'EUA não se meteriam se houvesse tentativanovibet verificationgolpe no Brasil hoje', diz brasilianista:novibet verification

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Legenda da foto, Governonovibet verificationJoe Biden (foto) não teria pretensãonovibet verificationinterferir no país, enxerga especialista

Diantenovibet verificationum hipotético cenárionovibet verificationgolpe, o estudioso também é categóriconovibet verificationdizer que os EUA tomariam posição muito diferente daquela que adotaramnovibet verification1964. Em meio à guerra fria, o governo do democrata Lyndon Johnson apoiou a empreitada dos militares para por um fim à democracia no país.

A justificativa era que a medida afastaria o risconovibet verificationuma ameaça comunista atingir o maior país da América do Sul. Agora, diz Hakim, a atenção dos EUAnovibet verificationrelação à América Latina é muito menor do que era na época. Prova disso é o que ele considera como relativa inação dos americanos diante dos acontecimentos dos últimos anos na Venezuela e dos últimos meses no Haiti.

Crédito, AFP/Getty Images

Legenda da foto, Brasil completa 57 anos do golpe militar

"Eu não acredito que os EUA se envolveriamnovibet verificationqualquer maneiranovibet verificationuma tentativanovibet verificationgolpe no Brasil hoje. Nem para apoiá-la, nem para freá-la. A verdade é que hoje os americanos não têm tanto interesse na região quanto já tiveram antes", diz o estudioso.

Leia a seguir os principais trechos da entrevista.

novibet verification BBC News Brasil - Havia uma expectativa no Brasilnovibet verificationque veríamos uma reforma ministerialnovibet verificationbreve, mas as mudanças no Ministério da Defesa e no comando das três forças militares foram uma surpresa. Como o senhor avalia esse movimento do presidente Bolsonaro?

novibet verification Peter Hakim - O Brasil parece estar à beira do caos, e essa mudança toda é só um dos eventos que indicam isso. A gravidade da pandemia no país, que o presidente Bolsonaro parece querer continuar ignorando, o acumuladonovibet verificationseis ou sete anosnovibet verificationqueda econômica, o retornonovibet verificationLula à cena política como um forte candidato à esquerda. Então o Brasil está tão fragilizadonovibet verificationtantas frentes que a saída do ministro da Defesa não chegou a ser tão surpreendente necessariamente.

Muito diferente, no entanto, foi a demissão dos três comandantes das Forças Armadas. Isso não é usual e mostra que eles estão bastante descontentes com o modo como Bolsonaro vem conduzindo as coisas, com as atitudes delenovibet verificationchamar as Forças Armadasnovibet verification"meu exército", como tem feito.

novibet verification BBC News Brasil - O Brasil passou por um golpe militarnovibet verification1964 que levou a uma ditaduranovibet verificationduas décadas no país. O senhor vê o risconovibet verificationuma quebra da ordem institucional agora?

novibet verification Hakim - Eu não vejo um risco ou a possibilidadenovibet verificationos militares tomarem o poder para exercê-lo por meses ou anos, como fizeram nos anos 1960. Nós não estamos mais nos anos 1960, afinal. O que pode acontecer é que os militares excedam um pouco seu papel institucional ao exercer algum tiponovibet verificationpressão no processo político. Algo parecido com o que fizeram recentemente na Bolívia, quando chamaram Evo Morales a renunciar e acabaram conseguindo forçar a saída do presidente. No Brasil, talvez eles pudessem pressionar o Congressonovibet verificationrelação a um processonovibet verificationimpeachmentnovibet verificationBolsonaro. Para mim, o Exército tem mantido algum graunovibet verificationautonomianovibet verificationrelação ao presidente, ele não o controla.

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Bolsonaro demitiu o ministro da Defesa porque Azevedo teria se recusado a apoiar a decretaçãonovibet verificationestadonovibet verificationdefesa

novibet verification BBC News Brasil - Há exatos 57 anos, vivíamos o golpe. O fim da democracia brasileira contou com apoio do governo dos EUA na época. Como os americanos lidariam com uma situaçãonovibet verificationum golpe no Brasil hoje?

novibet verification Hakim - Eu não acredito que os EUA se envolveriamnovibet verificationqualquer maneiranovibet verificationuma tentativanovibet verificationgolpe no Brasil hoje. Nem para apoiá-la, nem para freá-la. A verdade é que hoje os americanos não têm tanto interesse na região quanto já tiveram antes. Se você observar, as ações do governo Biden até agora se concentramnovibet verificationquestões migratórias enovibet verificationatuar junto ao México e à América Centralnovibet verificationrelação ao assunto. A crise na Venezuela interessanovibet verificationalguma medida. E o resto é a tentativanovibet verificationreduzir a influência da China na região, mas não exatamente interesses diretos e particulares na área.

Temos testemunhado o que vem acontecendo na Venezuela há anos. O país estánovibet verificationfrangalhos, há uma ditadura instalada, uma crise econômica e humanitária profunda e o que os americanos fizeram? Som e fúria só. Disseram "todas as opções estão na mesa", mas não usaram quase nenhuma delas. Houve algumas sanções e é isso.

No caso do Brasil, se algo parecido acontecesse, duvido que os americanos iriam inclusive tão longe quanto foram com Nicolás Maduro. Não haveria sanções, nada disso. Observariam, poderiam fazer declarações, mas nada além. Veja o Haiti agora. Temos ali um presidente governando por decretos, uma situaçãonovibet verificationviolência crescente, os americanos teriam condiçõesnovibet verificationfazer qualquer coisa ali, e o que fizeram? Nada.

novibet verification BBC News Brasil - O Brasil enfrenta crises simultâneas: o maior númeronovibet verificationmortes diárias por covid-19 no mundo, a economianovibet verificationdesarranjo, a tensão nos círculos militares. Como o senhor vê o país dentronovibet verificationalguns meses?

novibet verification Hakim - Eu diria que o nívelnovibet verificationvolatilidade que estamos vendo no país nos últimos meses talvez só seja comparável com os anos 1960. O (cientista político) Bolívar Lamounier costumava dizer uma coisa que parece ainda mais verdadeiro nos dias atuais: ao contrário do que acontece com outros países, no Brasil você prevê o futuro distante, mas não tem ideia do que vai acontecer amanhã.

Bolsonaro estánovibet verificationum momento crucial,novibet verificationque parece sentir que pode perder tudo. Sua escolha é entre se conformar à estrutura política tradicionalnovibet verificationpoder, a necessidadenovibet verificationexpandir mais uma vez gastos com auxílio emergencial, que no ano passado garantiram tanto a retirada da pobrezanovibet verificationparte da população quanto a saúde dos seus índicesnovibet verificationpopularidade, e o que fazer com as promessasnovibet verificationliberalismo e reforma representadas pelo (ministro da Economia) Paulo Guedes.

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