Barãoas betCocais: após alerta, cidade mineira se prepara para possibilidadeas betrupturaas betbarragem:as bet

Em nota, a Vale afirmou que "não há elementos técnicos até o momento para se afirmar que o eventual escorregamento do talude (...) desencadeará gatilho para a ruptura da Barragem Sul Superior", mas que, ainda assim, o nívelas betalerta foi reforçado.

Para Ramos, os órgãos públicos, a população e a empresa estão preparados para um eventual acidente. Ele diz que não deixará a cidade nos próximos dias, mas, como precaução, preparou com a família uma bolsa com itens essenciais, como produtosas bethigiene e roupas.

Outros moradores que conversaram com a BBC News Brasil, no entanto, relatam apreensão na cidade - intensificada desde que a Vale notificou o Ministério Públicoas betMinas Gerais (MP-MG) sobre a deformação do talude.

"O medo está nos olhos das pessoas. Muitas famílias estão deixando a cidade e indo para Santa Bárbara e outras cidades próximas", relata Fernando Batista,as bet38 anos, ele próprio trabalhador do setor da mineração, masas betoutra empresa.

"Preciso continuaras betBarãoas betCocais por conta do meu trabalho. Vou deixar minha filha e esposaas betItabira (outra cidade mineira, onde Fernando nasceu e tem família) e volto para trabalhar, pois no momento não tenho opção."

Alertaas betfevereiro

A apreensão relatada por Fernando, porém, não éas bethoje. Cercaas bet500 moradores dos distritosas betPiteiras, Socorro, Tabuleiro e Vila do Gongo, parteas betBarãoas betCocais e mais próximos à barragem, foram evacuados às pressasas betcasa na madrugadaas bet8as betfevereiro - duas semanas após o rompimentoas betuma barragem da Valeas betBrumadinho, que matou 240 pessoas.

A evacuação foi realizada por determinação da Agência Nacionalas betMineração (ANM) após uma inspeção na Barragem Sul Superior.

A ANM acionou o nível 2as betemergência - na escala, este é anterior ao nívelas betmaior risco para barragens, o 3. O nível 3 veio no mês seguinte, no finalas betmarço, e está ativo desde então.

Segundo o vice-prefeito, hoje os distritosas betPiteiras, Socorro, Tabuleiro e Vila do Gongo estão vazios e cercaas bet160 famílias estão vivendoas bethotéis e casas alugadas pela Vale.

"Socorro era um distrito com bastante gente, comércio, uma igreja católica visitada por muitos turistas. Hoje, está tudo parado", lembra.

Desde fevereiro, Fernando Batista conta ter ficado um tempo afastado da filha e da esposa, alocadasas betItabira, e mudouas betimóvelas betBarãoas betCocais - buscando uma casa mais alta, fugindoas betuma eventual lamaas betrejeitos da mineração.

A microempreendedora Cristina Vieira, 34, mora na chamada zona secundáriaas betrisco - ela fica a uma ruaas betuma área já bloqueada desde fevereiro e que será mais rapidamente afetadaas betcasoas betrompimento. Sua vizinhança está mais vazia, com algumas casas abandonadas desde fevereiro por seus moradores. Ela, casada e mãeas betduas filhas,as bet2 e 15 anos, diz que a família não pretende deixar a casa - mas já se organizaas betcasoas betemergência.

"A cada hora do dia, a gente conversa entre si: se o alarme tocar, nos encontramos no ponto tal. Já falei para a minha filha mais velha que, se algo acontecer, vou buscar a mais nova e depois nos encontramosas betum local combinado", relata.

'Evacuação abrupta e assustadora'

A atividade na minaas betGongo Soco, ao lado da qual está o taludeas betdeformação e que pode afetar a Barragem Sul Superior, a 1,5 km, está paralisada desde 2016.

Batista diz que, por isso, os moradores não imaginavam que a barragem poderia trazer algum risco.

Masas betfevereiro veio o susto, e, por ele, a Vale teve R$ 50 milhões bloqueados pela Justiçaas betmarço a pedido do MP-MG e da Defensoria Pública do Estado.

"Conforme apurado, a evacuação ocorreuas betforma abrupta e assustadora, durante a madrugada, causando pânico nos moradores locais, que deixaram os pertences e foram deslocados para o ginásio poliesportivoas betBarãoas betCocais", diz um comunicado do MP-MG.

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