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Governo Bolsonaro: Ex-embaixador dos EUA defende entrada do Brasil na Otan, aliança militarpré aposta sportsbetpotências ocidentais:pré aposta sportsbet
"Nos piores momentos dos governos militares na América do Sul, a Venezuela foi muito generosapré aposta sportsbetreceber pessoas que escapavampré aposta sportsbetgovernos autoritários. No ápice da violência na Colômbia, eles receberam muitos colombianos que estavam fugindo para salvar suas vidas (...) A Venezuela mostrou generosidade na história e é importante que outros países agora mostrem o mesmo."
O americano também surpreende ao defender a entrada do Brasil na Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) - principal aliança militar do planeta e um dos interessespré aposta sportsbetauxiliares ligados à política internacionalpré aposta sportsbetBolsonaro, segundo a BBC News Brasil apurou.
"Traria ao Brasil uma oportunidade para se envolver e trabalhar diretamente não apenaspré aposta sportsbetquestões militares e das forças armadas, maspré aposta sportsbettudo que for ligado a segurança nacional e segurança global", diz.
Os EUA apoiariam a ideia? "Torço para que sim."
Após atribuir aos protestospré aposta sportsbet2013 a reviravolta política brasileira que afastou Dilma Rousseff e trouxe o nacionalismo conservadorpré aposta sportsbetBolsonaro ao poder, Shannon não nega que haja ameaças à nossa democracia, mas recalibra a mira contra o presidente eleito.
"A ameaça à democracia veio antespré aposta sportsbetBolsonaro", diz. "Ela é fruto da acumulaçãopré aposta sportsbetquestões que produziram ele."
Sobre a eventual nomeaçãopré aposta sportsbetSergio Moro ao Ministério da Justiça ou à Suprema Corte, o americano diz que o juiz "é profundamente respeitado fora do Brasil".
"O Brasil não é para principiantes", diz o ex-embaixador à reportagem, citando Tom Jobim. "Também não é para apressados."
Leia os principais trechos da entrevista.
pré aposta sportsbet BBC News Brasil - Qual épré aposta sportsbetopinião sobre Bolsonaro? Como vê o próximo presidente do Brasil?
pré aposta sportsbet Tom Shannon - Ele é alguém que recebeu muitos votos. Receber maispré aposta sportsbet55% dos votos no segundo turno é um sinal muito forte sobre a rejeiçãopré aposta sportsbetpolíticos e partidos mais tradicionais pela população brasileira. Mas também cria uma base bem fortepré aposta sportsbetapoio com a qual ele pode começar seu governo.
No fim das contas, os parceiros estrangeiros do Brasil, como os Estados Unidos ou tantos outros países, precisam respeitar os resultados desta eleição e estar preparados para trabalhar com o novo governo que o povo brasileiro escolheu.
pré aposta sportsbet BBC News Brasil - O senhor o vê como o "Trump dos trópicos", como dizem alguns?
pré aposta sportsbet Shannon - Ele é parecido com o presidente Trumppré aposta sportsbettermospré aposta sportsbettrajetória política.
Quero dizer, Bolsonaro está envolvido com a política há mais tempo que o presidente Trump. Ele é um membro da Câmara dos Deputados há quase 30 anos, mas obviamente é alguém que soube tomar vantagem do desânimo que muitos brasileiros sentiram na sequência dos escândalospré aposta sportsbetcorrupção e seu desejopré aposta sportsbetbuscar mudanças por meio do processo eleitoral.
