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Lula discursa no Planalto: 'Vou combater todas as formasf10 betdesigualdade'; leia íntegra:f10 bet
f10 bet Em discurso a apoiadoresf10 betfrente ao Palácio do Planalto, após receber a faixa presidencial, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o combate à desigualdade será a prioridadef10 betseu terceiro mandato.
Mais cedo, ele já havia discursado no Congresso Nacional. À noite, após os discursos no Congresso e no Planalto, o presidente falou brevemente a apoiadores no "Festival do Futuro", evento organizado pelo PT na Esplanada dos Ministérios,f10 betBrasília.
"Assumimos o compromissof10 betcombater dia e noite todas as formasf10 betdesigualdade. De renda,f10 betgênero ef10 betraça. Desigualdade entre quem joga comida fora e quem só se alimentaf10 betsobras. É inadmissível que os 5% mais ricos detenham a mesma fatiaf10 betrenda que os demais 95%", disse Lulaf10 betfrente ao Planalto.
"É inaceitável que continuemos a conviver com o preconceito, a discriminação e o racismo. Somos um povof10 betmuitas cores, e todas devem ter os mesmos direitos. Ninguém terá mais ou menos amparo do Estado, ninguém será obrigado a enfrentar mais obstáculos pela corf10 betsua pele."
O petista citou exemplos diversos das desigualdades brasileiras que pretende combater emf10 betgestão.
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Fim do Matérias recomendadas
"Desigualdade entre a criança que frequenta a melhor escola particular, e a criança que engraxa sapato na rodoviária, sem escola e sem futuro. Entre a criança feliz com o brinquedo que acabouf10 betganharf10 betpresente, e a criança que choraf10 betfome na noitef10 betNatal", disse.
"É inadmissível que os 5% mais ricos deste país detenham a mesma fatiaf10 betrenda que os demais 95%. Que seis bilionários brasileiros tenham uma riqueza equivalente ao patrimônio dos 100 milhões mais pobres do país."
O discurso do presidente na posse também teve tom pacificador,f10 betque Lula pregou a união do país após a divisão da disputa eleitoral.
"A ninguém interessa um paísf10 betpermanente péf10 betguerra, ou uma família vivendof10 betdesarmonia. É horaf10 betreatarmos os laços com amigos e familiares, rompidos pelo discursof10 betódio e pela disseminaçãof10 bettantas mentiras", disse o presidente,
O presidente, no entanto, rechaçou o comportamento do que chamouf10 bet"minorias violentas".
"O povo brasileiro rejeita a violênciaf10 betuma pequena minoria radicalizada que se recusa a viver num regime democrático. Chegaf10 betódio, fake news, armas e bombas. Nosso povo quer paz para trabalhar, estudar, cuidar da família e ser feliz", afirmou.
Lula disse ainda que "não é hora para ressentimentos estéreis", momentof10 betque foi interrompido por seus apoiadores, aos gritosf10 bet"sem anistia".
Mais cedof10 betdiscurso no Congresso, Lula havia dito que "quem errou responderá por seus erros, com direito amplof10 betdefesa, dentro do devido processo legal", sem especificar a quem se referia.
O petista também afirmou que "não haverá gastança" no governo, após dizer mais cedo que revogará o tetof10 betgastos.
"Nos nossos governos, nunca houve nem haverá gastança alguma. Sempre investimos, e voltaremos a investir,f10 betnosso bem mais precioso: o povo brasileiro."
Confira a íntegra do discurso:
Quero começar fazendo uma saudação especial a cada um e a cada umaf10 betvocês. Uma formaf10 betlembrar e retribuir o carinho e a força que recebia todos os dias do povo brasileiro - representado pela Vigília Lula Livre -, num dos momentos mais difíceis d] a minha vida.
Hoje, neste que é um dos dias mais felizes da minha vida, a saudação que eu faço a vocês não poderia ser outra, tão singela e ao mesmo tempo tão cheiaf10 betsignificado:
Boa tarde, povo brasileiro!
Minha gratidão a vocês, que enfrentaram a violência política antes, durante e depois da campanha eleitoral. Que ocuparam as redes sociais, e que tomaram as ruas, debaixof10 betsol e chuva, nem que fosse para conquistar um único e precioso voto.
Que tiveram a coragemf10 betvestir a nossa camisa e, ao mesmo tempo, agitar a bandeira do Brasil - quando uma minoria violenta e antidemocrática tentava censurar nossas cores e se apropriar do verde- amarelo, que pertence a todo o povo brasileiro.
