As 6 grandes extinçõesbetway fortnitemassa do planeta — e por que estamos passando por uma delas agora:betway fortnite

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Legenda da foto, O eventobetway fortniteextinçãobetway fortnitemassa mais recente ocorreu há 65 milhõesbetway fortniteanos, quando grande parte os dinossauros acabou extinta

Porém,betway fortnitepelo menos cinco ou seis episódios ao longo das eras, essa taxa acelerou além da conta: de acordo com o Museubetway fortniteHistória Naturalbetway fortniteLondres, no Reino Unido, "um eventobetway fortniteextinçãobetway fortnitemassa acontece quando as espécies desaparecem muito mais rápido do que são substituídas".

"Isso geralmente ocorre se cercabetway fortnite75% das espécies do mundo são perdidasbetway fortniteum 'curto' períodobetway fortnitetempo geológico — menosbetway fortnite2,8 milhõesbetway fortniteanos", calcula a instituição.

O paleontólogo Mario Cozzuol, do Institutobetway fortniteCiências Biológicas da Universidade Federalbetway fortniteMinas Gerais (UFMG), cita outra característica fundamental desses acontecimentos: eles acontecerambetway fortniteforma homogêneabetway fortnitetodas as partes do mundo.

"Falamosbetway fortniteeventosbetway fortniteescala global, com uma grande extensão, num tempo geólogo relativamente próximo", acrescenta.

Mas que eventosbetway fortniteextinçãobetway fortnitemassa são esses? E como os cientistas conseguem determinar que elesbetway fortnitefato ocorreram?

1. Ordoviciano-Siluriano, 440 milhõesbetway fortniteanos atrás

Numa publicação disponível online, o Museu da Vida da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz) explica que, nessa era, o planeta vivia um momentobetway fortniteprogresso.

"O númerobetway fortniteespécies, principalmentebetway fortniteanimais marinhos, estavabetway fortnitecrescimento. Foi nessa época que surgiram também as primeiras plantas terrestres", contextualiza o artigo.

Mas a bonança acabou com o desaparecimentobetway fortnite85% das espécies, especialmentebetway fortnitepequenos seres marinhos invertebrados.

Entre as possíveis causas para a crise, os cientistas apontam a movimentação dos continentesbetway fortnitedireção ao pólo sul, as quedas na temperatura, a formaçãobetway fortniteglaciares e a redução do nível dos mares (dos quais boa parte da vida dependia).

2. Devoniano, 370-360 milhõesbetway fortniteanos atrás

Cercabetway fortnite75 milhõesbetway fortniteanos depois, a Terra passou por uma nova hecatombe, que varreu do mapa entre 70 e 80%betway fortnitetodas as espécies.

À época, o mundo "era povoado por muitos peixes primitivos. Também surgiram os primeiros vertebrados terrestres com quatro membros e os insetos. As plantas, porbetway fortnitevez, estavam cada vez mais altas", descreve o Museu da Vida.

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Legenda da foto, Fóssilbetway fortniteum artrópode do Período Devoniano

Ainda não há consenso sobre os motivos por trás dessa extinçãobetway fortnitemassa.

As evidências apontam para diversas alterações no ambiente, como aumento e redução intercalados da temperatura, elevação e baixa do nível dos oceanos e uma queda na concentraçãobetway fortniteoxigênio na atmosfera.

Alguns também especulam sobre possíveis impactosbetway fortnitemeteoritos e cometas.

3. Permiano, 250 milhõesbetway fortniteanos atrás

Eis o pior eventobetway fortnitetodos: estima-se que maisbetway fortnite95% dos seres foram extintos nesse período.

O Museu Americanobetway fortniteHistória Natural,betway fortniteNova York, explica que o fenômeno atingiu muitos vertebrados (seres que possuem coluna vertebral e crânio).

Conhecido como "A Grande Morte", esse evento também está relacionado às mudanças no ambiente.

É possível que a movimentação dos continentes, as erupções vulcânicas, o aquecimento do clima e o aumento da acidez dos oceanos tenham representado o fim da linha para muitas espécies que habitavam o planeta.

"Alguns cientistas apontam que a Terra foi atingida por um grande asteroide, que encheu o arbetway fortnitepartículasbetway fortnitepoeira, bloqueou a luz solar e provocou chuvas ácidas. Outros pensam que uma grande explosão vulcânica aumentou a quantidadebetway fortnitedióxidobetway fortnitecarbono (CO2) e tornou os oceanos tóxicos", detalha o Museubetway fortniteHistória Naturalbetway fortniteLondres.

4. Triássico, 200 milhõesbetway fortniteanos atrás

Os estudos calculam que três quartos das espécies desapareceram nessa época, marcada pelo desenvolvimento dos pinheiros e outras plantas do grupo das gimnospermas, dos dinossauros e dos primeiros mamíferos.