Nesse sentido, o presidente Bolsonaro foi capazpré aposta sportsbetcaptar essa energia e rejeição da política tradicional da mesma maneira que o presidente Trump foi.
pré aposta sportsbet BBC News Brasil - pré aposta sportsbet Vocês tiveram algum contato enquanto o senhor estava no Brasil como embaixador?
pré aposta sportsbet Shannon - Nós tínhamos regularmente um contato intenso com todos os membros do Legislativo, mas eu não tive pessoalmente contato direto com Bolsonaro naquela época.
pré aposta sportsbet BBC News Brasil - O senhor era o embaixador dos EUA no Brasil quando os grandes protestospré aposta sportsbet2013 explodiram por todo o país. As chamadas "marchaspré aposta sportsbetjunho", ou a "primavera brasileira". Acha que isso foi o pontopré aposta sportsbetpartida para as mudanças dramáticas que o Brasil viveu depois - do impeachmentpré aposta sportsbetDilma Rousseff a esta curva à direita na Presidência?
pré aposta sportsbet Shannon - Sim. Porque ficou claro naquela época que um grande segmento do Brasil, especialmente os jovens e a classe média, estava muito preocupado com muitas coisas no país, algumas relacionadas a corrupção, outras serviços públicos, outras a impostos altos.
Os protestos começaram com os aumentos nos preços do transportepré aposta sportsbetSão Paulo, mas esta era claramente a "primeira rachadura na barragem".
Isso mostra que há uma insatisfação profunda e um ressentimento quepré aposta sportsbetrepente se apresentarampré aposta sportsbetgrande escala quando o escândalo da Lava Jato se tornou público.
pré aposta sportsbet BBC News Brasil - O que podemos esperar das relações entre EUA e Brasil sob a presidênciapré aposta sportsbetBolsonaro?
pré aposta sportsbet Shannon - Ainda vamos ver. Houve um telefonema inicial entre o presidente Trump e o presidente eleito do Brasil e para todos os efeitos foi uma ligação positiva. O que é um bom começo.
Obviamente, há um grande interesse sobre quando eles vão conseguir marcar uma reunião para definir uma agenda mútua e seguirpré aposta sportsbetfrente.
Brasil e EUA são parceiros naturaispré aposta sportsbetmuitas coisas, tem sido assim há muito tempo. Esta relação pode ser melhorada, claro.
Acho que os dois lados neste momento estarão buscando maneiraspré aposta sportsbetmostrar sinais mútuos clarospré aposta sportsbetque querem uma aproximação melhor para então tornarem essa aproximação benéfica para os dois lados. Acho que é assim eles vão se comportar no curto prazo.
pré aposta sportsbet BBC News Brasil - pré aposta sportsbet Comercialmente, como se pode melhorar a relação entre os dois países?
pré aposta sportsbet Shannon - Bom, para começar, os EUA ainda são um parceiro muito importante para o Brasil, apesarpré aposta sportsbettermos perdido o primeiro lugar na parceria comercial para a China. Muito disso foi por conta da grande quantidadepré aposta sportsbetcommodities, especialmente grãospré aposta sportsbetsoja, minérios e energia que a China compra.
Os EUA são um parceiro comercial único para o Brasil porque boa parte dos nossos negócios envolve valor agregado.
Em outras palavras, é um comércio que se liga às cadeiaspré aposta sportsbetsuprimentos locais e acho que o Brasil pode ganhar muito mais com uma abertura maior para o investimento americano, com mais abertura para empreendimentos conjuntos ("joint ventures") entre empresas americanas e brasileiras.
Tenho esperança que os dois países - os dois governos, mas também o setor privado - se concentrempré aposta sportsbetampliar as trocas comerciaispré aposta sportsbetáreas que podem trazer retornos significativos, como aviação civil, defesa, tecnologia espacial, aparatos médicos e científicos ou, especialmente no setor agrícola, onde há uma quantidade enormepré aposta sportsbetpesquisas sobre pecuária,pré aposta sportsbetforma a trazer benefícios mútuos.
Há muitas áreas nas quais o comércio e os investimentos podem melhorar e isso só dependepré aposta sportsbetliderança política.
pré aposta sportsbet BBC News Brasil - pré aposta sportsbet Enquanto os EUA são o segundo principal parceiro comercial do Brasil, o Brasil é apenas o 12º no rankingpré aposta sportsbetparceiros dos EUA. Muita gente diz que o Brasil nunca foi uma prioridade para os EUA. O senhor concorda?
pré aposta sportsbet Shannon - Não, não concordo. Acho que o Brasil é uma prioridade se você olhar para o nosso hemisfério.
