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Steve Bannon declara apoio a Bolsonaro, mas nega vínculo com campanha: 'Ele é brilhante':pix bet classic
"Sou apenas um apoiador", finalmente afirmou Bannon à BBC News Brasil, empix bet classicprimeira entrevista sobre a situação política brasileira. "Eu estou aqui endossando com alegria o capitão Bolsonaro epix bet classiccampanha para se tornar o próximo líder do Brasil."
Hoje concentradopix bet classicapoiar candidatos republicanos nas eleições legislativas dos EUA, que acontecem no próximo dia 6, Bannon diz que previu a possibilidadepix bet classicBolsonaro sofrer um atentado e que pensoupix bet classicvisitá-lo no hospital. "(O risco) não tem a ver com seus oponentes políticos, é sobre a natureza da anarquia no Brasil", disse o americano ao filho do candidato no encontropix bet classicNY.
Nas últimas três semanas, durante uma longa negociação para esta entrevista, o americano se dividiu entre comíciospix bet classiccidades dos EUA, financiado por doadores do partido Republicano, e as principais capitais europeias, onde articula a criação do que chamapix bet classic"O Movimento", espéciepix bet classic"clube" que reunirá políticos conservadorespix bet classicdiversas partes da Europapix bet classicuma tentativapix bet classicimpulsionar o nacionalismo no continente.
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Sentadopix bet classicuma poltronapix bet classiccouro, Bannon fez jus à famapix bet classicconfrontador, fez críticas à BBC e aos principais veículospix bet classicimprensa do mundo e desconversou quando o assunto eram as "fake News" nas eleições brasileiras epix bet classiccapilaridade pelo WhatsApp.
Ele já foi descrito pela imprensa internacional como o segundo homem mais poderoso do mundo e como "o grande manipulador", segundo a revista Time, porpix bet classicsuposta participação no esquema da consultoria Cambridge Analytica, que usou dadospix bet classic50 milhõespix bet classicperfis no Facebook sem autorização durante a eleiçãopix bet classic2016 – apesarpix bet classicchefiar a estratégia da campanha vencedora, Bannon já negou diversas vezes que soubesse do esquema.
Contratado como estrategista-chefe do governo logo após a eleiçãopix bet classic2016, Bannon foi descrito na época como o principal conselheiropix bet classicTrump na Casa Branca e responsável pelas táticaspix bet classiccomunicação do presidente. Ele deixou o governo sete meses depois, menospix bet classicuma semana após a marcha "Unir a Direita", que reuniu ultranacionalistaspix bet classicprotestos violentos na cidadepix bet classicCharlottesville.
Segundo a imprensa americana, Bannon teria ligações com extremistas ligados à chamada "alt-right", que organizou o ato - o que ele negou durante a conversa com a reportagem.
Confira os principais trechos da entrevista:
pix bet classic BBC News Brasil - Bolsonaro teve 46% dos votos no primeiro turno. O partido dele saltoupix bet classic8 para 52 cadeiras na Câmara dos Deputados, e agora ele aparece como favorito nas pesquisas do segundo turno. Minha primeira pergunta é...
pix bet classic Steve Bannon - Quando eles vieram e me encontraram… aquela foto épix bet classicquando, agosto ou julho? Em algum momento do verão.
Quando os filhos estavam na cidade (Nova York), acho que ele tinha 15% (das intençõespix bet classicvoto), menospix bet classic20%. O que me impressionou foi a velocidade com que chegou aos 46%. Eu cheguei a pensar que ele conseguiriapix bet classicfato ganhar no primeiro turno, o que teria sido histórico.
pix bet classic BBC News Brasil - A que o senhor atribui esse desempenho?
pix bet classic Bannon - Você tem que colocar isso no contextopix bet classictoda América Latina. A Venezuela,pix bet classicterceira maior produtorapix bet classicpetróleo do mundo, estápix bet classicum estadopix bet classiccaos e anarquia prestes a implodir. A Argentina foi tomada pelo FMI. E o Brasil, com todos os seus recursos, eu diria, como alguémpix bet classicfora, que poderia estar evoluindo para a anarquia com 63 mil assassinatos (o Brasil teve 62,5 mil homicídiospix bet classic2016, segundo o Atlas da Violência 2018) - e isso são só os que estão nos dados oficiais.
