Como disputas ideológicas no país chegaram ao parto:cassino pagando sem deposito

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Legenda da foto, Para representantescassino pagando sem depositocorrentes conservadoras, debate sobre humanização do parto tem conexão com defesa do aborto

Mas o textocassino pagando sem depositoLibertad logo foi classificado uma semana depois como "fake news" por um outro portal, o Estudos Nacionais - este marcado por repetidos artigos contra o aborto e títulos como "É Jair, ou já era!" (fazendo referência ao presidente Jair Bolsonaro), "A verdadeira educação está fora das universidades brasileiras" e "Entidadescassino pagando sem depositocontrole populacional mundial continuam investindo no Brasil".

Legenda da foto, Textocassino pagando sem depositoenfermeira obstétrica foi publicado no portal Jornalistas Livres na véspera do 2º turno

A postagem do Estudos Nacionais criticou o fato do nomecassino pagando sem depositoBolsonaro ter sido citado no textocassino pagando sem depositoLibertad sem que o candidato tivesse alguma vez se manifestado sobre o debate relativo às viascassino pagando sem depositoparto: "Tratou-secassino pagando sem depositouma afirmação baseadacassino pagando sem depositomeras suposições". Ainda segundo o portal, a publicação da enfermeira seria uma expressãocassino pagando sem depositoque "a defesa do parto humanizado é vista pela esquerda como partecassino pagando sem depositosuas pautas".

Este é apenas um dos textos publicado no Estudos Nacionaiscassino pagando sem depositoque a defesa do parto humanizado é associado à esquerda.

A chamada humanização da gestação indica a busca por procedimentos, do pré-natal ao parto, que não sejam desrespeitosos e excessivamente artificiais para grávida, bebê e família. Com estas premissas, tanto partos normais quanto cesarianas podem ser "humanizados".

Mas essa tendência frequentemente vai ao encontro do clamor por alternativas à cesariana - uma cirurgia. Alguns gruposcassino pagando sem depositoativistas e pesquisadores também reivindicam que o nascimento possa ser feitocassino pagando sem depositooutros lugares que não os hospitais, como a própria casa das famílias, e com a participaçãocassino pagando sem depositooutros profissionais da saúde que não necessariamente sejam médicos.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), cesarianas podem salvar vidascassino pagando sem depositomulheres e bebês - mas apenas quando tecnicamente necessárias, como no casocassino pagando sem depositotrabalhocassino pagando sem depositoparto prolongado, sofrimento fetal ou quando o bebê está numa posição anormal.

Legenda da foto, Segundo um texto no site Estudos Nacionais, 'a defesa do parto humanizado é vista pela esquerda como partecassino pagando sem depositosuas pautas'

Representantecassino pagando sem depositonova chapa do Cremerj diz que diretoria é 'conservadora'

Em entrevista à BBC News Brasil, Libertad disse ter escrito que "Bolsonaro colocacassino pagando sem depositorisco parto humanizado no Brasil" como diagnósticocassino pagando sem depositoum contexto.

"No programacassino pagando sem depositogoverno do Bolsonaro, havia pouco material sobre a saúde e nenhuma menção à questão do parto. Não tínhamos certezacassino pagando sem depositoque haveria retrocesso, mas tudo indicava que sim", diz.

A enfermeira obstetra justifica essa percepção citando a aproximação da família Bolsonarocassino pagando sem depositonomes da área médica que têm defendido abertamente a limitação do aborto e criticado os movimentos pela humanização do parto.

É o caso do ginecologista Raphael Câmara, coordenador do Grupocassino pagando sem depositoTrabalho Materno Infantil do Cremerj (Conselho Regionalcassino pagando sem depositoMedicina do Rio). Ele esteve sob os holofotescassino pagando sem depositoagosto, quando se colocou contrário à legalização do abortocassino pagando sem depositouma audiência pública no STF (Supremo Tribunal Federal), e já publicou diversos artigos questionando a defesa da reduçãocassino pagando sem depositocesáreas.

