PSDB faz préviassuper joker slotmeio a tentativasuper joker slotrecuperar relevância para 2022:super joker slot

A partirsuper joker slotentão, perdeu quatro disputas nacionais seguidas para o PT: 2002, 2006, 2010 e 2014. Apesar disso, mantevesuper joker slotdominânciasuper joker slotestados considerados poderosos como São Paulo e Minas Gerais e se consolidou, neste período, como a principal forçasuper joker slotoposição aos governos petistas.

Após o impeachmentsuper joker slotDilma Rousseff (PT)super joker slot2016, o PSDB se aliou ao então presidente Michel Temer (MDB) e passou a integrar diversos ministérios. Em 2018, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) preso como resultado da Operação Lava Jato, a expectativa erasuper joker slotque o partido pudesse voltar ao poder.

No entanto, seu candidato na época, o ex-governadorsuper joker slotSão Paulo Geraldo Alckmin, ficousuper joker slotquarto lugar com apenas 4,76% dos votos. Além disso, o partido viusuper joker slotparticipação na Câmara dos Deputados despencar. Em 2014, o PSDB elegeu 54 deputados e era a terceira maior bancada da Casa.

Quatro anos depois, o partido elegeu apenas 29, ficandosuper joker slotem nono lugar. E enquanto tudo isso acontecia, o PT, até então principal adversário dos tucanos, também perdeu deputados, mas conseguiu se manter como a maior bancada na Câmara e ainda levou seu candidato, Fernando Haddad, ao segundo turno das eleiçõessuper joker slot2018.

Nesse cenário descendente, o governadorsuper joker slotSão Paulo, João Doria, passou a tentar emplacar o seu nome como candidato à Presidênciasuper joker slot2022, mas encontrou resistênciasuper joker slotdiferentes grupos na legenda.

Três nomes disputam a chancesuper joker slotrepresentar o partido nas eleições presidenciaissuper joker slot2022: Doria; o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite; e o ex-prefeitosuper joker slotManaus e ex-senador pelo Amazonas Arthur Virgílio.

A disputa está polarizadasuper joker slottornosuper joker slotDoria e Leite. As eleições acontecerãosuper joker slottodo o Brasil por meiosuper joker slotvotos eletrônicos e poderão participar todos os filiados ao partido até o dia 31super joker slotmaio deste ano.

A expectativa ésuper joker slotque o resultado seja divulgado no domingo (21/11). Se nenhum dos três candidatos atingir a maioria absoluta dos votos, haverá segundo turno, previsto para o dia 28super joker slotnovembro.

O desafio do vencedorsuper joker slot2022 será grande uma vez que os dois principais candidatos do partido, Doria e Leite, não aparecem entre os primeiros colocados nas pesquisassuper joker slotintençãosuper joker slotvoto realizadas até o momento e que colocam o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o atual presidente Jair Bolsonaro nas duas primeiras posições.

Nesse contexto, uma das perguntas a serem respondidas é: a realização das prévias pode ajudar o PSDB a recuperar a relevância que teve no passado?

Perdasuper joker slotrelevância

Para o professorsuper joker slotciência política na Fundação Getúlio Vargas (FGV) Cláudio Couto, a resposta é: não. Ele afirma que antessuper joker slotavaliar os impactos das prévias, é preciso entender o que levou o partido a perder o prestígio e o protagonismo que teve durante quase 20 anos.

Segundo ele, isso se deve a dois fatores: a perda consecutivasuper joker sloteleições presidenciais e a diluição dasuper joker slotidentidade.

"Não acho que as prévias,super joker slotsi, podem fazer o partido recuperar asuper joker slotrelevância. O PSDB perdeu protagonismo porque perdeu muitas eleições seguidas e isso tem um impacto direto no partido. Além disso, especialmente depoissuper joker slot2014, o PSDB tevesuper joker slotidentidade diluída. Desdesuper joker slotfundação, ele se propunha a ser uma legenda progressista, mas isso se perdeu quando o partido deu uma guinada para o centro-direita e está indo cada vez mais à direita", afirmou.

O cientista político Fernando Bizzarro faz doutorado na Universidadesuper joker slotHarvard e estuda partidos há quase 10 anos. Ele diz que as prévias têm um ponto positivo que é osuper joker slotproduzir atençãosuper joker slotdireção ao PSDB.

"Se não fosse pelas prévias, não estaríamos falando do PSDB agora. E isso é bom. Traz mídia e coloca o partidosuper joker slotevidência", explica.

Bizzarro aponta dois outros fatores para explicar a perdasuper joker slotprotagonismo do PSDB. Um deles foi a mudançasuper joker slotprioridade do eleitorado a partirsuper joker slot2014.

"Até 2014, a principal preocupação do eleitorado era a economia. Depois, passou a ser a corrupção. No campo da economia, o PSDB ia bem, tinha repertório. Mas no campo do combate à corrupção, isso mudou, especialmente quando algumas figuras do partido como Aécio Neves passaram a ser alvos da Lava Jato", afirmou.

"O PSDB não tinha a mesma capacidadesuper joker slotincorporar essa pauta como outros partidos ou nomes como Jair Bolsonaro. O PSDB acabou perdendo o bonde da história", afirma.