É a segunda maior democraciapré aposta sportsbettermospré aposta sportsbetpopulação, é o maior território da América do Sul, e o país tem recursos naturais incríveis e muitas realizações, mas também muito potencial. Por esta razão, os EUA sempre tiveram interesses especiais no Brasil.
Mas os dois países, enquanto potências regionais, são também países com ambições e aspirações globais. Da mesma forma que os EUA não querem ser definidos só como um país na América do Norte, o Brasil não quer ser visto só como um país sul-americano. Nós dois vemos os nossos interessespré aposta sportsbetforma mais ampla.
Esta é uma áreapré aposta sportsbetque precisamos trabalhar melhor e tentar encontrar formaspré aposta sportsbettrabalharmos juntos globalmente, para benefício dos dois lados.
pré aposta sportsbet BBC News Brasil - pré aposta sportsbet O presidente Trump disse recentemente que o Brasil deve ser o país "mais duro do mundo para negócios" e que "cobrapré aposta sportsbetnós o que quer". É verdade?
pré aposta sportsbet Shannon - O Brasil tem um grande mercado interno que historicamente é protegido. Nunca foi fácil para empresas estrangeiras entrarem neste mercado. Porém, não é impossível.
Uma das coisas importantes que é preciso lembrar e entender sobre o Brasil é que, como disse Tom Jobim, o "Brasil não é para iniciantes". Em outras palavras, leva tempo.
Mas o Brasil também não é para apressados. Ou seja, para fazer algo dar certo no Brasil é preciso estabelecer uma relação, é preciso mostrar que se tem um comprometimento com o sucesso do Brasil. E as empresas estrangeiras, especialmente as americanas, algumas estão no Brasil há maispré aposta sportsbet100 anos, como a Chevron, a Boeing, se dão muito bem no Brasil.
Acho que isso é algo que precisa ser compreendido. Obviamente, pode haver muitas formas para o Brasil começar a abrir seu mercado, se fazer mais atraente para o investimento externo, para a indústria estrangeira, mas este é um processo que leva tempo. E neste meio tempo é importante entender que é possível fazer negócios com o Brasil, só é preciso dedicação.
pré aposta sportsbet BBC News Brasil - pré aposta sportsbet E politicamente, como o senhor vê esta aproximação?
pré aposta sportsbet Shannon - É preciso que conversemos para entender nossos interesses globais e onde podemos trabalhar juntospré aposta sportsbetbusca destes interesses. Na regiãopré aposta sportsbetsi, temos desafios muito significativos no curto prazo.
Um dos maiores está na Venezuela e o problema encarado por Brasil, Colômbia e outros com a circulaçãopré aposta sportsbetrefugiados saindo da Venezuela.
Trabalhar não só com os EUA, mas com todos estes vizinhos na América do Sul e com países latino-americanos importantes como o México, e com países importantes da América do Norte, como o Canadá, para encontrar uma formapré aposta sportsbetatender os interesses da população venezuelana, acho que seria um importante desafio inicial para o Brasil e para todos os países do hemisfério.
pré aposta sportsbet BBC News Brasil - E como poderíamos ajudar a resolver o problema venezuelano?
A primeira coisa importante é atenção ao problema dos refugiados e tentar garantir que as pessoas que estão saindo da Venezuela porque não têm acesso a comida, ou remédios, ou abrigo ou segurança encontrem espaços temporáriospré aposta sportsbetabrigo enquanto sonhampré aposta sportsbetvoltar para casa.
É importante lembrar que durante os piores momentos dos governos militares na América do Sul, a Venezuela foi muito generosapré aposta sportsbetreceber pessoas que escapavampré aposta sportsbetgovernos autoritários. E, no ápice da violência na Colômbia, eles receberam muitos colombianos que estavam fugindo para salvar suas vidas naquela época.
