Lava Jato é maior que Moro, Dallagnol e Lula, dizem professoresjogo de pianoHarvard e Oxford:jogo de piano

Crédito, Fernando Frazão/Agência Brasil

Legenda da foto, Pesquisador diz que força da marca Lava Jato vai ser testada com as gravações das conversasjogo de pianoMoro e procuradores

O americano Matthew Stephenson, professorjogo de pianoDireitojogo de pianoHarvard e ex-assessorjogo de pianoum juiz da Suprema Corte americana, concorda que a percepção do público a respeito da operação transcende Moro e vai além da atuação da força-tarefa comandada pelo procurador Deltan Dallagnol. Stephenson diz ainda que a Lava Jato também é "maior que Lula".

"Entendo que Lula é um político muito influente e uma figura muito carismática no Brasil, mas essa operação é muito maior. É compreensível que na narrativa anticorrupção as pessoas se concentremjogo de pianoindivíduos porque nós procuramos por heróis e vilões. Mas a Lava Jato é tão grande que tem o potencial para mudar as instituições", diz Stephenson, que tem se dedicado a pesquisar corrupção e separação dos Poderes.

Efeito dos vazamentos na Lava Jato

No entanto, nem Stephenson nem Ocantos dizem saber dimensionar que efeito os vazamentos das conversas entre Moro e Dellagnol terão sobre a "marca" da operação. Divulgadas pelo site The Intercept Brasil, do jornalista Glenn Greenwald, trechos das mensagens trocadas entre o então juiz e o procurador sugerem que Moro orientou ações e cobrou novas operações dos procuradores por meiojogo de pianoDallagnol, o que, segundo o Intercept, daria um viés partidário às ações contra o ex-presidente Lula.

Nesta sexta (14), o The Intercept Brasil divulgou nova suposta conversajogo de pianoMoro,jogo de pianomaiojogo de piano2017,jogo de pianoque o então juiz teria sugerido a procuradores do MPF (Ministério Público Federal) uma ação para rebater a defesa do ex-presidente Lula após depoimento do petista à Lava Jato.

Ocantos admite que a imagemjogo de pianoMoro, que no finaljogo de piano2018 abandonou a carreirajogo de pianojuiz para fazer parte do primeiro escalão do presidente Jair Bolsonaro, ainda está muito associada à operação. "A operação [...] ainda está muito associada à figurajogo de pianoMoro, que incorporou a marca. Por isso, a grande pergunta é se é uma marca forte suficiente para resistir a esse escândalo". Para o pesquisador, é possível, por exemplo, que os acontecimentos recentes só reforcem as imagens contra e a favor que as pessoas têm da operação.

"Eu acho que é uma pergunta aberta, não sei a resposta. Não está claro o que vai acontecer", diz Ocantos. "Os que são a favor podem pensar: claro que eles (Moro e procuradores) tinham que fazer isso para combater a corrupção. E os que já viam problemas na Lava Jato podem dizer: claro que tem viés", completa o argentino.

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Ezequiel González Ocantos diz que diálogos mostram juiz e procurador 'fora do personagem'

Já Stephenson diz ser importante saber quantos são os que apoiam a operação mas não têm uma postura passionaljogo de pianorelação à Lava Jato.

"Se eu fosse brasileiro e não tivesse analisado as conversas (vazadas)jogo de pianoforma cuidadosa como eu tentei fazer, eu seria o tipojogo de pianopessoa que teria mudado minha postura porque eu sou simpático à campanha anticorrupção e as evidências do vazamento indicam que é tudo política. Mas não sei como as pessoas estão vendo isso", diz o professorjogo de pianoHarvard.

Stephenson, que inicialmente interpretou os diálogos como "uma chocante e imperdoável quebrajogo de pianoética do então juiz Moro" e um "errojogo de pianoavaliação" do procurador num texto publicado no blog criado por ele, recuou e afirma ter usado "palavras fortes demais". Para o jurista, nem todos os diálogos "são tão graves quanto o Intercept parece mostrar".

O professor prepara um novo post para o blog Global Anti-Corruption, uma referência para quem estuda o tema da corrupção, no qual faz uma reflexão sobre a possibilidadejogo de pianoparte das conversas entre Moro e Dallagnol terem sido travadas na fase investigativa e não durante o julgamento – e por que, segundo ele, isso pode não ser interpretado como uma contundente evidênciajogo de pianoque Moro agiujogo de pianoforma completamente irregular.

Apesarjogo de pianobaixar o tom das críticas, o professor diz ainda ficar incomodado com a troca regularjogo de pianomensagens entre um juiz e um procurador e também com o tomjogo de pianoalgumas das conversas que, segundo ele, sugerem um teor "excessivamente colaborativo".

'Fora do personagem'

Para Ezequiel Ocantos, as gravações divulgadas são como "uma mosca na sala", que nos permitiu ver os procuradores e o juiz "fora do personagem".

"Acho que essa é a importância do evento (das gravações). Mais do que estarem agindo ou nãojogo de pianoforma justa, eles estão agindo fora do personagem,jogo de pianouma forma que a gente não espera que se comportem", avalia o professor, dizendo que a revelação das conversas escancarou uma relação que até se podia imaginar que existia, mas que não era aberta.

Ele pondera, contudo, que personagens como Moro e Dallagnol dificilmente vão gerar consenso porque miram figuras públicas que dividem opiniões.