O outro fator apontado por ele é a incapacidadesuper joker sloto partido criar uma base sólida e militantesuper joker slottorno dele. Dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que, entre 2011 e 2021, o númerosuper joker slotfiliados do PSDB caiu 1,6%, saindosuper joker slot1,370 milhão para 1,354 milhão. No mesmo período, o totalsuper joker slotfiliados ao PT aumentou 5,4%, saindosuper joker slot1,524 milhão para 1,607 milhão.

"No períodosuper joker slotque esteve no poder, o PSDB não foi capazsuper joker slottransformar seus eleitoressuper joker slotpartidários. O antipetismo nunca foi uma posiçãosuper joker slotadesão ao PSDB e isso se tornou uma fraqueza quando o ambiente mudou e outros atores passaram a ocupar o espaço deixado pelo partido", explica.

À BBC News Brasil, o presidente do PSDB, Bruno Araújo, admite que o partido perdeu protagonismo e disse que as prévias são uma tentativasuper joker slotrecuperar essa liderança.

"O PSDB teve, sim, enorme protagonismo nas últimas décadas. Em 2018, tivemos um tropeço, mas já estamos nos recuperando. As prévias são, sim, um movimento para devolver um certo protagonismo ao partido. Agora, ganhar ou vencer a eleição será o resultadosuper joker slotuma sériesuper joker slotvariáveis esuper joker slottrabalho a ser feito", disse.

Riscos das prévias

Cláudio Couto aponta que, ao contrário do que sustenta Bruno Araújo, o PSDB pode sair das prévias mais fraco do que entrou. Isso aconteceria, segundo ele, porque o processosuper joker slotescolha interna suscita disputas entre grupos que poderiam levar o partido ao "esfacelamento".

"O problema que eu vejo é a possibilidadesuper joker slotesfacelamento do partido. Em vezsuper joker slotresolver o problema da indicaçãosuper joker slotum candidato, você acaba criando um pontosuper joker slotatrito incontornável. Pelo andar da carruagem é pouco provável que o partido se una inteirosuper joker slottorno do nome que vencer", afirmou Couto.

Atualmente, os dois principais candidatos das prévias tucanas são João Doria e Eduardo Leite. Apesarsuper joker slotse tratarem com cordialidade sob os holofotes, os dois disputam acirradamente a indicação.

Em outubro, um gruposuper joker slotapoiadoressuper joker slotLeite acusou Doriasuper joker slotter fraudado os registrossuper joker slotfiliações no diretório do partidosuper joker slotSão Paulo para ampliar a base eleitoral do governadorsuper joker slotSão Paulo. Doria negou as alegações.

"Duvido que se Doria for o vencedor, o partido vai se unir como fazem os partidos Democrata ou Republicano nos Estados Unidos. No Brasil, essa disputa interna deixa marcas, fere sensibilidades e acaba produzindo um estrago muito grande", afirmou o cientista político.

"O risco é o PSDB sair mais fraco do que se tivesse conseguido manter um mínimosuper joker slotunanimidade. E isso pode acontecer especialmente agora que aumenta a competição na chamada terceira via com a possível candidatura do ex-juiz Sergio Moro", afirmou Coutosuper joker slotreferência à filiaçãosuper joker slotMoro ao Podemos.

Fernando Bizzarro discorda da possibilidadesuper joker slotque o partido possa sair das prévias pior do que entrou.

"Se o PSDB sair pior, então é melhor fechar o partido. Dada a posição do partido, não tem como isso acontecer. Acho que vai sair ou na mesma posição ousuper joker slotposição relativamente melhor", afirmou.

O cientista político ressaltou que além do acirramento das tensões internas citado por Cláudio Couto, as prévias geram um risco externo ao expor as fraquezas do partido ao público exterior.

"As prévias expõem à sociedade as divisões internas do partido e cria a possibilidadesuper joker slotque candidatos adversários explorem isso ao longo das eleições. Acaba gerando um fogo amigo que pode ser usado mais adiante", explicou.

Bruno Araújo admite que o processosuper joker slotescolha interna pode causar "rusgas", mas ele diz acreditar que essas "feridas" precisam da liderança do vencedor para serem curadas.

"Eu não convoquei uma confraria. Convocamos uma eleição e eleições deixam rusgas. Essas rugas deixam feridas abertas no tempo e precisam da liderança do vencedor pra serem curadas. Depois do resultado, há meses até agosto do ano que vem para as costuras e as feridas serem cicatrizadas", afirmou.

Mudança no vento

Apesar dos riscos da realizaçãosuper joker slotpréviassuper joker slottemperatura alta, Fernando Bizzarro diz que o partido pode se aproveitarsuper joker slotuma mudançasuper joker slotprioridades do eleitoradosuper joker slot2022.

Ele explica que com a possível piora do ambiente econômico e recrudescimento da inflação e do desemprego, a economia pode voltar a ser a principal preocupação do eleitorado nas próximas eleições. Se isso acontecer, o PSDB pode voltar a ser relevante no debate político do ano que vem, diz Bizzarro.

"Se o foco sair da corrupção para a situação econômica, aí o PSDB voltará a navegarsuper joker slotum terreno no qual se sente confortável. Isso pode representar uma oportunidade para o partido retomar algum protagonismo nas próximas eleições", afirmou.

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