O professor que usa robótica para incluir crianças com autismocasino online con bonusescola na periferiacasino online con bonusSP:casino online con bonus

Crédito, Secretaria Municipalcasino online con bonusEducação

Legenda da foto, Julia, Guilherme e André exibem seus projetoscasino online con bonusrobótica na salacasino online con bonusrecursos com o professor Edson: 'Professor não pode deixar ninguém para trás'

"O projeto do professor Edson mostra que eles têm capacidade. Se ensinar, ela aprende", diz a mãe, emocionada. "Mas o que motiva ela é essa sala aqui. Nossa, ela aprendeu muita coisa. A coordenação dela melhorou demais, a interação, aprendeu a se comunicar mais", diz a mãe.

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Legenda da foto, Guilherme e seu Wall-e, personagem que tenta salvar as florescasino online con bonusum mundo cheiocasino online con bonuslixo; na versãocasino online con bonuspapelão, ele carrega flores emprestadas pela diretora

A realidade é diferente quando Julia está na salacasino online con bonusrecursos, espaço dedicado a crianças com necessidades especiais, que ela frequenta duas vezes por semana,casino online con bonushoráriocasino online con bonuscontraturno.

A sala, comandada pelo professorcasino online con bonusmatemática Edson Luiz Plateiro, 53 anos, é equipada com equipamentos, mobiliários e materiais didáticos e pedagógicos para alunos com deficiência, transtornos do desenvolvimento ou superdotação matriculados no ensino regular da rede pública municipal.

"As atividades na salacasino online con bonusrecursos são pensadas para atender a deficiência específicacasino online con bonuscada pessoa. Normalmente trabalhamos com jogos, quebra-cabeça, oficinascasino online con bonusslime", exemplifica o professor.

Andando pela sala enquanto fala, Edson desviacasino online con bonusum robôcasino online con bonuscercacasino online con bonus30 cmcasino online con bonusaltura, que desliza pelo chão e mexe os bracinhos comandado pelo controle remotocasino online con bonusGuilherme, 11 anos. "Deixem o Wall-e passar", pede o aluno, animado.

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Legenda da foto, Wall-e feitocasino online con bonuspapelão, cola quente e um carrinho quebrado foi ideiacasino online con bonusGuilherme, que têm autismo.

"Ficou bonitinho com as florzinhas, não ficou? Pesquisa lá o filme pra você assistir", sugere à reportagem o aluno, que tem autismo e cursa o quinto ano do ensino fundamental, para explicar quem é o Wall-e, robô que ele escolheu fazer.

Montado a partircasino online con bonusum carrinho quebradocasino online con bonuscontrole remoto e um tutorial na internet que ele mesmo pesquisou, o robô remete ao personagem homônimo da animação da Disney e da Pixar, que vivecasino online con bonusum futurocasino online con bonusque o planeta está desabitado e tornou-se um grande depósitocasino online con bonuslixo.

O personagem principal do filme, Wall-e (Waste Allocation Load Lifters - Earth, ou Levantadorcasino online con bonusCarga para Alocaçãocasino online con bonusLixo - Classe 'Terra',casino online con bonustradução livre), trabalha duro para organizar todo esse entulho.

O boneco, na versão montada por Gui, tem um coraçãocasino online con bonuspapelão pintadocasino online con bonusvermelho que se ilumina, alémcasino online con bonuscarregar nas mãos dois arranjoscasino online con bonusflorescasino online con bonusplástico rosa, emprestadas da sala da diretora da escola. As funções e movimentos do robô são definidas por linguagemcasino online con bonusprogramação C++,casino online con bonususo geral.

"Quer saber o porquê? Por que no filme o Wall-e acha muitas flores que viviam no planeta e estavam podres. Daí ele não queria que essa flor morresse, então ele fica carregando."