Sua chapa no Cremerj também esteve representadacassino pagando sem depositouma foto, publicada na colunacassino pagando sem depositoAncelmo Gois, do jornal O Globo,cassino pagando sem depositoque Flávio Bolsonaro (senador eleito pelo PSL e filhocassino pagando sem depositoJair Bolsonaro) aparece ao ladocassino pagando sem depositodois membros da nova diretoria fazendo o sinalcassino pagando sem depositoarmas - marca da família Bolsonaro. A imagem, ambientada na cerimôniacassino pagando sem depositoposse da chapa, veio à tonacassino pagando sem depositooutubro.

Câmara disse não ter ido à cerimônia, mas afirmou à BBC News Brasil por telefone que a nova diretoria "foi eleita assumidamente com uma pauta mais conservadora".

"A maioria das pessoas écassino pagando sem depositodireita. Então, ideologicamente, estamos mais para o lado do Bolsonaro", afirma o ginecologista, acrescentando ter votado e feito campanha por Bolsonaro.

Congresso internacional é alvocassino pagando sem depositonotacassino pagando sem depositoconselho

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Legenda da foto, Divergências no campo da política e da sociedade também recaem no debate sobre as viascassino pagando sem depositoparto

Câmara,cassino pagando sem depositonome da nova diretoria, assinou porcassino pagando sem depositovez uma notacassino pagando sem depositorepúdio ao conteúdocassino pagando sem depositopalestras do 22º Congresso Mundial da Federação Internacionalcassino pagando sem depositoGinecologia e Obstetrícia (Figo). O congresso, o maior a nível internacional para esta especialidade, foi sediado no Riocassino pagando sem depositooutubro.

Parte da programação, referente ao aborto e às viascassino pagando sem depositoparto, foi acusadacassino pagando sem depositoparcialidade. "[O Cremerj repudia o congresso] por não dar um único espaço ao contraditório, defendendo a manutenção da legislação atual sobre o aborto (...) deixando claro que o congresso tomou posição ideológica num tema que deveria ser técnico", diz a nota do conselho.

O texto também defende o "parto humanizadocassino pagando sem depositohospital com médico" e clama pelo "bem-estar materno-fetal sem demonizar o obstetra".

Em entrevista à BBC News Brasil, Câmara disse que a manifestação foi motivada por "centenas"cassino pagando sem depositodenúncias coletadas pela entidade.

"O que aconteceu foi que eles (a organização do congresso) escolhiam as maiores salas para falar do aborto", disse Câmara, coordenador do Grupocassino pagando sem depositoTrabalho Materno Infantil do conselho. "Deve-se debater o aborto, mas os dois lados deveriam ter direito a voz".

Ele também aponta para a conexão entre as reivindicações pela humanização do parto e pelo aborto.

"Quem defende uma coisa, defende outra. Tanto que, no mundo do parto humanizado, aquelas pouquíssimas pessoas contrárias ao aborto são demonizadas", disse Câmara por telefone, citando o nomecassino pagando sem depositouma colega que deixariacassino pagando sem depositoreceber potenciais pacientes por, sendo contrária ao aborto, ser boicotadacassino pagando sem depositogruposcassino pagando sem depositográvidas e mães nas redes sociais.

A programação do congresso da Figo incluía palestras classificadas no site do eventocassino pagando sem depositotemas como "obstetrícia clínica", "saúde sexual e direitos humanos", "oncologia ginecológica" e "saúde fetal pré-natal". O conteúdo foi definido por uma comissão científica formada por 13 especialistascassino pagando sem deposito12 países diferentes - um deles do Brasil, Marcos Felipe Silvacassino pagando sem depositoSá, diretor científico na Federação Brasileira das Associaçõescassino pagando sem depositoGinecologia e Obstetrícia (Febrasgo), entidade que mediou a nível local a produção do evento.