O que estamos vendo na Itália e, particularmente, nos EUA, é uma aversão contra este tipopix bet classicclasse política perpétua, que está envolvida com o capitalismo clientelista, que foi a grande coisa do "Tea party" por anos e anos. A grande questão é que o capitalismopix bet classiccompadrio, a corrupção e a incompetênciapix bet classicWashington criaram as bases para Donald Trump.
Na Itália, (Matteo) Salvini (Ministro do Interior e vice-premiê) e o Movimento 5 Estrelas estão organizados contra isso, e acho que isso é uma das coisas mais fortes do capitão Bolsonaro.
Ele está concorrendo com a corrupção e a incompetência desta classe política permanente, que levou uma nação com tantos recursos naturais a um pontopix bet classiccrescimento lento ou estagnado, sem aumento dos salários, com pobreza. E agora a estrutura social está desmoronando.
É igualpix bet classictodo lugar, talvez mais expressivo no Brasil. Olhe para a Argentina. Eles basicamente entregaram o controle do país para o FMI por vários anos por um socorro financeiropix bet classicUS$ 70 bilhões.
pix bet classic BBC News Brasil - Como foipix bet classicreunião com Eduardo Bolsonaro?
pix bet classic Bannon - Eles (Eduardo e assessores) me encontrarampix bet classicNova York. Fiquei impressionado com a dinâmica jovem da coisa. E eu acompanho Bolsonaro há anos.
Eles me ligaram e disseram que estariampix bet classicNova York, que encontrariam algumas pessoas e que gostariampix bet classicme ver. Então nós sentamos e conversamos sobre a corrida eleitoral, eles me mostraram coisas da campanha e o que estavam tentando conquistar como partido.
pix bet classic BBC News Brasil - Que conselhos o senhor deu?
pix bet classic Bannon - Eu fiz algumas observações. Primeiro: nós construímos o Breitbart (principal sitepix bet classicnotícias da chamada alt-right nos EUA) e uma cobrança por transparência com o "Clinton Cash" (livro com acusações sobre supostas ilegalidades na relação entre Hillary e Bill Clinton e financiadores, lançadopix bet classic2015).
Eu fiz uma sériepix bet classiccoisas por quase uma década com o Peter Schweizer (autor do livro), semprepix bet classictorno da natureza bipartidária da corrupção e da incompetênciapix bet classicWashington. Isto foi o panopix bet classicfundo da campanhapix bet classicTrump, mesmo durante as primárias. Aquela coisapix bet classic"Lock her up!" (bordãopix bet classicTrump que pedia a prisãopix bet classicHillary Clinton) era sobre isso. Eu fiz comentários sobre como construímos isso com o tempo e depois usamos na campanha.
Eles me mostraram vídeos dele chegandopix bet classicaeroportos e milharespix bet classicpessoas correndo napix bet classicdireção.
Minha preocupação número um foi que ele fosse assassinado. Eu nem perguntei ao filho, apenas disse diretamente: "Vocês precisampix bet classicsegurança".
Eu não sei se continuaria fazendo isso, deixar milharespix bet classicpessoas o colocarem nos ombros comopix bet classicuma partidapix bet classicfutebol. Ele (Bolsonaro) está concorrendo como um candidato da lei e da ordem. Há muitas gangues e maus elementos lá que, tenho certeza, não estão felizespix bet classicver um candidato assim.
Eu disse: "Isso não tem a ver com seus oponentes políticos, é sobre a natureza da anarquia no Brasil". E apenas disse que eu seria muito cuidadoso.
pix bet classic BBC News Brasil - E aí acontece o esfaqueamento.
pix bet classic Bannon - Não me surpreendeu. Naquela época eu ia muito à Europa, mas, se minha agenda não estivesse tão difícil, eu tentaria mudá-la para visitá-lo. Foi um momento muito sombrio.
pix bet classic BBC News Brasil - Jair Bolsonaro participou da reunião?
pix bet classic Bannon - Não. Ele estava no Brasil o tempo todo. O que eles estão fazendo é bastante inteligente. O (possível futuro) ministro da Fazenda, Paulo Guedes, da Universidadepix bet classicChicago, fez contato com muitos caras da comunidade financeira, da comunidadepix bet classicnegócios, e eu acho que eles estabeleceram bases comuns que levaram ao plano econômico.
