Segunda ondaleon betcovid? As cidades e regiões do Brasil que puxam o aumento da doença:leon bet

Paciente internado na UTI do hospital Albert Einstein,leon betSão Paulo,leon betfotoleon bet16leon betnovembroleon bet2020

Crédito, Nelson Almeida/AFP via Getty Images

Legenda da foto, Paciente internado na UTI do hospital Albert Einstein,leon betSão Paulo

leon bet Enquanto cresce o debate sobre se o que ocorre no Brasil é uma segunda ondaleon betcovid-19 ou repiquesleon betuma primeira onda que nunca acabou, o númeroleon betpacientes internados com doenças respiratórias graves cresceleon betregiõesleon bet15 Estados brasileiros, incluindo 10 capitais.

Esses dados (de 8 a 14leon betnovembro) constamleon betlevantamento semanal feito pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ligada ao Ministério da Saúde, a partirleon betregistros oficiaisleon betcasosleon betsíndrome respiratória aguda grave (SRAG), incluindo a covid-19.

Esse indicador é um dos mais precisos para tentar entender situação da doença no país porque trataleon betpacientes graves hospitalizados e porque sofre menos distorção da faltaleon bettestes para detectar a covid-19.

Neste ano, o país já registrou 371 mil casosleon betdoenças respiratórias graves que tinham a febre entre os sintomas. Dos casos entre eles analisadosleon betlaboratório, 98% eram covid-19 — média anualleon betcasos giraleon bettornoleon bet40 mil.

Há relatos e dados oficiaisleon bethospitais públicos e privados lotadosleon betdiversas regiões do país, a exemploleon betSão Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Rioleon betJaneiro e São Luís.

Além disso, pesquisadores apontam que a taxaleon betcontágio da covid-19 está acimaleon bet1leon betpelo menos 20 Estados do país. Isso significa que no Ceará, por exemplo, onde a taxa é estimadaleon bet1,26, um grupoleon bet100 pessoas infectadas transmiteleon betmédia a doença para 126, e estas passam o vírus adiante na mesma proporção.

Onde a covid-19 avança?

Segundo a Fiocruz, os 15 Estados com tendência moderada ou forteleon betaltaleon betcasos são: Acre, Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.

Mas é importante entender que há diversos níveisleon betespalhamento da doença. Por isso, a Fiocruz divide essas tendênciasleon betbasicamente quatro grupos: curto prazo, longo prazo, moderada e forte.

Primeiro exemplo: uma tendência moderadaleon betcrescimentoleon betcurto prazo significa que a localidade registrou aumentoleon betcasos nas três semanas anteriores e a probabilidade dessa situação continuar assim vaileon bet75% a 95%. É o caso do noroesteleon betSão Paulo, do nordesteleon betGoiás e do norte do Piauí, por exemplo.

Os dados estão no mapa abaixo:

mapa dos casosleon betsindrome respiratoria aguda grave no brasil

Crédito, Cecilia Tombesi/BBC

Segundo exemplo: uma tendência forteleon betlongo prazo significa que houve aumentoleon betseis semanas anteriores e a probabilidadeleon beta situação continuar assim passaleon bet95%. É o caso do Acre eleon betSanta Catarina praticamente inteiros, além da região do Jequitinhonhaleon betMinas Gerais e do oeste do Rio Grande do Norte, entre outros.

Cada um desses 15 Estados tem pelo menos uma macrorregião com aumentoleon betnotificaçõesleon betdoenças respiratórias (e por extensão,leon betcovid-19). Em Minas Gerais, há altaleon bet7 das 14 áreas do Estado. Em São Paulo,leon bet10 das 17. Em Santa Catarina,leon bet5 das 7. Na Bahia,leon bet1 das 9, mas esta é a mais populosa do Estado por incluir a capital Salvador.

