‘Não é pelas armas, é por falarrode a roletaDeus’: pastora explica por que vai repetir votorode a roletaBolsonaro:rode a roleta

Prado está entre os quase 70%rode a roletaevangélicos que votaramrode a roletaJair Bolsonarorode a roleta2018. Naquele ano, os evangélicos definiram o resultado eleitoral, dando 11 milhõesrode a roletavotos a mais a Bolsonaro na disputa com o candidato do PT, Fernando Haddad.

Mas, nas eleições deste ano, pesquisasrode a roletaopinião mostram que homens continuam com Bolsonaro, mas a maioria das mulheres evangélicas está dividida entre ele e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pesquisa Genial/Quaest divulgada na quarta-feira (11/05) mostra que 33% apoiam Bolsonaro, enquanto 31% pretendem votar no petista. Outras 27% não querem nem Lula nem Bolsonaro.

Prado está entre as mulheres que pretendem repetir o voto no atual presidente.

"Não foi por ele ser um militar, não foi porque eu queria o Exército na rua. Não foi porque ele falou que vai defender ter a arma liberada dentrorode a roletacasa. Não, não é. Foi porque ele propôs a preservação da família e Deus acimarode a roletatodos, ou seja, o princípio da Palavrarode a roletaDeus", diz.

Perguntada sobre o que acha da políticarode a roletaflexibilização da posserode a roletaarmas e se já ouviu declarações controversas do presidente sobre mulheres e quilombolas, a pastora respondeu: "Ele não é o cara perfeito. Não apoio ele pela perfeição dele, ou por estar dentro dos padrões. Eu preciso escolher um. Então, ele foi o meu escolhido. Todo mundo sabe que ele é um cara que não tem filtro. Masrode a roletaações para o povo, o coletivo, ele é o melhor dentre as opções que existem", diz.

'Proteção da família'

Segundo especialistas, mulheres evangélicas, como Raquel Prado, que emrode a roletamaioria são pretas e pardas, poderão definir quem vai presidir o Brasil a partirrode a roleta2023. Afinal, elas são quase 60% dos evangélicos no Brasil.

"Eu não tenho dúvidarode a roletaque as evangélicas negras vão decidir essas eleições", diz a antropóloga Jacqueline Teixeira, professora da Universidaderode a roletaSão Paulo e autorarode a roletalivros e artigos sobre crescimento evangélico no Brasil.

Na entrevista à BBC News Brasil, Raquel Prado e outras entrevistadas reforçaram que querem ouvir dos candidatos promessasrode a roletaque vão "proteger a família".

A ideiarode a roletaproteção à família não está necessariamente associada a uma oposição a direitos LGBTQ+ — vai muito além da chamada pauta da moralidade. Ao serem perguntadas sobre que tiporode a roletaproteção desejam, as evangélicas entrevistadas enfatizaram desejo por mais creches, melhores escolas, acesso à saúde e controle da violência.

Mas elas falaram muito, também, do medo que têmrode a roletaque na rua, na internet ou até na escola crianças e jovens possam receber conteúdos ou ensinamentos que façam com que deixemrode a roletaouvir ou respeitar os pais. Como se pairasse no ar um riscorode a roletaperdarode a roletacontrole sobre a família.

"Eu vejo pessoas entrando para faculdades e famílias perdendo seus filhos por causa das ideologias esquerdistas que se aplicam lá dentro", afirma a pastora Raquel Prado.

"Pessoas mudadas, transformadas, perdendo arode a roletaidentidade, tendo arode a roletaidentidade roubada por uma ideologia criada, uma mutação. É a ideologiarode a roletaque você pode fazer o que quer e não assumir suas consequências.'Eu faço o que quero e vivo do jeito que quero'."

A cientista política Ana Carolina Evangelista, diretora do Institutorode a roletaEstudos da Religião, observa que existem duas maneirasrode a roletase conectar com as mulheres por meio da demandarode a roleta"proteção da família".

"Uma delas é propondo políticasrode a roletasaúde e educação que atendam às necessidades delas. A outra é explorando medos. O medorode a roletaperdarode a roletacontrole, medorode a roletaextinção das igrejas evangélicas, o medorode a roletaque os filhos deixemrode a roletarespeitar os pais ou possam ter acesso a conteúdos na escola com os quais elas não concordam", afirma.

Confira a visãorode a roletaoutras mulheres evangélicas na reportagem completa: O Que Pensam as Evangélicas, Que Podem Definir Eleição para Presidente

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