"Aqueles que gostam das pessoas vão achar que a decisão é errada e as que não gostam vão achar que as decisões são as corretas, mesmo que tomada pelo mesmo juiz. É muito difícil serem percebidos como imparciais", avalia.

Crédito, Oxford

Legenda da foto, Ezequiel González Ocantos questiona se episódio só vai reforçar as imagens que defensores e críticos já construíramjogo de pianorelação à Lava Jato

Leituras distintas

Ocantos cita ainda que a própria dinâmica do trabalhojogo de pianoum caso como a Lava Jato pode ter leituras completamente distintas.

O professor diz que é esse o caso dos diálogos dos procuradores sobre a entrevista do ex-presidente Lula antes das eleições.

Segundo as conversas divulgadas pelo TheIntercept Brasil, procuradores da força-tarefajogo de pianoCuritiba, liderados por Deltan Dallagnol, discutiram formasjogo de pianoinviabilizar uma entrevista do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizada à colunista Mônica Bergamo, da Folhajogo de pianoS.Paulo,jogo de pianosetembro do ano passado.

Os diálogos sugerem que, para os procuradores, a entrevista, que havia sido autorizada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski, poderia "eleger o (Fernando) Haddad" ou permitir a "volta do PT" ao poder.

Crédito, AFP

Legenda da foto, Diálogos dos procuradores sobre entrevistajogo de pianoLula às vésperasjogo de pianoeleição tem duas leituras possíveis e tende a reforçar opinião prévia sobre operação, diz professor

Nas conversas no grupo divulgadas pela publicação, eles discutiram a possibilidadejogo de pianoimpedir a entrevista ou qual formato traria menos benefícios políticos para Lula.

"Você pode ler os chats sobre a entrevista do Lulajogo de pianodois jeitos. Pode pensar que eles odeiam Lula, que são completamente enviesados, e contra ele. Mas pode achar que, se (os procuradores) querem que a investigação sobreviva, pensam na melhor chance para isso: um governo que vai querer parar a investigação ou outro que não", avalia. "Talvez seja uma mistura dos dois", opina.

Já Stephenson diz ter ficado "desapontado"jogo de pianover procuradores que respeita "fazendo pouco caso dos valoresjogo de pianouma imprensa livre", ao defenderem que Lula não falasse ao jornal Folhajogo de pianoS.Paulo antes das eleições.

"Por um lado, fiquei preocupado com vários aspectos das mensagens, porque discordo das conclusões políticas e legais da equipe da Lava Jato, e, o mais importante, porque me incomodei com procuradores falando tão abertamente sobrejogo de pianoesperançajogo de pianoque um lado,jogo de pianovezjogo de pianooutro, vença uma eleição", escreveu o professorjogo de pianoHarvard no blog.

Para Stephenson, contudo, "a hostilidade ao PT pode ter resultado dos ataques implacáveis ​​do PT à operação Lava Jato, incluindo ameaçasjogo de pianofechamento e denúncias pessoais dos promotores."

Crédito, AFP

Legenda da foto, Já Patrício Navia, professor no Centro para Estudos Globais da Universidadejogo de pianoNova York (NYU), afirma que a credibilidade da Lava Jato fica comprometida diante dos vazamentos

Razões para questionamento

Diferentejogo de pianoOcantos ejogo de pianoStephenson, o professor no Centro para Estudos Globais da Universidadejogo de pianoNova York (NYU), Patrício Navia, afirma que a credibilidade da Lava Jato fica comprometida diante dos vazamentos. "Há motivos suficientes para questionar os resultados da operação, diz.

"Se uma pessoa é julgada e condenada por acusaçõesjogo de pianohomicídio e,jogo de pianoseguida, há evidênciasjogo de pianoque os promotores adulteraram as evidências, a decisão provavelmente será anulada. Este não é o resultado da pessoa não ser culpada, mas a violação do devido processo é suficiente para anular a decisão", afirma Navia.

"Pelo menos, no que diz respeito ao impacto político, a credibilidadejogo de pianotodo o processo estájogo de pianodúvida. Isso será amplamente usado pelos defensoresjogo de pianoLula que afirmaram que todo o processo foi politicamente motivado", completa o professor da NYU.

jogo de piano Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube jogo de piano ? Inscreva-se no nosso canal!

Pule YouTube post, 1
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosjogo de pianoautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticajogo de pianousojogo de pianocookies e os termosjogo de pianoprivacidade do Google YouTube antesjogo de pianoconcordar. Para acessar o conteúdo cliquejogo de piano"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdojogo de pianoterceiros pode conter publicidade

Finaljogo de pianoYouTube post, 1

Pule YouTube post, 2
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosjogo de pianoautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticajogo de pianousojogo de pianocookies e os termosjogo de pianoprivacidade do Google YouTube antesjogo de pianoconcordar. Para acessar o conteúdo cliquejogo de piano"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdojogo de pianoterceiros pode conter publicidade

Finaljogo de pianoYouTube post, 2

Pule YouTube post, 3
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosjogo de pianoautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticajogo de pianousojogo de pianocookies e os termosjogo de pianoprivacidade do Google YouTube antesjogo de pianoconcordar. Para acessar o conteúdo cliquejogo de piano"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdojogo de pianoterceiros pode conter publicidade

Finaljogo de pianoYouTube post, 3