A vocês, que vieramf10 bettodos os cantos deste país -f10 betperto ouf10 betmuito longe,f10 betavião,f10 betônibus,f10 betcarro ou na boleiaf10 betcaminhão. De moto, bicicleta e até mesmo a pé, numa verdadeira caravana da esperança, para esta festa da democracia.
Mas quero me dirigir também aos que optaram por outros candidatos. Vou governar para os 215 milhõesf10 betbrasileiros e brasileiras, e não apenas para quem votouf10 betmim.
Vou governar para todas e todos, olhando para o nosso luminoso futurof10 betcomum, e não pelo retrovisorf10 betum passadof10 betdivisão e intolerância.
A ninguém interessa um paísf10 betpermanente péf10 betguerra, ou uma família vivendof10 betdesarmonia. É horaf10 betreatarmos os laços com amigos e familiares, rompidos pelo discursof10 betódio e pela disseminaçãof10 bettantas mentiras.
O povo brasileiro rejeita a violênciaf10 betuma pequena minoria radicalizada que se recusa a viver num regime democrático.
Chegaf10 betódio, fake news, armas e bombas. Nosso povo quer paz para trabalhar, estudar, cuidar da família e ser feliz.
A disputa eleitoral acabou. Repito o que disse no meu pronunciamento após a vitóriaf10 bet30f10 betoutubro, sobre a necessidadef10 betunir o nosso país.
"Não existem dois brasis. Somos um único país, um único povo, uma grande nação."
Somos todos brasileiros e brasileiras, e compartilhamos uma mesma virtude: nós não desistimos nunca.
Ainda que nos arranquem todas as flores, uma por uma, pétala por pétala, nós sabemos que é sempre tempof10 betreplantio, e que a primavera háf10 betchegar. E a primavera chegou.
Hoje, a alegria toma posse do Brasil,f10 betbraços dados com a esperança.
Minhas queridas amigas e meus amigos.
Recentemente, reli o discurso da minha primeira posse na Presidência,f10 bet2003. E o que li tornou ainda mais evidente o quanto o Brasil andou para trás.
Naquele 1ºf10 betjaneirof10 bet2003, aqui nesta mesma praça, eu e meu querido vice José Alencar assumimos o compromissof10 betrecuperar a dignidade e a autoestima do povo brasileiro - e recuperamos. De investir para melhorar as condiçõesf10 betvidaf10 betquem mais necessita - e investimos. De cuidar com muito carinho da saúde e da educação - e cuidamos.
Mas o principal compromisso que assumimosf10 bet2003 foi of10 betlutar contra a desigualdade e a extrema pobreza, e garantir a cada pessoa deste país o direitof10 bettomar café da manhã, almoçar e jantar todo santo dia - e nós cumprimos esse compromisso: acabamos com a fome e a miséria, e reduzimos fortemente a desigualdade.
Infelizmente hoje, 20 anos depois, voltamos a um passado que julgávamos enterrado. Muito do que fizemos foi desfeitof10 betforma irresponsável e criminosa.
A desigualdade e a extrema pobreza voltaram a crescer. A fome estáf10 betvolta - e não por força do destino, não por obra da natureza, nem por vontade divina.
A volta da fome é um crime, o mais gravef10 bettodos, cometido contra o povo brasileiro.
A fome é filha da desigualdade, que é mãe dos grandes males que atrasam o desenvolvimento do Brasil. A desigualdade apequena este nosso paísf10 betdimensões continentais, ao dividi-lof10 betpartes que não se reconhecem.
De um lado, uma pequena parcela da população que tudo tem. Do outro lado, uma multidão a quem tudo falta, e uma classe média que vem empobrecendo ano após ano.
Juntos, somos fortes. Divididos, seremos sempre o país do futuro que nunca chega, e que vivef10 betdívida permanente com o seu povo.
Se queremos construir hoje o nosso futuro, se queremos viver num país plenamente desenvolvido para todos e todas, não pode haver lugar para tanta desigualdade.
O Brasil é grande, mas a real grandezaf10 betum país reside na felicidadef10 betseu povo. E ninguém é felizf10 betfatof10 betmeio a tanta desigualdade.
Minhas amigas e meus amigos,
Quando digo "governar", eu quero dizer "cuidar". Mais do que governar, vou cuidar com muito carinho deste país e do povo brasileiro.
Nestes últimos anos, o Brasil voltou a ser um dos países mais desiguais do mundo. Há muito tempo não víamos tamanho abandono e desalento nas ruas.
Mães garimpando lixo,f10 betbusca do alimento para seus filhos.
Famílias inteiras dormindo ao relento, enfrentando o frio, a chuva e o medo.
Crianças vendendo bala ou pedindo esmola, quando deveriam estar na escola, vivendo plenamente a infância a que têm direito.
