Bate-boca, memes, ‘troféu da Champions League’, deportação: os destaques da audiência123bet casinoMoro com deputados:123bet casino

Crédito, Fabio Pozzebom/Agência Brasil

Legenda da foto, Sergio Moro respondeu perguntas123bet casinodeputados durante quase oito horas

Segundo o site, Moro teria extrapolado seu papel como juiz ao trabalhar com os investigadores para prejudicar réus e pessoas investigadas. O então magistrado teria, por exemplo, orientado o procurador Deltan Dallagnol sobre a melhor ordem para deflagrar fases da Lava Jato; e teria também indicado possíveis delatores à força-tarefa da Lava Jato, entre outros episódios.

Na audiência do Senado, Moro também aproveitou para ironizar o jornalista Glenn Greenwald, um dos fundadores do Intercept. O ministro disse que seu depoimento aos deputados é o mesmo do Senado porque não é igual "ao site lá, que adultera versões".

A respeito das reportagens, Moro disse várias vezes que elas configuram "um balão vazio".

"Eu não reconheço a autenticidade, eu não tenho mais essas mensagens (retratadas nas reportagens). Podem até algumas serem (reais), mas podem ter sido adulteradas total ou parcialmente. Eu saí (do Telegram)123bet casino2017. Eu não tenho condição123bet casinorecordar123bet casinomensagens trocadas três anos atrás", disse o ministro.

Crédito, Fabio Pozzebom/Agência Brasil

Legenda da foto, O líder do PSL, Delegado Waldir (GO), chamou o The Intercept123bet casino'The IntercePSOL'

Esta não foi a primeira tentativa dos deputados123bet casinoouvir Moro - ele chegou a confirmar a ida à Câmara no dia 26123bet casinojunho, mas desistiu por conta123bet casinouma viagem oficial aos EUA.

A audiência123bet casinoterça-feira foi realizada por três comissões da Câmara: Constituição e Justiça (CCJ), Direitos Humanos e Minorias (CDHM) e Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP).

A sessão foi marcada por discussões acaloradas entre os deputados - provocando várias interrupções e pedidos da deputada Professora Marcivânia (PC do B-AP), que coordenou os trabalhos durante uma parte, para "retirar as expressões impróprias das notas taquigráficas".

O primeiro conflito aconteceu apenas meia hora depois do início da sessão; o fim também foi marcado por um bate-boca, depois que o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) disse que Moro ficaria para a história como "um juiz ladrão". Deputados pró-governo se levantaram e começaram a discutir com Braga, e então a sessão foi encerrada, pouco antes das 22h.

Abaixo, alguns destaques da ida123bet casinoMoro à Câmara.

Memes do PT e do PSL

Deputados do PT e do PSL prepararam cartazes com "memes" para exibir durante a sessão - muito embora o regulamento da Câmara não permita que este tipo123bet casinomaterial seja usado nas reuniões.

Os cartazes do PT ironizavam um slide exibido pelo procurador Deltan Dallagnol na apresentação da denúncia contra Lula no caso do Tríplex do Guarujá,123bet casinosetembro123bet casino2016.

Crédito, Bancada do PT na Câmara

Legenda da foto, O cartaz é uma paródia do 'PowerPoint do Dallagnol'

A imagem traz o retrato123bet casinoMoro ligado a frases como "13 milhões123bet casinodesempregados", "Maior beneficiado vira ministro da Justiça" e "Petrobras paga multa123bet casino40 bilhões para americanos".

O presidente da CCJ, Felipe Francischini (PSL-PR), chegou a reclamar com os deputados do PT: "O deputado Bohn Gass (PT-RS) está atrás123bet casinovossa excelência apresentando um cartaz assim. Eu detesto ter que dar bronca123bet casinovossas excelências. Mas isso não é permitido".

Já os deputados do PSL levaram cartazes com a palavra "Solução". É uma referência à deputada Maria do Rosário (PT-RS), que seria dona deste apelido segundo os documentos conhecidos como "planilhas da Odebrecht", divulgados123bet casinomarço123bet casino2016.

Filho do presidente da República, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) exibiu um dos cartazes.

Crédito, Eduardo Bolsonaro / Divulgação

Legenda da foto, 'Solução' é o suposto apelido123bet casinoMaria do Rosário (PT-RS) nas planilhas da Odebrecht

Quebra123bet casinosigilo do WhatsApp

O líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (PT-RS), levou à sessão uma série123bet casinodocumentos - os papéis eram escritos123bet casinonome123bet casinoSergio Moro, com a data desta terça-feira.