As dez capitais com tendêncialeon betalta são: Belo Horizonte, Florianópolis, Goiânia, João Pessoa, Natal, Palmas, Rio Branco, São Luís, Vitória e região central do Distrito Federal.

É importante destacar que esses dados levamleon betconta a situaçãoleon bet8 a 14leon betnovembro, e o espalhamentoleon betuma doença tão contagiosa como essa pode mudar rapidamente.

E que esses dados mostram apenas um pedaço do retrato do que está acontecendo, não inclui as pessoas que não chegam a ser internadas, e a faltaleon betinformações confiáveis torna muito difícil entender a situação atual do país.

Um exemplo é a taxaleon betocupação dos leitos que apareceleon betsitesleon betgovernos estaduais. Alguns divulgam apenas os dados diários, então não é possível saber se aumentou ou diminuiu. Outros aumentam ou diminuem constantemente a ofertaleon betleitos, então a taxa pode permanecer "baixa" enquanto a situação está piorando.

Por isso, a taxa mais "confiável" para entender o que está acontecendoleon betfato é o númeroleon betmortes por doenças respiratórias, mas há um descompasso porque geralmente leva quase um mês,leon betmédia, para alguém morrerleon betcovid-19.

Então, se hoje é difícil enxergar o impacto da nova ondaleon betcovid-19 nas estatísticasleon betmorte, é uma questãoleon bettempo até isso começar a acontecer.

Até agora, o Ministério da Saúde registrou a morteleon bet167 mil pessoas por covid-19.

Mas especialistas da Fiocruz apontam que morreram neste ano ao menos 220 mil pessoasleon betdoenças respiratórias graves (basicamente por covid-19). No ano passado, foram 5.324.

Ilustração do coronavírus

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Coronavírus matou ao menos 167 mil pessoas no Brasilleon bet2020

O que vem pela frente?

A avaliaçãoleon betespecialistas sobre a ocorrêncialeon betuma segunda ondaleon betcoronavírus no país, a exemplo do que acontece na Europa e nos Estados Unidos, se baseia na evolução da taxaleon betreprodução (Rt) do coronavírus no país, que indica que a pandemia voltou a crescer por aqui.

Essa taxaleon betcontágio é calculada com base no aumentoleon betnovos casos e permite saber quantas pessoas são contaminadas por alguém que já está infectado.

Se o índice fica acimaleon bet1, isso indica que a pandemia está se expandindo. Quando está abaixo, é um sinalleon betque a pandemia está perdendo intensidade.

De acordo com o Observatórioleon betSíndromes Respiratórias da Universidade Federal da Paraíba, o Rt estava acimaleon bet1leon bet20 Estados (Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rioleon betJaneiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins) e no Distrito Federal.

A situação estava mais crítica no Paraná, onde a taxa eraleon bet1,62. Jáleon betSanta Catarina a Rt está acimaleon bet1 há mais tempo: desde 14leon betoutubro.

Enquanto esse número não cair para menosleon bet1, a doença não vai dar folga.

E como é possível reduzir essa taxaleon betcontágio?

Sem vacinas disponíveis ainda, centenasleon betespecialistas afirmam que isso envolve uma sérieleon betestratégiasleon betcombate à doença, como distanciamento social, usoleon betmáscaras e rastreamentoleon betpessoas que tiveram contato com alguém infectado.

Mas nenhuma dessas medidas sozinha é perfeita, e algumas sãoleon betresponsabilidadeleon betcada pessoas e outras são dos governantes ou da sociedade como um todo.

infografico

Por isso, o virologista Ian M. Mackay, da Nova Zelândia, encontrou uma ótima analogia para ajudar as pessoas a se protegerem contra a covid-19: o queijo suíço.

"Nenhuma medida isoladaleon betprevenção que tentamos implementar para combater a covid funciona 100%", mas, quando "começamos a juntar diferentes camadas (medidas), criamos uma barreira efetiva", disse o cientista à BBC News Mundo, serviçoleon betespanhol da BBC.

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