CPI da Covid: O que esperar dos depoimentosbetgol777 bet golMandetta, Teich e Pazuello:betgol777 bet gol

Mandetta, Teich e Pazuello

Crédito, Agência Brasil

Legenda da foto, Os ex-ministros da Saúde Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello serão os primeiros a depor à CPI

Além da convocação das primeiras testemunhas, na semana passada a CPI aprovou centenasbetgol777 bet golrequerimentosbetgol777 bet golcompartilhamentobetgol777 bet golinformação, requisitando dados sobre a pandemia ao governo federal e a outras instituições, como Polícia Federal, Ministério Público, Tribunalbetgol777 bet golContas da União (TCU) e governos estaduais.

Entenda a seguir o que esperarbetgol777 bet golcada diabetgol777 bet goldepoimentos nesta semana.

Terça-feira: Henrique Mandetta e Nelson Teich

Ministro da Saúde desde o início do governo Bolsonaro, Mandetta não durou nem dois meses no cargo após a confirmação do primeiro casobetgol777 bet golcovid-19 no Brasil. Seu sucessor, Nelson Teich, teve vida ainda mais curta na pasta: apenas 29 dias.

A saídabetgol777 bet golambos é atribuída à resistênciabetgol777 bet golBolsonarobetgol777 bet golaceitar as recomendações científicas para o enfrentamento da pandemia, como adoçãobetgol777 bet golmedidasbetgol777 bet golisolamento social. Em vez disso, o presidente contrariava seus ministros ao incentivar aglomerações, não usar máscara e criticar as decisõesbetgol777 bet golgovernadores e prefeitosbetgol777 bet golsuspender atividades econômicas e funcionamentobetgol777 bet golescolas.

Tambémbetgol777 bet goldesacordo com a ciência, o presidente queria que a pasta da Saúde incentivasse o usobetgol777 bet golmedicamentos sem eficácia comprovada contra covid-19, como a cloroquina. Mandeta e Teich, porém, se recusaram a adotar um novo protocolo no ministério recomendando a substância para "tratamento precoce" da doença.

A expectativa é que senadores independentes ebetgol777 bet goloposição ao governo, que somam sete dos onze integrantes da CPI, tentem esclarecer nos depoimentos se essas condutasbetgol777 bet golBolsonaro contribuíram para a aceleração do contágio e do númerobetgol777 bet golmortes causadas pelo coronavírus no Brasil, que já superam 400 mil.

Protesto pelas 400 mil mortes da pandemia na praiabetgol777 bet golCopacabana

Crédito, EPA/Antonio Lacerda

Legenda da foto, Protesto pelas 400 mil mortes da pandemia na praiabetgol777 bet golCopacabana; CPI quer identificar responsáveis por escaladabetgol777 bet golóbitos

Os dois ex-ministros adotaram postura crítica a Bolsonaro após deixar o governo, o que indica que não devem poupar o presidente ao responder aos questionamentos.

Em entrevista ao canal CNN Brasilbetgol777 bet goldezembro, por exemplo, Teich criticou a demora do governo federal na comprabetgol777 bet golvacinas. "O presidente já deixou muito clara a posição dele. Ele não quer ser uma liderança na vacinação da covid-19 no Brasil. Não adianta reclamarmos", destacou.

Mandetta, porbetgol777 bet golvez, lançou no ano passado um livrobetgol777 bet golque acusa o presidentebetgol777 bet golfechar os olhos para a gravidade da crise. Na publicação, o ex-ministro afirma que no início da crise sanitária tentou alertar Bolsonaro sobre o elevado númerobetgol777 bet golmortes que o Brasil registraria caso não adotasse medidasbetgol777 bet golisolamento social. Na ocasião,betgol777 bet golestimativa erabetgol777 bet gol180 mil óbitos, patamar que foi alcançadobetgol777 bet goldezembro.

Apesar disso, segundo Mandetta, a reaçãobetgol777 bet golBolsonaro foi questionar se o então ministro elogiaria as medidasbetgol777 bet golisolamento do Estadobetgol777 bet golSão Paulo. "Ele nunca aceitou sentar comigo para ver a realidade que o seu governo estava para enfrentar", resume no livro.

Pré-candidato a presidente da República pelo DEM, Mandetta deve enfrentar perguntas incomodasbetgol777 bet golsenadores governistas, que estão preocupados com o uso da CPI como palanque político pelo ex-ministro.

"Na época do Mandetta, não se fez nada. Ele passava o dia inteiro dando entrevista,betgol777 bet golvezbetgol777 bet golcuidar da logística,betgol777 bet golvezbetgol777 bet golfazer os enfrentamentos", criticou o senador Ciro Nogueira (PP-PI),betgol777 bet golentrevista à BBC News Brasil.

"Eu digo pelo meu Estado (Piauí), tudo só aconteceu depois que ele saiu:betgol777 bet gollevar leitosbetgol777 bet golUTI, levar assistência. Então, são situações que a gente tem que esclarecer agora na CPI, mas sem nenhum prejulgamento", acrescentou o senador que é um dos principais aliadosbetgol777 bet golBolsonaro na comissão.