Embora ele (Bolsonaro) esteja falandopix bet classiclei e ordem, assim como Salvini fala sobre a questão dos migrantes, eles entendem o que têm que fazer imediatamente para reativar a economia. Eu acho que Bolsonaro, seus filhos e conselheiros são sofisticados. Agora isso está apenas começando a aparecer.
O capitão Bolsonaro fez uma coisa inteligente. Ele ficou no Brasil o tempo todo para a campanha eleitoral.
pix bet classic BBC News Brasil - O senhor tem alguma conexão oficial com esta campanha?
pix bet classic Bannon - Não, nenhuma.
pix bet classic BBC News Brasil - O senhor é apenas um apoiador.
pix bet classic Bannon - Sou apenas um apoiador. Eu estou aqui endossando com alegria o capitão Bolsonaro epix bet classiccampanha para se tornar o próximo líder do Brasil.
Como você sabe, eu não endosso muita gente. Na verdade, acho que tecnicamente nunca endossei ninguém. Então isso seria uma primeira vez para mim, certamente a primeira vezpix bet classicuma perspectiva internacional.
Ele parece o tipopix bet classiccara que poderia ser um líder nesta crise e acho que ele merece o apoio da comunidade internacional.
pix bet classic BBC News Brasil - O senhor comparou Bolsonaro com Trump no dia seguinte às eleições. Quais semelhanças vê entre eles?
pix bet classic Bannon - Eu acho eles muito parecidos. Ambos são contra o sistema e têm essa habilidadepix bet classicse conectar,pix bet classicrepresentar a classe trabalhadora e talvez a classe média baixa.
Trump tem habilidades únicas, e essa é uma das razões pelas quais ele é presidente,pix bet classiccircular, se conectar com as pessoas e entender suas frustrações, e como elas se sentem como se não tivessem voz.
A classe média nos EUA acha que com Trump seus interesses são representados pela primeira vez, e eu acho que o capitão Bolsonaro é a mesma coisa.
Bolsonaro não seria o tipopix bet classiccara eleito no Brasilpix bet classicoutros contextos, mas, dadas as circunstâncias, estão procurando um líder. Ele e Trump personificam essas característicaspix bet classicliderança e, especialmente, estão preparados para enfrentar o sistema e não recuar. É muito difícil fazer isso.
pix bet classic BBC News Brasil - O tom deles pode ser semelhante às vezes, mas Bolsonaro tem frase muito duras. Ele disse muitas coisas controversas como...
pix bet classic Bannon - O Presidente Trump usou muitas palavras duras. Vamos... eu acho que "pegá-las pela vagina" é bastante duro.
pix bet classic BBC News Brasil - Esse é um bom exemplo, mas era…
pix bet classic Bannon - Com Trump, apresentamos isso como uma conversapix bet classicvestiário. Com o capitão Bolsonaro, acho que muito disso são conversas soltas.
O que estou dizendo é o seguinte: há todo tipopix bet classicconversa solta por aí. Basta você olhar como ele se comportou nesta campanha. No primeiro turno, depois do número impressionantepix bet classicvotos que recebeu, você viu como o mercadopix bet classiccapitais e a comunidade empresarial do mundo levaram esse cara a sério. Eles perceberam que há um nívelpix bet classicprofundidade aí.
O que ele disse sobre gays e sobre outras coisas foi... eu na verdade acho que ele vai conseguir algum apoio destas comunidades.
Se eu achasse que o que ele disse é real, que ele fosse um cara mau, certamente não o apoiaria. Caras como Trump, Salvini e capitão Bolsonaro falam abertamente coisas que chocam as pessoas, chocam o sistema, mas se você olhar para as políticas deles verá que estão tentando unir o país.
pix bet classic BBC News Brasil - Eu ia perguntar se o senhor acha que seria capazpix bet classic'vender',pix bet classicfazer campanha para um candidato que já disse: "Ninguém gostapix bet classichomossexuais, nós os toleramos" ou "O único erro da ditadura foi torturar e não matar depois".
pix bet classic Bannon - Sim. Eu acho que foi conversa solta, e que ele fez um bom trabalho para superar isso. É o seguinte: acho que as pessoas no Brasil botaram isso na balança. É por isso que ele teve uma votação tão grande. Acho que eles levaram isso tudopix bet classicconsideração.
