Por que uma missão espacial tão audaciosa terminou com a autodestruição da sonda Rosetta?:alternativ bet

Imagem do cometa 67P

Crédito, ESA

Legenda da foto, Emalternativ betdescida rumo ao cometa, a Rosetta fez uma sériealternativ betnovas imagens, como este registro a 8,9 kmalternativ betdistância

alternativ bet O fimalternativ betuma das missões espaciais mais audaciosas da história.

Assim foi descrita a última manobra da sonda Rosetta, que acabaalternativ betrealizar uma aterrissagem forçadaalternativ betum cometaalternativ bet4 kmalternativ betlargura, depoisalternativ betestudá-lo por maisalternativ betdois anos.

Durante a descida e aproximação, a sonda enviou imagens cada vez mais detalhadas do cometa 67P, que ilustram essa reportagem.

Cientistas da Agência Espacial Europeia (ESA, na siglaalternativ betinglês), responsável pela missão, disseram que a sonda havia chegado ao fimalternativ betsua vida útil e queriam fazer as últimas medições da superfície do cometa a uma distância bem pequena.

Ainda que o impacto não tenha sido fulminante e algunsalternativ betseus sistemas pudessem seguir funcionando, o softwarealternativ betbordo garantiu que tudo fosse desligado instantes antes da colisão.

Mas por que encerraralternativ betmaneira tão definitiva uma missão tão bem sucedida?

Exploração histórica

Imagem do cometa 67P

Crédito, ESA

Legenda da foto, Sonda fez esta foto do cometa 67P a 16 kmalternativ betdistância

A Rosetta chegou ao cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko (seu nome completo)alternativ betagostoalternativ bet2014, após uma viagemalternativ betmaisalternativ betdez anos a partir da Terra.

Por maisalternativ betdois anos, rondou esse imenso corpo estelar, acumulando maisalternativ bet100 mil imagens e leituras por instrumentos. Isso permitiu analisaralternativ betforma inédita o comportamento do cometa,alternativ betestrutura e composição química.

A sonda inclusive lançou um pequeno módulo até a superfície do cometaalternativ betnovembroalternativ bet2014 para obter informações adicionais, um feito histórico na exploração espacial.

Os cientistas acreditam que os cometas sejam restos intactos da formação do Sistema Solar, e os dados acumulados sobre o 67P oferecerão informações extraordinárias sobre as condições que existiam há 4,5 bilhõesalternativ betanos.

'Aventura incrível'

Imagem do cometa 67P

Crédito, ESA

Legenda da foto, A 5,8 km, detalhes do cometa ficam mais visíveis

Os cientistas ressaltaram o entusiasmo que a missão gerou pelo planeta.

"Levamos ao mundo uma emocionante travessia científica ao coraçãoalternativ betum cometa e vimos o mundo levaralternativ betseus corações a aventura incrível da Rosetta", disse Mark McCaughrean, principal conselheiro científico da ESA.

Ainda que a missão tenha acabado, não será o fim da pesquisa. "Os dados da Rosetta serão analisados por décadas", disse o diretoralternativ betvoo Andrea Accomazzo.

Com o 67P a 573 milhõesalternativ betkm do Sol e afastando-se constantemente, havia pouca energia solar para operar os sistemas da sonda.

Imagem do cometa 67P

Crédito, ESA

Legenda da foto, Pouco depoisalternativ betfazer esta imagem a 1,2km do cometa, a sonda foi desligada

Além disso, a velocidade com que chegavam os dados a essa distância era muito lenta: 40 kbps, semelhante à velocidadealternativ betconexão discadaalternativ betinternet.

Em vezalternativ betfazer a sonda hibernar ou deixá-la se apagar lentamente, a equipe decidiu encerrar a aventura dramaticamente.

Os controladores do centroalternativ betoperações da ESA,alternativ betDarmstadt, na Alemanha, ordenaram que a sonda mudasse seu rumo na quinta-feira, dia 29.

'Adeus'

Imagem do cometa 67P

Crédito, ESA

Legenda da foto, Uma das últimas imagens enviadas pela Rosetta, feita a apenas 23 metros da superfície do 67P

A manobra alteroualternativ betampla órbita ao redor do cometa e a colocoualternativ betuma trajetóriaalternativ betimpacto direto.

A velocidade do impacto foi lenta,alternativ betmenosalternativ betum metro por segundo, a mesmaalternativ betuma pessoa caminhando, mas a sonda nunca foi feita para pousar na superfície, então váriosalternativ betseus componentes ficaram inutilizados, impossibilitando a comunicação.

Matt Taylor, cientistaalternativ betprojetos da ESA, havia debatido a ideiaalternativ betfazer a Rosetta dormir por alguns anos e despertá-laalternativ betnovo quando o 67P estivesse próximo do interior do Sistema Solar. Mas não se tinha certeza se a sonda continuaria funcionando.

Devido à distânciaalternativ betque a Rosetta se encontrava, ainda levará algum tempo até que seja possível saber quantas imagens ela fez emalternativ betdescida, mas espera-se que haja registros a 15 ou 20 metros da superfície.

No centroalternativ betcontrole, quando a perda do sinalalternativ betrádio da sonda foi confirmada, indicando que ela havia colidido com o 67P, os cientistas comemoraramalternativ betsilêncio, com apertosalternativ betmão,alternativ betum climaalternativ betalegria e tristeza, já que alguns deles trabalharam no projeto por boa parte dos seus 30 anosalternativ betduração.

Pouco depois da colisão final, o diretor da ESA, Patrick Martin, anunciou o sucesso da última etapa da missão e despediu-se da sonda: "Adeus, Rosetta: você fez seu trabalho. Foi ciência espacialalternativ betprimeira linha."

Imagens do cometa 67P

Crédito, ESA

Legenda da foto, Uma colagem das últimas fotos feitas pela sonda mostra como é o cometa 67Palternativ betperto