30 anos da queda do Muroroleta xxxtremeBerlim: "Foi a pior noite da minha vida", diz último líder da Alemanha Oriental:roleta xxxtreme

Krenz, um homem sorridenteroleta xxxtreme82 anos, estároleta xxxtremecondições bem melhores do que o país que ele certa vez administrou. A República Democrática Alemã (conhecida no ocidente como Alemanha Oriental) já não existe mais. Trinta anos depois dos tumultuosos acontecimentosroleta xxxtreme1989 e da queda do Muroroleta xxxtremeBerlim, o líder comunista concordouroleta xxxtrememe encontrar.

Por que Krenz amou a União Soviética

Por causa da pouca fluênciaroleta xxxtremeinglêsroleta xxxtremeKrenz e do meu fraco domínio na língua alemã, estamos nos comunicandoroleta xxxtremerusso. É uma linguagem que ele conhece bem. Krenz precisava: a RDA era um estado satéliteroleta xxxtremeMoscou.

"Eu amo a Rússia e a União Soviética", ele me diz. "Ainda tenho muitos contatos por lá. A RDA era uma cria da União Soviética. A URSS estava ao lado do berço da RDA. E, infelizmente, também estava ao lado do leitoroleta xxxtrememorte."

Para a Rússia comunista, a Alemanha Oriental era seu posto avançado na Europa. A União Soviética tinha 800 guarnições militares na RDA e meio milhãoroleta xxxtremesoldados.

"Ocupando o poder ou não, vimos as tropas soviéticas como nossos amigos", diz Krenz.

Mas, pergunto para ele, qual era o benefícioroleta xxxtremefazer parte do império soviético?

"Essa frase 'parte do império soviético'... é uma terminologia tipicamente ocidental", ele responde. "No Pactoroleta xxxtremeVarsóvia, nos vimos como parceirosroleta xxxtremeMoscou. Embora, é claro, a União Soviética tivesse a palavra final."

Como Krenz chegou ao topo

Nascidoroleta xxxtreme1937, filhoroleta xxxtremeum alfaiate, Egon Krenz subiu rapidamente os degraus da hierarquia comunista.

"Fui um Jovem Pioneiro. Depois, um membro da Juventude Alemã Livre. Depois, passei a integrar o Partido da Unidade Socialista. Então me tornei chefe do partido. Passei por todas as etapas."

Durante muitos anos, ele foi visto como o "jovem príncipe" – futuro sucessor do veterano líder da Alemanha Oriental Erich Honecker.

Mas, no momentoroleta xxxtremeque ele substituiu Honecker,roleta xxxtremeoutubroroleta xxxtreme1989, o partido dominante já estava perdendo o poder.

Da Polônia à Bulgária, o poder popular começava a varrer o bloco oriental. A Alemanha Oriental não foi exceção.

Onde Krenz falhou

Uma semana antes da queda do Muroroleta xxxtremeBerlim, Krenz voou para Moscou para negociações urgentes com o líder soviético Mikhail Gorbachev.

"Gorbachev me disse que o povo da União Soviética via os alemães orientais como seus irmãos", disse ele.

"E disse que, depois dos soviéticos, o povo da RDA era o que ele mais amava. Então, eu perguntei: 'Você ainda se vê como uma figura paterna para a RDA?' 'É claro, Egon", disse ele. 'Se você se refere a uma possível reunificação na Alemanha, isso não está na agenda'."

"Na época, pensei que Gorbachev fosse sincero. Esse foi o meu erro."

Você acredita que a União Soviética o traiu? Eu pergunto.

"Sim."

Como a Alemanha Oriental chegou ao fim

Em 9roleta xxxtremenovembroroleta xxxtreme1989, o Muroroleta xxxtremeBerlim caiu. Multidõesroleta xxxtremealemães orientais,roleta xxxtremefesta, atravessaram a fronteira recém-aberta.

"Foi a pior noite da minha vida", lembra Krenz. "Eu não gostariaroleta xxxtremeexperimentar issoroleta xxxtremenovo. Quando os políticos do Ocidente dizem que foi uma celebração do povo, eu entendo isso. Mas assumi toda a responsabilidade. Em um momento tão carregadoroleta xxxtremeemoção, como aquele, se alguém tivesse sido morto naquela noite, poderíamos ter sido tragados para um conflito militar entre grandes potências."

Um mês após a queda do muro, Krenz renunciou ao cargoroleta xxxtremelíder da Alemanha Oriental. No ano seguinte, a Alemanha Oriental e a Ocidental se reuniram. E a RDA foi parar nos livrosroleta xxxtremehistória.

Não demorou muito para a própria União Soviética desmoronar. Mas, na Europa Oriental, Mikhail Gorbachev – diferentementeroleta xxxtremeEgon Krenz – é visto como um herói por permitir que a "cortinaroleta xxxtremeferro" tenha sido derrubada.

Falando comigoroleta xxxtreme2013, o ex-presidente soviético disse: "Sou acusado com frequênciaroleta xxxtremeabrir mão da Europa Central e da Europa Oriental. Mas a quem eu a entreguei? Devolvi a Polônia, por exemplo, aos poloneses. A quem mais ela pertenceria?"

Krenz havia perdido o poder e o seu país.

Em seguida, ele perdeuroleta xxxtremeliberdade.

Em 1997, Krenz foi condenado por homicídio culposoroleta xxxtremealemães orientais que tentavam fugir atravessando o Muroroleta xxxtremeBerlim. Ele passou quatro anos na prisão.

'A Guerra Fria nunca acabou'

Egon Krenz ainda se interessa por política. E ainda apoia Moscou.

"Depoisroleta xxxtremepresidentes fracos como Gorbachev e Yeltsin, é uma grande sorte para a Rússia ter o (presidente Vladimir) Putin".

Ele insiste que a Guerra Fria nunca terminou, mas que,roleta xxxtremevez disso, "agora, está sendo travada com métodos diferentes".

Hoje, Krenz vive uma vida pacata na costa do Mar Báltico, na Alemanha.

"Ainda recebo muitas cartas e telefonemasroleta xxxtremenetos dos cidadãos da RDA. Eles dizem que os avós deles adorariam se eu lhes desejasse um feliz aniversário. Às vezes as pessoas se aproximam e me pedem um autógrafo ou para tirar uma selfie. "

Quando saímos do carro no centroroleta xxxtremeBerlim, um professorroleta xxxtremehistória e seu gruporoleta xxxtremealunos vêm até nós. É o diaroleta xxxtremesorte deles.

"Estamosroleta xxxtremeuma viagem escolar, viemosroleta xxxtremeHamburgo para estudar a história da RDA", diz o professor a Krenz. "É incrível tê-lo aqui conosco agora, como testemunha viva. Como foi para você quando o Muro caiu?"

"Não foi um carnaval", respondeu Krenz. "Foi uma noite muito dramática."

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