Covid: Brasil está pronto para declarar o 'fim' da pandemia?:poker ultimate

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Legenda da foto, Mesmo com o fim dos decretos, especialistas recomendam que algumas medidas preventivas continuem a ser adotadas pela população, como o usopoker ultimatemáscaraspoker ultimatelocais fechados e com aglomeração

Por ora, Brasil vive uma situação relativamente estávelpoker ultimaterelação à pandemia. As médias móveispoker ultimatecasos e mortes estãopoker ultimatequeda desde o iníciopoker ultimatefevereiro e, até agora, as aglomerações registradas no carnaval e a liberação do usopoker ultimatemáscaraspoker ultimatemuitos Estados não resultaram numa reversão dessa tendência, com uma piora significativa dos índices.

Diantepoker ultimatetodos esses elementos, será que é horapoker ultimatedeclarar o fim da pandemia? E o que o Brasil (e os brasileiros) podem aprender com situação pós-abertura observadapoker ultimateoutros países?

A palavra final é da OMS

A epidemiologista Ethel Maciel, professora da Universidade Federal do Espírito Santo, lembra que a prerrogativapoker ultimatedeclarar o início e o fimpoker ultimateuma pandemia é da Organização Mundialpoker ultimateSaúde (OMS).

Portanto, não são os países que vão "rebaixar" o status da covid-19 e definir que ela se tornou uma doença endêmica.

O que o Ministério da Saúde pode fazer é acabar com a Emergênciapoker ultimateSaúde Públicapoker ultimateImportância Nacional (Espin), o que permitiria aliviar muitas das medidas adotadas desde que o coronavírus começou a se espalhar país adentro.

A BBC News Brasil entroupoker ultimatecontato com o Ministério da Saúde para ter um posicionamento oficial a respeito da discussão e saber se as medidas contra a covid-19 serão revogadas ou não. Como resposta, a assessoriapoker ultimateimprensa enviou um vídeopoker ultimateum evento realizadopoker ultimate30poker ultimatemarço.

Nele, o ministro Marcelo Queiroga diz que a decisão sobre o alíviopoker ultimatetodas as restrições ainda "dependepoker ultimateuma sériepoker ultimateanálises".

"Primeiro, [precisamos analisar] o cenário epidemiológico, que felizmente ruma para um controle maior, com quedapoker ultimatecasos e óbitos sustentadas na última quinzena. A segunda é a estrutura do nosso sistema hospitalar, da nossa atenção primária às unidades especializadas. [...] O terceiro ponto é ter determinados medicamentos que possuem ação mais eficaz no combate da covid-19 napoker ultimatefase inicial, para impedir que a doença evolua para formas graves", discursou.

"O presidente [Jair Bolsonaro] me pediu prudência. O que nós estamos fazendo é harmonizar as medidas que já estão sendo tomadas por Estados e municípios", complementou.

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Legenda da foto, Marcelo Queiroga diz que alívio das medidas vai depender das análises sobre a situaçãopoker ultimatesaúde pública do país

"Me parece complicado e preocupante acabar com decretos nacionais enquanto a OMS ainda classifica a situação toda como uma pandemia", avalia Maciel.

A OMS, inclusive, lançou na quarta-feira (30/3) um planejamento estratégico para o mundo conseguir alcançar o fim da fase aguda da pandemia aindapoker ultimate2022.

No documento, a instituição levapoker ultimateconta três possibilidades para os meses que virão:

  • Cenário otimista: as próximas variantes do coronavírus serão significativamente menos severas e a proteção contra quadros mais gravespoker ultimatecovid será mantido sem a necessidadepoker ultimatedosespoker ultimatereforço ou a atualização das vacinas já disponíveis.
  • Cenário pessimista: uma variante mais virulenta e com alta capacidadepoker ultimatetransmissão aparecerá e conseguirá derrubar a efetividade das vacinas. A proteção contra quadros graves e mortes por covid despencará, especialmente nos grupos mais vulneráveis, o que demandará atualização dos imunizantes e novas dosespoker ultimatereforço nos grupospoker ultimaterisco.
  • Cenário realista: o coronavírus continuará a evoluir, porém a gravidade da infecção se reduzirá significativamente e haverá imunidade suficiente na população contra quadros mais graves e mortes, o que levará a surtos cada vez menos severos. Aumentos periódicos na transmissão viral continuarão a ocorrer, o que exigirá campanhaspoker ultimatevacinação ao menos para os grupos mais vulneráveis.