Robótica e programação acessíveis

"Foi o Gui teve a ideia, ele pegou o tutorial na internet. Ajudei com os objetos cortantes, ele não sabia usar régua, tive que ensinar", comemora o orgulhoso professor Edson. "Ele fica super motivado."

Edson dá aulascasino online con bonusmatemática na rede públicacasino online con bonusensino há maiscasino online con bonus15 anos, mas diz que foi quando assumiu a gestão da salacasino online con bonusrecursos, há três, que encontroucasino online con bonusrealização profissional.

O interessecasino online con bonusEdson pela robótica surgiucasino online con bonus2017, quando ele descobriu quecasino online con bonusescola receberia da Secretaria Municipalcasino online con bonusEducação um kitcasino online con bonusiniciação para aulascasino online con bonusprogramação, o Arduíno, dispositivo mais acessível para estudantes por ser barato, funcional e fácilcasino online con bonusprogramar.

Logo a professora da salacasino online con bonusinformática sugeriu um projeto conjunto dos alunos do professor Edson com os estudantescasino online con bonusoutras salas.

"Eu me interessava por programação, mas não sabia. Comecei a fuçar, estudar o kit, e descobri que ele era usado como ferramenta para tratar o autismo e quis me aprofundar no assunto, fazendo uma extensão universitária na Universidade Federal do ABC. Lá, tive contato com um software para estudar algoritmocasino online con bonusprogramação (Robomind) e estudamos formascasino online con bonususar a robótica no contexto educacional", diz o professor.

Graças aos projetoscasino online con bonusrobótica e programação, o professor Edison se viu motivado a expandir as barreiras da salacasino online con bonusrecursos. Quando a escola recebeu o kit, assumiu também o compromissocasino online con bonusparticipar do JAMcasino online con bonusrobótica, encontro que reuniu cercacasino online con bonus1 mil alunoscasino online con bonusdiversas escolas para estudar os manuais, reproduzir as experiências e pensar protótipos.

"O momento mais interessante do projeto foi um dia que estávamos todos na salacasino online con bonusrecursos, os alunos que têm deficiência e os que não têm deficiência, explorando os kits. Aí chegou uma pessoa pra mim e perguntou, na sala: 'eu não sabia que você atendia tantos alunos na salacasino online con bonusrecursos'. Eu falei 'não, meus aqui só tem três'. E ele disse: 'mas quem são?' E eu falei: 'procura!'", lembra Edson, rindo.

"Estavam todos no mesmo processocasino online con bonusconstrução e conhecimento, cada um no seu projeto. E quem olhava via cada aluno fazendo seu percursocasino online con bonusaprendizagem, mas todos juntos."

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Legenda da foto, Julia,casino online con bonus14 anos, e seu carrossel-robô; projeto melhorou leitura, interação com os colegas e autoestima

Evolução e motivação

Outro ponto positivo é que, como os próprios alunos sugerem os projetoscasino online con bonusque desejam trabalhar, a motivação no trabalhocasino online con bonussala é evidente.

André, que tem autismo e sonha ser veterinário, quis criar um robô escorpião para alertar as crianças pequenas, que são alvos fáceis e principais vítimas das picadas, sobre os perigoscasino online con bonusinteragir com a espécie.

"Um dia encontramos um panfleto da prefeitura sobre escorpiões. Pensamos que vai voltar o calor, e a cidade estava com esse problemacasino online con bonusescorpiões. Lendo o panfleto, vimos que as principais vítimas dos escorpiões são as crianças muito pequenas, porque não são atingida pelas campanhas, e não têm noçãocasino online con bonusperigo desenvolvida. Pensamoscasino online con bonusfazer algo para resolver esse poblema", relembra o professor.

Para fazer o escorpião robô, André e Edson estudaram a anatomia do animal por meiocasino online con bonusum software da prefeitura. "A criança tem que arrastar o nome daquela parte do corpo do escorpião para o lugar certo, é bem acessível", ensina.