Então, a Venezuela mostrou generosidade a muitos países da região na história e é importante que outros países agora mostrem a mesma generosidade para a Venezuela.
pré aposta sportsbet BBC News Brasil - pré aposta sportsbet O presidente Trump mostrou simpatia por uma intervenção militar na Venezuela, o que foi imediatamente recusado pelo Brasil e pelo Mercosul. Isso pode mudar agora, sob o governopré aposta sportsbetBolsonaro? Esta seria uma opção?
pré aposta sportsbet Shannon - Essa é uma pergunta que você vai precisar fazer ao presidente eleito e àpré aposta sportsbetequipe. Mas uma intervenção militar na América do Sul é algo que não acontece há muito, muito tempo. Não é uma boa ideia.
pré aposta sportsbet BBC News Brasil - pré aposta sportsbet Auxiliarespré aposta sportsbetBolsonaro me falaram sobre a intençãopré aposta sportsbettrazer o Brasil para a Otan. Não sei se ouviu algo a respeito.
pré aposta sportsbet Shannon - Sim.
pré aposta sportsbet BBC News Brasil - pré aposta sportsbet Como vê esta ideia?
pré aposta sportsbet Shannon - Eu acho que é uma boa ideia. Obviamente, seria uma grande decisão para o Brasil e para a Otan também.
A Colômbia tem uma relaçãopré aposta sportsbetafiliação com a OTAN.
O lado importantepré aposta sportsbetse alinhar com os países da Otan é que esta é provavelmente o principal arranjo coletivopré aposta sportsbetsegurança no mundo e liga algumas das forças armadas mais capazes e inovadoras do mundo.
Neste sentido, algo como isso traria ao Brasil uma oportunidade para se envolver e trabalhar diretamente não apenaspré aposta sportsbetquestões militares e das forças armadas, maspré aposta sportsbettudo que for ligado a segurança nacional e segurança global.
Então é uma ideia interessante, acho que sublinha a criatividade que existepré aposta sportsbetparte da equipe que o presidente eleito reuniu e vamos ver qual será a resposta.
pré aposta sportsbet BBC News Brasil - pré aposta sportsbet Acha que os EUA poderiam apoiar esta ideia?
pré aposta sportsbet Shannon - Eu torço para que sim.
pré aposta sportsbet BBC News Brasil - E sobre a cooperação militar entre os dois países - há espaço para ampliação? Como?
pré aposta sportsbet Shannon - Para começar, a relação é boa e forte há bastante tempo. A maneira com que fazemos trocas militares, enviamos oficiais para nossos respectivos centrospré aposta sportsbetensino, realizamos treinamentos conjuntos e facilitamos açõespré aposta sportsbetcooperação para nossas Forças Armadas são boas para todo mundo.
E também a forma que olhamos para onde podemos cooperarpré aposta sportsbettermos da produçãopré aposta sportsbetequipamentos militares vale muito a pena ser vista. O Brasil tem conhecimento específico nesta área e muita experiência, o que pode ser muito útil.
pré aposta sportsbet BBC News Brasil - O senhor testemunhou a violência no Brasil enquanto viveu lá. Este é um dos principais problemas do país. Acha que revogar o Estatuto do Desarmamento, como Bolsonaro planeja, pode ajudar a resolver a questão?
pré aposta sportsbet Shannon - Esta é uma questão interna que os brasileiros precisam resolver por si mesmos. Há muitos países que encaram desafios semelhantes, inclusive os Estados Unidos - nós temos um problema significativo com a violência armada.
Minha visão pessoal é que a formapré aposta sportsbetse resolver estes problemas é expandindo a qualidade do policiamento e tendo um sistema Judiciário que é capazpré aposta sportsbetlidar com este tipopré aposta sportsbetcrime com agilidade.
É muito melhor neste caso confiar nas instituições do Estado do que no "vigilantismo" (termopré aposta sportsbetinglês que abarca pessoas ou grupos que atuam por conta própria pela aplicação da lei, sem autoridade legal - agindo,pré aposta sportsbetmuitos casos, como milícias).
pré aposta sportsbet BBC News Brasil - O senhor deve ter ouvido algumas das frases controversaspré aposta sportsbetBolsonaropré aposta sportsbetrelação a gays, negros e mulheres. O que podemos esperar na perspectiva dos direitos humanos?
pré aposta sportsbet Shannon - Eu percebi que desde a eleição ele tem sido muito cauteloso na forma como descreve seu comprometimento com a democracia, com os direitos humanos e especialmente os direitos dos brasileiros sob a Constituição.
