'Referência a Goebbels é impensável mesmo para extrema direita na Alemanha', diz historiador alemão:android 1xbet

"A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional. Será dotadaandroid 1xbetgrande capacidadeandroid 1xbetenvolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo, ou então não será nada", disse Alvim no vídeo.

Posteriormente, disse se tratarandroid 1xbetuma "coincidência retórica". E afirmou que "a fraseandroid 1xbetsi é perfeita".

Segundo Postert, "é preocupante que alguém possa sequer pensarandroid 1xbetusar essa citação. Isso indica uma compreensãoandroid 1xbetcultura altamente antiliberal, antidemocrática e antipluralista — um espírito totalitário".

A fraseandroid 1xbetAlvim foi comparada a um discursoandroid 1xbetGoebbels reproduzido no livro Goebbels: a Biography,android 1xbetPeter Longerich: "A arte alemã da próxima década será heróica, será ferreamente romântica, será objetiva e livreandroid 1xbetsentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada".

"A citação vemandroid 1xbetum discurso para diretores artísticos. Não foi um discurso público. No entanto, Goebbels menciona esse discursoandroid 1xbetseus diários. Ele escreve que teve 'grande sucesso' e estava 'em excelente forma'. Goebbels mais tarde voltou à idéiaandroid 1xbet'romantismoandroid 1xbetaço' — um termo típico no contexto nacional-socialista. Por exemplo,android 1xbet15android 1xbetnovembroandroid 1xbet1933, na abertura da Câmaraandroid 1xbetCultura do Reich (Reichskulturkammer)", explica Postert.

Ele diz que a falaandroid 1xbetAlvim não constituiria um crime na Alemanha, mas "aceitar esta citação, sem críticas e contexto, ou representar tais posições, significaria violar o consenso político".

A música utilizada no vídeoandroid 1xbetAlvim é a ópera Lohengrin,android 1xbetRichard Wagner. Hitler era um amanteandroid 1xbetóperas e fãandroid 1xbetWagner. Na autobriografia 'Minha luta', ele descreve como assistir à obra wagneriana Lohengrin pela primeira vez, aos 12 anosandroid 1xbetidade, foi uma experiência que mudariaandroid 1xbetvida.

Durante o nazismo, obrasandroid 1xbetcompositores judeus como Mendelssohn e Mahler foram banidos, e obras do compositor alemão Wagner foram promovidas —o que lhe rendeu grande popularidade.

Em seu perfil pessoal no Facebook, Alvim escreveu na manhã desta sexta-feira (17) o que chamouandroid 1xbet"um breve esclarecimento". No texto, ele diz que "foi apenas uma frase do meu discurso na qual havia uma coincidência retórica" e diz que não citou Goebbels e "jamais o faria".

"Foi, como eu disse, uma coincidência retórica. Mas a fraseandroid 1xbetsi é perfeita: heroísmo e aspirações do povo é o que queremos ver na Arte nacional", escreveu.

Alvim diz que "o que a esquerda está fazendo é uma faláciaandroid 1xbetassociação remota" e que "é típico dessa corja".

No entanto, a associação foi vista com desconfiança inclusive por Olavoandroid 1xbetCarvalho, considerado guruandroid 1xbetparte dos integrantes do governo Bolsonaro. Ele escreveu: "É cedo para julgar, mas o Roberto Alvim talvez não esteja muito bem da cabeça. Veremos."

Horas depois, Olavoandroid 1xbetCarvalho escreveu: "Ou o Alvim pirou, ou algum assessor petista enxertou a frase do Goebbels no discurso dele para assassinarandroid 1xbetreputação."

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), pediu o afastamentoandroid 1xbetAlvim e disse que o secretário "passouandroid 1xbettodos os limites".

"O secretário da Cultura passouandroid 1xbettodos os limites. É inaceitável. O governo brasileiro deveria afastá-lo urgente do cargo", escreveu emandroid 1xbetconta no Twitter.

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) informou, por meioandroid 1xbetnota, que considera "inaceitável" o usoandroid 1xbetdiscurso nazista por Roberto Alvim e pediu seu afastamento imediato.

"Emular a visão do ministro da Propaganda nazistaandroid 1xbetHitler, Joseph Goebbels, é um sinal assustador daandroid 1xbetvisãoandroid 1xbetcultura, que deve ser combatida e contida. Goebbels foi um dos principais líderes do regime nazista, que empregou a propaganda e a cultura para deturpar corações e mentes dos alemães e dos aliados nazistas a pontoandroid 1xbetcometerem o Holocausto, o extermínioandroid 1xbet6 milhõesandroid 1xbetjudeus na Europa, entre tantas outras vítimas. O Brasil, que enviou bravos soldados para combater o nazismoandroid 1xbetsolo europeu, não merece isso. Uma pessoa com esse pensamento não pode comandar a cultura do nosso país e deve ser afastada do cargo imediatamente."

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