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Sepse, uma das maiores causas62 betsmortes que você provavelmente não conhece:62 bets
O médico da família receitou o analgésico paracetamol, mas62 betsmãe continuou preocupada e decidiu levá-lo ao hospital.
No trajeto, porém, a situação se agravou rapidamente.
"Foi tudo muito rápido... logo na chegada eu tive falência múltipla62 betsórgãos", conta.
Patrick passou três meses e meio internado no Hospital St Mary's,62 betsLondres, onde teve alguns membros amputados: parte do braço esquerdo, os dedos da mão direita e a perna direita, abaixo do joelho.
Hoje, aos 19 anos, Patrick estuda bioquímica na Universidade62 betsEdimburgo, na Escócia.
"Ou você conhece alguém que teve sepse, ou você nunca ouviu falar disso", diz ele à BBC.
A declaração do estudante é respaldada por uma pesquisa do Instituto Datafolha62 bets2014, encomendada pelo Instituto Latino Americano62 betsSepse (ILAS).
De acordo com a pesquisa, realizada62 bets134 municípios brasileiros, 93,4% dos entrevistados nunca tinham ouvido falar sobre a doença, mais conhecida como infecção generalizada ou septicemia.
O que é sepse?
A sepse é uma resposta sistêmica do organismo a uma infecção, que pode ser causada por bactérias, vírus, fungos ou protozoários.
Normalmente, o sistema imunológico entra62 betsação para atacar a infecção e impedi-la62 betsse espalhar. Mas, se ela consegue avançar pelo corpo, a defesa do organismo lança uma resposta inflamatória sistêmica na tentativa62 betscombatê-la.
O ponto é que essa reação também representar um problema, uma vez que pode ter efeitos catastróficos no organismo.
Quando não diagnosticada e tratada rapidamente, ela pode comprometer o funcionamento62 betsum ou vários órgãos do paciente e levar até a morte.
Quando o paciente atinge um quadro62 betschoque séptico, a pressão sanguínea cai para níveis baixos e perigosos, reduzindo a oxigenação62 betsórgãos, comprometendo seu funcionamento. O choque séptico, segundo o serviço62 betssaúde britânico (NHS) pode ocorrer como uma complicação da sepse.
Qualquer processo infeccioso - seja uma pneumonia ou infecção urinária - pode evoluir para um quadro62 betssepse.
Quais são os sintomas?
A organização britânica UK Sepsis Trust, que se dedica a informar sobre a doença e a ajudar pacientes, lista seis sintomas que devem servir62 betsalerta:
62 bets - Fala comprometida, arrastada, tontura
62 bets - Tremores extremos ou dores musculares
62 bets - Baixa produção62 betsurina (passar um dia sem urinar)
62 bets - Falta62 betsar grave
62 bets - Sensação62 betsque pode morrer
62 bets - Pele manchada ou pálida
62 bets - Confusão mental ou,62 betsalguns casos, perda62 betsconsciência
62 bets - Diarréia, enjôos ou vômito
Já os sintomas62 betscrianças pequenas incluem:
62 bets - Aparência manchada, azulada ou pálida
62 bets - Muito letárgico ou difícil62 betsacordar
62 bets - Pele fria fora do normal
62 bets - Respiração muito rápida
62 bets - Mancha cutânea que não desaparece quando você a pressiona (com, por exemplo, um copo62 betsvidro transparente para se observe a mancha durante a pressão)
62 bets - Convulsão
"Os sintomas não são específicos, é difícil para a população62 betsgeral suspeitar que possa estar com sepse. Muita gente demora a procurar atendimento porque acha que os sintomas fazem parte do próprio quadro62 betsinfecção", afirma o intensivista Luciano Azevedo, presidente do ILAS.
"Assim, todas as pessoas que estão com uma infecção e apresentam pelo menos um dos sinais62 betsalerta (citados acima) devem procurar imediatamente um serviço62 betsemergência ou seu médico", recomenda.
O especialista lembra que idosos, crianças62 betsaté dois anos e pacientes com doença crônica não controlada ou deficiência do sistema imunológico apresentam um risco maior62 betsdesenvolver um quadro62 betssepse.
Por que a mortalidade é tão alta?
Estudo realizado62 bets2014 pelo ILAS mostra que são registrados por ano 419.047 casos62 betssepse62 betsUTIs brasileiras, sendo que 55,7% (233.409) destas ocorrências resultam62 betsóbito.
De acordo com Azevedo, a alta taxa62 betsmortalidade pode ser explicada por uma série62 betsfatores. Primeiramente, pela falta62 betsconhecimento da população62 betsrelação à doença e seus sintomas, o que leva à procura62 betsatendimento médico tardio.
Uma vez no hospital, os pacientes se deparam muitas vezes com o despreparo dos próprios profissionais62 betssaúde62 betsfazer o diagnóstico precoce da doença, considerado fundamental para o sucesso do tratamento.
"Na sepse, à medida que o comprometimento sistêmico avança, aumenta muito a chance62 betso paciente não sobreviver ao tratamento. Diagnóstico e tratamento precoces salvam vidas", explica trecho da publicação Sepse: um problema62 betssaúde pública, elaborada pelo ILAS,62 betsparceria com o Conselho Federal62 betsMedicina, com o objetivo62 betsorientar profissionais da saúde62 betsrelação à doença.
Além disso, existe a falta62 betsinfraestrutura da rede hospitalar - principalmente das emergências.
"Acredita-se que o número inadequado62 betsprofissionais para atendimento, ou seja, muito paciente para poucos médicos, e a dificuldade62 betsacesso aos leitos das UTIs também colaboram para a elevada taxa62 betsmortalidade", completa Azevedo.
Tratamento
O tratamento da sepse deve ser realizado idealmente62 betsunidades62 betsterapia intensiva, onde são administrados antibióticos para combater o foco da infecção.
A redução da carga bacteriana é fundamental para o controle da resposta inflamatória - condutas que visam à estabilização do paciente são consideradas prioritárias e devem ser tomadas imediatamente.
Em alguns casos, são necessárias ainda medidas62 betsapoio, como a hemodiálise por causa da insuficiência renal ou a ventilação mecânica para controlar uma possível insuficiência respiratória.
"Esse tratamento62 betssuporte substitui as funções do organismo que estão prejudicadas, enquanto o antibiótico faz efeito. E é fundamental que o paciente esteja sempre monitorado,62 betsdecorrência das complicações que pode vir a ter", explica Azevedo.
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