Trabalhadoras e trabalhadores desempregados exibindo, nos semáforos, cartazesf10 betpapelão com a frase que nos envergonha a todos: "Por favor, me ajuda".
Fila na porta dos açougues,f10 betbuscaf10 betossos para aliviar a fome. E, ao mesmo tempo, filasf10 betespera para a compraf10 betautomóveis importados e jatinhos particulares.
Tamanho abismo social é um obstáculo à construçãof10 betuma sociedade verdadeiramente justa e democrática, ef10 betuma economia próspera e moderna.
Por isso, eu e meu vice Geraldo Alckmin assumimos hoje, diantef10 betvocês ef10 bettodo o povo brasileiro, o compromissof10 betcombater dia e noite todas as formasf10 betdesigualdade.
Desigualdadef10 betrenda,f10 betgênero ef10 betraça. Desigualdade no mercadof10 bettrabalho, na representação política, nas carreiras do Estado. Desigualdade no acesso a saúde, educação e demais serviços públicos.
Desigualdade entre a criança que frequenta a melhor escola particular, e a criança que engraxa sapato na rodoviária, sem escola e sem futuro. Entre a criança feliz com o brinquedo que acabouf10 betganharf10 betpresente, e a criança que choraf10 betfome na noitef10 betNatal.
Desigualdade entre quem joga comida fora, e quem só se alimenta das sobras.
É inadmissível que os 5% mais ricos deste país detenham a mesma fatiaf10 betrenda que os demais 95%.
Que seis bilionários brasileiros tenham uma riqueza equivalente ao patrimônio dos 100 milhões mais pobres do país.
Que um trabalhador ou trabalhadora que ganha um salário mínimo mensal leve 19 anos para receber o equivalente ao que um super rico recebef10 betum único mês.
E não adianta subir o vidro do automóvelf10 betluxo, para não ver nossos irmãos que se amontoam debaixo dos viadutos, carentesf10 bettudo - a realidade salta aos olhosf10 betcada esquina.
Minhas amigas e meus amigos.
É inaceitável que continuemos a conviver com o preconceito, a discriminação e o racismo. Somos um povof10 betmuitas cores, e todas devem ter os mesmos direitos e oportunidades.
Ninguém será cidadão ou cidadãf10 betsegunda classe, ninguém terá mais ou menos amparo do Estado, ninguém será obrigado a enfrentar mais ou menos obstáculos apenas pela corf10 betsua pele.
Por isso estamos recriando o Ministério da Igualdade Racial, para enterrar a trágica herança do nosso passado escravista.
Os povos indígenas precisam ter suas terras demarcadas e livres das ameaças das atividades econômicas ilegais e predatórias. Precisam terf10 betcultura preservada,f10 betdignidade respeitada ef10 betsustentabilidade garantida.
Eles não são obstáculos ao desenvolvimento - são guardiõesf10 betnossos rios e florestas, e parte fundamental da nossa grandeza enquanto nação. Por isso estamos criando o Ministério dos Povos Indígenas, para combater 500 anosf10 betdesigualdade.
Não podemos continuar a conviver com a odiosa opressão imposta às mulheres, submetidas diariamente à violência nas ruas e dentrof10 betsuas próprias casas.
É inadmissível que continuem a receber salários inferiores ao dos homens, quando no exercíciof10 betuma mesma função. Elas precisam conquistar cada vez mais espaço nas instâncias decisórias deste país - na política, na economia,f10 bettodas as áreas estratégicas.
As mulheres devem ser o que elas quiserem ser, devem estar onde quiserem estar. Por isso, estamos trazendof10 betvolta o Ministério das Mulheres.
Foi para combater a desigualdade e suas sequelas que nós vencemos a eleição. E esta será a grande marca do nosso governo.
Dessa luta fundamental surgirá um país transformado. Um país grande, próspero, forte e justo. Um paísf10 bettodos, por todos e para todos. Um país generoso e solidário, que não deixará ninguém para trás.
Minhas queridas companheiras e meus queridos companheiros.
Reassumo o compromissof10 betcuidarf10 bettodos os brasileiros e brasileiras, sobretudo daqueles que mais necessitam. De acabar outra vez com a fome neste país. De tirar o pobre da fila do osso para colocá-lo novamente no Orçamento.
Temos um imenso legado, ainda vivo na memóriaf10 betcada brasileiro e cada brasileira, beneficiário ou não das políticas públicas que fizeram uma revolução neste país.
Mas não nos interessa viver do passado. Por isso, longef10 betqualquer saudosismo, nosso legado será sempre o espelho do futuro que vamos construir para este país.