A principal explicação para o fenômeno é a separação da Pangeia — o supercontinente que reunia praticamente toda a superfície terrestre do globo.

Essa atividade geológica colossal elevou a quantidadebetway fortnitedióxidobetway fortnitecarbono (CO2) na atmosfera, deixou os oceanos mais ácidos e engatilhou a erupçãobetway fortnitevários vulcões.

Com isso, a vida deixoubetway fortniteser viável para muitas criaturas.

As mudanças, porém, representaram uma vantagem para aqueles que resistiram, como foi o casobetway fortnitealguns dinossauros.

As espéciesbetway fortniterépteis que não morreram acabaram encontrando um terreno fértil para prosperar pelos próximos milhõesbetway fortniteanos, aponta o Museu Americanobetway fortniteHistória Natural.

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Legenda da foto, Esqueleto fossilizadobetway fortniteum Keichousaurus, do Período Triássico

5. Cretáceo, 65 milhõesbetway fortniteanos atrás

Essa talvez seja a mais famosabetway fortnitetodas: ela representou a extinção da maioria dos dinossauros.

"A maior parte desse grupo foi dizimado. Só sobrou a linhagem das aves", resume o biólogo geneticista Fabrício Rodrigues dos Santos, também professor da UFMG.

Estima-se que cercabetway fortnite80% das espécies sumiram nesse momento.

"Um dos argumentos mais aceitos para o fenômeno é a quedabetway fortniteum asteroide, cujo impacto tomou uma dimensão global", complementa o pesquisador.

Muito provavelmente, esse asteroide atingiu a Penínsulabetway fortniteYucatán, território que atualmente pertence ao México.

"E é possível mapear as ondasbetway fortniteimpacto até hoje, com evidências disso não apenas na região, masbetway fortnitepartes da África, das Américas e até da Ásia", diz Santos.

É claro que o tal asteroide sozinho não acabou com todos os dinossauros do dia para a noite.

Acredita-se que ele tenha sido o gatilho para uma sériebetway fortnitemudanças no ambiente — poeira, diminuição da luz solar, morte das plantas, reduçãobetway fortniteoxigênio, chuvas ácidas, atividade vulcânica — que acabou com esses répteis aos poucos, ao longobetway fortniteum milhãobetway fortniteanos.

A ativação devastadorabetway fortniteum vulcão no que hoje conhecemos como Índia é um exemplo desses desdobramentos.

E quem sobreviveu à catástrofe? "Só bichos muito pequenos, que necessitavambetway fortnitepoucos recursos", responde Santos.

"Embora tenham aparecido até antes, a diversidadebetway fortnitemamíferos ficou reprimida por causa dos dinossauros. Eles estavam restritos a determinados ambientes", diz Cozzuol.

"Com o desaparecimento dos dinossauros, os mamíferos e as aves que sobreviveram se aproveitaram desse espaço ecológico novo para se diversificar. Então, a partir daí, sem o limitante que os dinossauros colocavam, eles puderam prosperar", explica o paleontólogo.

6. 'Antropoceno', 2022

Alguns especialistas entendem que o planeta passa atualmente pela sexta extinçãobetway fortnitemassa agora, no momentobetway fortniteque vivemos.

E, ao contrário dos cinco episódios anteriores, as causas não são as mudanças ambientais fortuitas ou a chegadabetway fortniteasteroides. Dessa vez, a culpa é da humanidade.

Lembra aquela taxa "normal"betway fortniteextinçãobetway fortniteespécies? Pois alguns cálculos apontam que ela está entre 100 e mil vezes mais acelerada desde o surgimento dos hominídeos.

As pesquisas apontam que a atividade humana está por trás disso — e tudo só tem piorado nos últimos séculos.

"Desde a Revolução Industrial, nós estamos aumentando a pressão sobre a natureza ao usar os recursos, sem pensarbetway fortnitecomo recuperá-los", aponta o Museubetway fortniteHistória Naturalbetway fortniteLondres.

"Por exemplo, a mudança no uso da terra continua a destruir grandes porçõesbetway fortnitepaisagens naturais. Os seres humanos já transformaram maisbetway fortnite70% das superfícies terrestres e usam cercabetway fortnitetrês quartos dos recursosbetway fortniteágua doce", continua o texto.

A atividade agropecuária é uma das principais fontes da degradação do solo, do desmatamento, da poluição e da perdabetway fortnitebiodiversidade.

E isso, porbetway fortnitevez, destrói o habitatbetway fortnitediversas espécies, que passam a competir pelos mesmos recursos, cada vez mais escassos.

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Legenda da foto, Nenhuma espécie modificou tanto o planeta quanto os seres humanos

"Não é exagero pensar que várias espécies que nem conhecemos ainda estão sendo extintas agora mesmo", diz Cozzuol.

