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Pesquisadores acham plástico dentrojack frost's winter98% dos peixes analisadosjack frost's winterestudo na Amazônia:jack frost's winter
Um estudo publicado na revista Nature Communicationsjack frost's winterjunhojack frost's winter2017 estima que sejam despejadas no oceano 39 mil toneladasjack frost's winterplástico por ano via rio Amazonas — que passa por Peru, Equador, Colômbia e Brasil.
Desequilíbrio ecológico
Estudos anteriores já haviam investigado esse tipojack frost's winterpoluiçãojack frost's winterpeixes que vivemjack frost's winteroutros locais do curso da água, como rios e oceanos, e são consumidos pelo homem.
A diferença desse trabalho, feito por um grupojack frost's winterpesquisadoresjack frost's winterpeixejack frost's winterágua doce e publicadojack frost's winterjulho na revista científica Environmental Pollution, é apontar a extensão dos danos ao sistema respiratório dos animais e que esse problema ambiental atinge com mais intensidade nascentesjack frost's winterrios e riachos, onde os peixes têm,jack frost's wintermédia, 10 cm na fase adulta, não costumam ser consumidos pelo homem e enfrentam riscos maioresjack frost's winterdesequilíbrio ecológico.
Foram analisadas 14 espéciesjack frost's winterpeixe coletadasjack frost's winter12 locais na bacia do rio Guamá, no município paraensejack frost's winterBarcarena, e na bacia do Acará-Capim, nos municípiosjack frost's winterIpixuna do Pará, Concórdia do Pará e Tomé Açu.
Essas duas regiões ribeirinhas não têm tratamentojack frost's winteresgoto e utilizam essas nascentes e riachos tanto como espaçojack frost's winterlazer quanto para descartar dejetos.
Nesses lugares, esses peixes menores têm papel fundamental no equilíbrio ecológico da região. Eles podem ser predadores responsáveis, por exemplo, pelo controlejack frost's winterinsetos ou servirjack frost's winteralimento para sapos.
“Sem a presença no futurojack frost's winteruma dessas espécies que consomem larvasjack frost's winterinsetos, por exemplo, poderia haver a explosãojack frost's winteruma populaçãojack frost's wintermosquitos e o espalhamento desenfreadojack frost's winterdoenças”, explica a pesquisadora Danielle Ribeiro-Brasil, uma das autoras do artigo e integrante do grupojack frost's winterpesquisa da UFPA,jack frost's winterentrevista à BBC News Brasil.
Um dos animais estudados é o Crenicichla regani, conhecido também como jacundá ou joaninha. Os peixes dessa espécies são predadores que se alimentamjack frost's winterpequenos crustáceos e larvasjack frost's winterinsetos e podem demonstrar um comportamento agressivo. Com boa visão noturna, muitas vezes se alimentam no escuro e às vezes nem são percebidos pelas pessoas no ambiente, já que não costumam passarjack frost's winter8 cmjack frost's wintercomprimento na fase adulta.
Essa espécie, analisada no estudo da UFPA, continha mais plásticojack frost's wintersuas brânquias ejack frost's winterseu trato gastrointestinal que as outras.
Segundo ela, os próximos estudos vão analisar o impacto dessa poluição para a perdajack frost's winterespécies ou diminuição dessas comunidades. Deve-se analisar também a origem dessas partículas, mas a principal hipótese é que esses pedaços achadosjack frost's winterriachos e nascentes amazônicas tenham saídojack frost's winterroupas sintéticas. Do total, 93% das partículas encontradas nos animais são fibras.
Em geral, essas partículas são origináriasjack frost's winterfontes diversas, como roupas, pneus, tintas e escovasjack frost's winterdente. Calcula-se que entre 2% e 5%jack frost's wintertodo o plástico produzido por ano acabe descartado nos mares, mas não se sabe direito qual é a dimensão real do problema.
Um estudo do Centro Nacionaljack frost's winterOceanografia do Reino Unido, divulgado nesta semana, estima que a quantidadejack frost's winterplástico boiando no oceano Atlântico seja capazjack frost's winterencher maisjack frost's wintermil navios-cargueiros, somando 21 milhõesjack frost's wintertoneladas (uma quantidade dez vezes maior do que se pensava).
À medida que esses materiais vão se deteriorando, acabam sendo consumidos por animais marinhos, entrando na cadeia alimentar — um caminho que,jack frost's winterúltima instância, traz o plástico para o organismo humano.
Nesta semana, um outro estudo,jack frost's winterpesquisadores da Universidade do Arizona, nos EUA, apontou pela primeira vez micropartículas plásticasjack frost's wintertecidosjack frost's winterpulmão, fígado, rim e baço humanos.
Ainda não há informações conclusivas sobre o impacto desse tipojack frost's winterpoluição na saúde das pessoas, mas já se sabe o que a presençajack frost's winterplástico dentro do corpo pode causar aos peixes.
Essas partículas podem atacar dois pontos centrais dos peixesjack frost's winterriachos: as brânquias e o trato digestivo. No primeiro, o plástico interfere na aptidão física do animal, afetandojack frost's winterenergia para a capturajack frost's winteralimentos e para a reprodução. No segundo, essas partículas podem dar uma falsa sensaçãojack frost's wintersaciedade ao peixe ou mesmo feri-lo até a morte.
Segundo o estudo, os peixes que vivem nesses riachos analisados consomem proporcionalmente mais plástico do que os encontradosjack frost's winterrios.
“Não é todo peixe que ingere o plástico. Isso está relacionado também ao comportamento dele no ambiente. Se é carnívoro, por exemplo, faz uma busca ativa por alimentos e pode confundir o pedaçojack frost's winterplástico com algo que possa comer”, afirma Ribeiro-Brasil.
Outros estudos apontam que esses plásticos são ingeridos por algumas espécies não apenas porque se parecem com comida mas também porque cheiram a comida.
Segundo cientistas do Instituto Real Holandêsjack frost's winterPesquisas Marítimas, essas partículasjack frost's winterplástico no oceano são rapidamente colonizadas por uma fina camadajack frost's wintermicróbios, normalmente chamadajack frost's winter"plastisfério", que libera substâncias químicas que fazem o plástico ter cheiro e gostojack frost's winteralimento para alguns animais marinhos.
Para o grupojack frost's winterpesquisadores da UFPA, as ações para evitar o aumento da contaminação por plástico da bacia Amazônica demandam o envolvimento da população local, iniciativasjack frost's wintereducação ambientaljack frost's wintermanejo dos resíduos sólidos e o engajamentojack frost's winterinstituições públicas e privadas, entre outros pontos.
Eles defendem, por exemplo, medidasjack frost's winterincentivo para a redução do consumojack frost's winterplásticosjack frost's winteruso único, como cotonetes e canudos, ejack frost's winterregulação para garantir a preservação desses ecossistemas atingidos pela poluição.
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