Demissãoapostas futebol dicasMoro: Não se pode 'subestimar Bolsonaro', diz brasilianista:apostas futebol dicas

Ao anunciarapostas futebol dicassaída, o ex-ministro disparou críticas contra Bolsonaro. Segundo ele, o presidente insistiu na trocaapostas futebol dicascomando da corporação, sem apresentar causas que fossem aceitáveis.

Moro disse que não havia "condiçõesapostas futebol dicaspersistir, sem condiçõesapostas futebol dicastrabalho" e que indicações políticas "não são aceitáveis".

O ex-titular da Justiça, que largou a carreiraapostas futebol dicasjuiz federal para aceitar o cargoapostas futebol dicasministro, afirmou também que Bolsonaro queria ter acesso a relatórios e informações confidenciaisapostas futebol dicasinteligência da PF.

E disse ainda que não assinou o decretoapostas futebol dicasexoneraçãoapostas futebol dicasValeixo publicado no Diário Oficial da União (DOU), ainda que seu nome apareça no documento, dando a entender, portanto, queapostas futebol dicasassinatura foi usada sem seu consentimento.

Bolsonarismo x Lavajatismo

Pereira lembra que desde o início do governo "sempre houve tensões" entre duas correntes que elegeram Bolsonaro:apostas futebol dicasum lado, a bolsonarista, "preocupada com questões culturas e ideológicas," e,apostas futebol dicasoutro, a lavajatista, "contra a corrupção, que queria que as investigações continuassem".

"Bolsonaro pode ter ganhado a batalha com Moro ao conseguir demitir o diretor-geral da Polícia Federal, mas não a guerra. Muitas pessoas que apoiavam o governo pelo símbolo que Moro representa, a luta contra a corrupção, vão ficar muito decepcionadas", diz.

No fim da tardeapostas futebol dicassexta-feira, Bolsonaro fez um pronunciamentoapostas futebol dicasque rebateu as acusaçõesapostas futebol dicasseu ex-auxiliar.

O presidente acusou Moroapostas futebol dicascondicionar a troca na PF a vaga no STF (Supremo Tribunal Federal), o que o ex-ministro negou emapostas futebol dicasconta oficial no Twitter.

Bolsonaro também disse que não tinha que pedir autorização para trocar o diretor da corporação. "Não tenho que pedir autorização para trocar um diretor ou qualquer outro que esteja na pirâmide hierárquica do Executivo", disse.

"O diaapostas futebol dicasque eu tiver que me submeter a um subordinado, deixoapostas futebol dicasser presidente da República", acrescentou.

Mas Pereira afirma ter dúvida sobre se os ataquesapostas futebol dicasBolsonaro a Moro vão minar a imagem que o ex-ministro construiu.

"Não acho que essas acusações vão cair bem entre os apoiadores bem informados do presidente, aqueles favoráveis à letra da lei".

Mais importante, segundo Pereira, são as alegaçõesapostas futebol dicasMoroapostas futebol dicasque Bolsonaro tentou intervir politicamente na Polícia Federal o que, segundo ele, faz parecer que "o governo não estava comprometido com a luta contra a corrupção, masapostas futebol dicasproteger o clã do presidente. Representa uma derrota para o governo e isso deve ser preocupante para qualquer governante".

"Muitas pessoas veem Moro como representante da imparcialidade e independência, apesarapostas futebol dicasele ser uma figura controversa. Moro fala da vontadeapostas futebol dicaso Bolsonaro intervir politicamente na PF. Isso faz parecer que o núcleo do governo está muito mais interessadoapostas futebol dicasusar a corrupção contra os inimigos do que usar por um projeto amplo, multipartidário e imparcial, para investigar todas as pessoas acusadas, todos os suspeitos".

Novo rival político

Pereira lembra que, embora seja difícil prever o futuro, "pode ser que Bolsonaro esteja fortalecendo um grande rival político".

"O vácuo político que Bolsonaro ocupou foiapostas futebol dicasparte por causa da Lava Jato. Isso criou a situação para Bolsonaro vencer a campanhaapostas futebol dicas2018. Bolsonaro ganhou mais do que Moro. Adquiriu todo esse prestígio e popularidade do Moro, mas manteve controle do Executivo, inclusive bloqueando iniciativas do agora ex-ministro", diz.

"Agora, Moro está fora do governo. É viável como candidato e opositor do governo atual. E pode ser que no futuro Bolsonaro vai ter remorso sobre essa decisão porque vai criar um novo rival que pode ameaçar seu futuro político", acrescenta.

"Não descartaria a possibilidade dele sair candidato, pois Moro largou a carreiraapostas futebol dicasjuiz federal e virou ator político".

Crises combinada

Pereira destaca ainda o que descreve como situação singular do Brasil no mundo, uma vez que o país lida com várias crises ao mesmo tempo.

"O Brasil enfrenta três crises ao mesmo tempo: sanitária, econômica e política. Não vejo nenhum outro paísapostas futebol dicasuma situação tão severa. O país tornou-se sinônimoapostas futebol dicasinstabilidade, uma pecha que antes era associada aos vizinhos, como Argentina".

Nesse "dueloapostas futebol dicasgigantes", Pereira chama atenção ainda para a "integridade das instituições".

"O que estáapostas futebol dicasjogo não é a sobrevivência políticaapostas futebol dicasBolsonaro, mas a integridade das instituições brasileiras. Isso vai além do próprio governo, da própria conjuntura política. A conquista da autonomia da PF não foi alcançada do dia para noite. Esse é um dos pilares do Estado democráticoapostas futebol dicasDireito. Ninguém está acima da lei. Não vivemos mais na Idade Média nem sob o jugoapostas futebol dicasmonarcas absolutistas", conclui.

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