Covid-19: por que tomar vacina não é só 'problema meu', como diz Bolsonaro:esportenet net aposta online

Mas a recusa do presidente eesportenet net aposta onlineoutros cidadãosesportenet net aposta onlinefazer isso é uma postura egoísta, que coloca a saúdeesportenet net aposta onlineoutras pessoasesportenet net aposta onlinerisco e compromete seriamente os esforços para acabar com a pandemia, dizem especialistas ouvidos pela BBC News Brasil.

"Quem fala que não vai se vacinar porque é uma decisão individual diz isso por ignorância. A vacinação não é nem nunca foi uma preocupação individual", afirma a infectologista Raquel Stucchi, da Universidade Estadualesportenet net aposta onlineCampinas (Unicamp).

Por queesportenet net aposta onlinevacinação protege as outras pessoas

A médica explica que o objetivoesportenet net aposta onlineuma vacina é conferir a proteção contra um vírus ou bactéria a uma parcela suficiente da população para impedir que essa ameaça continue a se disseminar.

Quanto maior o númeroesportenet net aposta onlinepessoas vacinadas, mais fácil é controlar a propagaçãoesportenet net aposta onlineuma doença. Mas, se poucas pessoas se vacinarem, ela se espalha mais facilmente.

"Isso é diferenteesportenet net aposta onlineum câncer, por exemplo. Se eu não me trato, só eu vou sair prejudicada, porque vou morrer mais cedo. Mas a decisãoesportenet net aposta onlinese vacinar tem impacto na saúde coletiva", diz Stucchi.

O percentualesportenet net aposta onlinepessoas que têm que ser vacinadas para conseguir a chamada imunidade coletiva ouesportenet net aposta onlinerebanho — bloqueando a disseminaçãoesportenet net aposta onlineum vírus ou bactéria e evitando epidemias — varia.

Isso depende da facilidade com que o patógeno é passadoesportenet net aposta onlineuma pessoa para outra e também da eficácia da vacina, ou seja, a proporçãoesportenet net aposta onlinepessoas que ficam protegidas ao serem imunizadas.

No caso do sarampo, uma doença altamente infecciosa, essa taxa deve seresportenet net aposta online95%, explica o infectologista Alberto Chebabo, vice-presidente da Sociedade Brasileiraesportenet net aposta onlineInfectologia e diretor-médico do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, no Rioesportenet net aposta onlineJaneiro.

Para a covid-19, ainda não se sabe ao certo qual é esse índice, porque ainda é preciso verificar se a eficácia dos estudos será confirmada pela vacinaçãoesportenet net aposta onlinemassa e quanto dura a imunidade conferida desta forma.

Mas estima-se que será necessário vacinar entre 70% e 80% da população para reduzir a circulação do coronavírus e acabar com a pandemia.

"Temos que lembrar que sempre haverá uma parte da população que não poderá ser vacinada, como grávidas, para quem hoje não é recomendado, quem tem alergias graves e outras contraindicações", diz Chebabo.

Inclusive, para quem não puder se vacinar, a imunizaçãoesportenet net aposta onlinemassa será essencial para impedir que estas pessoas não sejam infectadas. O mesmo vale para quem não tiver uma resposta ideal à vacina.

"Uma postura como a do presidente é uma atitude egoísta,esportenet net aposta onlinequem só pensaesportenet net aposta onlinesi próprio e nãoesportenet net aposta onlineproteger quem está àesportenet net aposta onlinevolta", diz o infectologista.

Chebabo diz ainda que se vacinar será importante mesmo para pessoas que já tiveram covid-19, como Bolsonaro, porque há cada vez mais casos confirmadosesportenet net aposta onlinepessoas que se infectaram maisesportenet net aposta onlineuma vez, algumas atéesportenet net aposta onlineestado pior do que antes.

Os cientistas ainda não sabem ao certo quanto dura a imunidade adquirida ao se ter a doença. Por isso, uma parte destas pessoas, ou mesmo todas elas, podem ainda ser vulneráveis ao coronavírus.

"A recomendação é que todos se vacinem", diz Chebabo.

Pandemia só acabará com vacinaçãoesportenet net aposta onlinemassa

Além disso, a nossa experiência com a pandemiaesportenet net aposta onlinecovid-19 até agora mostra que ela dificilmente será controlada naturalmente ou apenas com as medidasesportenet net aposta onlineisolamento ou distanciamento social.

O epidemiologista Antonio Augusto Moura da Silva, professor do departamentoesportenet net aposta onlineSaúde Pública da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), aponta para o exemploesportenet net aposta onlineManaus.

Um estudo publicado na revista Science estima que,esportenet net aposta onlineoutubro, 76% da população da capital do Amazonas já havia sido infectada pelo novo coronavírus.

No entanto, a médiaesportenet net aposta onlinenovos casos diários se mantém alta, e os hospitais da cidade voltaram a ficar lotados nas últimas semanas.

"Mesmo com uma taxaesportenet net aposta onlineinfectados tão elevada, a doença continua se espalhando, e, sem uma vacina, a taxaesportenet net aposta onlinequalquer lugar tende a subir até chegar a 80% ou 90%, a não ser que haja uma imunizaçãoesportenet net aposta onlinemassa para bloquear isso antes", diz Silva.

O epidemiologista ressalta que os dados científicos das vacinas que foram publicados até agora mostram que elas têm uma eficácia e segurança muito boas.

Para Silva, elas são a "melhor esperança" que temosesportenet net aposta onlineatingir a imunidade coletiva, porque estudos apontam que algumas das vacinas contra covid-19 produzem mais anticorpos e anticorpos mais eficazes do que aqueles que são gerados quando alguém fica doente naturalmente.

Raquel Stucchi concorda que a imunização será fundamental para acabar com a pandemia.

"Outras medidas têm um impacto importante, mas o conhecimento que adquirimos no último ano mostra que não há outra estratégia além da vacinação que será capazesportenet net aposta onlinefazer isso", diz a infectologista.

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