A mídia globalista, as BBCs e a grande imprensa vão usar isso o tempo todo, como usaram com Trump. Eu acho que o povo está além disso. Então eu não coloco muito peso nisso.
pix bet classic BBC News Brasil - O que diria a quem o classifica como sexista, homofóbico, racista?
pix bet classic Bannon - Eu simplesmente não acho que está correto. Se você olhar para a direçãopix bet classicque ele está indo e como ele está executando a campanha, não acho que ele seja nenhuma dessas coisas. Lembre-se, a nação estápix bet classiccrise.
Se você tivesse me dito no início do século 21 que,pix bet classic20 anos, essas três grandes nações estariam na forma que estão, ninguém acreditariapix bet classicvocê.
pix bet classic BBC News Brasil - Por quê?
pix bet classic Bannon - Porque a Venezuela era o terceiro maior produtorpix bet classicpetróleo da época. Argentina estavapix bet classicbem economicamente. O Brasil estava nos Brics - Brasil, Rússia, Índia e China, o Brasil estava nesse nível. Só se falava sobre investimentos nos Brics. Você ficaria chocado.
E olhe para os três países hoje. Estas não são pequenas mudanças marginais. São mudanças grandes e dramáticas que aconteceram nesses países. Então, acho que ele é o tipopix bet classiclíder que surgepix bet classicuma crise.
Em um momento mais típico e comum, como no fim dos anos 1990, com Bill Clinton, eu não sei se o país se voltaria para alguém como Donald Trump. Pensariam que a retórica é muito dura, que todo esse conceitopix bet classicnacionalismo é muito duro, que simplesmente não seria a hora.
As pessoas, no momentopix bet classicque estão, pensam no capitão Bolsonaro. Acho que o país colocou as coisas na balança e acho que ele deve superar 55% ou talvez 60% do totalpix bet classicvotos no domingo.
pix bet classic BBC News Brasil - A popularidade dele dentro do país e nas pesquisas não se reflete no exterior, né? Ele tem sido criticado pela revista The Economist, pelo jornal Financial Times...
pix bet classic Bannon - Olha só, estou tão chocado! O braçopix bet classicpropaganda para a ordem mundial – The Economist, The Financial Times, a BBC e – a propósito, são minhas três coisas favoritas, tenho minha Economist aqui, meu FT aqui, e estou aqui para a BBC, que eu ouço.
Então, eu amo vocês, mas vocês são o braçopix bet classicpropaganda para a ordem estabelecida. Ele (Bolsonaro) está na capa, Trump está na capa, Salvini está na capa, Orban, Bannon... Eu entendi. Vocês não gostam deles. Tudo bem.
pix bet classic BBC News Brasil - Mas liberais como Paulo Guedes, por exemplo, tenderiam a ser aprovados por veículos como a The Economist...
pix bet classic Bannon - Ele também é um liberal clássico. Ele é uma escolha interessante. Eu acho que as pessoas vão ser agradavelmente surpreendidas pelo capitão Bolsonaro.
pix bet classic BBC News Brasil - Paulo Guedes provavelmente seria seu ministro da Fazenda. Ele é um liberal da Escolapix bet classicChicago que defende o livre mercado e relações multilaterais. Como o vê (nos EUA, Trump, após os Estados Unidos defenderem por décadas o liberalismo, passou a adotar políticas antes consideradas típicas da esquerda, como o protecionismo da indústrial local)?
pix bet classic Bannon - O que vejo como tensão ou potencial atrito é que o capitão Bolsonaro foi historicamente contra as privatizações, e acho que a parte centralpix bet classicseu programa é privatizar o máximo possívelpix bet classicempresas, capitalizar o Estado e começar a deixá-lo mais eficiente. Já houve, não sei se atrito, mas discussão. Eu acho que as privatizações vão funcionar. Você viu a valorização da moeda quando ele ganhou o primeiro turno. O resultado positivo nos mercadospix bet classiccapitais pelo mundo.
Foi parecido com Trump. Quando Trump ganhou, no primeiro dia, a CNBC, o Wall Street Journal, o Financial Times disseram: "Isso é o fim do mundo. Acabou. Há um homem louco e um monte loucos ao seu redor que trarão guerras comerciais e coisas assim", e ele teve um tremendo desempenho. O mundo vota no programa econômicopix bet classicTrump todos os dias. É por isso que o dólar continua ficando mais forte.
