'Senti tanto orgulho': a noite brasileira no maior festival1xbet originalmúsica clássica do mundo:1xbet original

Legenda do áudio, Osesp toca 'Tropicália'1xbet originalfestival1xbet originalmúsica clássica1xbet originalLondres

Eram 92 dos melhores músicos brasileiros (mais 13 pessoas na equipe1xbet originalapoio, incluindo o diretor, Arthur Nestrovski), com regência da estrela americana Marin Alsop. Na mala, trouxeram não apenas Villa-Lobos, Marlos Nobre e clássicos do repertório erudito internacional, como também uma seleção espetacular com um século1xbet originalmúsica popular brasileira1xbet originalinspirados arranjos orquestrais assinados por mestres como Ruriá Duprat (sobrinho1xbet originaloutro mestre, Rogério), André Mehmari, Eumir Deodato e Dori Caymmi.

Suspiros

Foram duas récitas. Na primeira, mais formal, a Osesp (que já havia se apresentado no Proms1xbet original2012) tocou peças comuns ao repertório1xbet originalgrandes orquestras internacionais (Danças Sinfônicas, Op. 45,1xbet originalSergei Rachmaninov e Concerto para Piano1xbet originalA Menor, Op. 16,1xbet originalEdvard Grieg) e composições brasileiras.

Deste concerto, eu destacaria o Prelúdio da Bachianas Brasileiras Nº 4. Teria sido maravilhoso ouvir a peça inteira, mas o Prelúdio, com1xbet originalbeleza dolorida, bastou para me transportar a um Brasil profundo. A execução, com alma, das cordas da Osesp, fez muita gente suspirar. Quem sabe o concerto não abrirá portas não apenas para todas as nove Bachianas, como também para as sinfonias1xbet originalVilla-Lobos, ainda pouco conhecidas pelo mundo? (As sinfonias, aliás, estão finalmente sendo revisadas e gravadas na íntegra pela Osesp.)

Músicos emocionados

Às 22h15, começou o segundo concerto. A série Late Night Proms tende a ser menos formal, com repertório mais eclético e muito espaço para música popular.

A Orquestra Sinfônica do Estado1xbet originalSão Paulo diante da regente Marin Alsop
Legenda da foto, A Orquestra Sinfônica do Estado1xbet originalSão Paulo diante da regente Marin Alsop

Eu tinha conversado com um dos músicos da Osesp no intervalo entre os dois concertos. Ele havia me avisado para que me preparasse, o concerto seria lindo. Comentei que tinha assistido ao ensaio e que já estava encantada, mas ele respondeu: "É como no futebol. No treino, você nunca dá tudo. Mas, na hora do jogo é diferente."

Eu perguntei se era especial para ele, tocar no Proms. "Sim, é muito especial. A emoção1xbet originaltocar1xbet originalum lugar como esse é muito grande."

Orquestra Sinfônica do Estado1xbet originalSão Paulo regida por Marin Alsop
Legenda da foto, Orquestra Sinfônica do Estado1xbet originalSão Paulo regida por Marin Alsop

E1xbet originalfato. Músicos da Osesp e da Jazz Sinfônica (piano, guitarra, baixo, percussão, bateria e naipe1xbet originalmetais) subiram ao palco juntos, pela primeira vez, para celebrar a música popular do Brasil. Dançou o velho Alberto Hall, dançou a regente e dançou a plateia ao som do frevo, samba, baião e bossa nova.

Mas as estrelas dessa noite – ao lado dos músicos, da regente e dos compositores – foram os arranjadores. Luiz Arruda Paes, Proveta, Tiago Costa, Nélson Ayres… a lista é longa.

Os arranjos orquestrais levaram clássicos como Folhas Secas (Nelson Cavaquinho), Beatriz (Edu Lobo e Chico Buarque), Estrepolia Elétrica (Moraes Moreira) e Tropicália (Caetano Veloso) para outras dimensões. E, ao mesmo tempo, revelaram como é robusta e cheia1xbet originalpossibilidades, a canção brasileira.

No caso1xbet originalTropicália, não pude deixar1xbet originalme perguntar o que Rogério Duprat teria dito, ao ouvir o hino tropicalista que ele arranjou há quase meio século, agora1xbet originalversão tão espetacular, assinada por seu sobrinho.

Faço minhas as palavras da triunfante Alsop, ao final do concerto: "Os brasileiros, às vezes falam1xbet originalseu país1xbet originaltermos1xbet originalpromessas não realizadas. Mas, para mim, toda promessa é realizada na música do Brasil."

A jornalista Mônica Vasconcelos também é cantora e compositora atuando na cena jazz londrina há duas décadas.