Covid: liberaçãohandicap casa de apostasvacina da Pfizer para crianças é excelente notícia e traz 'horizonte melhor para 2022', avaliam especialistas:handicap casa de apostas
"A chegadahandicap casa de apostasuma vacina contra a covid-19 para crianças brasileiras é algo a ser visto com muito otimismo, alívio e alegria", concorda a pediatra Heloisa Ihle Garcia Giamberardino, coordenadora do Centrohandicap casa de apostasImunizações do Hospital Pequeno Príncipe,handicap casa de apostasCuritiba, no Paraná.
"Se a gente analisar os dados, a doença infecciosa que mais mata na faixa etária pediátrica no nosso país atualmente é a covid-19. Ter um produto que passou por um processo rigorosohandicap casa de apostasanálise da Anvisa ehandicap casa de apostasoutras agências internacionais traz uma perspectivahandicap casa de apostasum horizonte melhor para 2022", complementa a especialista.
Ainda não há certeza, porém,handicap casa de apostasquando as crianças serão efetivamente incluídas na campanhahandicap casa de apostasvacinação contra a covid-19 no Brasil. Em anúncios recentes, o Ministério da Saúde disse que esperaria um posicionamento da Anvisa para negociar a comprahandicap casa de apostasdoses específicas para essa faixa etária.
A BBC News Brasil entrouhandicap casa de apostascontato com o Ministério da Saúde para saber se há alguma perspectiva da vacinação das crianças, mas não foram enviadas respostas até a publicação desta reportagem.
Por que vacinar as crianças contra a covid-19?
É consenso entre os especialistas que a covid-19 é mais grave e tem uma maior taxahandicap casa de apostasmortalidadehandicap casa de apostasindivíduos mais velhos ou com algumas comorbidades, como doenças cardíacas e pulmonares.
Mas isso não significa que as crianças também não sejam afetadas pelo coronavírus.
Num vídeo apresentado durante o anúncio da Anvisa na quinta-feira, a médica Rosana Richtmann, consultora da Sociedade Brasileirahandicap casa de apostasInfectologia, destacou que cercahandicap casa de apostas2,5 mil crianças e adolescentes brasileiros morreramhandicap casa de apostascovid-19 desde o início da pandemia.
Já o médico Renato Kfouri, representante da Sociedade Brasileirahandicap casa de apostasPediatria, chamou a atenção para o fatohandicap casa de apostasque, atualmente, a covid-19 mata mais do que todas as demais doenças infecciosas contempladas no calendáriohandicap casa de apostasvacinação infantil.
"Além disso, precisamos levarhandicap casa de apostasconta as complicações da infecção pelo coronavírus nessa faixa etária, como o riscohandicap casa de apostassíndrome inflamatória multissistêmica, a covid longa, a hospitalização e toda a carga relacionada com essa doença", disse o pediatra.
"E esse impacto todo não é algo que a gente pode negligenciar ou minimizar", emenda Ballalai.
O gerente-geralhandicap casa de apostasMedicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes, explicou que a liberação da vacina da Pfizer para criançashandicap casa de apostas5 a 11 anos teve como base dois estudos principais feitos pela farmacêutica.
A primeira pesquisa tinha como objetivo verificar a segurança e a tolerância ao produtohandicap casa de apostastrês diferentes dosagens: 10, 20 e 30 microgramas.
Os resultados mostraram que a dosehandicap casa de apostas10 microgramas é a mais adequada para essa faixa etária e induz uma boa resposta imune, com uma produção robustahandicap casa de apostasanticorpos neutralizantes contra a covid.
No segundo estudo, 2.268 crianças foram divididashandicap casa de apostasdois grupos. Dois terços delas tomaram duas doses da vacina com um intervalohandicap casa de apostas21 dias entre as aplicações. O restante recebeu placebo, uma substância sem nenhum efeito no organismo.
"Na comparação entre os dois grupos, o perfilhandicap casa de apostassegurança é muito positivo e não houve diferenças importantes entre quem recebeu vacina ou placebo. Não foram observados relatoshandicap casa de apostaseventos adversos sérios,handicap casa de apostasmaior preocupação", informa Mendes.