Acho que este é um sinal positivo.
No fim das contas, o teste está nos passos que ele tomará depoispré aposta sportsbetse tornar presidente. Ressalto que, especialmente nas relações com os EUA, mas também com os países da Europa Ocidental, questõespré aposta sportsbetdireitos humanos têm um papel grande. Elas dão forma ao tom e à efetividade destas relações.
O Brasil sempre foi um forte e importante promotor - durantepré aposta sportsbetdemocracia - dos direitos humanos. Nesse sentido, se o Brasil puder continuar fazendo isso, isso só fará a relação com os EUA e com outras democracias mais forte.
pré aposta sportsbet BBC News Brasil - O senhor mencionou democracias. Vê alguma ameaça à democracia brasileira sob o governopré aposta sportsbetBolsonaro?
pré aposta sportsbet Shannon - A ameaça à democracia brasileira veio antespré aposta sportsbetBolsonaro.
Ela é fruto da acumulaçãopré aposta sportsbetquestões que o produziram (Bolsonaro). A ameaça à democracia brasileira veio da corrupção,pré aposta sportsbetpartidos políticos que quiseram seu bem próprio,pré aposta sportsbetvez do bem público, e a frustração profunda que isso produziu na população brasileira.
Então, acho que, se você pensar no que menciono aqui, não acho que elas devam ser atribuídas ao senhor Bolsonaro.
pré aposta sportsbet BBC News Brasil - pré aposta sportsbet Bolsonaro acabapré aposta sportsbetmostrar vontadepré aposta sportsbettrazer o juiz Sergio Moro para o Ministério da Justiça ou para o Supremo Tribunal Federal. Como vê estas possíveis nomeações?
pré aposta sportsbet Shannon - Eu não estou por dentro disso e não gostariapré aposta sportsbetcomentar amplamente sobre nomeaçõespré aposta sportsbetgabinete.
Acho que isso é algo que o presidente precisa ser capazpré aposta sportsbetfazer com algum nívelpré aposta sportsbettranquilidade e sem os comentários especialmentepré aposta sportsbetquem não é brasileiro. O que eu diria apenas é que Sergio Moro é profundamente respeitado fora do Brasil e é alguém que seria recebido muito positivamente.
pré aposta sportsbet BBC News Brasil - Positiva e negativamente, o que mais o surpreendeu no Brasil como um estrangeiro?
pré aposta sportsbet Shannon - Bom, positivamente: eu vivi no Brasil duas vezes. De 1989 a 1992, epré aposta sportsbetnovo como Embaixadorpré aposta sportsbet2010 a 2013. Eram dois países muito diferentes.
No intervalopré aposta sportsbetque eu não estive no Brasil, o país fez avanços enormes, tanto economicamente quanto socialmente. Eu voltei a um país que realmente fez um trabalho memorávelpré aposta sportsbetexpandir os benefícios econômicos e sociais da democracia e mostrou que era possível transformar fundamentalmente um país pelo uso das instituições democráticas e do processo constitucional.
Em outras palavras, você pode conduzir uma revolução social pacificamente.
E isso é algo que eu não sei se os brasileiros entendem bem, porque os brasileiros podem ser muito duros consigo mesmos. Porque eles têm grandes aspirações e expectativas.
E o que o Brasil está enfrentando agora, e os desafios que encara enquanto luta contra a corrupção, são algo que decepcionou e desmoralizou alguns brasileiros, mas eu gostariapré aposta sportsbetlembrá-lospré aposta sportsbetque eles lidaram com os problemas recentes sempre dentro da Constituição, sempre sem violência e semprepré aposta sportsbetuma forma que ajuda e fortalece as instituições que obedecem ao Estadopré aposta sportsbetDireito.
