Bolsonaro defende discurso sobre Ustra e 'nazismobet70esquerda' no último diabet70Israel:bet70

A menção ao discurso do impeachment foi feita logo depoisbet70Bolsonaro se classificar como, "alémbet70um patriota, um democrata, acimabet70tudo".

"No anobet702016, tivemos um fato marcantebet70nosso país, uma presidente perdeu seu mandato. E ali, tiveram os deputados alguns segundos para dar um recado e para votar contra ou favorável o impeachment. Eu votei favorável. As palavras ali proferidas por mim tiveram impacto dentro e fora do Brasil por alguns dias, mas eram palavras que estavam sedimentadas,bet70João 8:32, a verdade tinha que ser conhecida", disse o presidente aos representantes da comunidade brasileira.

Discurso polêmico

O discursobet70Bolsonaro na sessão que autorizou o impeachmentbet70Dilma,bet7017bet70abrilbet702016, causou polêmica e protestosbet70entidadesbet70defesa dos direitos humanos. Na ocasião, Bolsonaro comparou o impeachment ao golpe militarbet701964.

"Perderambet701964, perderam agorabet702016. Pela família e pela inocência das criançasbet70salabet70aula, que o PT nunca teve. Contra o comunismo, pela nossa liberdade. Contra o Forobet70São Paulo, pela memória do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, o pavorbet70Dilma Rousseff", disse Bolsonaro na ocasião.

Durante o regime militar, entre 1970 e 1974, Ustra foi o chefe do DOI-Codi do Exércitobet70São Paulo, órgãobet70repressão política do governo militar. Ali, sob o comando do coronel, ao menos 50 pessoas foram assassinadas ou desapareceram e outras 500 foram torturadas, segundo a Comissão Nacional da Verdade.

A mençãobet70Bolsonaro ao discurso acontece dias depoisbet70o governo ter se envolvidobet70polêmicas a respeito das comemorações dos 55 anos do golpe militarbet701964.

No último dia 25, o presidente havia determinado que o Ministério da Defesa comemorasse o golpe. As comemorações chegaram a ser proibidas pela Justiça após pedido da Defensoria Pública da União, mas a decisão acabou derrubada por uma desembargadora no sábado.

No domingo, o Planalto divulgou por umbet70seus canaisbet70comunicação oficial - um númerobet70WhatsApp para o enviobet70comunicados ao público - um vídeo defendendo o golpebet701964. O mesmo vídeo foi divulgado nas redes sociais pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente.

Questionado algumas vezes sobre o vídeo durante a viagem a Israel, o porta-voz da Presidência, Otávio Rêgo Barros, afirmou que o Planalto não comentariabet70divulgação.

Nazismobet70esquerda ou direita?

Em Jerusalém, Bolsonaro também foi questionado por repórteres se considera o nazismo - regime responsável pelo genocídiobet706 milhõesbet70judeus, alémbet70homossexuais, deficientes, Testemunhasbet70Jeová, entre outros - como um movimentobet70esquerda oubet70direita.

"Não há dúvidas (de que foi um movimentobet70esquerda), Partido Nacional Socialista da Alemanha", disse o presidente, aludindo ao nome oficial do partido liderado por Adolf Hitler.

Pouco antes, reportagem da BBC News Brasil havia revelado que o Yad Vashem, museu do Holocaustobet70Jerusalém visitado pelo presidente nesta terça, localiza o nazismo como parte do surgimentobet70diversos gruposbet70direita radical na Alemanha do entreguerras.

A classificação do Partido Nazista como parte da direita vaibet70encontro com opiniões expressadas pelo ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo.

Em um post recentebet70seu blog, Metapolítica 17, Araújo escreveu que "a esquerda fica apavorada cada vez que ressurge o debate sobre a possibilidadebet70classificar o nazismo como movimentobet70esquerda", explicando que,bet70umbet70opinião, o nazismo foi um movimento esquerdista.

O presidente decidiu anteciparbet70duas horas o retorno ao Brasil, marcado para a manhã desta quarta-feira.

Segundo o porta-voz Rêgo Barros, a antecipação se deu por motivos logísticos e porque Bolsonaro irá se encontrar na quinta-feira com parlamentares para discutir a reforma da Previdência.

Muro e nazismo

O chanceler Ernesto Araújo também foi questionado por repórteres sobre como reagia ao fatobet70o museu visitado por Bolsonaro considerar o nazismo como um movimentobet70direita.

Perguntado se concordava com a definição dada pelo museu, ele disse que "essas definiçõesbet70esquerda e direita, tem que ser visto o que se entende por elas. Nesses últimos dias têm surgido várias publicações, artigos que procuram identificar um pouco isso, estudar um pouco isso sob a perspectiva que eu procurei apontarbet70ver semelhanças e proximidades entre esses movimentos nazistas da Europabet70metade do século 20 e movimentosbet70extrema esquerda", disse o ministro.

"Eu lancei foi esse debate (...), acho que é importante que as pessoas discutam o que é o conteúdobet70diferentes movimentos totalitários e ver o que eles têmbet70comum", disse Araújo, que afirmou que a associação do nazismo com a direita foi usada para "denegrir movimentos que são consideradosbet70direita que não têm nada a ver com o nazismo".

Questionado se a presença do primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu na visitabet70Bolsonaro ao Muro das Lamentações poderia significar o reconhecimento da demandabet70Israel sobre a soberaniabet70Jerusalém, Araújo negou e disse que o ato "foi um momento puramente religioso".

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