Para garantir que o cenário realista (ou até o otimista) se concretize e a pandemia chegue ao fim, a OMS destaca duas ações estratégicas básicas:

  • Reduzir a controlar a transmissão do coronavírus para proteger a população mais vulnerável e diminuir o riscopoker ultimatesurgirem novas variantes agressivas
  • Prevenir, diagnosticar e tratar a covid-19 com medidas não farmacológicas, vacinas e remédios, para diminuir o máximo possível a mortalidade e as consequênciaspoker ultimatelongo prazo da doença.

Maciel entende que o Brasil ainda precisa reforçar a resposta nos dois eixos estratégicos antespoker ultimatepensar no fim da pandemia.

"Quando acabamos com todas as medidas preventivas e não promovemos campanhaspoker ultimatecomunicação para conscientizar e proteger as pessoas, especialmente as mais vulneráveis, falhamospoker ultimatereduzir a transmissão do coronavírus", diz.

"Para completar, nossa capacidadepoker ultimatetestagem e vigilância continua ruim e só incorporamos o primeiro tratamento contra a covid-19 na rede pública esta semana", completa a especialista.

O remédio mencionado pela epidemiologista é o baracitinibe, da farmacêutica Eli Lilly. Ele começará a ser distribuído no Sistema Únicopoker ultimateSaúde (SUS), mas só estará disponível para os casos mais graves,poker ultimateque há necessidadepoker ultimatehospitalização e oxigenação complementar.

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Legenda da foto, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS, assina o planejamento estratégico para acabar com a emergênciapoker ultimatesaúde pública causada pela covid-19 aindapoker ultimate2022

Ensinamentos que vêm da Ásia e da Europa

Países como Alemanha, Áustria, Reino Unido, Coreia do Sul e China registraram aumentos significativospoker ultimatecasospoker ultimatecovid nessas últimas semanas.

A retomada das infecçõespoker ultimatealguns países europeus e asiáticos acontecepoker ultimateum momentopoker ultimateque a BA.2, uma variante "prima-irmã" da ômicron (a BA.1) se tornou dominante no mundo inteiro.

Para ter ideia, a BA.2 apareceupoker ultimate88,8% das amostras que foram sequenciadas no Reino Unido entre os dias 13 e 20poker ultimatemarço. A ômicron "original" representou 10,5% dos casos no mesmo período.

Esse padrãopoker ultimatecrescimento da linhagem BA.2 pode ser observadopoker ultimateoutros países, como Áustria, Coreia do Sul e Alemanha.

O mesmo fenômeno começa a ocorrer no Brasil: até fevereiro, a BA.2 apareciapoker ultimatemenospoker ultimate1% dos sequenciamentos genéticos. A partirpoker ultimatemarço, porém, o Instituto Todos pela Saúde observou um aumento significativo das amostras positivas para essa nova linhagem. Ela foi encontradapoker ultimate27,2% dos casos analisadospoker ultimatelaboratório.

Há poucas semanas, a BA.1 reinava absolutapoker ultimatemuitos desses locais. Mas a variante perdeu a dianteira porque,poker ultimateacordo com o Instituto Sorológico da Dinamarca, a BA.2 tem uma capacidadepoker ultimatetransmissão 1,5 vez maiorpoker ultimatecomparação com a BA.1 — e olha que a BA.1 já era um dos vírus mais contagiosos que surgiram no último século.

"Todas as ondas que vimos nesta pandemia tiveram um componentepoker ultimatecomum: o surgimentopoker ultimateuma nova variante do vírus", interpreta o médico Marcio Sommer Bittencourt, professor associado da Universidadepoker ultimatePittsburgh, nos Estados Unidos.

A BA.2 é mais agressiva?

A boa notícia é que a BA.2 não parece estar relacionada a um quadro mais grave do que o observado até agora com a BA.1.

"As análises preliminares não encontraram evidênciaspoker ultimateum risco maiorpoker ultimatehospitalização após a infecção com a BA.2,poker ultimatecomparação com a BA.1", escreve a Agênciapoker ultimateSegurançapoker ultimateSaúde do Reino Unido num relatório publicado no dia 25poker ultimatemarçopoker ultimate2022.

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Legenda da foto, Embora a BA.2 seja mais transmissível, não existem evidênciaspoker ultimateque ela possa levar a um quadro mais agressivo que a ômicron 'original'

Vale lembrar que probabilidadepoker ultimatesofrer complicações da covid também está relacionada à quantidadepoker ultimatevacinas que um indivíduo tomou ou às infecções prévias.

Ou seja: quem tem pouca ou nenhuma imunidade contra o coronavírus pode experimentar consequências muito piores do que alguém que está com as dosespoker ultimatedia, especialmente se considerarmos os grupospoker ultimaterisco (como idosos e portadorespoker ultimatedoenças crônicas).