É uma conquista notável, algopré aposta sportsbetque os brasileiros deveriam se orgulhar. Porque traz bases para um alicerce a partir da qual eles podem reconstruir e fortalecerpré aposta sportsbetdemocracia. Então, o primeiro ponto é quanto o Brasil conquistoupré aposta sportsbettão pouco tempo com este grande exemplo para muitos outros países no mundo que estão enfrentando desafios semelhantes.
(Negativamente): O Brasil é um país grande, complexo e bonito e,pré aposta sportsbetalgumas maneiras, a violência ainda afeta a sociedade brasileira, este é provavelmente o aspecto mais decepcionante e preocupante.
Mas, falando como um americano, nós também temos nossos problemas com a violência. Então eu não digo isso como crítica, maspré aposta sportsbetum sentidopré aposta sportsbetsolidariedade.
pré aposta sportsbet BBC News Brasil - Do que mais sente falta no Brasil?
pré aposta sportsbet Shannon - Essa é uma linda pergunta porque eu passei, no total, 7 anos e voltei com um grande respeito e uma afeição muito grande pelo Brasil. Eu amo a música brasileira,pré aposta sportsbetsuas mais variadas formas, acho a cultura brasileira notavelmente aberta e alegre, o que eu adoro.
E existe a palavra "saudade". Para os brasileiros, é essa palavra linda que mistura sentimentalismo ou nostalgia com uma referência ao mesmo tempo doce e amarga sobre a brevidade da vida, mas que também ressalta os momentos bons que existiram.
Acho que o sinto mais falta do Brasil é a ideiapré aposta sportsbetsaudade,pré aposta sportsbetser capazpré aposta sportsbetcompreender como a vida pode ser bonita, mesmopré aposta sportsbetmomentospré aposta sportsbetgrandes tragédias.
pré aposta sportsbet BBC News Brasil - Agora que o senhor se aposentou depois dessa longa temporada trabalhando para o seu país, é bom estar fora do governo e fora da diplomacia oficial? Como se sente?
pré aposta sportsbet Shannon - É uma boa pergunta porque ainda estou tentando entender como me sinto. Por um lado, me sinto abençoado por ter servido meu país por 35 anos e ter feito issopré aposta sportsbetuma época muito importante e decisivo. E sou muito grato por isso.
Ao mesmo tempo, eu achei que queria experimentar um segundo atopré aposta sportsbetminha vida, ver se havia algo mais que eu poderia fazer e fazer bem. E achei que era melhor começar agora,pré aposta sportsbetvezpré aposta sportsbetesperar. Então, nesse sentido, foi um bom momento para sair.
Mas o serviço público é doce, tem algopré aposta sportsbetencantador e tenho certezapré aposta sportsbetque vou sentir falta disso pelo resto da minha vida.
pré aposta sportsbet BBC News Brasil - pré aposta sportsbet O que o senhor está fazendo desde então?
pré aposta sportsbet Shannon - Atualmente trabalho para um escritóriopré aposta sportsbetadvocaciapré aposta sportsbetWashington chamado Arnold & Porter, que é um dos escritórios mais antigos e respeitados da cidade.
Eu trabalho como um conselheiro sêniorpré aposta sportsbetpolítica internacional, o que significa que trabalho com os clientes do escritório, alguns deles países, alguns deles empresas privadas, para ajudá-los a entender o ambiente global no qual eles atuam e especialmente como se aproximar e trabalhar com o governo dos EUA. E até o momento tem sido interessante e agradável.
pré aposta sportsbet BBC News Brasil - O senhor tem clientes brasileiros?
pré aposta sportsbet Shannon - Não tenho clientes brasileiros ainda, mas tenho clientes dos EUA que estão trabalhando no Brasil.
pré aposta sportsbet BBC News Brasil - Pode dizer quais?
pré aposta sportsbet Shannon - Neste momento é melhor não, mas espero estar no Brasil no fimpré aposta sportsbetnovembro, quando vou ter a chancepré aposta sportsbetter contato com vários outros clientes e clientes potenciais. Quero muito voltar ao Brasil.
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