'Pacientes são intubados na emergência e morrem lá mesmo': o colapso da saúdecupom aposta ganha grátisPorto Alegre, onde hospital aluga contêiner para acomodar mortos:cupom aposta ganha grátis

Em entrevista a uma emissoracupom aposta ganha grátistelevisão, o superintendente médico do Moinhoscupom aposta ganha grátisVento, Luiz Antônio Nasi, classificou o cenário como "um campocupom aposta ganha grátisguerra". Como resultado, cansaço, faltacupom aposta ganha grátisperspectivas positivas e sofrimento emocional são sentimentos comuns entre médicos, anestesistas e enfermeiros da instituição.

"Tem hora que a gente desmorona. Se antes, mesmo com o hospital lotado, a gente conseguia dar um atendimento padrão, agora não conseguimos mais. Nunca imaginei chegarmos nessa situação", diz uma enfermeira do Moinhoscupom aposta ganha grátisVento que atua na linhacupom aposta ganha grátisfrente do combate à covid-19.

A profissional falou à BBC News Brasil sob anonimato, pois não tinha autorização do hospital para dar entrevista.

De fato, os dados da instituição são alarmantes. Na terça-feira (2/3), quando o Brasil registrou o número recordecupom aposta ganha grátis1.726 óbitos por covid-19, o Moinhoscupom aposta ganha grátisVento atingiu 119,7%cupom aposta ganha grátisocupação dos leitoscupom aposta ganha grátisterapia intensiva — sendo que 35% dos internados tinham menoscupom aposta ganha grátis60 anos. Isso denota uma possível mudança no perfil dos pacientes, que agora são mais jovens, muitos sem comorbidades.

Na tarde desta quarta, o percentual chegou a 130%.

No dia anterior, o Moinhoscupom aposta ganha grátisVento havia ultrapassado a capacidade máxima do morgue, como é chamado o necrotério hospitalar. A capacidade do morgue écupom aposta ganha grátistrês corpos. Mas não se engane quem acha o necrotério pequeno. Afinal, ninguém vai ao hospital para morrer. O espaço é projetadocupom aposta ganha grátisacordo com "normas, condiçõescupom aposta ganha grátisnormalidade e porte" da instituição,cupom aposta ganha grátisacordo com um comunicado do Moinhoscupom aposta ganha grátisVento.

O problema é que, com o necrotério do hospital cheio (não sócupom aposta ganha grátispacientes com covid), os profissionaiscupom aposta ganha grátissaúde precisam manter as vítimas no leito até que consigam liberá-lo higienizado para quem está esperando,cupom aposta ganha grátisestado grave, por uma vaga na UTI (Unidadecupom aposta ganha grátisTerapia Intensiva).

Para evitar situações como essa, o hospital preferiu alugar uma câmara frigorífica. "O Moinhoscupom aposta ganha grátisVento é muito preparado. Se a administração contratou esse serviço, é porque prevê uma demanda maiorcupom aposta ganha grátisóbitos", diz a enfermeira ouvida pela BBC News Brasil.

Em nota, o hospital afirmou que o contêiner refrigerado será utilizado "somentecupom aposta ganha grátiscasocupom aposta ganha grátisreal necessidade, considerando a possibilidadecupom aposta ganha grátisatrasos na retirada dos óbitos por parte das funerárias, realidade essa percebidacupom aposta ganha grátisoutras cidades do Brasil e do mundo".

O governo gaúcho estuda fazer o mesmo. Por meio do Instituto-Geralcupom aposta ganha grátisPerícias (IGP), fez orçamentos com empresas que oferecem os refrigeradores. A medida será adotada preventivamente para atender um eventual colapso do sistema funerário, o que é descartado pelas entidades do setor.

O colapsocupom aposta ganha grátisPorto Alegre

A regiãocupom aposta ganha grátisPorto Alegre tem cercacupom aposta ganha grátis1,5 milhãocupom aposta ganha grátishabitantes — 4,4 milhões, considerando os municípios da região metropolitana. Em junho do ano passado, a cidade chegou a registrar 45 internações diárias por covid-19, o que a figurou como uma das capitais brasileiras com menor incidênciacupom aposta ganha grátisinfecção e mortes decorrentes da doença.