Em nossos governos, o Brasil conciliou crescimento econômico recorde com a maior inclusão social da história. E se tornou a sexta maior economia do mundo, ao mesmo tempof10 betque 36 milhõesf10 betbrasileiras e brasileiros saíram da extrema pobreza.
Geramos maisf10 bet20 milhõesf10 betempregos com carteira assinada e todos os direitos assegurados. Reajustamos o salário mínimo sempre acimaf10 betinflação.
Batemos recordef10 betinvestimentosf10 beteducação - da creche à universidade -, para fazer do Brasil um exportador tambémf10 betinteligência e conhecimento, e não apenasf10 betcommodities e matéria-prima.
Nós mais que dobramos o númerof10 betestudantes no ensino superior, e abrimos as portas das universidades para a juventude pobre deste país. Jovens brancos, negros e indígenas, para quem o diploma universitário era um sonho inalcançável, tornaram-se doutores.
Combatemos um dos grandes focosf10 betdesigualdade - o acesso à saúde. Porque o direito à vida não pode ser refém da quantidadef10 betdinheiro que se tem no banco.
Fizermos o Farmácia Popular, que forneceu medicamentos a quem mais precisava, e o Mais Médicos, que levou atendimento a cercaf10 bet60 milhõesf10 betbrasileiros e brasileiras, nas periferias das grandes cidades e nos pontos mais remotos do Brasil.
Criamos o Brasil Sorridente, para cuidar da saúde bucalf10 bettodos os brasileiros e brasileiras.
Fortalecemos o nosso Sistema Únicof10 betSaúde. E quero aproveitar para fazer um agradecimento especial aos profissionais do SUS, pela grandiosidade do trabalho durante a pandemia. Enfrentaram bravamente, ao mesmo tempo, um vírus letal e um governo irresponsável e desumano.
Nos nossos governos, investimos na agricultura familiar e nos pequenos e médios agricultores, responsáveis por 70% dos alimentos que chegam à nossa mesa. E fizemos isso sem descuidar do agronegócio, que obteve investimentos e safras recordes, ano após ano.
Tomamos medidas concretas para conter as mudanças climáticas, e reduzimos o desmatamento da Amazôniaf10 betmaisf10 bet80%.
O Brasil consolidou-se como referência mundial no combate à desigualdade e à fome, e passou a ser internacionalmente respeitado, pelaf10 betpolítica externa ativa e altiva
Fomos capazesf10 betrealizar tudo isso cuidando com total responsabilidade das finanças do país. Nunca fomos irresponsáveis com o dinheiro público.
Fizemos superávit fiscal todos os anos, eliminamos a dívida externa, acumulamos reservasf10 betcercaf10 bet370 bilhõesf10 betdólares e reduzimos a dívida interna a quase metade do que era anteriormente.
Nos nossos governos, nunca houve nem haverá gastança alguma. Sempre investimos, e voltaremos a investir,f10 betnosso bem mais precioso: o povo brasileiro.
Infelizmente, muito do que construímosf10 bet13 anos foi destruídof10 betmenos da metade desse tempo. Primeiro, pelo golpef10 bet2016 contra a presidenta Dilma. E na sequência, pelos quatro anosf10 betum governof10 betdestruição nacional cujo legado a História jamais perdoará:
700 mil brasileiros e brasileiras mortos pela Covid.
125 milhões sofrendo algum grauf10 betinsegurança alimentar,f10 betmoderada a muito grave.
33 milhões passando fome.
Estes são apenas alguns números. Que na verdade não são apenas números, estatísticas, indicadores - são pessoas. Homens, mulheres e crianças, vítimasf10 betum desgoverno afinal derrotado pelo povo, no histórico 30f10 betoutubrof10 bet2022.
Os Grupos Técnicos do Gabinetef10 betTransição, que por dois meses mergulharam nas entranhas do governo anterior, trouxeram a público a real dimensão da tragédia.
O que o povo brasileiro sofreu nestes últimos anos foi a lenta e progressiva construçãof10 betum genocídio.
Quero citar, a títulof10 betexemplo, um pequeno trecho das 100 páginas desse verdadeiro relatório do caos produzido pelo Gabinetef10 betTransição. Diz o relatório:
"O Brasil bateu recordesf10 betfeminicídios, as políticasf10 betigualdade racial sofreram severos retrocessos, produziu-se um desmonte das políticasf10 betjuventude, e os direitos indígenas nunca foram tão ultrajados na história recente do país.
Os livros didáticos que deverão ser usados no ano letivof10 bet2023 ainda não começaram a ser editados; faltam remédios no Farmácia Popular; não há estoquesf10 betvacinas para o enfrentamento das novas variantes da COVID-19.
