'Somos excluídos do país': amapaenses veem 'descaso nacional' por apagãopixbet com virtualmeio a protestos e violência:pixbet com virtual

Já o governador do Amapá, Waldez Góes (PDT), culpou o governo federal. "Quem deve dar resposta ao desastrepixbet com virtualtermospixbet com virtualpunição é a Agência Nacionalpixbet com virtualEnergia Elétrica e o Operador Nacional do Setor Elétrico. Quem deve dar resposta da transmissão também é o governo federal, porque já que a iniciativa privada é contratada, o governo federal deve dar resposta", disse há dois dias,pixbet com virtualentrevista à Globonews.

Há 48 horas, a eletricidade tem chegado a parte da população apenas por algumas horas ao dia, epixbet com virtualcaráterpixbet com virtualrodízio.

Na casapixbet com virtualAndré Luiz Fonseca, por exemplo, a energia funciona duas vezes por dia, das 6h às 12h e das 18h à 0h. Na noitepixbet com virtualterça, porém, a família só teve luz elétrica durante uma hora.

"Pra dormir, a casa fica toda aberta por causa do calor, mesmo com medo da violência. Nessa semana uma farmácia na esquinapixbet com virtualcasa foi saqueada", conta.

Por causa do rodízio e dos problemas causados pelo apagão, muito amapaenses saíram às ruas para protestar, o que gerou episódiospixbet com virtualviolência e repressão policial. Um adolescente foi atingido no olho por uma balapixbet com virtualborracha disparada pela polícia.

Na semana passada, filas quilométricas se formaram nos poucos pontos onde havia caixas eletrônicospixbet com virtualfuncionamento, pois máquinaspixbet com virtualcartõespixbet com virtualdébito e crédito não estavam ativas. Além disso, houve aglomeraçõespixbet com virtualpostospixbet com virtualgasolina e locais com fornecimentopixbet com virtualágua potável.

'Dormindo na universidade'

Na casapixbet com virtualAna Rita Pinheiro Barcessat,pixbet com virtual43 anos, pesquisadora da Universidade Federal do Amapá, só há eletricidade por seis horas ao dia. O problema é a madrugada.

"Por causa do calor e dos mosquitos, a gente costuma dormir com ventilador ou ar-condicionado. Sem energia, fica praticamente impossível dormir. Sou privilegiada, moro num bairro central epixbet com virtualuma casa boa. Mas nos bairros mais pobres, as pessoas estão sofrendo muito", diz.

Durante o dia, quando há energia, ela tem recebido amigospixbet com virtualcasa, pessoaspixbet com virtualbuscapixbet com virtualuma temperatura mais amena para descansar epixbet com virtualágua para tomar banho.

Em Macapá, boa parte das casas têm poços artesianos para armazenar água. Porém, ela é retirada por meiopixbet com virtualbombas, que precisampixbet com virtualeletricidade para funcionar.

"Alguns colegas, professores e pesquisadores, estão dormindo e tomando banho na universidade, onde há energia por causa do hospital universitário. Também levei um colchão para o meu laboratório, caso eu precise dormir aqui", diz Ana Rita, que está grávidapixbet com virtualcinco meses.

Ela conta ter cancelado as consultas odontológicas que dápixbet com virtualoutro hospital públicopixbet com virtualMacapá. "Se eu ligar o compressor do consultório, a quimioterapia do hospital desliga. É uma situação desesperadora", diz.

"O Amapá já teve dois presidentes do Senado (José Sarney e o atual senador Davi Alcolumbre). Mas isso nunca se reverteupixbet com virtualmelhorias. Como esse tipopixbet com virtualcoisa acontece?", questiona.

#SOSAmapá

Já a administradora Daylane Barreto,pixbet com virtual31 anos, reclama que o rodízio tem favorecido bairros mais ricos. "Há comunidadespixbet com virtualperiferia onde a energia só chega por duas horas ao dia, às vezes só por 20 minutos", diz.

"A gente liga para os númerospixbet com virtualreclamação da empresapixbet com virtualenergia e do governo, mas nada funciona. Não estamos só às escuras porque não tem eletricidade, mas também por faltapixbet com virtualinformação. É um descaso total", afirma.

Ela e um grupopixbet com virtualamigos diariamente levam galõespixbet com virtualágua mineral e cestas básicas para moradorespixbet com virtualbairros mais pobrespixbet com virtualMacapá, como Macapaba e Novo Horizonte, onde a energia elétrica está bastante instável.

Barreto também critica a cobertura da imprensa sobre o caos enfrentado pelo povo amapaense, uma reclamação bastante citada nas redes sociais sob a hashtag #SOSAmapá.

"Se fosse no Sudeste, isso jamais estaria acontecendo. Teria plantão 24 horas na televisão, o dia inteiro falando do problema, influenciadores da internet cobrando uma solução. O que a gente tem visto são reportagenspixbet com virtualum minuto, coisa rápida. Aí volta o apresentador, falando: 'agora vamos falar mais sobre as eleições nos Estados Unidos'", diz.

O estudante André Luiz Fonseca faz a mesma reclamação. "Aqui está todo mundo comentando sobre o resto do Brasil não dar a devida atenção pra gente. Fica todo mundo apreensivo, esperando os jornais na TV, pra ver se haverá atualização, e nada. Muitas vezes são matérias recicladas do jornal local", afirma, por telefone.

"As pessoas esquecem que Amazônia não é só floresta. São pessoas, animais, cidades. É muito fácil colocar uma hashtag para salvar a Amazônia, pra gerar engajamento. Se o apagão fossepixbet com virtualSão Paulo, estaria esquecido ou tendo uma comoção nacional?", questiona.

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