Parte da programação dedicou-se a abordar técnicas e debates sobre políticas referentes ao aborto. Havia palestras e oficinas com títulos como "Como o estigma do aborto impacta a todos nós" e "Aborto seguro: recomendações da OMScassino pagando sem depositoabortos médicos".

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Legenda da foto, Humanização da gestação indica a busca por procedimentos, do pré-natal ao parto, que não sejam desrespeitosos e excessivamente artificiais para grávida, bebê e família; com estas premissas, tanto partos normais quando cesarianas podem ser 'humanizados'

Também membro da Febrasgo, onde é diretorcassino pagando sem depositoDefesa e Valorização Profissional, Juvenal Barreto diz que não percebeu anormalidades ou conflitos no decorrer do congresso internacional.

Titular da diretoria da entidade, Barreto explica que a presençacassino pagando sem depositopalestras relativas ao aborto atende a demandas dos participantes, oriundoscassino pagando sem depositovários países e com interesses técnicos.

"Um congresso internacional tratacassino pagando sem depositoassuntos dos mais diversos. O aborto é proibido no Brasil, mas liberadocassino pagando sem depositooutros países do mundo. Fala-secassino pagando sem depositoum contexto mundial. Os participantes não vieram para o Brasil para discutir zika na gravidez, por exemplo", afirmou por telefone à BBC News Brasil.

Segundo o representante da Febrasgo, a entidade, como representante local, não tem participação alguma na decisãocassino pagando sem depositoquem e quais assuntos serão apresentados. Ele também refuta a acusaçãocassino pagando sem depositodesequilíbrio na visibilidade dada ao tema do aborto.

"O tamanho das salas foi definido apenas por contingências operacionais. Não havia nenhuma intençãocassino pagando sem deposito'doutrinar', como foi interpretado", diz.

Sites conservadores monitoraram programação do congresso

Os fatoscassino pagando sem depositohaver participantes do mundo todo ecassino pagando sem depositoo congresso não tratar exclusivamentecassino pagando sem depositotemas brasileiros, no entanto, não impediu que sites e entidades contrárias ao aborto tomassem o evento como uma afronta. Ainda antes do congresso, que ocorreu entre 14 e 19cassino pagando sem depositooutubro no centrocassino pagando sem depositoconvenções RioCentro, o congresso da FIGO foi acompanhadocassino pagando sem depositoperto por sites conservadores, como o Estudos Nacionais, que vincularam interesses pró-aborto à discussão sobre a humanização do parto.

Um textocassino pagando sem deposito19cassino pagando sem depositooutubro sobre o congresso, publicado no Estudos Nacionais, afirma, sem dar detalhes, que uma "tendência e reivindicação do parto humanizado tem sido incluída dentro da narrativacassino pagando sem depositoONGs que tradicionalmente lutam pela legalização do aborto".

No mesmo portal, um outro texto daquele mês afirmou que um fator que une as duas pautas é o "conceito da autonomia e empoderamento feminino".

Um outro site que analisou e criticou a programação do congresso da Figo foi o Aleteia, portal internacional patrocinado por fundações católicas e disponívelcassino pagando sem depositooito idiomas. Apenas a página no Facebook do sitecassino pagando sem depositoportuguês tem maiscassino pagando sem deposito700 mil curtidas. O site traz como mote a frase "Vida plena com valor - Estilocassino pagando sem depositovida, plenitude e valores que permanecem" e seções como "histórias inspiradoras", "espiritualidade" e "viagem e cultura".

Um texto no site detalha e classifica as atividades do congresso como sendo uma orientação para "matar bebês" e denuncia interessescassino pagando sem depositoONGs, fundações e clínicascassino pagando sem depositoabortos no evento.

