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A trágica história da mexicana que encontrou assassinos da filha e foi morta a tiros:mint velvet
mint velvet Uma empresária que liderava um grupomint velvet600 famíliasmint velvetbuscamint velvetparentes desaparecidos foi assassinada no México.
Miriam Rodríguez foi morta a tiros dentromint velvetcasa, na cidademint velvetSan Fernando, no estadomint velvetTamaulipas, na quarta-feira, datamint velvetque se comemora o Dia das Mães no país.
Ela era conhecida por ter investigado com sucesso o sequestro,mint velvet2012, e assassinato da filha Karen Alejandra pelo Los Zetas, cartelmint velvetdrogas local.
Rodríguez conseguiu, por conta própria, encontrar os restos mortais da filhamint velvetuma vala clandestinamint velvet2014, dois anos após o sequestro. As informações que passou à polícia permitiram que os membros da quadrilha fossem presos.
Em março deste ano, no entanto, um deles fugiu da cadeia. De acordo com colegasmint velvetRodríguez, ela começou a receber ameaças e chegou a pedir proteção policial, mas foi ignorada.
Rodríguez também ficou conhecida por frustrar uma tentativa do Los Zetasmint velvetsequestrar seu marido. Ela perseguiu os integrantes da quadrilhamint velvetcarro e, ao mesmo tempo, avisou a polícia, que conseguiu prendê-los.
Estima-se que cercamint velvet30 mil pessoas estejam desaparecidas no México. Tamaulipas é o Estado onde foram registrados mais casos, aproximadamente 5,5 mil.
Muitos incidentes na região estão relacionados a conflitos entre grupos rivais, como Los Zetas e o cartel do Golfo.
Após o sequestro da filha, Rodríguez se tornou ativista e teve papel-chave na criaçãomint velvetuma rede nacionalmint velvetfamíliasmint velvetbuscamint velvetparentes desaparecidosmint velvetdecorrência do crime organizado, do tráficomint velvetdrogas e da corrupção que assola as instituições do país.
Vários grupos do tipo começaram a surgir após a comoção nacional provocada pelo desaparecimentomint velvet43 estudantes rurais,mint velvetoutubromint velvet2014,mint velvetAyotzinapa, no sudoeste do Estadomint velvetGuerrero.
Frustrados pela faltamint velvetajuda do governo, gruposmint velvetfamílias começaram a fazer suas próprias buscas por parentes desaparecidos. Muitos se inscreverammint velvetcursosmint velvetantropologia forense, arqueologia, direito, compraram equipamentomint velvetescavação e se tornaram especialistas na identificaçãomint velvetsepulturas e ossos.
Atualmente, há pelo menos 13 grupos deste tipomint velvettodo o país.
De acordo com o correspondente da BBC Mundo no México, Juan Paullier, integrantes destas organizações acabam sendo alvomint velvetatentados por seu trabalho.
Indignação e pedidosmint velvetjustiça
O assassinatomint velvetRodríguez gerou indignação no México e repúdiomint velvetorganizações internacionaismint velvetdireitos humanos.
Segundo a Comissão Nacionalmint velvetDireitos Humanos (CNDH), o crime "confirma o fracasso das autoridadesmint velvetgarantir a segurança e prevenir violações dos direitos humanos daqueles que lutam por essa causa".
A comissão solicitou medidas cautelares para a famíliamint velvetRodríguez e membros do grupo que ela liderava.
Em comunicado, o grupo afirma que Rodríguez pediu proteção a diversas instânciasmint velvetpodermint velvetTamaulipas, como o Ministério Público, a Secretariamint velvetSegurança Pública e o governo do Estado.
"Ela denunciou, deixou claro para as autoridades que estavamint velvetperigo. Pediu proteção, mas nada foi feito", declarou Graciela Pérez, companheiramint velvetcausamint velvetRodríguez.
O promotormint velvetTamaulipas, Irving Barrios, dissemint velvetentrevista coletiva, no entanto, que o governo estadual havia atendido as solicitaçõesmint velvetRodríguez. Segundo ele, a polícia realizava rondas três vezes por dia nos arredores da casa da ativista.
A missão das Nações Unidas no México condenou "fortemente" o assassinato.
"A ONU pede fortemente que as autoridades tomem as medidas adequadas para proteger a famíliamint velvetRodríguez, assim como outros parentesmint velvetpessoas desaparecidasmint velvetTamaulipas, especialmente porque o Estado lidera a lista,mint velvetacordo com fontes oficiais,mint velvetpessoas desaparecidas no México", diz a nota.
A Anistia Internacional exigiu, pormint velvetvez, que o assassinatomint velvetRodríguez seja investigadomint velvetforma independente, imparcial e exaustiva. E afirmou que o crime mostra o perigo a que estão expostos diariamente aqueles que buscam, por conta própria, seus entes queridos devido à negligência das autoridades.
Após a mortemint velvetRodríguez, o grupomint velvetfamiliaresmint velvetdesaparecidos solicitou que as organizações internacionais tenham uma participação mais ativamint velvetTamaulipas.
"Diante da limitada capacidade e interesse do presidente do México, Enrique Peña Nieto, e do governadormint velvetTamaulipas, Fernando García Cabezamint velvetVaca,mint velvetatender as vítimas e pacificar a entidade, lançamos um pedidomint velvetajuda às Nações Unidas (ONU) e à Comissão Interamericanamint velvetDireitos Humanos (CIDH) ", diz o comunicado divulgadomint velvet11mint velvetmaio.
O grupo afirma ainda que o casomint velvetRodríguez não é isolado.
"Cinco companheiras pediram proteção e não foram atendidas", completa a nota.
"A morte da senhora Miriam tem que servirmint velvetalguma coisa. Tanta dor tem que nos levar a algum lugar", diz Graciela Pérez, que há três anos não sabe o paradeiromint velvetumamint velvetsuas filhas, irmão e três sobrinhos.
"Não vamos deixar que isso (a mortemint velvetRodríguez) fique impune. Estamos todos consternados depois do que aconteceu, mas vamos seguirmint velvetfrente. Nos arriscamos a tudo por nossos desaparecidos", completou.
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