"Sobre a eficácia, a gente consegue perceber facilmente nos gráficos do estudo que o grupo que tomou placebo apresentou uma incidência maiorhandicap casa de apostascasoshandicap casa de apostascovid-19handicap casa de apostascomparação com quem recebeu a vacina", resume o representante da Anvisa.
A Pfizer calcula que a eficáciahandicap casa de apostassua vacina nessa faixa etária éhandicap casa de apostas90,7%.
O que muda na vacina da Pfizer para as crianças?
O produto que será aplicado para quem tem entre 5 a 11 anos é bem diferente da versão para adolescentes e adultos.
As crianças receberão uma dosagemhandicap casa de apostas10 microgramas. Para quem tem 12 anos ou mais, a dose éhandicap casa de apostas30 microgramas.
Há também diferenças importantes no volumehandicap casa de apostaslíquido injetado, na concentraçãohandicap casa de apostasmRNA (o componente da vacina que estimula a resposta do sistema imunológico), na quantidadehandicap casa de apostasdoses por frascohandicap casa de apostasvacina e no tempohandicap casa de apostasarmazenamento dos imunizantes.
"E isso tudo também representa uma boa notícia, pois nós conseguimos proteger bem as crianças com uma dose menorhandicap casa de apostasvacina", observa Ballalai.
"Na prática, isso significa um maior rendimentohandicap casa de apostasdoses aplicadas na população, num momentohandicap casa de apostasque precisamos proteger mais e mais pessoas mundo afora", completa.
Para evitar qualquer tipohandicap casa de apostasconfusão na horahandicap casa de apostasaplicar as doses nos postoshandicap casa de apostassaúde, a Pfizer e a Anvisa concordaramhandicap casa de apostasusar um sistemahandicap casa de apostascores para facilitar a diferenciação das duas versões (para crianças ou para adolescentes e adultos).
A vacina para maioreshandicap casa de apostas12 anos vem num frasco roxo, enquanto o imunizante para criançashandicap casa de apostas5 a 11 anos terá a cor laranja.
Giamberardino, do Hospital Pequeno Príncipe, entende que será muito importante o trabalhohandicap casa de apostastreinamento e comunicação com os profissionaishandicap casa de apostassaúde que fazem a vacinação e também com os pais que levarão os filhos para tomar as doses.
"Ter um frasco diferente,handicap casa de apostasoutra cor, é uma ótima estratégia e ajuda a fazer essa conferência na hora da aplicação do produto", elogia.
Há riscohandicap casa de apostasefeitos adversos?
A gerente-geralhandicap casa de apostasMonitoramento da Anvisa, Suzie Marie Gomes, destacou que o produto da Pfizer já está liberado para criançashandicap casa de apostasvárias partes do mundo, como Estados Unidos e União Europeia.
De acordo com a Pfizer, a autorizaçãohandicap casa de apostasuso da vacinahandicap casa de apostascrianças também já ocorreuhandicap casa de apostasCosta Rica, Colômbia, República Dominicana, Equador, El Salvador, Honduras, Panamá, Peru e Uruguai.
Até o momento, foram observados cercahandicap casa de apostas2,9 mil eventos adversos no público infantil, sendo que 95% deles não foram graves.
"Cercahandicap casa de apostas60% das notificaçõeshandicap casa de apostaseventos adversos estão relacionados a complicações e erros na hora da aplicação da vacina, que podem ser prevenidos, e os 40% restantes têm a ver com dor no local da injeção", detalha.
Um dos pontos que causa um certo receio no uso da vacina da Pfizerhandicap casa de apostascrianças é a probabilidadehandicap casa de apostasdesenvolver uma miocardite ou uma pericardite, um tipohandicap casa de apostasinflamação que afeta o coração.
Embora esse efeito colateral esteja documentadohandicap casa de apostasadolescentes, os técnicos da Anvisa e as sociedades médicas que participaram da decisãohandicap casa de apostasliberar as doses no Brasil consideram que os benefícioshandicap casa de apostasvacinar as crianças contra a covid superam,handicap casa de apostaslonge, os riscoshandicap casa de apostaseventos adversos.