Janaina Paschoal: 'Obstinação pelo parto normal'

Legenda da foto, No Twitter, a deputada estadual eleita por SP Janaina Paschoal endossou nota do Cremerj

A nota da Cremerj foi, porcassino pagando sem depositovez, catapultada nas redes sociais pela deputada estadual eleitacassino pagando sem depositoSão Paulo Janaina Paschoal (PSL). O posicionamento, publicadocassino pagando sem deposito18cassino pagando sem depositooutubro, foi multiplicado por Paschoal, no Twitter e no Facebook. Ela citou o que seria um "viés ideológico no Congresso da Figo": "Ciência pressupõe diálogo, não monólogo!"

Escrevendo à BBC News Brasil por WhatsApp, a deputada estadual eleita por São Paulo afirmou que não é "contrária a nenhum tipocassino pagando sem depositoparto" e que toda mulher deve escolher pela melhor opção, "sendo certo que o olhar médico não pode ser desprezado".

"O que me importa é preservar a vida e a saúdecassino pagando sem depositomãe e bebê. Insistir num parto normal, quando o quadro indica ser inviável, não é inteligente. Em uma audiência, eu ouvi uma médica testemunhar que o parto normal tem preferência, pois os alunos precisam aprender. O que é isso? As parturientes são cobaias?", questionou.

"Estou pensando nas mulheres mais simples, que acabam reféns dos modismos das mais abastadas", escreveu.

Legenda da foto, Paschoal falacassino pagando sem deposito'mantra da epidemia da cesárea'

Em agosto, Paschoal escreveu no Twitter que reivindicações pelo parto humanizado teriam enveredado para uma "obstinação pelo parto normal", motivada pelo "mantra da epidemiacassino pagando sem depositocesárea".

Perguntada sobre casos ou dadoscassino pagando sem depositomulheres que teriam sido prejudicadas por tal "obstinação", Paschoal afirmou que teve como base relatos aos quais teve acesso como advogada e durante a campanha, e tambémcassino pagando sem depositoconversas com o doutor Raphael Câmara.

Segundo o médico, ele e Paschoal se aproximaramcassino pagando sem depositouma audiência pública no STF sobre a interrupção da gravidez,cassino pagando sem depositoagosto.

"O nosso grupo, contra o aborto, era bem menor. Então, acabamos ficamos bem próximos. O Magno Malta (senador não reeleito pelo Partido da República, próximo a Bolsonaro) também estava lá", explicou.

Debate sobre taxacassino pagando sem depositocesarianas no Brasil

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Legenda da foto, Instituições como a OMS têm alertado para uma 'medicalização crescente dos processoscassino pagando sem depositoparto'

Câmara é autorcassino pagando sem depositodiversos artigos publicados na internet ecassino pagando sem depositojornais onde questiona a validade científica, o financiamento e o "conflitocassino pagando sem depositointeresse ideológico" que permeia debates sobre abortos e cesáreas.

Ele põe sob suspeita, por exemplo, dados do númerocassino pagando sem depositoabortos ilegais no Brasil. Os dados oficiais que existem sãocassino pagando sem depositoabortos legais - segundo o Ministério da Saúde,cassino pagando sem deposito2016 e 2017 eles foram da ordem anualcassino pagando sem deposito1,6 mil.

Já sobre abortos clandestinos, por motivos óbvios - afinal, a interrupção da gravidez, com algumas exceções, é considerada crime -, não há dados consolidados. Câmara questiona a validade científicacassino pagando sem depositodados levantados por estudos e ONGs que falamcassino pagando sem depositocentenascassino pagando sem depositomilharescassino pagando sem depositoabortos ilegais no país.

Ele também põecassino pagando sem depositodúvida os benefícios do parto normal e as metas internacionais para reduçãocassino pagando sem depositocesarianas, apesar das orientações da Organização Mundial da Saúde.

Em 2015, a OMS publicou um posicionamento sobre tais metas, afirmando que, embora a comunidade acadêmica internacional tenha considerado nas últimas décadas a taxa idealcassino pagando sem depositocesáreas na faixa entre 10% e 15% dos partos, particularidades locais e questões metodológicas tornam difícil a definiçãocassino pagando sem depositouma meta unificada.