Para complementar, o lançamentobetway fortnitetoneladas e mais toneladasbetway fortniteCO2 na atmosfera por meio dos combustíveis fósseis ebetway fortniteoutras fontes aumenta a temperatura média do planeta e instiga secas, enchentes e outras catástrofes — o que inviabiliza a vida sob muitos aspectos.

"Se compararmos com o Cretáceo, os dinossauros declinaram ao longobetway fortniteum milhãobetway fortniteanos. Agora, estamos vendo isso acontecer numa escalabetway fortnitetempo muito menor", pontua Santos.

"Mesmo com tantas mudanças, o planeta vai continuar a existir. A maior preocupação é justamente saber o que vai acontecer com a nossa própria espécie", complementa.

Cozzuol pondera que, apesarbetway fortniteo ritmo acelerado da extinção atual ser um consenso dentro da comunidade acadêmica, é difícil compará-lo aobetway fortniteperíodos anteriores.

Segundo o pesquisador, a grande dificuldade está na "resolução temporal", ou na escalabetway fortnitetempo entre o passado e o presente.

"Tivemos algumas extinçõesbetway fortniteescala global que levaram até 5 milhõesbetway fortniteanos. E o pleistoceno todo, que é o períodobetway fortniteque a humanidade surgiu e se desenvolveu, compreende ao redorbetway fortnite2 milhõesbetway fortniteanos", informa.

"Masbetway fortnitefato passamos por um tempobetway fortniteque a taxabetway fortniteextinção está maior que a média normal. Só que é difícil comparar issobetway fortnitetermosbetway fortniteeras geológicas", conclui.

Como os cientistas sabem disso tudo?

Para coletar essa montanhabetway fortniteinformações, geólogos, paleontólogos e biólogos utilizam uma sériebetway fortnitemétodos para analisar formações rochosas e fósseis.

"Fazemos a datação desses indícios ao longo das eras e comparamos aspectos qualitativos. A partir daí, é possível ver quais espécies sobreviveram ou se extinguiram", explica Santos.

Ou seja: se os especialistas viam fósseisbetway fortnitedeterminada espécie e, a partirbetway fortniteum certo período, esse material desaparece, isso representa um indicativobetway fortniteque aquele ser vivo deixoubetway fortniteexistir no planeta.

"Nessa linha do tempo, é possível ver que um número muito grandebetway fortniteespécies não passou para o outro lado, ou seja, não conseguiu transpor alguma dificuldade que apareceu no ambiente. E isso sugere uma extinçãobetway fortnitemassa", resume Cozzuol.

"E o que determina a segmentação do tempo geológicobetway fortniteperíodos são justamente as extinções. Todos os grandes períodos, como o Paleozoico, o Mesozoico e o Cenozoico, foram marcados por esses fenômenos massivos", complementa.

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Legenda da foto, Estudar fósseis e registros geológicos é o trabalho dos cientistas que 'caçam' as extinçõesbetway fortnitemassa do passado

Uma extinção ancestral?

Nas últimas semanas, uma equipebetway fortnitepesquisadores americanos descreveu a possível ocorrênciabetway fortniteuma sétima extinçãobetway fortnitemassa — ou primeira, a depender do pontobetway fortnitevista.

De acordo com a pesquisa, conduzida na Universidade da Califórniabetway fortniteRiverside e na Virginia Tech, ambas nos Estados Unidos, esse fenômenobetway fortnitedesaparecimento das espécies teria acontecido há 550 milhõesbetway fortniteanos, durante o período Ediacarano.

Calcula-se que 80% dos seres vivos tenham sumido do mapa.

"Os registros geológicos indicam que os oceanos perderam muito oxigênio durante aquele período, e as poucas espécies que sobreviveram tinham organismos adaptados aos ambientes com baixa oxigenação", conta o paleoecólogo Chenyi Tu, um dos coautores do artigo,betway fortnitecomunicado à imprensa.

Entre as criaturas ancestrais do Ediacarano que acabaram extintas estão o Obamus coronatus, que tinha um formatobetway fortnitedisco, e o Attenborites janeae, que lembra um ovo — os nomes deles fazem homenagens ao ex-presidente americano Barack Obama e ao naturalista inglês David Attenborough, respectivamente.

Embora as descobertas sejam interessantes e curiosas, os especialistas consultados pela BBC News Brasil entendem que essa extinçãobetway fortnitemassa ancestral ainda carecebetway fortnitemais evidências para ser considerada do mesmo nível das outras cinco.

"Ainda não há consenso sobre essa extinção do Ediacarano e precisamosbetway fortnitemais informação antesbetway fortniteequipará-la às demais", avalia Santos.

Na visão do biólogo, a grande dificuldadebetway fortniteanalisar eras tão antigas está na dificuldadebetway fortniteencontrar fósseis e outros registros geológicos.

"Falamosbetway fortniteseres que não fossilizam, o que dificulta a obtençãobetway fortniteum 'extrato' desse período", conclui.

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