Faziam parte123bet casinoum desafio: Pimenta propôs a Moro que abrisse mão123bet casinoseus sigilos bancário, fiscal, telefônico, e das contas123bet casinoWhatsApp e Telegram, além123bet casinoter seus equipamentos eletrônicos periciados.

O resultado dessas perícias e a íntegra das mensagens ficariam à disposição das comissões.

Moro não aceitou o desafio da oposição. Segundo ele, a proposta dos deputados era "puro teatro". Após seis meses, as mensagens são apagadas pelo aplicativo, disse Moro.

"Esse teatro não faz sentido", afirmou o ministro.

Além123bet casinoPimenta, a proposta foi reproduzida por Jandira Feghali (PC do B-RJ) e Zeca Dirceu (PT-PR).

"O que o ministro teme123bet casinoassinar um simples documento autorizando a quebra123bet casinosigilo (das conversas nos aplicativos)?", disse este.

'Deportação'

Por volta das 17h, o deputado Filipe Barros (PSL-PR) disse que as reportagens teriam, para políticos123bet casinoesquerda e para o Intercept, o objetivo123bet casino"anular a Lava Jato, não responder pelos crimes que cometeram, e soltar o (ex-presidente) Lula". Barros disse ainda que o Intercept é "um site123bet casinocaráter questionável, cujo dono é um embusteiro criminoso".

"O dono desse site é inclusive casado com um deputado acusado123bet casinoterrorismo e espionagem, e portanto o dono desse site deveria ser expulso do nosso país", disse Barros, referindo-se ao deputado David Miranda (PSOL-RJ) e ao jornalista Glenn Greenwald, fundador do Intercept no Brasil.

Miranda e Greenwald são casados.

Crédito, Agência Câmara

Legenda da foto, David Miranda: falar123bet casinodeportação123bet casinoGlenn Greenwald é uma 'agressão à democracia'

Barros referia-se ao fato123bet casinoMiranda ter sido detido durante cerca123bet casinonove horas no aeroporto123bet casinoHeathrow,123bet casinoLondres,123bet casino2013. Suspeitava-se que ele estava carregando arquivos confidenciais fornecidos pelo delator Edward Snowden. Ele nunca foi formalmente acusado123bet casinoterrorismo pelo governo britânico, porém.

Por ter sido citado, Miranda ganhou o direito123bet casinoresponder a Barros na comissão.

"Eu fui citado como terrorista quando na verdade eu fazia um trabalho para a nação brasileira. Eu fiz um trabalho demonstrando jornalisticamente que a nossa Petrobras, que o ministro123bet casinoMinas e Energia, estavam sendo espionados, que presidentes deste país estavam sendo espionados", disse.

"Eu voltei para o país, comecei um processo contra aquele país (Inglaterra), e ganhei123bet casinojaneiro123bet casino2016. Nunca,123bet casinonenhum momento, o governo da Inglaterra me colocou num pedestal123bet casinoterrorista", disse.

"Essa Casa aqui ter pares que peçam para que eu seja deportado junto com meu marido é uma falácia, é uma agressão à democracia, principalmente porque eu sou eleito no Estado do Rio123bet casinoJaneiro. E meu marido fez um trabalho jornalístico impecável antes, e continua fazendo agora", disse.

O 'troféu da Champions League'

Audiências polêmicas na Câmara costumam ter elementos cênicos, mas o deputado Boca Aberta (PROS-PR) foi o que mais investiu na performance nesta terça-feira. Ele levou um "troféu da Champions League" com o nome123bet casinoMoro gravado, com o objetivo123bet casinoentregar o objeto para o ministro.

Crédito, TV Câmara/Reprodução

Legenda da foto, Boca Aberta foi eleito deputado federal pela primeira vez123bet casino2018

O deputado, cujo nome verdadeiro é Emerson Petriv, ficou conhecido por andar na cidade123bet casinoLondrina com uma caixa123bet casinosom acoplada à123bet casinobicicleta, com a qual fazia sátiras políticas. É conhecido no Congresso pelo tom123bet casinovoz estridente.

Crédito, TV Câmara/Reprodução

Legenda da foto, Sergio Moro aceitou o troféu e o entregou a um assessor

"Sergio Moro, neste momento entrego o troféu da Champions League ao senhor. Eu fiz questão123bet casinocolocar na inscrição: Sergio Moro, a maior estrela do combate à corrupção", disse ele ao entregar o troféu a Moro. Petriv aproveitou para recomendar "à petezada" que lavasse a boca "com creolina, com ácido sulfúrico", antes123bet casinofalar123bet casinoMoro.

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