestes dois países, segundo estatísticas oficiais.

Emma Short
Legenda da foto, Equipe liderada por Emma Short criou guia para ajudar policiais a identificarem riscos a que vítimas estão submetidas

O NCCR também criou um questionário para ajudar policiais a avaliar o risco que o criminoso representa para uma vítima.

O psiquiatra forense Frank Farnham diz que a reação inicial da polícia é vital e que, "em média, uma pessoa suporta a situação por três meses antesfaz um bet aíprocurar ajuda".

"Se um policial considerar o que ela está vivendo como trivial, a pessoa pode não retornar", acrescenta o especialista.

Frank Farnham
Legenda da foto, Psiquiatra defende que reabilitaçãofaz um bet aícriminosos é possívelfaz um bet aíalguns casos

O grupofaz um bet aítrabalhofaz um bet aíBedfordshire ainda se dedica a tratar o criminoso. A polícia do condado quer entender por que uma pessoa comete esse tipofaz um bet aícrime e educá-la sobre o impactofaz um bet aíseu ato.

Farnham defende que a recuperação é possívelfaz um bet aíalguns casos.

"Depende da motivação e do estado mental do criminoso", assinala.

"Há certos indivíduos que compreendemfaz um bet aícerta medida que seu comportamento é inaceitável, mas carecem das habilidades necessárias para lidar e dar fim a isso. Se você puder intervir cedo, oferecendo terapia e tratamento para doenças mentais, isso pode ser benéfico", acrescenta.

Ele diz que, como a taxafaz um bet aíreincidência entre perseguidores é alta, uma pequena mudança emfaz um bet aíformafaz um bet aíagir pode ter um grande impacto no númerofaz um bet aíincidentes com os quais a vítima temfaz um bet aílidar.

Para Helen, isso representaria um grande avanço. Ela diz que seu ex-namorado deixoufaz um bet aífazer contato com ela há vários meses.

"Ser perseguida fez eu sentir como se eu não tivesse nenhum valor. E sou uma pessoa muito forte, independente e animada", afirma.

"Fiquei com muita raivafaz um bet aímim mesma por ter entrado nessa, nunca pensei que estariafaz um bet aíum relacionamento assim. Fiquei com muita raiva dele também e decidida a superar tudo isso", conclui.