Meses depois, a situação é calamitosa. São 509 pacientes internadoscupom aposta ganha grátisUTI, um aumentocupom aposta ganha grátis43% só na última semana. Para o gerentecupom aposta ganha grátisrisco do Hospitalcupom aposta ganha grátisClínicascupom aposta ganha grátisPorto Alegre, cuja taxacupom aposta ganha grátisocupaçãocupom aposta ganha grátisleitos écupom aposta ganha grátis110%, a flexibilização das restrições tem impacto direto sobre o atual cenário.

"Nas últimas semanas, houve uma grande mobilidadecupom aposta ganha grátispessoas e um relaxamento das medidascupom aposta ganha grátisdistanciamento social, muito por causa da exaustão, da necessidadecupom aposta ganha grátissubsistência e da falsa sensaçãocupom aposta ganha grátisproteção que a vacinação causa", diz Ricardo Kuchenbecker. "Isso tem um preço."

A superlotação, por exemplo. De acordo com o painelcupom aposta ganha grátismonitoramentocupom aposta ganha grátisleitos da prefeituracupom aposta ganha grátisPorto Alegre, nove das 18 instituições que atendem pacientes com covid-19 estão lotadas ou operando acima da capacidade.

"Está um pesadelo. Nossos pacientes já chegamcupom aposta ganha grátispéssimas condições. Enquanto esperam leitoscupom aposta ganha grátisUTI, são intubados na emergência e às vezes acabam morrendo lá mesmo", relata Caroline Cavalheirocupom aposta ganha grátisSousa, técnicacupom aposta ganha grátisenfermagem na UTI do Hospital São Lucas da PUCRS, na zona leste da capital.

"O hospital tem se esforçado para abrir novos leitos, mas parece que nunca é suficiente."

O aumentocupom aposta ganha grátisvagas hospitalares é uma das principais medidas adotadas pelo governo gaúcho. Comparado a abrilcupom aposta ganha grátis2020, o número atualcupom aposta ganha grátisleitoscupom aposta ganha grátisunidadescupom aposta ganha grátisterapia intensiva é 65% superior. O totalcupom aposta ganha grátispacientes hospitalizados, contudo, aumentou 183% no período. Na prática, uma parcela significativa dos pacientes está condenada a receber atendimento com algum graucupom aposta ganha grátisimproviso, enquanto permanece na listacupom aposta ganha grátisespera para um leito.

Na manhã desta quarta-feira, o governo estadual encaminhou um ofício aos hospitais públicos e privados determinando que pelo menos 50% dos leitos clínicos sejam direcionados para tratar pacientes com a doença. Com a medida, o governo espera que o númerocupom aposta ganha grátisleitos chegue a 11 mil. Ontem, era 6.456.

A expectativa é que os númeroscupom aposta ganha grátisnovos casos confirmados cresçam no Rio Grande do Sul, talvez devido à disseminaçãocupom aposta ganha grátisnovas variantes do vírus altamente contagiosas. Ontem, um estudo do Hospitalcupom aposta ganha grátisClínicas confirmou 21 casoscupom aposta ganha grátispessoas residentescupom aposta ganha grátisPorto Alegre com a variantecupom aposta ganha grátisatenção P.1, identificada primeirocupom aposta ganha grátisManaus. Em 13 desses casos, a transmissão foi comunitária. Isso significa que não é possível rastrear a origem da infecção, indicando que o vírus já circula entre as pessoas da região.

"Com o crescimento dessa variante, a discussão se faz ou não lockdown, se mantém ou não as restrições da bandeira preta, estará superada", diz Kuchenbecker, do Hospitalcupom aposta ganha grátisClínicas.

"Ou fazemos restrições sistêmicas e coordenadas, ou poderemos viver um cenário como ocupom aposta ganha grátisManaus, onde as cepas mais transmissoras do vírus se tornaram dominantescupom aposta ganha grátismenoscupom aposta ganha grátisoito semanas."

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