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'Infartei aos 30 anos e larguei tudo para ser médico':promoção pix bet
Ou seja, João, à época com 30 anos, teve, sim, "essas coisas": um infarto, mesmo sem se enquadrarpromoção pix betfatorespromoção pix betrisco como tabagismo e pressão alta. Três artérias estavam entupidas.
Passado o susto do diagnóstico, o estudante fez uma cirurgia para desobstruir o coração e teve uma recuperação tranquila. Mas algo tinha mudado.
À época do infarto, João tinha diplomapromoção pix betComunicação Social e atuavapromoção pix betum cargo administrativo numa fundação do Estado.
"Não estava infeliz, mas também não estava realizado. Não tinha coragempromoção pix betabandonar o trabalho e nem sabia o que seguir. Mas fui sentindo um sensopromoção pix beturgência epromoção pix betnão esperar para realizar meus sonhos e objetivos."
'Por que não?'
Ao final do tratamento, após ter lido muito e questionado os médicos sobre cada etapa, ele confessou à irmã: "Tenho a maior vontadepromoção pix betfazer Medicina".
E ouviu: "Por que não faz?". Era o estímulo que precisava.
"Por um lado pensava que estava velho para outra graduação, mas o que passei me dizia que devia sair da zonapromoção pix betconforto. Não fiquei mais deixando a vida acontecer."
Dito e feito. Em 2013, João começou a conciliar o trabalho com o pré-vestibular - decidiu que faria Medicina. E passoupromoção pix betprimeiro lugar para a Universidade Federalpromoção pix betJuizpromoção pix betFora (UFJF).
"Nunca imaginei que ficariapromoção pix betprimeiro. Acho que foi porque estava mais tranquilo. Ter passado pelo infarto me tornou uma pessoa mais leve, menos estressada", avalia ele, que deverá se formarpromoção pix bet2020.
Visão crítica
O estudante diz quepromoção pix betexperiência como paciente também pesou na decisãopromoção pix betser médico.
"Fui influenciado pelos bons e maus exemplos, dos médicos imprudentes que revelaram meu diagnóstico e fizeram 'vista grossa' (ao infarto) a profissionais impecáveis no tratamento", afirma.
Hojepromoção pix betdia, o universitário diz defender um exercício mais sensível e humano da profissão.
"Já chamei a atençãopromoção pix betprofessor que discute caso bem na frente do paciente. Sempre digo: 'Vamos lá fora, para um canto'. Ainda há ainda muita negligência e frieza,promoção pix bettratar o paciente como uma estatística, um boneco."
Comum ou não?
O infarto é a principal causapromoção pix betmortes no Brasil, com cercapromoção pix bet100 mil óbitos por ano, segundo a basepromoção pix betdados do SUS (Sistema Únicopromoção pix betSaúde).
Em jovens, a incidência é mais comum do que se imagina, afirma Leopoldo Piegas, cardiologista do Hospital do Coração (Hcor)promoção pix betSão Paulo.
Em 2014, segundo a basepromoção pix betdados do SUS, 2.546 pessoaspromoção pix bet20 a 39 anos morrerampromoção pix betinfarto no Brasil - 2,9% do totalpromoção pix betmortes por essa causa.
Como principais fatorespromoção pix betrisco, independentemente da idade, o cardiologista do Hcor cita hipertensão, sedentarismo, histórico familiar, estresse, usopromoção pix betdrogas e tabagismo.
E,promoção pix betfato, afirma Piegas, o infartopromoção pix betjovens adultos tende a ser mais agressivo.
"Quanto mais vive, mais a pessoa desenvolvepromoção pix betcirculação lateral. Então se uma artériapromoção pix betum idoso 'entope', o sangue tem outras vias por onde circular, e o infarto tende a ser mais ameno ou nem acontecer. Os jovens ainda não desenvolveram este tipopromoção pix betcirculação, por isso os infartos tendem a ser mais agressivos e, muitas vezes, fatais."
Quando o foco são pessoas com menospromoção pix bet40 anos, há diferençaspromoção pix betrisco entre homens e mulheres, diz o especialista.
"A mulher tem a proteção hormonal do estrogênio, que confere certa proteção às coronárias, dificultando entupimentos. Depois da menopausa, as chances são praticamente iguaispromoção pix betse enquadrarpromoção pix betgrupospromoção pix betrisco."
Precisão e rapidez
Quanto mais cedo e mais preciso for o diagnóstico do infarto, maior a chancepromoção pix betsobrevida e recuperação, sobretudopromoção pix betjovens.
No caso do analista ambiental Fabiano Augusto dos Santos,promoção pix bet31 anos, que estava no trabalho quando uma dor forte no ombro se espalhou ao braço esquerdo, a atuação da equipe hospitalar foi fundamental.
"Uma checagempromoção pix betpressão no ambulatório da empresa não deu nada. No táxi para casa, piorei tanto que pedi para ir ao pronto-socorro. Chegando lá nem ficavapromoção pix betpé. Logo um enfermeiro me socorreu e fiz exames que apontaram obstrução", conta Fabiano, que tinha 28 anos na ocasião e vivepromoção pix betBotucatu (SP).
A estudante Olivia Lauar,promoção pix bet34 anos,promoção pix betBelo Horizonte (MG), teve que insistir até obter um diagnóstico correto - e o tratamento adequado.
Ela sofreu um infarto no ano passado, e procurou um hospital após sentir cansaço extremo e dores muito intensas no braço, cabeça, pescoço e peito.
"Já vinha sentindo tudo isso - e negligenciando - havia maispromoção pix betum ano, mas naquele dia foi muito forte. No hospital, deram-me remédio para cefaleia. Voltei para casa e a dor ficou insuportável", afirma.
"Joguei os sintomas no Google e vi que poderia estar infartando. Voltei ao hospital e disse que só sairia após todos os exames - e um eletrocardiograma indicou o infarto", diz ela, que colocou um stent coronário e hoje toma cinco remédios para controle.
Mudançapromoção pix bethábitos
Para Suzanne Steinbaum, cardiologista da Associação Americana do Coração, a principal maneirapromoção pix betevitar um infarto, independentemente da idade, é mudando hábitos e estilopromoção pix betvida.
"Em 80%promoção pix bettodos os casos, mesmo com histórico familiar, é possível evitá-lo com atividades físicas, mudanças na alimentação e controle do estresse. Fazendo isso, mesmo os fatorespromoção pix betrisco são controláveis", afirma.
No casopromoção pix betOlivia Lauar, largar o cigarro imediatamente foi a mudança mais significativa.
"Se pudesse voltar no tempo, nunca teria começado a fumar. Passei por uma fase muito ruim, depressiva, tranquei a faculdade, não saíapromoção pix betcasa, tinha muito medopromoção pix betinfartarpromoção pix betnovo. Hoje estou muito melhor", diz.
Já Fabiano Augusto se transformou ao cuidar mais da saúde mental.
"Eu era muito estressado, impaciente e preocupado. Os médicos acreditam que isso tenha influenciado. Hoje faço terapia e levo uma vida bem mais leve."
Além da futura nova profissão, João Paulo Mauler levou da experiência um novo olhar sobre a vida.
"Talvezpromoção pix betoutra época não tivesse a serenidadepromoção pix betsaber que a vida pode mudar do nada. Em um dia estava malhando,promoção pix betoutro infartei. Apesarpromoção pix betisso ter me dado mais urgênciapromoção pix betrealizar as coisas, também me deu maturidade, saber que uma prova ou um problema não são o fim do mundo. E acho essa leveza essencial a um médico."
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