Coração e pulmão artificiais salvam vidasestrela bet partnersgestante com gripe H1N1 e seu bebê:estrela bet partners

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Legenda da foto, Isabella precisou ficarestrela bet partnerscoma induzido para usar coração e pulmão "auxiliares"

Na madrugadaestrela bet partners16estrela bet partnersabril, Isabella foi internada no Hospital e Maternidade Santa Lúcia, na Zona Sul da cidade, onde permaneceu por três semanas – uma das quaisestrela bet partnerscoma induzido, submetida à ECMO.

"O sangue circula todo pela máquina e volta 100% oxigenado ao paciente. Além disso, o doente é entubado, para respirar. Estes coração e pulmão 'auxiliares' permitem que o organismo funcione num ritmo mais lento e ganhe força para receber os medicamentos e lutar contra a infecção", explica a médica intensivista Celina Acra, coordenadora do CTIestrela bet partnersadultos do hospital.

Riscos

A ECMO, que chegou ao Brasil há menosestrela bet partnersdez anos, proporciona a pacientes com problemas cardíacos e pulmonares extremos um aumentoestrela bet partners20% para 60% na chanceestrela bet partnerssobrevivência, mas também oferece riscos.

"Tentamos duas formasestrela bet partnersventilação mecânica na Isabella, antesestrela bet partnersoptar pela ECMO, mas não adiantaram. O maior risco da técnica é oestrela bet partnerssangramentos", ressalta Celina.

Para que o sangue circulasse pela máquina, foi preciso puncionar duas veias grossas, no pescoço e numa das pernas da gestante, alémestrela bet partnersministrar-lhe anticoagulantes, medicamentos usados para evitar a formaçãoestrela bet partnerscoágulos dentro dos vasos sanguíneos. "O monitoramento é rigoroso,estrela bet partnersquatroestrela bet partnersquatro horas", afirma a médica.

Outro risco é oestrela bet partnersaparecimento, no futuro,estrela bet partnerslesões na membrana dos pulmões, induzidas pela quantidade grandeestrela bet partnersoxigênio fornecida ao paciente. "Oxigênioestrela bet partnersexcesso é tóxico. Mas se o doente está morrendo, temos que salvarestrela bet partnersvida. Só depois vamos pensarestrela bet partnerstratar as lesões, se ocorrerem", declara Celina.

A decisão da equipe foi garantir não apenas a sobrevivênciaestrela bet partnersIsabella, mas também do bebê.

"Dependendo da idade gestacional, é uma opção tirar a criança para salvar a mãe. Mas optamos por não fazê-lo. Como temos maternidade e obstetrícia dentro do hospital 24 horas, tivemos segurança na tomada da decisão", afirma Celina, que coordena equipeestrela bet partnersdez médicos no CTI, entre eles Vicente Dantas, Rodrigo Amâncio e Ana Lucia Traiano, que acompanharam Isabellaestrela bet partnersperto.

Outro responsável pelo caso foi o cardiologista Alexandre Siciliano, coordenador da equipe da ECMO.

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Legenda da foto, Procedimento também causa riscoestrela bet partnersexcessoestrela bet partnersoxigenação no sangue, que pode afetar membranas do pulmão

"Graças a estes médicos e à rapidez com que adotaram a técnica vou ter meu primeiro filho. Ele virá ao mundo na Santa Lúcia, na primeira quinzenaestrela bet partnersjulho. Meu pequeno Heitor, como eu, é um sobrevivente, um lutador", emociona-se Isabella, psicóloga que vive há cinco anos com Diego,estrela bet partners30 anos, professorestrela bet partnersEducação Física.

Após a alta da moça, os dois decidiram oficializar o casamento, antes da chegada da criança.

Vacina, e nadaestrela bet partnersautomedicação

Isabella não chegou a tomar a vacina contra a gripe. "Quando peguei o vírus H1N1, a campanha ainda não tinha começado. Faço um alerta às gestantes: vão aos postosestrela bet partnerssaúde ou clínicas tomar a dose. E, caso tenham sintomas, mesmo que leves, não tentem se automedicar. Procurem rapidamente um hospital para não perderem seus bebês", aconselha.

A higienização constante das mãos, com água e sabão ou álcoolestrela bet partnersgel, também é uma medida preventiva, mas não dispensa a vacinação.

Segundo estudos analisados por médicos da Faculdadeestrela bet partnersMedicina da Universidade Federalestrela bet partnersMato Grosso do Sul, as complicações mais frequentes do H1N1estrela bet partnersgestantes são pneumonia, que causa a maioria das mortes, alémestrela bet partnersinsuficiência renal aguda e edema ou embolia pulmonar. Em relação aos bebês, os problemas que mais surgem são aborto, sofrimento fetal agudo e nascimento pré-termo.

Este ano, o surtoestrela bet partnersgripe começou antes do esperado no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Em fevereiro, aindaestrela bet partnerspleno verão, a região Sudeste já apresentava casos. Por isso, 22 Estados brasileiros resolveram antecipar para meadosestrela bet partnersabril o início da campanhaestrela bet partnersvacinação, marcado para dia 30 daquele mês.

A imunização continua a ser feita nos postosestrela bet partnerssaúde pelo menos até o próximo dia 20. Além das grávidas, fazem parte do grupoestrela bet partnersmaior riscoestrela bet partnerscomplicações mulheres que deram à luz há menosestrela bet partners45 dias, criançasestrela bet partners6 meses a 5 anos, idosos e doentes crônicos.

Este ano, até 23estrela bet partnersabril, foram registrados 1.880 casosestrela bet partnersgripe no Brasil, dos quais 1.571 causados pelo vírus H1N1. Deste total, 290 pessoas morreram.

A Região Sudeste concentra o maior númeroestrela bet partnerscasos (1.106) da doença. O Estado com situação mais crítica é São Paulo, com 988 episódios da gripe e 149 óbitos.