Outro aspecto que traz uma perspectiva otimista para esse novo aumentopoker ultimatecasos é que ele tende a subir e cair rapidamente, a exemplo do que ocorreu com a BA.1:poker ultimatepaíses onde a BA.2 virou dominante há algumas semanas, como Dinamarca e Holanda, o registro diáriopoker ultimateinfecções já entroupoker ultimatequeda novamente.

No entanto, uma elevaçãopoker ultimatecasos também pode suscitar um aumentopoker ultimatehospitalizações e óbitos, ainda mais nos lugares com uma grande parcela da população suscetível pela baixa cobertura vacinal ou pela ausênciapoker ultimateondas maiores até então.

Em muitos dos países que tiveram aumentopoker ultimatecasos recentemente, já é possível notar uma subida nas curvaspoker ultimateinternações e mortes, embora elas estejam num patamar bem abaixo do observadopoker ultimateoutros momentos mais graves da pandemia.

"Vemos que esse aumentopoker ultimatecasos é mais intenso nos países que não têm uma taxapoker ultimatevacinação adequada ou não tiveram grandes ondas anteriormente", observa Bittencourt. É o caso, por exemplo,poker ultimateAlemanha e Coreia do Sul.

Já Portugal e Espanha, que estão com uma alta cobertura vacinal e tiveram mais casospoker ultimateinfecção prévia, parecem possuir uma "bagagem imunológica" maior e não experimentam um aumentopoker ultimatecasos tão grande agora.

Os especialistas ouvidos pela BBC News Brasil entendem que não dá pra dizer que esse mesmo cenáriopoker ultimateaumentopoker ultimatecasos pela BA.2 no exterior também se repetirá no país.

Em outros momentos da pandemia, coisas que impactaram profundamente o Brasil — como a variante gama — não tiveram o mesmo efeito no cenário internacional.

E o inverso também aconteceu: embora tenha sido avassaladora na Índia e nos Estados Unidos, a variante delta não foi tão desastrosa do pontopoker ultimatevista da mortalidade nas cidades brasileiras.

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Legenda da foto, Aglomerações que aconteceram no carnaval não resultarampoker ultimateaumento significativopoker ultimatecasospoker ultimatecovid no Brasil até o momento

"A gente precisa acompanharpoker ultimateperto essa subida da BA.2, para ver como isso impacta o númeropoker ultimatecasos por aqui", conta Maciel. "As próximas duas ou três semanas serão importantes para observar como isso acontecerá na prática", complementa a epidemiologista.

Liberou geral

Embora a alta transmissibilidade da BA.2 seja a principal explicação para esse repiquepoker ultimatecasospoker ultimatemuitas partes do mundo, existe um segundo elemento que precisa ser considerado: o fimpoker ultimatequase todas as medidas restritivas que marcaram os últimos dois anos.

Em alguns países, o usopoker ultimatemáscaras deixoupoker ultimateser obrigatóriopoker ultimatelugares abertos e fechados, não há mais políticaspoker ultimatetestagempoker ultimatemassa, nem a recomendaçãopoker ultimateque pacientes infectados com o coronavírus fiquempoker ultimateisolamento.

A Áustria, inclusive, chegou a anunciar o fim da obrigatoriedade do usopoker ultimatemáscaraspoker ultimatelocais fechados, mas voltou atrás no dia 18poker ultimatemarço. O ministro da Saúde local, Johannes Rauch, classificou como "prematura" a reabertura completa do país.

De forma geral, a mudança nas políticas públicas estimulou mais encontros e aglomerações, contextos onde o vírus consegue se espalharpoker ultimateescala geométrica e criar novas cadeiaspoker ultimatetransmissão. E isso, junto com a maior taxapoker ultimatecontágio da BA.2, ajuda a explicar essa nova subidapoker ultimatecasospoker ultimatealgumas partes do mundo.

É cedo ou chegou a hora?

Como citado anteriormente, a políticapoker ultimate"covid zero", seguida à riscapoker ultimatelugares como Coreia do Sul, Vietnã, Taiwan, Austrália e Nova Zelândia, foi abandonada na maioria dos países. O único local que continua apostando nessa estratégia é a China, que recentemente chegou a decretar o confinamentopoker ultimate25 milhõespoker ultimatehabitantespoker ultimateXangai, uma das maiores cidades do país.

Crédito, Reuters

Legenda da foto, As autoridadespoker ultimateXangai instalaram barreiras divisórias na cidade para controlar os bloqueios sanitários

Mesmo entre os pesquisadores da área, soa quase como uma utopia a ideiapoker ultimateeliminar completamente a covid-19poker ultimateuma região atravéspoker ultimatemedidas como o lockdown no atual contexto.

