Ondas gravitacionais: como a medição do Universo pode avançar com as novas descobertas:steike cassino

Ilustração mostra colisãosteike cassinoestrelassteike cassinonêutrons a 130 milhõessteike cassinoanos-luz da Terra

Crédito, NASA

Legenda da foto, Ilustração mostra colisãosteike cassinoestrelassteike cassinonêutrons a 130 milhõessteike cassinoanos-luz da Terra

"Ficou claro que,steike cassinotempossteike cassinotempos, (essas estrelas) se aproximam entre si e causam algum tiposteike cassinoestardalhaço espetacular", explica à BBC o astrônomo inglês Martin Rees.

Foi justamente esse estardalhaço que os cientistas testemunharam.

A grande questão é que o evento foi registrado primeiro pelas ondas gravitacionais resultantes - que são como perturbações na constituição do espaço-tempo geradas por eventos violentos - e, depois, pelas emissõessteike cassinoluzsteike cassinomuitos comprimentossteike cassinoonda distintos (de raios-gama até ondassteike cassinorádio) ao longosteike cassinodias.

Essa combinaçãosteike cassinoobservações nunca havia sido possível antes e oferece novos entendimentos sobre a atuaçãosteike cassinoestrelassteike cassinonêutrons.

"Essas estrelas são um laboratóriosteike cassinofísica extrema: é um material exótico, ricosteike cassinonêutrons; e, quando são desmembradas, gera-se radiação exótica (...) que produz elementos como o ouro. É algo muito empolgante", explica Martin Rees.

Nova era

Na avaliação dos cientistas, o registrosteike cassinoondas gravitacionais abre uma nova era na astronomia.

Como as ondas permitem a mediçãosteike cassinodistânciassteike cassinoastros, cálculos a partir delas podem ajudar a determinar a chamada "constantesteike cassinoHubble", teoria que descreve o ritmosteike cassinoexpansão do Universo.

A empolgação dos cientistas com a recente descoberta vem também do fatosteike cassinoterem conseguido, ao mesmo tempo, registrar as ondas gravitacionais e a luz que acompanha esses eventos astronômicos, algo que permitirá aos cientistas medir não só a distância desses astros, mas a velocidade com que se movem.

Ainda há bastante incerteza quanto a esses cálculos, mas há bastante confiança, no meio científico,steike cassinoque à medida que mais ondas gravitacionais forem observadas, mais precisas sejam as conclusões tiradas a partir delas.

Especula-se questeike cassinomais ou menos uma década observações suficientes sejam registradas.

"(A descoberta) é como um presentesteike cassinoNatal", disse à BBC o astrofísico vencedor do Prêmio Nobel Adam Riess. "Ondas gravitacionais estão nos dando tantos presentes. (...) É algo muito promissor, especialmente depois que o LIGO (observatório que participou das descobertas) tiver coletado algumas dezenas delas e começarmos a colher os dividendos."