Faltam recursos para a compraf10 betmerenda escolar; as universidades corriam o riscof10 betnão concluir o ano letivo; não existem recursos para a Defesa Civil e a prevençãof10 betacidentes e desastres. Quem está pagando a conta deste apagão é o povo brasileiro."
Meus amigos e minhas amigas.
Nesses últimos anos, vivemos, sem dúvida, um dos piores períodos da nossa história. Uma eraf10 betsombras,f10 betincertezas ef10 betmuito sofrimento. Mas esse pesadelo chegou ao fim, pelo voto soberano, na eleição mais importante desde a redemocratização do país.
Uma eleição que demonstrou o compromisso do povo brasileiro com a democracia e suas instituições.
Essa extraordinária vitória da democracia nos obriga a olhar para a frente e a esquecer nossas diferenças, que são muito menores que aquilo que nos une para sempre: o amor pelo Brasil e a fé inquebrantávelf10 betnosso povo.
Agora, é horaf10 betreacendermos a chama da esperança, da solidariedade e do amor ao próximo.
Agora é horaf10 betvoltar a cuidar do Brasil e do povo brasileiro. Gerar empregos, reajustar o salário mínimo acima da inflação, baratear o preço dos alimentos.
Criar ainda mais vagas nas universidades, investir fortemente na saúde, na educação, na ciência e na cultura.
Retomar as obrasf10 betinfraestrutura e do Minha Casa Minha Vida, abandonadas pelo descaso do governo que se foi.
É horaf10 bettrazer investimentos e reindustrializar o Brasil. Combater outra vez as mudanças climáticas e acabarf10 betuma vez por todas com a devastaçãof10 betnossos biomas, sobretudo a Amazônia.
Romper com o isolamento internacional e voltar a se relacionar com todos os países do mundo.
Não é hora para ressentimentos estéreis. Agora é horaf10 beto Brasil olhar para a frente e voltar a sorrir.
Vamos virar essa página e escrever,f10 betconjunto, um novo e decisivo capítulo da nossa história.
Nosso desafio comum é o da criaçãof10 betum país justo, inclusivo, sustentável, criativo, democrático e soberano, para todos os brasileiros e brasileiras.
Fiz questãof10 betdizer ao longof10 bettoda a campanha: o Brasil tem jeito. E volto a dizer com toda convicção, mesmo diante do quadrof10 betdestruição revelado pelo Gabinetef10 betTransição: o Brasil tem jeito. Dependef10 betnós,f10 bettodos nós.
Em meus quatro anosf10 betmandato, vamos trabalhar todos os dias para o Brasil vencer o atrasof10 betmaisf10 bet350 anosf10 betescravidão. Para recuperar o tempo e as oportunidades perdidas nesses últimos anos. Para reconquistar seu lugarf10 betdestaque no mundo. E para que cada brasileiro e cada brasileira tenha o direitof10 betvoltar a sonhar, e as oportunidades para realizar aquilo que sonha.
Precisamos, todos juntos, reconstruir e transformar o Brasil.
Mas só reconstruiremos e transformaremosf10 betfato este país se lutarmos com todas as forças contra tudo aquilo que o torna tão desigual.
Essa tarefa não pode serf10 betapenas um presidente ou mesmof10 betum governo. É urgente e necessária a formaçãof10 betuma frente ampla contra a desigualdade, que envolva a sociedade como um todo:
trabalhadores, empresários, artistas, intelectuais, governadores, prefeitos, deputados, senadores, sindicatos, movimentos sociais, associaçõesf10 betclasse, servidores públicos, profissionais liberais, líderes religiosos, cidadãos e cidadãs comuns.
É tempof10 betunião e reconstrução.
Por isso, faço este chamamento a todos os brasileiros e brasileiras que desejam um Brasil mais justo, solidário e democrático: juntem-se a nós num grande mutirão contra a desigualdade.
Quero terminar pedindo a cada um e a cada umaf10 betvocês: que a alegriaf10 bethoje seja a matéria-prima da lutaf10 betamanhã ef10 bettodos os dias que virão. Que a esperançaf10 bethoje fermente o pão que háf10 betser repartido entre todos.
E que estejamos sempre prontos a reagir,f10 betpaz ef10 betordem, a quaisquer ataquesf10 betextremistas que queiram sabotar e destruir a nossa democracia.
Na luta pelo bem do Brasil, usaremos as armas que nossos adversários mais temem: a verdade, que se sobrepôs à mentira; a esperança, que venceu o medo; e o amor, que derrotou o ódio.
Viva o Brasil. E viva o povo brasileiro.
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