Eu acho que o capitão Bolsonaro trouxe alguém que tem uma tremenda reputação. Você pode dizer que eu não sou um cara totalmente da Escolapix bet classicChicago, que tenho diferenças com a Escola Austríaca, mas o que eu gosto no que eles estão fazendo é que estão trazendo pessoas que são respeitadas não apenas na academia, mas nos Bancos Centraispix bet classictodo o mundo, nos mercadospix bet classiccapitais, nos centros financeirospix bet classicNova York, Londres, Frankfurt, Cingapura, Hong Kong, Tóquio.
Ele entende que uma das razões pelas quais a decadência social, esse tipopix bet classictalvez anarquia social e o crime é porque a economia, considerando os recursos naturais do Brasil, está emperrada.
O povo está se revoltando tanto na Argentina, quanto na Venezuela e no Brasil, contra o peronismo, Chavez, Lula, o socialismo brasileiro etc. Estamos vendo uma rejeição a isso.
Ele é um cara brilhante. Eu digo às pessoas que fiquei muito impressionado e os admiro por terem vindo aqui com humildade. Eles fizeram as perguntas certas, tentando encontrar as pessoas certas sem dizer "nós temos todo esse plano". Eles entendem que esses governos populistas, esses novos governos nacionalistas estão chegando e não estão dizendo que têm todas as respostas.
Eu acho que na esquerda tem uma coisapix bet classicque "nós sabemos o que é melhor", "é assim que vai ser", "vamos nacionalizar estas indústrias". E eu achei que Guedes é uma boa escolha, porque ele não é um cara que você naturalmente... ele não é da escolapix bet classiceconomiapix bet classicSteve Bannon.
pix bet classic BBC News Brasil - Ele não seria apix bet classicescolha.
pix bet classic Bannon - Eu brigo com os caraspix bet classicChicago e com o movimento conservador o tempo todo. Eu sou um nacionalista econômico. A escola austríaca é muito mais sobre fronteiras abertas, livre fluxopix bet classiccapital, mercados livres.
Minha crítica é que eles às vezes são muito teóricos e não estão no mundo real, particularmente quando você olha para um mundo com a China e o mercantilismo etc. Mas o que eu admiro é que a Universidadepix bet classicChicago nos EUA e ao redor do mundo tem uma incrível reputaçãopix bet classicfalar sério e ser muito dura.
Acho que o capitão Bolsonaro e seu pessoal olham para a Argentina e dizem: "não queremos entrar nessa situação". Salvini e seus colegas disseram isso também quando contiveram o governo e rejeitaram o Banco Central Europeu.
Esses países estão dizendo que querem manterpix bet classicsoberania. O que eles não querem é entregarpix bet classicsoberania para organizações internacionais.
pix bet classic BBC News Brasil - pix bet classic O senhor se opõe ao FMI?
pix bet classic Bannon - Não estou opinando se o FMI é bom ou ruim, se são eficazes ou não. Estou apenas dizendo que estão trazendo pessoaspix bet classicoutras partes do mundo para essencialmente controlar. Você tem que contextualizar as eleições brasileiras no mundo dos mercados globaispix bet classiccapital.
Eu recebi argentinospix bet classicmovimentos populistas que voaram para a Europa para se encontrar comigo. E eu disse: "quando há esse tipopix bet classicenvolvimento do FMI, com uma quantia tão grande e tão surpreendente, isso não é algo com que se pode lidarpix bet classicalgumas semanas. É um programapix bet classiclongo prazo. Você se compromete quando toma esse dinheiro emprestado".
pix bet classic BBC News Brasil - Como aconteceu aqui nos EUA, as "fake news" se tornaram um dos principais assuntos nas eleições brasileiras, talvez o principal. Diferente daqui, elas se espalham principalmente pelo WhatsApp. Isso o surpreende?
pix bet classic Bannon - Acho que toda essa coisa sobre tecnologia precisa ser verificada. Eu vi isso. É bem diferente daqui, nós não tivemos esse problema específico. Eu não soupix bet classicopinar, isso é para as pessoas no Brasil.
Acho que toda essa questão do ser ou não uma notícia falsa, ou como as notícias são distribuídas, além dos direitospix bet classicliberdadepix bet classicexpressão das pessoas, é algo a ser analisado.
pix bet classic BBC News Brasil - Você acha que notícias falsas podem ajudarpix bet classicalguma forma um candidato?
pix bet classic Bannon - Não, não.
pix bet classic BBC News Brasil - Mas hoje elas são muito usadas tanto pela direita quanto da esquerda.
pix bet classic Bannon - Não, eu acho que não. Eu acho que as pessoas vão resolver essa questão com o tempo. Eu vim da Harvard Business School, eu acho que o mundo é um mercado eficiente. Não é que não haja histórias falsas, mas acho que, com o tempo, as pessoas vão pelo caminho correto.