Depoiscasino online con bonusampliar uma imagem do bicho na máquinacasino online con bonusxerox, eles usaram cartolina e cola quente para construir a carapaça gigante, que incluiu até um rabo que se move e simula uma picada.

"Eu o ajudeicasino online con bonuspartescasino online con bonusrisco, como usar a tesoura. Ele até levou partes para casa, fez as patas, e fomos colando com cola quente", conta o professor.

Carliene Cunha e Silva Ferreira, 44 anos e mãecasino online con bonusAndré, conta que a experiência levou o filho a superar a timidez. Ele apresentou o trabalho na mostra cultural da escola para todos os alunos, respondendo a perguntas e tirando dúvidas sobre o projeto, como havia ensaiado tambémcasino online con bonuscasa com os pais.

"Issocasino online con bonusele fazer com os demais colegas fez diferença para ele, os professores têm elogiado bastante. Aqui na escola todo mundo conhece ele depois da mostra cultural."

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Legenda da foto, Atividades envolveram colagem, motricidade e foco: "O Guilherme adora usar cola quente, acha que dá para resolver tudo com ela", diz professor

Para o professor Edson, a flexibilidade maior da salacasino online con bonusrecursos foi um ativo poderoso na tarefacasino online con bonusincluir os alunos.

Nas salascasino online con bonusaulas tradicionais, que são realidade para a maioria dos professores, é mais difícil para o professor se adaptar à necessidadecasino online con bonusmuitos alunos, opina Edson, que vê o riscocasino online con bonusque muitos alunos percam a conexão com o aprendizado — e não só os que têm necessidades especiais.

"Na salacasino online con bonusaula tradicional, é mais difícil se desprender do currículo para ter uma visão singular. Eu me realizei como professor porque aqui eu tenho uma estrutura voltada para isso, mas na sala é o grande desafio", diz. "O professor se apega muito que tem que dar determinada matériacasino online con bonusdeterminado período. Colocar a matéria na lousa e o aluno não entender nada, você só está enganando a si mesmo."

"A proposta é recuperar essa conexão do aluno com a salacasino online con bonusaula. Se o aluno tem qualquer tipocasino online con bonusdefasagem, vamos tirar essa defasagem, vamos criar uma comunidadecasino online con bonusaprendizagem", opina.

Outro diferencial, pondera o professor, foi a formação que ele procurou nos últimos anos, buscando cursos oferecidos na rede pública que o ajudaram a pensar novos caminhos para lidar com desafios antigoscasino online con bonusaprendizagem nas escolas, como a inclusão e retençãocasino online con bonusalunos.

Nos últimos anos, com o avanço também da legislação, Edson diz que os professores têm se mostrado menos intimidados diantecasino online con bonusalunos com deficiência ou algum tipocasino online con bonusnecessidade especial, como ele diz que era comum ocorrer há alguns anos.

"Nas universidades os cursoscasino online con bonusgraduação têm que incluir disciplina inclusiva no seu currículo, e isso está criando uma consciência. Não chega mais ninguém falando aqui na escola falando 'ah, eu não estou preparado, não estudei para dar aula para esses alunos'."

Para professor, qualquer aluno com dificuldadecasino online con bonusacompanhar a turma precisa estar no radar do professor para não se perder pelo caminho e desistir da escola, como fazem milharescasino online con bonusjovens todos os anos.

Em 2017,casino online con bonusrazão da faltacasino online con bonusengajamento juvenil nas atividades escolares, 1,3 milhão dos jovenscasino online con bonus15 a 17 anos não estavam na escola, o que representa uma perda para o Brasilcasino online con bonuscercacasino online con bonusR$ 124 bilhões, segundo estudo do Insper.

"É preciso tirar essa cruz dos ombros, ter o rigor metodológico, mas respeitar a condição da criança. Numa salacasino online con bonusaula você tem muitas pessoas com características diferentes, e você tem que entender essas diferentes características. O professor não pode deixar ninguém para trás", afirma Edson.

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