Mas, naquele mesmo ano, a organização apontou no Brasil uma "verdadeira cultura da cesariana", sendo o país um dos expoentes no mundo da "epidemiacassino pagando sem depositocesarianas". Dados do Ministério da Saúde mostram que, naquele ano, 55,5% dos partos feitos no país foram cesáreas e 44,5% partos normais.

Um estudo publicado no periódico The Lancet estimou que,cassino pagando sem deposito2015, o percentual mundialcassino pagando sem depositopartos por cesárea foi bem menor que no Brasil: uma médiacassino pagando sem deposito21%.

A OMS coloca-se claramente pela necessidadecassino pagando sem depositoredução das cesáreas, afirmando que este procedimento "pode causar complicações significativas e às vezes permanentes, assim como sequelas ou morte"cassino pagando sem depositomães e bebês.

Diz um documentocassino pagando sem deposito2015 da instituição: "Os esforços devem se concentrarcassino pagando sem depositogarantir que cesáreas sejam feitas nos casoscassino pagando sem depositoque são necessárias,cassino pagando sem depositovezcassino pagando sem depositobuscar atingir uma taxa específicacassino pagando sem depositocesáreas".

'Não é sobre esquerda e direita, mas sobre direitos'

Presidente da Associação Brasileiracassino pagando sem depositoObstetrizes e Enfermeiros Obstetras na Paraíba (Abenfo-PB), Waglânia Freitas diz que movimentos que lutam pela redução no númerocassino pagando sem depositocesáreas não anulam a importância deste tipocassino pagando sem depositoparto e nem o desejo da parturiente.

Um congresso organizado pela Abenfo-PB foi citado no texto "Problemas e interesses do movimento pelo parto humanizado", publicado no Estudos Nacionais, como um exemplocassino pagando sem depositouma "excessiva autonomia da mulher" que seria prejudicial ao bebê - nas entrelinhas, no casocassino pagando sem depositoum aborto.

Segundo o portal, o principal tema do encontro na Paraíba teria sido a interrupção da gestação, ao lado da pauta do parto humanizado.

Para Freitas, entretanto, apontar estes como temas prioritários é uma maneira "descontextualizada"cassino pagando sem depositofalar do evento organizado pela Abenfo-PB, que também versou sobre outros assuntos.

"O movimento pela humanização do parto reconhece a importância da cesárea. Agradecemos a existência dessa tecnologia, ela salva vidas - quando indicada. Mas quando não é bem utilizada, ela põecassino pagando sem depositorisco mães e bebês, matando ou deixando sequelas", disse Freitas à BBC News Brasil por telefone. "Defendo que a mulher tenha direito ao seu corpo, à cesárea no horário que ela quiser. Mas ela precisa ter conhecimento sobre os riscos. Não entendo que seja algo ideológico,cassino pagando sem depositoesquerda oucassino pagando sem depositodireita. Écassino pagando sem depositodireitos".

A professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) diz que não viu situações atípicas no decorrer do evento, mas que percebe um aumentocassino pagando sem depositoataques nas redes sociais contra a pauta da humanização do parto.

"Não podemos sair do contextocassino pagando sem depositoque estamos. Temos uma polarização na qual existe uma linha política que nega e alija direitos; e outra que defende direitos conquistados historicamente", diz Freitas, que diz defender pessoalmente as conquistas dos governos do Partido dos Trabalhadores (PT) e a saída do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da prisão.

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Legenda da foto, Taxacassino pagando sem depositocesáreas no Brasil está vários pontos percentuais acima da média mundial; OMS falacassino pagando sem deposito'verdadeira cultura cesariana' no país

Disputa entre categorias

Para alémcassino pagando sem depositointerpretações sobre dados e políticas públicas que versam sobre o tema, outro assunto divisivo é o papelcassino pagando sem depositodiferentes categorias profissionais na gravidez e no parto.