Eu acho que isso vem da grande imprensa. As "BBCs" pelo mundo estão tão acostumadas a fazer do jeito delas, a ditar o que é correto e o que não é. O que eles consideram ser. Eu acho que a BBC e muito disso é totalmente fake news, são apenas opiniões colocadas como notícias, e eu disse isso quando fui entrevistado pela BBC na televisão. O mesmo para a CNN e o New York Times, eu digo que a páginapix bet classicopinião do NYT é a primeira página deles.
Acho que agora que eles estão perdendo as eleições, e perdendo feio, com (Viktor) Orban (primeiro ministro da Hungria) ganhando com 70%, Salvini com dois terços, Trump vencendo e prestes a, acho, ter maioria no Senado por três ciclos inteiros, eu acho vão começar a espernear sobre fake news, fake news, fake news. Acho que é apenas o fatopix bet classicque o cartel da informação, os guardiões da informação, estão sendo encobertos pela tecnologia.
Mas não acho que a desinformação será um grande problema, acho que é algo que se resolve por si mesmo.
(Um auxiliar entra no quarto e diz a Bannon que seus convidados o esperam. Ele pede cinco minutos)
pix bet classic BBC News Brasil - Bolsonaro está trazendo a América Latina para o chamado "Movimento"?
pix bet classic Bannon - O "Movimento" é um grupo maleável epix bet classicrede. Eu tenho um grande grupo aqui,pix bet classiccidadãos da República dos EUA, focadopix bet classicapoiar o movimento nacionalista populista e o presidente Trump. Meu ponto com o movimento é toda a parte internacional disso, criando conferências, um localpix bet classicencontro, como um tecido interconectado com foco nas eleições para o Parlamento Europeu neste momento.
Fui contactado por praticamente todos os países do mundo, desde o Paquistão até países da Ásia. Mas neste momento eu já tenho trabalho suficiente aqui nesta eleição e estou totalmente sobrecarregado. Depois disso, vai ser a Europa.
O objetivo do capitão Bolsonaro neste momento, do povo da Argentina que se aproximoupix bet classicmim, são seus países. Ele vai se focar completamente por literalmente anos e anos, se não décadas, e o mesmo vai acontecer na Argentina.
Se ele quiser usar algumas das coisas que eu estou tentando construir lá fora, pesquisas eleitorais e coisas do tipo, ele poderá. Mas ele certamente sabe como conduzirpix bet classiccampanha política.
pix bet classic BBC News Brasil - Mudandopix bet classicassunto para as notícias do dia nos EUA: os pacotes enviados pelo correio a autoridades democratas. Como vê o caso?
pix bet classic Bannon - Eu já disse há muito tempo, desde Charlottesville: os neoconfederados, os neonazis, a Klu Klux Klan, os antifa, os elementos mais radicais do Black Lives Matter, os Proud Boys (organizaçãopix bet classicextrema-direita formada por homens), quando partem para a violência, não têm nenhum espaço na discussão política dos EUA.
Eu defendi fechar essas coisas, mesmo antes da marcha começar. Sei que as pessoas têm os direitospix bet classicprimeira emenda (da Constituição Americana, que defende a liberdadepix bet classicexpressão), mas eu acho ela é transcendida quando você está procurando por violência.
Acho que não há lógicapix bet classicalguém da ala direita fazer isso, dado o momentopix bet classicque estamos. Quem sabe quem fez? A investigação deve ser rápida e eu defendo punição máxima para essas pessoas, sejam da esquerda ou da direita.
pix bet classic BBC News Brasil - Acha que a relação entre os EUA com Trump e o Brasil, se Bolsonaro ganhar, vai ser mais próxima?
pix bet classic Bannon - Eu não sei, eu não falo pelo presidente, ele vai resolver isso. Mas eu acho que já existe um númeropix bet classicbrasileirospix bet classicníveis muito altos,pix bet classicorganizações financeiras, fundos e corporações aqui nos EUA que estão querendo se envolver com o Brasil.