Durante o anúncio da quinta-feira, os convidados lembraram que os Estados Unidos já vacinaram cercahandicap casa de apostas5 milhõeshandicap casa de apostascriançashandicap casa de apostas5 a 11 anos contra a covid-19 e não foram observados casoshandicap casa de apostasinflamação cardíaca por lá até agora nessa faixa etária
E, mesmo entre adolescentes, a frequênciahandicap casa de apostasmiocardites e pericardites entre os imunizados é bem baixa: o problema afeta ao redorhandicap casa de apostas0,007% dos imunizados, segundo dados do Centrohandicap casa de apostasControle e Prevençãohandicap casa de apostasDoenças (CDC) dos EUA.
Aindahandicap casa de apostasacordo com a entidade, todos os pacientes costumam se recuperar bem desse efeito colateral após algum tempo.
"A população brasileira precisa estar preparada, porque nos próximos dias serão divulgadas muitas informações falsas e dados mentirosos ou enviesados sobre a vacinação das crianças contra a covid-19", alerta Ballalai.
"Não temos motivos para ficar preocupados com esses efeitos colaterais. A liberação desse imunizante foi feita com responsabilidade e respeitando dados técnicos e científicos", defende a médica.
Giamberardino reforça que a vacinação é uma estratégia coletiva e é importante a participaçãohandicap casa de apostastoda a sociedade na campanha.
"O que mais vemos hoje no hospital são casoshandicap casa de apostascrianças internadas com covid-19 cujos pais decidiram não se vacinar", relata.
"Tomar a vacina não é uma decisão pessoal, mas, sim,handicap casa de apostasentender que fazemos partehandicap casa de apostasuma sociedade e, juntos, precisamos nos proteger", complementa.
A Anvisa também afirmou que continuará atenta e fará a vigilância sobre possíveis eventos adversos quando a vacinação do público infantil começar no país.
"A nossa autorização se baseia nos dados que temos disponíveis até o momento e faremos todo o monitoramento pós-aprovação", esclareceu Gomes.
"Sabemos que os benefícios superam os riscos e temos os canaishandicap casa de apostasnotificação adequados para os casoshandicap casa de apostaseventos adversos", complementa a representante da agência.
Quando vai começar a vacinação das crianças?
A aprovação da Anvisa é o primeiro passo para que a vacina seja usadahandicap casa de apostascrianças brasileiras.
Porém, para a campanhahandicap casa de apostasimunização começar pra valer nesta faixa etária, é preciso que o Ministério da Saúde compre as doses e faça o planejamentohandicap casa de apostasaplicação pelos próximos meses.
Até o fechamento desta reportagem, o Governo Federal não havia se pronunciado sobre a decisão da Anvisa ou as perspectivas do calendáriohandicap casa de apostasvacinação contra a covid-19 para quem tem entre 5 e 11 anos.
"Incluir as crianças no Plano Nacionalhandicap casa de apostasImunização contra a Covid-19 é uma pauta do comitê técnico que assessora o Ministério da Saúde nessas questões há bastante tempo", diz Ballalai, que faz parte desse grupohandicap casa de apostasorientação sobre as políticas públicashandicap casa de apostasvacinação.
"Há toda uma questãohandicap casa de apostasnegociação entre o governo e a farmacêutica que não nos envolve, mas tudo indica que essa faixa etária será contemplada na campanha, possivelmente a partir do começohandicap casa de apostas2022", projeta a médica.
Em comunicados enviados à imprensa, a Pfizer disse que pode fazer ajustes no terceiro contrato assinado com o governo brasileiro no dia 29handicap casa de apostasnovembro, que prevê a entregahandicap casa de apostas100 milhõeshandicap casa de apostasdoses dahandicap casa de apostasvacina para 2022.
Segundo a farmacêutica, há a "possibilidadehandicap casa de apostas[entregar] versões modificadas do imunizante para variantes, que poderão ser eventualmente desenvolvidas caso necessário, e versões para diferentes faixas etárias, conforme solicitação por parte do Ministério da Saúde".
Além da vacina da Pfizer, a Anvisa também recebeu na quarta-feira (15/12) um pedidohandicap casa de apostasliberação do uso da CoronaVac (Instituto Butantan/Sinovac) para indivíduoshandicap casa de apostas3 a 17 anos.
A agência deve dar uma resposta a essa outra solicitação nos próximos 30 dias.
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