Quarta-feira: Eduardo Pazuello

Após as quedasbetgol777 bet golMandetta e Teich, Bolsonaro desistiu naquele momentobetgol777 bet golter um médico na chefia do Ministério da Saúde e deu a pasta para o general Eduardo Pazuello, que se alinhou plenamente às orientações do presidente no enfrentamento da pandemia. Ele comandou o ministério por dez meses, entre maiobetgol777 bet gol2020 e março deste ano.

Por ser o mais longevo ministro durante a pandemia, recai sobre Pazuello as acusaçõesbetgol777 bet golmaior responsabilidade sobre a escaladabetgol777 bet golmortes no país.

Bolsonaro e Pazuello

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Quando era ministro, Pazuello disse que seguia as ordensbetgol777 bet golBolsonaro

O vice-presidente da CPI, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), elencabetgol777 bet golseu requerimento para ouvir Pazuello o que vê como uma listabetgol777 bet golproblemas que devem ser abordados na CPI: "Falhas na estratégiabetgol777 bet golcomunicação; nas açõesbetgol777 bet golvigilância e mapeamento da pandemia; promoçãobetgol777 bet goltratamentos ineficazes; má gestão das necessidadesbetgol777 bet golleitosbetgol777 bet golUTIs no país; falhas no planejamentobetgol777 bet golfornecimentobetgol777 bet golinsumos básicos como oxigênio, medicamentos, EPIs (equipamentosbetgol777 bet golproteção individual), testes, respiradores; atraso e omissão para a comprabetgol777 bet golvacinas".

Preocupado com o bombardeio previsto contra Pazuello, o governo elaborou uma listabetgol777 bet gol23 possíveis acusações a serem enfrentadas na CPI, e solicitou aos ministérios que preparem repostas a essas questões.

O documento, elaborado pela Casa Civil e revelado pelo portal UOL, inclui acusações como: o governo federal recusou 70 milhõesbetgol777 bet goldoses da vacina da Pfizer; o governo foi negligente com processobetgol777 bet golaquisição e desacreditou a eficácia da Coronavac (vacina do Instituto Butantanbetgol777 bet golparceria com a China); o governo minimizou a gravidade da pandemia; o governo promoveu tratamento precoce sem evidências científicas comprovadas; e o governo entregou a gestão do Ministério da Saúde, durante a crise, a gestores não especializados (militarização do MS).

Alémbetgol777 bet golpreparar material para municiar as respostasbetgol777 bet golPazuello, a Casa Civil também está treinando o general para depor na CPI, segundo reportagem do jornal O Globo.

O ex-ministro tem sido alvo até mesmobetgol777 bet gol"fogo amigo". Em recente entrevista à revista Veja, Fábio Wajngarten, ex-secretáriobetgol777 bet golComunicação do governo Bolsonaro, atribuiu à "incompetência e ineficiência" da gestão Pazuello o fracasso na aquisiçãobetgol777 bet gol70 milhõesbetgol777 bet golvacinas da Pfizer.

A CPI deve aprovar nesta terça a convocação para Wajngarten depôr na próxima semana.

Renan Calheiros discute com senador Ciro Nogueira

Crédito, AGÊNCIA SENADO

Legenda da foto, Renan Calheiros discute com senador Ciro Nogueira durante sessão da CPI da Covid

Quinta-feira: Marcelo Queiroga e Antonio Barra Torres

O atual ministro da Saúde, o cardiologista Marcelo Queiroga, assumiu a pastabetgol777 bet golmeadosbetgol777 bet golmarço, quando o Brasil vivia uma escaladabetgol777 bet golrecordes nas mortes diárias pela covid-19.

Segundo requerimentobetgol777 bet golconvocação apresentado pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), ele deverá responder questões sobre "isolamento social, vacinação, postura do Governo, empregobetgol777 bet golmedicamentos sem eficácia comprovada, propagando oficial, omissãobetgol777 bet goldados, entre outros temas".

Já o senador Antonio Coronel (PSD-BA) diz que "é importante questionar o atual ministro sobre os próximos passos para a vacinação contra a covid no Brasil e a organização do Plano Nacionalbetgol777 bet golImunização para tal finalidade".

O tema vacinação também é focobetgol777 bet golpedidobetgol777 bet golconvocação do presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres.

Ele deve ser questionado sobre o processobetgol777 bet golaprovação da vacina Coronavac, cujos testes da fase 3 chegaram a ser interrompidos por decisão da Anvisa, o que gerou suspeitasbetgol777 bet golinterferência política por parte do governo Bolsonaro.

Nas últimas semanas, a agência voltou a ser alvobetgol777 bet golcontrovérsia ao não autorizar a importação da vacina russa, Sputnik V. Defensores da Anvisa dizem que as decisões tomadas durante a pandemia foram pautadasbetgol777 bet golanálises técnicas.

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