O tipopix bet classicenvolvimento da China com a América Latina é algo importante para os EUA. Eles estão envolvidos na Venezuela, no Brasil, no Caribe e eu acho que o capitão Bolsonaro tem sido muito aberto pelo fatopix bet classicolhar para os EUA como um parceiro estratégico, mais do que a China.
pix bet classic BBC News Brasil - O senhor sempre se refere como "capitão" Bolsonaro. Acha que um governo militar propriamente ditopix bet classicvolta ao Brasil mudaria o país?
pix bet classic Bannon - Não. Eu digo isso por uma questãopix bet classicrespeito. Eu sou um ex-oficial da Marinha, minha filha é capitã do Exército. É respeito. Essa é uma das coisas que eu espero nas Américas.
Os militares poderão dizer a você, eles não querem se sentar e administrar esses governos, eles fazem isso como uma questãopix bet classicextrema emergência. E acho que o que o capitão Bolsonaro está tramando é uma mudança civil.
pix bet classic BBC News Brasil - O senhor disse uma vez que "há uma grande guerra se formando. Uma guerra que já é global". Estava se referindo a uma 3ª Guerra Mundial ou algo similar?
pix bet classic Bannon - Em que contexto?
pix bet classic BBC News Brasil - Em seu discurso no Vaticano.
pix bet classic Bannon - Eu estava falando sobre duas questões. Uma era especificamente sobre toda essa parte do terrorismo islâmico radical. Eles ainda estão claramentepix bet classicguerra com o Ocidente. Essa é uma das razões pelas quais houve essa grande polêmica com (Jamal) Khashoggi (jornalista crítico do regime saudita assassinado).
Jered Kushner (assessor da Casa Branca e genropix bet classicTrump) foi contra o pensamento corrente da comunidadepix bet classicinteligência, do Departamentopix bet classicEstado, tudo isso, ao propor que a primeira visita oficialpix bet classicTrump deveria ser para Riad (capital da Arábia Saudita). E essa deveria ser uma conferência com todas as nações muçulmanas juntas, para que ele falasse com elas.
Sobre esta parte do mundo, estrategicamente, nunca houve qualquer tipopix bet classicpensamentopix bet classicpriorizaçãopix bet classicpreocupações estratégicas, era tudo igual, o terrorismo islâmico radical, a expansão do Irã e a questão palestina....
Trump disse que iria destruir militarmente o califado físico do (autoproclamado) Estado Islâmicopix bet classicum ano. O que ele fez, basicamente.
Trump trabalhou com os Emirados Árabes, Kuwait, Jordânia, Egito e Israel para dizer como podemos chegar a algum tipopix bet classicorganização naquela parte do mundo que possa interromper o financiamento do terrorismo islâmico radical.
pix bet classic BBC News Brasil - Mas isso pode escalar para uma guerra propriamente dita?
pix bet classic Bannon - Na guerra moderna, há três categorias: guerrapix bet classicinformação, guerra econômica e guerra cinética. Apenas na última há o lado armas. O ponto centralpix bet classicTrump é que a China estápix bet classicguerra econômica epix bet classicinformação há 20, 25 anos. E os EUA, principalmente as elites, já entenderam isso e temos um amplo engajamento do governo nessa questão. Estápix bet classicandamento.
Essa é uma das razões pelas quais o capitão Bolsonaro é um cara que está dizendo: 'Ei, eu quero uma relação que não seja com a China', porque a China estápix bet classictodo o Brasil.
Então, quando você pensapix bet classicguerra, as pessoas acham que é guerra com arma. Esta é a última coisa que acontece, mas a jihad islâmica radical é claramente muito aberta a estarpix bet classicguerra com o Ocidente. E eu acho que você está começando a ver isso sendo combatido. Há movimentos populistas nacionalistas e a Europa faz parte disso. Essa é a ascensãopix bet classicOrban, a ascensãopix bet classicSalvini, é a ascensão do (partido) Alternativa para a Alemanha, a ascensão da Frente Nacional na França.
Eu só um cara simples do interior, mas veja Angela Merkel e Emmanuel Macron. Macron está numa espiral negativa. A popularidade dele está abaixopix bet classic30%. Não acho que Merkel vá segurar o governo nestas eleições. O mundo está acordando para isso.
Esta é uma das razões pelas quais a questão da Arábia Saudita é tão importante para os EUA. Eles foram aliados por 50, 60 anos, e o que acontecer daqui para frente é algo que vai afetar a política americana profundamente nesta área.
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