Um post do Estudos Nacionais classifica o congresso da Figo como tendo um viés "antimédico", partecassino pagando sem depositoum contexto mais amplo que poderia desembocarcassino pagando sem deposito"uma definitiva lutacassino pagando sem depositoclasses entre médico x paciente, médico x doula, médico x marido" durante a gravidez.

A nota do Cremerj menciona um contextocassino pagando sem deposito"demonização" dos obstetras no evento.

À BBC News Brasil, Câmara disse que os obstetras são a "especialidade mais agredida" entre os médicos. Quando perguntado pela reportagem se há dados que comprovem isto, o ginecologista afirmou que isto ainda teria que ser levantado pelo conselho, mas quecassino pagando sem depositopercepção se originacassino pagando sem depositocasos que chegam à entidade.

"Não é violência obstétrica, mas violência contra o obstetra. Você acha que não tem obstetra safado? Claro que tem, como tem jornalista. Mas o termo 'violência obstétrica' nos impedecassino pagando sem depositofazer qualquer coisa", disse o ginecologista e diretor no Cremerj. "As enfermeiras e doulas querem este filão."

O termo "violência obstétrica" tem sido usado por instituições como o Ministério da Saúde e a Fiocruz para designar práticas que desrespeitam a mulher durante a gravidez ou o parto. Ele se caracteriza, por exemplo,cassino pagando sem depositosituações como o uso desenfreado da ocitocina sintética para acelerar o parto vaginal, o que pode aumentar o riscocassino pagando sem depositohemorragia; levar o bebê para longe da mãe após o nascimento; ou não deixar a parturiente comer ou beber, ou ainda ameaçá-la ou fazê-la alvocassino pagando sem depositochacotas.

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Legenda da foto, Discussão sobre a humanização do parto também recai sobre divisãocassino pagando sem depositopapéis entre categoriascassino pagando sem depositoprofissionais da saúde

Embora não cite diretamente o termo "violência obstétrica", uma declaração da OMScassino pagando sem deposito2014 afirma que "no mundo inteiro, muitas mulheres sofrem abusos, desrespeito e maus-tratos durante o parto nas instituiçõescassino pagando sem depositosaúde", o que configura um "quadro perturbador".

Já neste ano, a organização publicou uma sériecassino pagando sem depositorecomendaçõescassino pagando sem depositorelação ao parto. O documento afirma que a maioria dos nascimentos ocorrecassino pagando sem depositosituaçõescassino pagando sem depositoque não há fatorescassino pagando sem depositorisco para a mãe e o bebê, mas, no entanto, há uma "medicalização crescente dos processoscassino pagando sem depositoparto".

"Isto tende a enfraquecer a capacidade da mulhercassino pagando sem depositodar à luz e afetacassino pagando sem depositomaneira negativa acassino pagando sem depositoexperiênciacassino pagando sem depositoparto. Ademais, o maior usocassino pagando sem depositointervenções no trabalhocassino pagando sem depositoparto sem indicações claras continua a ampliar a lacunacassino pagando sem depositosaúde na equidade entre ambientes ricos e pobrescassino pagando sem depositorecursos", diz o documento.

A organização tem por anos encorajado a participaçãocassino pagando sem depositooutros profissionais da saúde, como enfermeiras e parteiras, na gravidez - do pré-natal ao parto.

Para Waglânia Freitas, os temores corporativos da categoria médica não se sustentam diantecassino pagando sem depositouma diminuição no volumecassino pagando sem depositocesáreas. Para ela, o lugar dos médicos continua garantido neste cenário.

"Há um medo da categoria médicacassino pagando sem depositoperder espaço, mas eles têm um espaço garantido.... Qual é o espaço? É o da intervenção, da assistência àquele grupocassino pagando sem depositomulheres que estão na iminênciacassino pagando sem depositomorrer ou adoecer", diz.

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