"Do pontopoker ultimatevista da saúde pública, o fechamento total das atividades pode até fazer sentido. Mas o custopoker ultimateparar tudo também traz custos sociais e econômicos muito grandes", pondera Bittencourt.

"No início da pandemia, com o risco da doença muito alto, o fechamento era necessário, por mais caro e custoso que isso fosse", diferencia o médico. "Atualmente temos vacinas e muitas pessoas foram infectadas, então o risco é menor, logo as medidas podem ser calibradas para essa situação."

Isso não significa que o extremo oposto dessa postura — a liberação completapoker ultimatetodas as restrições — faça sentido.

Para explicar esse pontopoker ultimatevista, a médica Lucia Pellanda, professorapoker ultimateepidemiologia da Universidade Federalpoker ultimateCiências da Saúdepoker ultimatePorto Alegre, faz um paralelo entre a covid-19 e o futebol.

"Às vezes, sinto que a pandemia se assemelha a uma partida,poker ultimateque estamos ganhandopoker ultimate1 a 0 e simplesmente abandonamos o campo antespoker ultimateo juiz dar o apito final", compra.

"Quando as coisas começam a melhorar um pouco, há uma pressa para dizer que a covid não é mais um problema e podemos acabar com todas as medidas preventivas."

"E o que a experiência nos mostra é que não existe uma solução simples para dar um fimpoker ultimateverdade à pandemia. Precisamos insistir com as vacinas, as máscaras e o cuidado com as aglomerações até o final desta partida", conclui a especialista.

Já o bioinformata Marcel Ribeiro-Dantas, pesquisador na áreapoker ultimatesaúde do Instituto Curie, na França, entende que muitos países fizeram tudo o que podiam e o relaxamento das medidas era um passo natural e razoável.

"Houve um esforço grande do governo e da populaçãopoker ultimatemuitos países europeus para conter a pandemia. Os primeiros lockdowns aqui na França foram drásticos e todo mundo ficou trancadopoker ultimatecasa", lembra o pesquisador.

"Com a estafa natural após dois anospoker ultimaterestrições e a ampla disponibilidadepoker ultimatevacinas e tratamentos efetivos, parece inevitável que alguns países diminuam as restrições."

"A questão é conseguir transformar obrigações da leipoker ultimaterecomendações que as pessoas sigam no dia a dia. Quando você consegue conscientizar a população sobre a necessidade do usopoker ultimatemáscaraspoker ultimatealguns ambientes, por exemplo, isso passa a fazer partepoker ultimateuma nova cultura daquele local", completa o especialista.

Crédito, EPA

Legenda da foto, O usopoker ultimatemáscaraspoker ultimateestabelecimentos fechados não existe maispoker ultimatemuitos países europeus

Como fica o Brasil no meiopoker ultimatetudo isso?

Trazendo todo esse debate sobre a reabertura para a realidade brasileira, Bittencourt entende que, diantepoker ultimateuma situação mais estável da pandemia, "é horapoker ultimatediscutir algumas medidas e ajustar a intensidade delas".

"É claro que isso não significa abandonar completamente o usopoker ultimatemáscaras. Elas são necessárias no transporte público, mas não precisam ser usadaspoker ultimatelugares abertos."

"Mas precisamos terpoker ultimatemente também que o Brasil flexibilizou a maior parte das medidas há tempos. Shoppings, restaurantes e casas noturnas estão funcionando normalmente", completa.

Pellanda acredita que o desafio é fazer essa comunicação sobre o manejo e a prevenção da covidpoker ultimateforma adequada e contextualizada. "As pessoas precisam avaliar o risco individual epoker ultimatecada localpoker ultimateque elas estiverem", diz.

"É errado encarar as máscaras como algo ruim e limitador. Elas precisam ser incorporadaspoker ultimatealgumas situações, da mesma maneira que fizemos com o uso do cintopoker ultimatesegurança nos carros e com a proibiçãopoker ultimatefumarpoker ultimateestabelecimentos fechados", argumenta.

Maciel reforça que o momento atual exige campanhas para empoderar as pessoas sobre avaliação do riscopoker ultimatecontágio para cada contexto

"Num momentopoker ultimateque o Estado retira as políticas públicas, a população precisa ser informada sobre como se protegerpoker ultimatealgumas situações, especialmente quando pensamospoker ultimateidosos e imunossuprimidos, que têm mais riscopoker ultimatesofrer com as complicações da covid", aponta.

Entre o fim da pandemia e uma nova piora no númeropoker ultimatecasos relacionada à BA.2 e ao relaxamento das medidaspoker ultimateprevenção, o caminho mais adequado e seguropoker ultimatequalquer país do mundo continua bem parecido: acompanhar o que está acontecendo e adequar os cuidados à situaçãopoker ultimatemomento.

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